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Bases para Prescrição médica Habilidades Terapêuticas Aula 01 Estrutura da prescrição médica Identificação do paciente; Conteúdo da prescrição; Medicamentos; Ações não farmacológicas. Identificação do médico. Estrutura da prescrição hospitalar Estrutura da prescrição hospitalar DADDVI Droga (nome da medicação e não o genérico); Apresentação (“valor da droga”); Dose (“valor que eu quero que vá p/ paciente”) Diluição (SN); Água destilada (AD): quando necessário pouca diluição (ex.: 2mL, 5mL); Soro fisiológico (SF) 0,9%: mais usado para diluições maiores (ex.: 100mL, 250mL); Diluente próprio: quando a medicação já vem com seu diluente. Via de administração Oral (VO); Venosa (EV); Intramuscular (IM); Subcutâneo (SC); Outras: sublingual, intratecal, via retal, tópica... Intervalo 4/4h; 6/6h; 8/8h; 12/12h; 24/24h... Estrutura da prescrição hospitalar Droga: Dipirona Apresentação: (500mg/ml) Dose: 2 mL (=1000mg) Diluição: AD (5mL, 8 mL) Via de administração: EV Intervalo: 6/6h Dipirona (500mg/mL) 2mL + 8mL AD EV 6/6h Preciso de 1g dessa droga: Estrutura da prescrição médica Estrutura da prescrição hospitalar Medicação específica Medicação de suporte Medicação crônica Dieta Via de administração da dieta (enteral, por meio de sonda nasoentérica); Apresentação da dieta (zero, líquida, branda, pastosa); Composição (para diabéticos, hipertenso, intolerante à lactose) Especificidade da dieta de acordo com as doenças ou condições apresentadas pele paciente (colecistite, podagra). Dieta Tipos de dieta: Dieta zero (jejum); Dieta geral (clínica que não exige modificação dietoterápica); Dieta branda (pós-operatório, alterações de motilidade gástrica); Dieta pastosa (pcts com dificuldade de mastigação ou deglutição); Dieta nasoentérica (ex.: p/ hipertenso); Dieta hipossódica (doença hipertensiva, edema, doença renal) Dieta p/ hipertenso; Dieta hipolipídica (dor abdominal, cardiopata); Dieta hipoglicídica Dieta p/ diabético; Dieta p/ hepatopata*... Hidratação Hidratação: cristaloides Soro Fisiológico 0,9% Composição: Na+ (154 mEd/L) Cl- (154 mEq/L) Ringer Lactato Composição: Na+; Cl-; K+; Ca2+; Lactato. Hidratação: cristaloides SF 0,9%: “Não é tão fisiológico assim”! Adverso: Acidose hiperclorêmica e Hipernatremia; Porém, possui maior osmolaridade Aumenta a PA mais rápido Melhor para condições em que eu quero um aumento da pressão mais rápido (ex.: choque hemorrágico); Hipertensão intracraniana pode se beneficiar, pois uma queda no sódio pode piorar o quadro do edema cerebral, o que não ocorre com o seu uso (uma leve Hipernatremia [145 - 150 mEq/L] é aceitável nesta situação). Ringer Lactato: É mais fisiológico que o SF; Adverso: edema (pela menor osmolaridade) e hiponatremia Melhor para hidratações mais intensas e prolongadas (não corre risco de acidose) e em situações em que o metabolismo anaeróbio pode ser favorável. Menor desfecho de necessidade de necessidade de diálise, insuficiência renal e acidose em relação ao SF 0,9%. Hidratação: cristaloides Hidratação: cristaloides Soros Glicosados (SG) 5%: Usado qnd o pct vai ficar de jejum por um bom tempo; Evitar hipoglicemia; Cuidado com os diabéticos!!! Hidratação: coloides Medicação Específica Medicação para o tratamento da QP: Antibiótico na infecção bacteriana; Anticoagulantes, vasodilatadores e B-bloqueador na síndrome coronariana aguda; Drogas vasoativas no choque; Insulina na hiperglicemia ... Medicação de Suporte Medicações para controle dos sintomas do paciente. Analgésicos para dor; Antipiréticos para febre; Antieméticos para náuseas e vômitos... O pct não precisa ter a queixa para que o fármaco seja prescrito. Mesmo que o paciente não esteja sentindo dor no momento, o médico deve prescrever um analgésico caso ele venha a sentir. Ex.: Morfina (10mg) 1 comp. VO 6/6H Se dor Medicações de Suporte ARSENAL TERAPÊUTICO ANALGÉSICOS ANTI-INFLAMATÓRIOS ANTIEMÉTICOS PROTETORES GÁSTRICOS DIPIRONA DICLOFENACO ONDASENTRONA RANITIDINA TRAMADOL TENOXICAM BROMOPRIDA OMEPRAZOL MORFINA HIDROCORTISONA METOCLOPRAMIDA ESOMEPRAZOL Medicações Crônicas São as medicações que o pct faz uso contínuo Losartana (BRA) e Captopril (IECA) para controle da HAS; Metformina para controle da DM tipo 2; Insulina para controle da DM tipo 2 ... Deve-se avaliar a necessidade de retirar ou trocar essas drogas: Risco de descompensação (ex.: hipoglicemia); Interações medicamentosas; Medicações Crônicas Medicamentos p/ HAS: Suspender; Manter; Trocar para um diurético (Furosemida se EV) ou Captopril se VO. Medicamentos p/ DM: Suspender; Manter; Trocar para Insulina NPH. Medicações Crônicas SE ANTECIPAR AS COMPLICAÇÕES: Hiperglicemia: Insulina regular SC, se HGT > 180 mg/dL Esquema: Se > 400 mg/dL ou sintomático: acionar o plantonista Medicações Crônicas SE ANTECIPAR AS COMPLICAÇÕES: Hipoglicemia (HGT < 70 mg/dL) Indicado: glicose EV (glicose 50% EV, 40 mL, em bólus) Prescrição: Glicose 50% (1 FA = 10mL) 4 amp. EV se HGT < 70 mg/dL Crise Hipertensiva (Urgência): Captopril (20mg) 1 comp. SL se PAS > 150 ou PAD > 110 Medicações Crônicas SE ANTECIPAR AS COMPLICAÇÕES: Hiperglicemia: Insulina regular SC, se HGT > 180 mg/dL Esquema: Se > 400 mg/dL ou sintomático: acionar o plantonista Estrutura da Prescrição hospitalar Cuidados Cabeceira elevada (45%, 90%); Estimular deambulação; Elevação dos MMII; Monitorização cardíaca e de pressão arterial; Oximetria de pulso; HGT (glicemia capilar); Passagem de sondas (vesical, nasogástrica, nasoenteral); Oxigenoterapia; Fisioterapia respiratória e/ou motora; SSVV (sinais vitais); Agilização diante de solicitação de pareceres a outros especialistas ... Caso clínico Paciente chega no PS com dor abdominal, dor a palpação profunda em hipocôndrio D, associada a febre e náuseas, há 3 dias, mas que piorou nas ultimas horas. AP: Obeso, HAS e DM USG revelou cálculos biliares de tamanho intermediário. HD: ? Você decide internar o pct e deve fazer a prescrição. Qual dieta? Qual soro? Quais medicações? Quais os cuidados? Prescrição de urgência Prescrição mais rápida! Apenas as medicações são colocadas. Não precisa colocar dieta, hidratação ou cuidados. Esquema: Droga; Apresentação; Dose; Via de administração. Não precisa colocar o intervalo! O próprio médico deve ver novamente o pct para aí sim fazer uma prescrição hospitalar. Prescrição ambulatorial Estrutura: Nome do médico; Via de administração; Droga; Apresentação; Colocar em caixas ou comprimidos (preferir qntd exata – Ex.: 5 comp.) Posologia; De um modo que o pct entenda!!! (Ex.: tomar 1 comp. a noite e 1 de manhã) Prescrição ambulatorial Caso clínico ID: Carla, 50 anos, casada; QP: dor ao urinar HDA: pct relata disúria a 5 dias, acompanhada de febre nos últimos 2 dias, com sinal de Giordano positivo HP: HAS e DM Você decide mandar o pct para casa e deve fazer a prescrição ambulatorial
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