Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA II fungos emergentes classificação · Unicelulares: leveduras – se propagam por brotamento. · Multicelulares: bolores- filamentos que crescem e se dividem em duas pontas. · Dimórficos: podem tanto ser leveduriformes quando filamentosos, dependendo da temperatura. fungos dimórficos · Leveduras: temperatura corpórea; micélio: temperatura ambiente. · Grande maioria são patogênicos. · Alguns são oportunistas exemplo: candida, cryptococcus, aspergillus. · Fungos emergentes de interesse clínico: · Sporothrix · Cryptococcus · Candida · Aspergillus · Histoplasma esporotricose · Causada pela Sporothrix schenckii e brasiliensis. Fungo termicamente dimórfico que vive em vegetações. · Associada ao manuseio do solo contaminado ou vegetais contaminados. · Esse fungo tem ciclo de vida saprofítico matéria orgânica · Pode contaminar humanos e animais (felinos) sua contaminação pode ser zoonótica, através de mordidas ou arranhões de gatos doentes ou até contato da pele ou da mucosa humana com o exsudato da lesão tecidual ulcerada do felino. · Em temperatura ambiente, cresce na forma de bolor e produz hifas septadas e ramificadas. · Nos tecidos ou in vitro a 37°C, crescem como pequenas leveduras por brotamento. · A esporotricose é uma infecção granulomatosa crônica. · Manifestações clínicas: · Lesão cutânea fixa ou localizada: lesão solitária, confinada ao local de inóculo, sem difusão. · Forma linfocutânea: o fungo se dissemina pela circulação linfática, produzindo uma sequência de nódulos que ficam restritos ao membro que ocorreu a lesão primária. Os vasos linfáticos tornam-se espessos; são cerca de 70% dos casos; a lesão inicial desenvolve-se na forma de nódulos granulomatosos, que podem evoluir para uma lesão necrótica ou ulcerativa. · Forma cutânea disseminada: é uma forma rara, que ocorre em pacientes imunodepressivos, com comprometimento geral da pele. · Diagnóstico: é feito pela raspagem da lesão (amostras do material de biópsia ou do exsudato). Pode ser feito exame direto onde observa-se a presença de pequenas leveduras intracelulares coloração de gram, giemsa ou grocott Pode ser feito por meio de cultura, incubados a 25-30°C sua identificação é vista pelo seu crescimento em 35°C 20-25°C: bolores/conídios ou hifas 37°C: leveduras · Tratamento: itraconazol (200-400 mg/doa, 6-12 meses) ou solução saturada de iodeto de potássio. · Profilaxia: uso de luvas ao contato com animais ou solo e uso de fungicidas. histoplasmose · Micose sistêmica predominantemente pulmonar. · Histoplasma capsulatum é um saprófita dimórfico do solo. · Sua transmissão se dá pela inalação dos conídios esporos formados por mitose e responsáveis pela reprodução assexuada de alguns fungos. · Os conídios encontram-se em suspensão com a poeira, em ambientes fechados como grutas, cavernas e galinheiros desativados solos ricos em nitrogênio, fezes secas de aves e morcegos = matéria orgânica. · Vetor: fezes de aves e morcegos, principalmente. · Na natureza, cresce como bolor em associação ao solo; já em temperaturas abaixo de 37°C, o histoplasma isolado quase sempre produz colônias de bolores de coloração marrom. · Em tecido ou in vitro, em meio de cultura enriquecido a 37°C, as hifas e os conídios se transformam em pequenas células leveduriformes ovais. · Nos tecidos, ficam dentro dos macrófagos alveolares e se multiplicam. No interior deles, as leveduras podem disseminar-se para tecidos reticuloendoteliais (baço, fígado, medula óssea e linfonodos). · Possui reação inflamatória granulomatosa. · Em 95% dos casos, a resposta imune resulta na secreção de citocinas, que ativam os macrófagos a inibirem o crescimento fúngico. · Manifestações clínicas 95% dos casos são assintomáticos · Histoplasmose aguda primária: tosse, falta de ar (maior inalação de conídios por imunocompetentes), febre e dor torácica; tempo de incubação de 3-20 dias. · Histoplasmose crônica: quadro persistente de mal-estar, tosse e sudorese noturna; pode piorar por meses antes do início do tratamento correto. · Histoplasmose cutânea: primária- oriunda de corte ou traumatismo; secundária- oriunda da disseminação de uma infecção mais profunda. · Após a infecção inicial, a maioria dos indivíduos parece desenvolver algum grau de imunidade a imunossupressão pode resultar em reativação e doença disseminada; os pacientes com AIDS podem desenvolver Histoplasmose disseminada através da reativação ou de nova infecção. · Diagnóstico: · Nas lesões, os fungos podem estar na forma de pequenas leveduras, que podem ter vida intracelular (macrófagos ou monócitos). · Fase filamentosa: a 25°C são formadas colônias de cor branca ou bege; presença de hifas septadas, microconídeos e macroconídeos com parede ondulada. · Fase leveduriforme: a 37°C são formadas colônias de cor branca ou amarelada; leveduras pequenas. · Feito através de amostras de escarro, urina, aspirado de medula óssea. · Testes complementares: intradermo-reação com histoplasmina (extrato antigênico). · Tratamento: cetoconazol e anfotericina B (doença disseminada). criptococose · Micose sistêmica causada por Cryptococcus sp. que é uma levedura encapsulada. · C. neoformans imunocomprometidos · C. gattii imunocompetentes · Pacientes com deficiência na célula T são mais propícios a terem infecções mais graves. · Sua forma cutânea aparece em 10-15% dos casos, maioria das vezes precedendo a forma sistêmica. É caracterizada pela manifestação de lesões acneiformes, ulcerações ou massas subcutâneas semelhantes à tumores. · A forma sistêmica normalmente aparece como uma meningite subaguda ou crônica, caracterizada por febre, fraqueza, confusão mental e alteração na visão. · O principal vetor é o pombo o fungo fica nas fezes dele; vive no solo e frutas secas. · Fatores de virulência: · Glucuronoxilomanana: polissacarídeo capsular que inibe a fagocitose, a migração leucocitária e o recrutamento de célula inflamatória. · Alteração regular no tamanho da estrutura da cápsula polissacarídea, que permite evasão imune. · Lacase: enzima que induz a formação de pigmento parecido com a melanina, com propriedade antioxidante. · Diagnóstico: · Exame direto: pesquisa de leveduras encapsuladas no LCR usando nankin (tinta da China). · Cultivo: crescem em ágar Sabouraud- dextrose à 30-35°C após 48-72 horas. Podem ser diferenciados de candida pelo ágar niger que, contém substratos fenotípicos e detecta fenoloxidase (forma melanina, deixando as colônias marrons). · Sorologia e histopatologia podem ser confirmatórios (urina e pus). · Tratamento: anfotericina B, fluconazol, desoxicolato (no caso de meningite criptocócica). candidÍASE · Infecção causada pelo fungo Candida sp. associada a uma quebra da homeostase. · Ocorre na forma de leveduras e pseudo-hifas. · Cresce melhor em superfícies quentes e úmidas. · Fazem parte da flora normal da pele, boca e trato GI. · Causa infecções superficiais em organismos imunocompetentes. · Infecções viscerais disseminadas tendem a ocorrer em pacientes neutropênicos quando barreira cutâneas ou mucosas são quebradas. · Fatores de virulência: · Adesinas: responsáveis por mediar a ligação à célula hospedeira. · Enzimas que contribuem para a capacidade invasiva. · Catalases: enzimas que auxiliam na sobrevivência intracelular através da resistência à morte oxidativa por fagócitos. · Adenosinas: bloqueia a degranulação (sensibilização das células responsáveis pelos choques anafiláticos) de neutrófilos e produção de radical de oxigênio. · Habilidade de crescer na forma de biofilmes em dispositivos e impedir a resposta imune e agentes antifúngicos. · São responsáveis por 80% das principais infecções fúngicas sistêmicas e são a causa mais comum de infecção fúngica em indivíduos imunocomprometidos.A candidíase envolvendo a boca e o esôfago é oportunista definidora de AIDS. · Respostas inatas e de células T são importantes para a proteção. Fagocitose por neutrófilos e macrófagos e morte oxidativa são a 1° linha de defesa; formas leveduriformes induzem uma resposta Th1 protetora; formas filamentosas tendem a induzir uma resposta Th2 não protetora. · As infecções superficiais de boca e vagina são mais comuns, produzindo placas brancas coaguladas superficiais facilmente descoladas, revelando uma mucosa irritada e avermelhada. · A mucocutânea crônica ocorre em pessoas com AIDS, com deficiência de imunidade de células T ou deficiências poliendócrinas. aspergilose · Infecção normalmente pulmonar, causada pelo fungo Aspergillus. · É um micélio ubíquio (onipresente) transmitido pelo ar em forma de conídios. · Cresce na forma de hifas septadas ramificadas em ângulos agudos, ocasionalmente com corpos de frutificação produtores de esporos eles germinam e se transformam em hifas, entrando no vaso sanguíneo. · Tende a invadir vasos sanguíneos com resultante trombose; consequentemente, áreas de hemorragia e infarto são sobrepostas à inflamação necrosante. · Neutrófilos e macrófagos são as principais defesas do hospedeiro, matando por fagocitose e espécies reativas de oxigênio. · Fatores de risco: · Neutropenia prolongada (mais de 7 dias). · Terapia com corticoide de alta dose a longo prazo. · Transplante de órgão. · Distúrbios hereditários de função neutrofílica. · Fatores de virulência: · Adesão à albumina, surfactante e uma variedade de proteínas MEC. · Defesas antioxidantes: melanina, manitol, catalase, superóxido dismutase catalisa a dismutação (quando uma molécula é oxidada e outra reduzida) do superóxido em oxigênio e peróxido de hidrogênio. · Fosfolipases, proteases e toxinas, incluindo aflatoxina (sintetizada pelo fungo quando cresce no amendoim). · Tende a infectar espaços abertos lesões pulmonares pré-existentes causadas por tuberculose, bronquiectasia (vias aéreas danificadas, impedindo a secreção de muco), infartos antigos ou abscessos podem desenvolver colonização secundária sem invasão tecidual. · Tende a ser mais invasiva e destrutiva em organismos imunodeprimidos (pneumonia necrosante) · A aspergilose broncopulmonar alérgica é uma reação de hipersensibilidade ao A. fumigatus. não relacionado à invasão fúngica · Sinais e sintomas: · Aspergilose invasiva crônica: tosse com hemoptise, dor torácica pleurística (derrame pleural) e respiração ofegante (se não tratada, leva à insuficiência respiratória progressiva). · Aspergilose pulmonar crônica: pode ter sintomas indolentes leves. · Aspergilose invasiva extrapulmonar: ocorre em pacientes gravemente imunocomprometidos; lesões de pele, sinusite e pneumonia são sintomas iniciais; pode comprometer o fígado, rins, cérebro e outros tecidos. · Aspergilose nos seios paranasais: pode formar aspergilomas (bolas fúngicas), sinusite fúngica alérgica ou inflamação crônica lentamente invasiva (febre, rinite, cefaleia e lesões cutâneas necrosantes) · Aspergilomas são geralmente assintomáticos, mas podem causar tosse leve e hemoptise. · Diagnóstico: · Culturas de escarros: menos em pacientes com aspergilomas ou aspergilose pulmonar invasiva. · Histopatologia: ajuda a diferenciar infecção invasiva de colonização; a amostra é coletada dos pulmões via broncoscopia. · Segunda maior causa de infecções hospitalares. · Contato com diversos ambientes como solo, plantas, material em decomposição e materiais de obra. · Tratamento: anfotericina B ou itraconazol. Infecções invasivas são em geral adquiridas por inalação de esporos ou por invasão direta por pele machucada.
Compartilhar