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Micoses endêmicas oportunistas 1
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Micoses endêmicas 
oportunistas
como é a célula fúngica?
as paredes celulares tem uma parede de açúcar → beta glucanas que são 
usadas como marcadores de identificação, as células podem fazer 
brotamento e a além disso na parede também tem um componente muito 
semelhante ao colesterol, por isso temos alguns efeitos colaterais dos 
remédios, devido a essa semelhança da parede. 
onde os antifúngicos podem agir?
na parede fúngica ou na síntese de proteínas.
qual a divisão dos fungos?
leveduras e filamentosos.
leveduras → colônias pastosas ou cremosas, unicelulares, mais 
importantes ⇒ candida albicans e não-albicans, criptococcus e 
trichosporus.
filamentosos → colônias cotonosas, aveludades e pulverulentos. formados 
por elementos multicelulares e de tubo, várias pigmentações, bolores. 
quais as características dos fungos?
crescem de forma mais devagar que as bactérias → precisam de média de 
7 a 15 dias ou mais de incubação, doença insidiosa.
mecanismos pra sobreviver frente a adversidades → esporos e 
reprodução na presença de altas e baixas concentrações de oxigênio. 
podem ficar latentes por muitos anos na natureza.
Micoses endêmicas oportunistas 2
o que temos para ter a infecção fúngica?
um desequilíbrio entre o status imune e a exposição. somos expostos 
frequentemente a vários tipos de fungos mas eles nem sempre se 
desenvolvem, nos imunocompetentes podem ter infecções fúngicas mesmo 
que saudáveis sendo elas localizadas ou em sua forma leve , já os 
imunodeprimidos já fazem formas mais graves de infecção ou generalizada.
como são classificadas as micoses pela localização da infecção?
micoses superficiais 
micoses cutâneas ou cutaneomucosas 
micoses subcutâneas.
micoses sistêmicas (dimorficos → levedura e hifa)
micoses sistêmicas (oportunistas)
quais as principais micoses superficiais?
tineas
piedra branca
ptiriase
caspa 
dermatite seborreica
quais as principais micoses cutâneas ou mucocutâneas?
dermatofitos → tricophyton e microsporo
candida → colonizante de pele e mucosas, boca, intestinos, pele (dobras), 
vulva, vagina, pênis, etc. ao ver candidíase oral analisar se tem um fator 
imunossupressor adjacente. 
quais as principais micoses subcutâneas?
esporotricose 
doença de jorge lobo
micetoma 
Micoses endêmicas oportunistas 3
cromoblastomicose 
quais as principais micoses sistêmicas (dismorficas)?
histoplasmose
paracoccidioidomicose → imitador da tuberculose e doença invasiva, 
pode se tornar doença mesmo no imunocompetente. 
quais as principais micoses sistêmicas (oportunistas)?
candidíase (invasiva)
criptococcose HIV/AIDS
aspergilose 
zigomicoses (mucormicose).
hyalo-hifomicoses (fusarium). 
quais os principais fungos de interesse médico ?
micoses endêmicas → paracoccidioides brasiliensis, histoplasma 
capsulatum, cryptococcus sp, sporothrix schenckkii, 
micoses oportunistas → candida spp ⇒ levedura (paciente longa 
permanência, neutropênico, etc), trichosporon sp e aspergillus sp, 
fusarium sp (neutropênicos, transplante de medula óssea) mucormicose 
(filamentosos)
como funciona a epidemiologia das infecções fúngicas → 
paracoccidioidomicose ?
paracoccidioidomicose  Brasil inteiro abaixo da linha do equador, região 
de muitos diagnósticos, principalmente região Sul e Centro Oeste. 
geralmente os pacientes que tem essa doença tem envolvimento com 
atividade rural, mais no homem jovem, sem relação com 
imunossupressão, faixa etária elaborativa 
como é a apresentação clínica da paracoccidioidomicose ?
na criança temos a forma subaguda com febre, hepatoesplenomegalia, 
linfonodos necrotisantes. 
Micoses endêmicas oportunistas 4
a apresentação mais comum são lesões crônicas, em mucosa oral no 
palato (granulosa), acometimento do sistema reticulo endotelial (linfonodos e 
baço), pacientes fazem lesões em laringe, com rouquidão.
forma crônica → principalmente imitando tuberculose, lesão pulmonar 
difusa e infiltrativa, insuficiência adrenal e comprometimento do SNC.
Como é feito o dx da paracoccidioidomicose ?
exame micológico direto → visualizar um fungo levedureforme com 
brotamento. cultura, patologia, imunodifusão dupla.
qual o tratamento da paracoccidioidomicose ?
itraconazol (seguro mas pode ter hepatotoxicidade), sulfameoxazol - 
trimetropim (dose alta tempo longo, nefrotoxicidade e hipercalemia), formas 
graves é usado anfotericina B, é um tratamento longo, pode levar febre, 
calafrio, disfunção renal em 30% dos pacientes, as de apresentações 
lipídicas são menos tóxicas.
quais as características da histoplasmose?
solo → fezes de aves e morcegos → cavernas, forros, construções 
abandonadas
imunossuprimidos 
HIV/AIDS 
Pacientes em uso de Anti TNF (adalinumab)
como são as formas de apresentação da histoplasmose?
forma aguda → disseminada, com quadro pulmonar exuberante, auto-
limitada. 
forma disseminada → febre, lesões cutâneas, linfonodomegalia e 
esplenomegalia, acometimento pulmonar, semelhante a tuberculose. 
como é o dx da histoplasmose?
cultura, micológico direto, patologia, antígeno urinário/sorologia. 
qual o tratamento da histoplasmose?
formas leves a moderadas → itraconazol. 
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formas moderadas a graves → anfotericina B
quais as características da criptococose?
cryptococcus neoformans
imunocomprometido
HIV/AIDS
cryptococcus gattii → imunocompetente, normalmente lesão mais 
benigna.
quais as formas clínicas da criptococose?
imunocompetente as vezes massas pulmonares 
pulmonar → usualmente não grave
SNC  principal manifestação é a meningite sub aguda, criptococoma as 
vezes. 
como é o dx da criptococose??
micológico direto → tinta da china, cultura, antígeno.
qual o tratamento da criptococose??
doença restrita ao pulmão, formas leves → fluconazol doses altas
sistema nervoso central → anfotericina + flucitosina/fluconazol
quais as características da esporotricose ?
S. schenckii → implantanção 
s. brasiliensis → transmissão pelo gato
estava associada a jardineiros que faziam plantação de rosas com 
espinhos.
quais as formas clínicas da esporotricose?
cutâneo limitade
cutâneo linfática → úlceras e nódulos no trajeto linfático
disseminada → imunocomprometidos 
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como é feito o dx da esporotricose ?
cultura, patologia, clínico epidemiológico. 
qual o tratamento da esporotricose ?
itraconazol, iodeto de potássio, terbinafina e calor local. 
quais as características da candidíase invasiva?
infecção de corrente sanguínea → candidemia
oportunismo em ambiente hospitalar
candidíase peritoneal
candidíase hepatoesplênica 
meningite por candida. 
não deve ser considerada quando encontrada no pulmão, considera como 
contaminante.
ela é uma levedura encontrada no intestino, muito associada como 
infecção secundária pós cirurgia peritonite por exemplo. 
quais os principais fatores associados as formas invasivas de candidíase?
paciente crítico em UTI, cirurgia abdominal de grande porte, diálise, 
colonização prévia, AIDS não é um fator de risco pra invasiva e sim pra oral e 
esofágica. 
como é feito o dx da candidíase invasiva?
alta suspeita clínica:
hemoculturas → candidemia
cultura de líquido peritoneal
radiológico → candidíase hepato esplênica
cultura de LCR  meningite
qual o tratamento de candida?
leque muito grande de opções de tto. 
Micoses endêmicas oportunistas 7
equinocandinas:
caspofungina
anidulafungina 
micafungina 
fluconazol → se não for forma grave.
fungos filamentosos e exacerbações clínicas?
paciente com doença hematológica maligna:
leucemia mielóide aguda 
síndrome mielodisplásica 
transplante de medula óssea 
neutropenia prolongada = 7 dias 
qual o principal representante dos fungos filamentosos do imunossuprimido?
principal representante aspergilose invasiva, principal local da doença é 
no pulmão, sinal do vidro fosco com lesão nodular → sinal do halo. 
pesquisa de antígeno galactomanana (sangue/ LBA
CULTURA DE ESCARRO
usualmentenão cresce em hemocultura
tratamento → voriconazol ou isavuconazol
acaba tratando de forma empírica pela suspeita do fungo filamentoso.
fusariose quais as características?
doença disseminada onde primeira manifestação é febre e lesões 
cutâneas. 
crescimento em hemocultura, cultura de biópsia
tto → voriconazol ou isavuconazol. 
quais as características da mucormicose?
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diagnóstico clínico com cultura. clássico era diabetes com cetoacidose, 
com situação de surtos no COVID na Índia. tratamento → anfotericina B, 
posaconazol, debridamento intenso.

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