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CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E ENGENHARIAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA E FÍSICA INGRID CARVALHO ISADORA VIANA MARIANA MANZO Associação de molas- Lei de Hooke ALEGRE-ES 2018 1. INTRODUÇÃO A Lei de Hooke é uma lei da física que está relacionada à elasticidade de corpos e à deformação causada pela força que é exercida sobre um corpo. Sendo assim, a teoria afirma que a distensão de um objeto elástico é diretamente proporcional à força aplicada sobre ele. Definindo, portanto, a fórmula geral da lei: Como exemplo, pode- se pensar em uma mola. Ao estica- lá, a mesma exerce uma força contrária ao movimento realizado. Assim, quanto maior a força aplicada, maior será sua deformação. Ademais, é importante analisar que cada material, de acordo com sua elasticidade ou rigidez, possui um limite em que pode ser comprimido ou expandido sem que haja deformação no mesmo. Após a mola ser puxada, pode- se perceber que a força aplicada para estica – lá é diretamente proporcional a força que ela exerce, mas com sentido contrário. Ou seja, deformação da mola aumenta proporcionalmente à força aplicada nela. A equação que relaciona a força que distende a mola devido ao peso P de um corpo com massa, pendurado na extremidade da mola é a seguinte: Dessa forma, obtém- se uma situação de equilíbrio, a qual tem- se duas forças de módulos iguais e sentidos contrários ( força e peso). Pode- se notar que a equação estabelece uma dependência entre P e a deformação da mola ∆x. Transcrevendo esta dependência na forma y=a x+b, obtém- se a seguinte correspondência : um gráfico de módulo do peso P versus a deformação ∆x da mola, tem- se o coeficiente angular, o qual corresponde ao valor da constante elástica k da mola. Portanto, é possível determinar a constante elástica da mola graficamente e quantitativamente. 2. OBJETIVOS · Determinar experimentalmente a constante elástica de molas simples e em associação; · Compreender a Lei de Hooke e suas aplicações. 2.1. Materiais: · 02 hastes com fixador; · 01 base tripé tipo estrela; · 01 régua 400 mm com fixador; · 02 ponteiras indicadoras de posição; · 01 jogo de molas; · 01 haste central; · 03 corpos de prova com gancho; · 02 corpos de prova sem gancho; · 01 dinamômetro de 2 N. 3. METODOLOGIA 3.1. Procedimentos: O equipamento foi montado, com finalidade de sustentar as molas e medi-las. Assim, para a série 1 utilizou-se uma mola mais grossa, a qual foi fixada ao equipamento e medida, tendo seu valor inicial anotado para fazer o cálculo da deformação. Em seguida, foi pendurada uma massa com gancho na extremidade da mola e seu comprimento foi medido novamente, essa etapa foi repetida para cada massa associada. Calculou-se a deformação, constante elástica e a força de cada corpo de prova por meio de um dinamômetro de 2 N. Os valores foram anotados na tabela 1. Ao final calculou-se a média da constante elástica e suas incertezas. Os mesmos procedimentos foram repetidos para as séries 2, 3 e 4. Sendo que no primeiro caso foi utilizada uma mola fina, no segundo duas molas finas associadas em série e no último três molas finas em paralelo. Os valores foram anotados respectivamente nas tabelas 2, 3 e 4. Por fim, confeccionou-se um gráfico baseado nas colunas 2 e 3 da tabela 1 e calculou-se os coeficientes linear e angular dele. 4. RESULTADO E DISCUSSÃO Tabela 1: Forças, comprimentos, deformações e constante elástica para mola mais grossa. N N mm mm N/m N/m 1 0,48 0,01 165 0,5 67 0,5 7,16 0,05 2 1,00 0,01 235 0,5 137 0,5 7,30 0,19 3 1,48 0,01 305 0,5 207 0,5 7,15 0,04 4 1,66 0,01 335 0,5 237 0,5 7,00 -0,11 5 1,80 0,01 358 0,5 260 0,5 6,92 -0,19 - - - 7,11 0,12 Gráfico 1: Força x Deformação Coeficiente angular: 6,85 Coeficiente linear: 0,04 Tabela 2: Forças, comprimentos, deformações e constante elástica para mola mais fina. N N mm mm N/m N/m 1 0,48 0,01 140 0,5 62 0,5 7,74 -0,13 2 1,00 0,01 200 0,5 122 0,5 8,20 0,33 3 1,48 0,01 265 0,5 187 0,5 8,00 0,13 4 1,66 0,01 294 0,5 216 0,5 7,70 -0,17 5 1,80 0,01 312 0,5 234 0,5 7,69 -0,18 - - - 7,87 0,19 Tabela 3: Forças, comprimentos, deformações e constante elástica para duas molas finas associadas em série. N N mm mm N/m N/m 1 0,48 0,01 156 0,5 30 0,5 16,00 -0,58 2 1,00 0,01 180 0,5 54 0,5 18,52 1,94 3 1,48 0,01 215 0,5 89 0,5 16,63 0,05 4 1,66 0,01 230 0,5 104 0,5 15,96 -0,62 5 1,80 0,01 240 0,5 114 0,5 15,79 -0,79 - - - 16,58 0,80 Tabela 4: Forças, comprimentos, deformações e constante elástica para três molas finas associadas em paralela. N N mm mm N/m N/m 1 0,48 0,01 118 0,5 21 0,5 22,86 -0,98 2 1,00 0,01 138 0,5 41 0,5 24,39 0,55 3 1,48 0,01 159 0,5 62 0,5 23,87 0,03 4 1,66 0,01 166 0,5 69 0,5 24,06 0,22 5 1,80 0,01 172 0,5 75 0,5 24,00 0,16 - - - 23,84 0,39 Pontos para discussão: 1. Interprete o significado físico do coeficiente angular obtidos por meio do gráfico pedido na série um. O coeficiente angular fisicamente representa a constante elástica. 2. Na série 1 houve a possibilidade de encontrar a constante elástica por meio de três procedimentos. Sendo assim, considerando a mesma mola no decorrer de todo o procedimento adotado na mesma, os valores para constante elástica são compatíveis entre si? Os valores obtidos através dos cálculos e do coeficiente angular foram próximos e por isso pode-se dizer que são compatíveis. A média da constante elástica através dos cálculos foi de 7,11 0,12 e o coeficiente angular, interpretado fisicamente como sendo a constante elástica foi 6,85. Levando em consideração as incertezas, os resultados foram próximos, como era esperado. 3. Mostre o que é esperado teoricamente quando associamos molas em série e em paralelo. Em uma associação em paralelo, a constante da mola equivale a soma de todas as constante que a formam. Já na associação em série, a força F aplicada é a mesma para todas as molas. 4. Discuta o significado do termo “Limite de elasticidade” tendo em vista as aplicações cotidianas desse conceito. Discuta também se em algum experimento esse limite foi ultrapassado? O limite de elasticidade é a máxima tensão que o material pode suportar sem apresentar deformação permanente após a retirada da carga, ou seja, se aplicarmos uma força que continua a aumentar até ultrapassar esse limite, o corpo perde a sua elasticidade e a deformação passa a ser permanente (inelástico). Ter conhecimento sobre este limite é muito importante, pois molas são bastantes utilizadas no cotidiano através de brinquedos, balanças analógicas e etc. 5. Compare os valores (valor principal e incerteza) das constantes elásticas das demais séries e observe se estão de acordo ao esperado teoricamente. Sim, os resultados estão próximos do esperado. 6. CONCLUSÃO Foi possível, a partir deste relatório, determinar, tanto experimentalmente quanto por meio de gráficos e cálculos, a constante elástica utilizando molas simples e associadas. Obtendo assim uma maior compreensão da Lei de Hooke. Os objetivos foram cumpridos e os resultados próximos ao esperado. REFERÊNCIAS Lei de Hooke. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/36147068/lei-de-hooke>. Acessado em 5 junho 2018. Disponível em: <http://efisica.if.usp.br/mecanica/basico/elasticidade/cotidiano/>. Acessado em 10 junho 2018. Ensaios dos matérias. Disponível em: <http://www.urisan.tche.br/~lemm/arquivos/ensaios_mecanicos.pdf>. Acessado em 10 junho 2018. Constante elástica 6.7000000000000004E-2 0.13700000000000001 0.20699999999999999 0.23699999999999999 0.26 0.48 1 1.48 1.66 1.8 Deformação (m) Força (N)
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