Buscar

Clínica psicanalítica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Clínica psicanalítica 
Universidade Estácio de Sá Macaé
Profª Ingrid G. Rosa
História da psicanálise
Freud (1856-1939)
(1873-1881)  Formação em medicina pela Universidade de Viena
(1885-1886)  Freud ganha bolsa para estudar durante 4 meses com um famoso psiquiatra, Jean – Martin Charcout, em Paris. 
 Charcout  Estudos sobre a histeria. 
  Uso da hipnose no tratamento.
 Uma exaltação do poder da mente sobre o corpo
(1886)  Retorno de Freud à Viena
Reencontro com Josef Breuer
Freud começa a trabalhar como associando de Breuer nos casos de histeria. 
Primeiro momento  Pré psicanalítico (1894 – 1897)
Sexualidade  Genitallidade
  É exterior e produtora de trauma
  Adulto como ativo das cenas
  Criança inocente – Teoria da sedução 
  A responsabilidade do sintoma é do outro 
  É preciso acabar com o excesso de energia - 
 método catártico.
 (1897)  Freud se questiona se as cenas relatadas pelas histéricas eram ou não reais. Se dá conta que há uma construção fantasmática retrógada. 
“As histéricas me mentem!” 
Freud se interessa pela histeria e através de seus atendimentos estabelece algumas conclusões;
Há uma relação entre o corpo que cria a realidade psíquica e a realidade psíquica que afeta o corpo.
Alguns acontecimentos podem causar um impacto tão grande quanto um trauma físico.
Existem algumas coisas no indivíduo que ele mesmo desconhece. Há algo no sujeito que ele não controla. Há inconsciente.
O eu não é senhor em sua própria casa.
O que ocorre na histeria é que uma parte desconhecida em mim precisa se manifestar, precisa alcançar o prazer de outras formas. 
Abandono da hipnose 
Tem um poder decrescente
Depende da autoridade do hipnotizador 
Depende se o paciente é apto ou não a ser hipnotizado
Freud um mal hipnotizador
Não há sujeito, assim como na ciência
O saber sobre o sintoma não está do lado do sujeito
Não é um saber do inconsciente 
Freud nunca desautorizou os efeitos terapêuticos da hipnose
A hipnose deixa para a clinica psicanalítica um resquício 
O divã
 A psicanálise
Uma regra fundamental  Associação livre
Por que o privilegiar a fala?
“Só a fala permite que o sujeito que emergirá nos tropeços das intenções conscientes daquele que fala, possa, além de emergir nesses tropeços, ser reconhecido como tal pelo falante.”
Luciano Elias
A fala permite o divorcio entre o significante e o significado.
É no tropeço do discurso do paciente que o inconsciente se manifesta.
Associação livre é fácil? É só falar e tudo se resolve? 
Há uma defesa – o sujeito deixa de saber de si, do seu próprio trauma
A defesa não é uma redução da consciência, é um ato do sujeito.
É um nada querer saber do desejo implicado ao trauma.
Se há defesa há resistência, uma consequência lógica!
Na origem do sintoma está o ato de defesa e no início do trabalho analítico está a tomada da resistência.
Pela resistência não somos transparentes ao nosso próprio inconsciente. 
A resistência será acolhida como parte do trabalho.
Se houver a exclusão da resistência, pela hipnose ou por qualquer outro meio, haverá a impossibilidade do sujeito se apropriar do saber inconsciente.
Onde há resistência há sujeito!
Segundo momento  Psicanálise 
Sexualidade  A criança é sexuada 
  Sexualidade infantil perverso polimorfa
  Há muitas formas de sentir prazer
  Distintas zonas erógenas
  Há desejo da criança pelo adulto
  Desejo inconciliável, é massacrado pela fantasia -
 o desejo não é meu é do outro.
 A ideia de trauma, como pensando no primeiro momento, vai desaparecendo e nesse sentido a responsabilização do sujeito entra em cena.
A responsabilidade está no próprio sujeito
“Qual a sua responsabilidade pela desordem da qual você se queixa?”
A criança é responsável por seus modos de satisfação, podendo e devendo ser compreendida também como um sujeito do inconsciente assim como o adulto. 
Nossas primeiras experiências de satisfação nos marcam para toda vida. Desta forma toda neurose será infantil.
 Neurose infantil Neurose de crianças
O saber está do lado do paciente e é da ordem do inconsciente.
“O saber em jogo na experiência da análise é um saber que se caracteriza por estar intimamente associado à verdade do sujeito, não é um saber acadêmico nem doutrinário, mas um saber singular. (...). Eis por que Freud sugere que o analista deve tomar cada novo paciente como se fosse o primeiro e escutá-lo em sua radical singularidade. O que isto significa? A singularidade remete para a reconstituição, aqui e agora, da história de um sujeito”
Jorge e Ferreira 
Inconsciente?
Não é a manifestação de uma irracionalidade presente no psiquismo, como muitos ainda entendem.
Também não é um deposito de ideias, mas é uma regra de associação e simbolização.
É um modo de operar que se baseia numa lógica estruturada, por um conjunto de processos de simbolização.
 Deslocamento  Quando a energia psíquica é passada de uma ideia para a outra
 Condensação  Uma ideia fusionada a outra.
Sujeito a leis próprias que visam o retorno a traços mnêmicos de satisfação. 
Não há tempo cronológico 
Em um primeiro momento o inconsciente é compreendido por Freud como tudo aquilo que foi recalcado.
Recalque?
Recalque  Está para além da repressão, é o que constituí o 
 aparelho psíquico. 
  Está na gênese dos conflitos psíquicos. 
  Negação de um desejo que não pode ser tolerado. 
Recalque primário  Inaugura o inconsciente 
Recalque secundário  Só é possível por já haver algo recalcado. É o que se repete a partir do primário.
Os desejos não admitidos pela consciência sofrem um processo de desligamento. A representação da coisa e a representação da palavra são desconectadas.
Processos primários  Onde as ideias desconectadas adquirirão um novo principio de ligação e por isso possibilitarão as formações inconscientes. 
Os desejos recalcados retornam, se fazem presentes apesar da resistência.
Há uma substituição do desejo recalcado mas que guarda em si traços desse desejo.
O que retorna é da ordem do meu desejo que não quero saber.
Manifestações inconscientes – Retorno do recalcado
Sintomas
Sonhos 
Chistes
Atos falhos 
 Desejo / Trauma  Recalque  Sintoma
Consciência Resistência 
O analista ouve a narrativa que o paciente faz de seu sintoma e sua história, identificando que ele diz algo que não sabe que diz - que não quer saber que diz. 
O analisando fala em associação livre e o analista ouve em atenção flutuante.
Atenção Flutuante?
Ouvir o que vem do inconsciente 
“... fazendo o próprio analisando ouvir-se, ouvir algo que ele diz e, sozinho, não escuta; pois diz algo dele que ele mesmo desconhece.”
Luciana Benigno
Há algo que é dito, mas que o sujeito não sabe que diz, um conhecimento estranho a si próprio. Como então poderíamos afirmar a existência de uma unidade integrada?
Há uma divisão no sujeito.
O homem não é um só, está dividido, e muitas vezes tem suas ações influenciadas ou determinadas por elementos que desconhece, conscientemente. 
Neste sentindo há de se pensar que o Eu e o sujeito são distintos.
Durante os atendimentos clínicos Freud também se deparou com a transferência, afinal de contas a resistência atua partir da transferência.
E o que é transferência?
Entendida a principio como algo negativo.
Se torna depois um dos conceitos fundamentais. 
Meio pelo qual a análise se torna possível.
É ela própria a personificação do inconsciente, manifestada a partir de uma relação de objeto.
É por ela que o inconsciente se atualiza. Se faz presente no tempo atual, demonstrando seus modos de estabelecer relações com os outros.
É a fantasia em cena. 
 “... Convocar o sujeitoa falar, segundo o método introduzido pela regra da associação livre, leva a que algo se produza, para além da palavra, mas nela inteiramente ancorado, e esse algo é a transferência.”
Luciano Elia
A transferência se formula pelo amor, pelo conjunto de todas as manifestações de afeto, sendo o afeto reconhecido como aquilo que afeta sem a mediação das significações. 
Aparelho psíquico 
Primeira tópica freudiana – A constituição do aparelho psíquico
As três instâncias do aparelho psíquico:
Consciente – “Órgão sensorial para a percepção de qualidades psíquicas.” Recebe as informações do mundo externo e do interior do aparelho, incapaz de reter traços das alterações, sem memória.
Pré-consciente – Sistema crítico que dirige nossa vida de vigília. É o filtro entre consciente e inconsciente, são os conteúdos que podem advir à consciência sem repressão.
Inconsciente – Conteúdo recalcado, armazena episódios traumáticos, ideias, sentimentos e desejos recalcados.
Atos psíquicos como realização de desejos  Formação de compromisso.
O desejo realizado é do inconsciente e do pré-consciente – o sintoma é determinado por um acordo entre as duas instâncias.
“O sintoma histérico só se desenvolve quando as realizações de dois desejos opostos, cada qual proveniente de um sistema psíquico diferente, conseguem convergir numa única expressão.”
Há um dualismos – um jogo de forças
Primeiro dualismo pulsional estabelecido por Freud : Pulsão sexual X Pulsão de auto conservação 
Pulsão sexual  Percorre seus próprios fins, busca pelo prazer.
Pulsão de auto conservação  São necessidades biológicas, distintas do instinto propriamente dito. Elas visam preservar o individuo.
Instinto
Possui objeto definido 
Todos os animais possuem 
Pode ser satisfeito
Segundo Lacan ao sermos apresentados a linguagem somos afastados de qualquer possibilidade de sermos seres instintivos – o ser humano já não possui mais instintos. 
Pulsão 
Não possui objeto definido – É o que há de mais variável na pulsão, pode ser variada infinita vezes.
É característico do Humano
Não se reduz a sua fonte – Possui fonte no corpo, mas possui função psíquica 
Exige um trabalho – Deseja ser satisfeita 
Está lá o tempo todo – ao contrário do que a ciência trazia sobre o instinto sexual que é satisfeita no ato, a pulsão sexual está nas trocas do sujeito com o mundo, inclusive da criança com o mundo.
A teoria da sexualidade
“Os Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade” (1905)  O Artigo que rompe relações. 
A psicanálise passa a ser chamada de pansexualista. 
A sexualidade é parte primordial da constituição do ser humano, está presente desde o início da vida. 
Para Freud no entanto, o ‘sexual’ nunca esteve relacionado somente ao coito.
“É tudo o que se relaciona com a distinção entre os dois sexos.” [In conferencia XX; p. 309]. 
Não é uma reta com um único alvo, a sexualidade pode ser compreendia como um labirinto, no qual cada um terá que encontrar seu caminho. 
A sexualidade infantil  As crianças não são assexuadas. 
Existe um caráter perverso polimorfo  O bebê não recalca suas fantasias, ele goza sem criar barreiras 
Autoerotismo
Uma unidade comparável ao EU não está presente no individuo desde o início. 
A unidade corporal virá com o tempo, com atos psíquicos. Até o narcisismo a criança ainda não compreende seu corpo como unificado.
 As pulsões são parciais – se satisfazem de forma independente
Busca de prazer no próprio corpo, apoiado as funções somáticas.
Fases do desenvolvimento psicossexual 
Fase oral
Fase anal
Fase fálica – E que diferenciação entre os sexos é essa?
AS crianças criam suas próprias teorias que muita das vezes vão dar conta de explicar as distinções sexuais por um determinado tempo. 
Durante a terceira fase descrita por Freud, ocorrerá uma tendência à unificação das pulsões parciais sob a zona erógena genital, que tem sua organização ainda diferente da fase da puberdade.
Na fase fálica a criança só reconhece um único órgão genital, o pênis. Nesse momento a antítese sexual será percebida pela oposição fálico-castrado. 
É nessa fase que, geralmente, as crianças entrarão em contato com o órgão genital do sexo oposto e perceberão a distinção entre eles. 
Complexo de Édipo 
 Fenômeno universal
Momento de socialização
É quando a criança se apropria de seu próprio desejo e reconhece a existência do desejo do outro para além dela. 
É o momento da inserção da lei na vida do sujeito.
Não é narrativo – É estrutural 
 Não é simplesmente o oposto entre a menina e o menino 
 A criança e a figura materna
O primeiro objeto de amor de uma criança é a mãe, ou a figura materna.
A criança se vê como o maior amor da mãe diante do investimento que ela recebe.
A partir disso a criança também investe nessa mãe, colocando a do mesmo modo neste lugar de amor maior.
O desejo da criança está em permanecer nesse lugar de exclusividade do amor materno.
 Complexo de Édipo em meninos 
Diante do desejo de continuar sendo a exclusividade do desejo materno o menino acabará por enxergar na figura paterna um rival. 
A presença do pai mostra para a criança que ela não é única na vida da mãe, que a mãe ama outras coisas para além dela. 
O menino passa a amar sua mãe e a experimentar um sentimento antagônico de amor e ódio em relação ao pai. 
A criança poderá fantasiar com a morte do mesmo e com modos de eliminá-lo, ficando por muita das vezes satisfeita com ausência do pai. Contudo tal fato proporciona um sentimento de culpa em relação a esse desejo. 
 Complexo de castração em meninos 
Tem início nas impressões da criança diante do órgão genital do sexo oposto.
 No primeiro momento os meninos rejeitam a ausência do pênis das meninas  Ainda vão crescer!
Em seguida, quando percebem que há uma verdadeira ausência do pênis nas mulheres, eles compreendem o fato como uma punição a algo e por esse motivo se sentirão ameaçados e com medo de serem castrados assim como elas o foram. 
O menino atualiza as ameaças de castração e seu medo de perder seu objeto tão precioso o faz encerrar seus atos masturbatórios e consequentemente afaste-se do complexo de Édipo.
 Complexo de Édipo em meninas 
Surge como uma formação secundária.
Ao se deparar com um pênis a menina percebe a sua ausência e tenta elaborar hipóteses do por que eles seriam diferentes. 
A primeira hipótese é de que ela possui o mesmo órgão suntuoso, no entanto de tamanho menor e inferior, o clitóris, mas que o mesmo ainda crescerá. 
Diante da conclusão de que não irá crescer, passa a acreditar que houve uma punição, por ter feito algo indevido. Quando percebe que sua própria mãe e as demais mulheres também são castradas, abandona a mãe como seu objeto de amor, por esta não poder lhe dar um pênis.
A mãe é abandonada e substituída pelo pai na fantasia de que este lhe ofereça o que sua mãe não lhe concedeu, tendo em vista que o pai o possui. 
O complexo de Édipo para os pós freudianos. 
Os pós freudianos iniciaram um processo de inserção da mãe enquanto pilar central do complexo de Édipo e de estruturação do sujeito.
Colocam a mãe como única responsável pelo bem estar e desenvolvimento da criança – o erro dela é que determina quem será esse adulto.
Melanie Klein coloca a mãe como detentora do “bem supremo” – o seio – e é isso que todos buscam reencontrar ao longo da vida.
O complexo de Édipo para Lacan
Lacan, na sua busca de um retorno a Freud, visa mostrar que esse objeto de gozo está perdido desde sempre, que a Coisa (das Ding) é perdida por sua própria natureza e jamais será reencontrada.
“O ser humano buscará, no decorrer de sua vida, um substituto para esse objeto perdido. Nunca é o objeto que se encontra, mas apenas suas coordenadas de prazer.”
Não Há bem supremo – a completude é da ordem do imaginário. O complemento é originalmente perdido. 
Ao nascer nos assujeitamos aos significantes (à fala) do Outro, não nascemos prontos, nos constituímos na relação com a fala que passa pela linguagem.
Na estrutura da linguagem esta a falta, na qual tanto o pai quanto a mãe estão submetidos,sendo os pais encarregados por transmiti-las. 
O complexo de Édipo para Lacan
Trará algumas distinções do elaborado por Freud.
É estrutural, não é uma narrativa
Frisa que para a psicanálise estamos falando de função
O pai é uma entidade simbólica, que ordena uma função eu possibilita o sujeito assumir sua posição sexual. 
O “papel social” “função simbólica”
O nome-do-pai entra como determinante, não como a pessoa do pai, mas com a importância que a mãe dá a autoridade imposta por ela. 
Nome-do-pai não é biológico.
O pai é quem porta a Lei e não quem educa a Lei
Representação da Lei Presentificação da Lei 
 
 
O complexo de Édipo para Lacan
Se dará em 3 tempos
Não é cronológico – É lógico  É o último tempo que dará significação ao primeiro.
O complexo de Édipo para Lacan trás a tona a pergunta que é principal ao sujeito.
Che vuoi? – O que queres de mim?
Primeiro tempo:
“Ser ou não ser o falo”
Mãe como objeto primordial
Criança assujeitada ao Desejo da mãe – a criança se identifica ao seu objeto de desejo, ser o que falta a mãe.
Triangulação primordial  Mãe – Bebê - Falo
Lei do capricho – Mãe que vem e vai
No primeiro tempo a criança fica a mercê do Desejo da mãe que diz de uma lei materna onipotente e de puro capricho.
A criança questiona o desejo da mãe 
A criança busca saber de como a mãe se posiciona diante do falo.
A criança responde objetalmente o que supões que a mãe quer  A criança busca ser o falo faltante – Dessa forma os dois se completam.
Algo é desconhecido para a criança diante do Desejo da mãe. 
O que deseja o Outro (encarnado pela mãe)? O que faz com que ela saia e retorne? O que mexe com o Outro além de mim? Para onde se dirige sue desejo?
É a Metáfora paterna que irá responder a essas perguntas do sujeito. 
O Falo!
Significante do desejo do Outro
A Metáfora Paterna barra o Desejo da mãe e resulta na inclusão da Lei no Outro e da significação fálica - testemunha da inscrição da castração. 
Segundo tempo:
“Ter ou não ter o falo”
Para evitar que a criança se fixe como objeto o Pai intervém.
Nome do Pai ( Nom du pare)  Interdição (Non)
Sob a criança  Interdita a satisfação incestuosa com a mãe e a criança renuncia o lugar de objeto de gozo do Desejo materno. “Não deitaras com sua mãe”
Sob a mãe  A criança é retira do local de objeto do gozo da mãe – “Você não possui o Falo! Não reitegrarás teu objeto”
Castração
Criança
Mãe 
Nesse momento temos um Pai imaginário (um outro falo rival)
No segundo momento a criança já havia saído da possibilidade de ser o Falo e nesse momento da castração ela também é retirada da possibilidade de ter o falo – É castrada assim como a mãe. 
Se inaugura o processo de simbolização. 
O Pai como interditor sob o Desejo da mãe só funcionará se ele for reconhecido como Lei por ela.
O Pai simbólico será aquele que supostamente detém o que a mãe deseja 
Terceiro tempo:
“Ter ou não ter o dom”
Declínio do Complexo de Édipo
Simbolização da Lei representado pela função paterna
Pai não mais como Falo rival
Pai suposto detentor do Falo
É preciso castrar o pai para que ele saia da posição de onipotência para a posição de potência.
O Pai não tem o Falo, mas tem alguma coisa com valor de Dom que desperta o Desejo da mãe.
Sim  tem que haver um sim para sustentar o não
Não é possível ter a mãe, mas é possível ter outras coisas.
Com o declínio do Complexo de Édipo entra em cena os processos de identificação.
Menino
Se identifica com quem detém
Guarda os títulos no bolso – “A mamãe é sua, mas no futuro..”
Menina
Se identifica de alguma forma com a mãe – não detém, mas sabe onde buscar. 
Nome – do – Pai  Homem  Virilidade (buscar outras mulheres)
  Mulher  Ser o objeto de desejo do homem
Narcisismo 
Não diz de uma doença.
Freud o classifica como processo constitutivo – inerente ao desenvolvimento sexual.
É caracterizado pela unificação das pulsões, por consequência à unificação do eu e também pelo o eu ser tomado como o objeto de amor. 
É a relação do sujeito com a própria imagem – constituição do eu. 
Narcisismo para psicanálise diz respeito à uma relação com a imagem, ao processo identificatório e ao investimento. 
O produto desses três elementos conduz a uma forma de fascínio. 
No entanto, ali onde há fascínio também há servidão, ao passo que não é possível ver outra coisa para além disso.
Imagem 
Modo de eu me fazer ver pelo outro, como eu me apresento para o outro. 
Identificação
 Se identificar a uma imagem. Faz da imagem um cartão de visita.
Investimento
Tem que se colocar algo de si na sustentação dessa imagem – energia, força, vitalidade, interesse, tudo voltado para a sustentação dessa imagem identificatória. 
Freud distingue dois tipos de narcisismo, 
Primário  Neste momento a criança toma a si mesma como objeto de amor antes de qualquer escolha objetal externa (distinto do autoerotismo).
No autoerotismo o investimento libidinal caracteriza um estágio anobjetal, enquanto que no narcisismo primário a libido é investida no eu como objeto. 
Só se estabelece através das relações do bebê com as pessoas que o rodeiam.
“Sua majestade o bebê”  A criança se vê e se entende como o centro de seu amor, algo estimulado pelos pais que incentivam o narcisismo da criança tratando todos seus desejos como centrais. 
O narcisismo primário se interrompe quando a criança passa a ter barreiras impostas a seu desejo, e a realidade passa a lhe fazer exigências. 
Nesse momento a criança se dá conta de que ela não é majestade em sua casa. 
A criança passa a se entender como parte de um mundo, necessitando criar relações com outros objetos, nos quais investe sua libido, esses serão seus objetos sexuais. 
É a partir desse período que será possível a sociabilização, os investimento da libido em objetos fora do corpo. 
Secundário  Apreendido como o retorno da libido do objeto para o eu. 
Ocorre várias vezes no decorrer da vida.
É a volta da libido investida em um objeto para o eu, como irá ocorrer no findar do complexo de Édipo, por exemplo. 
Em um caso de luto, de término de relacionamento, doenças...
Perturbações ao narcisismo primário
Complexo de Édipo
Pulsões sexuais x Pulsões de auto conservação  Recalque
O recalque parte da avaliação que o Eu faz de si mesmo.
O sujeito erigiu em si um ideal, pelo qual se mede.
A satisfação libidinal já alcançada em algum momento é algo que o ser humano não renuncia. O sujeito visa alcançar novamente sua completude e perfeição vivenciada na infância. Ele procurará recuperá-la na nova forma de um ideal de Eu.
“Assim, o que o ser humano projeta diante de si como seu ideal é o substituto do narcisismo perdido de sua infância, durante a qual ele mesmo era o seu ideal.”
O Eu
Parte do ISSO que é modificada pela influência do mundo externo através das identificações;
O Eu se forma diante de um novo ato psíquico, no momento entre o autoerotismo e amor de objeto. 
Quando se é percebido como imagem, em um dualismo (eu ideal e ideal de eu).
Fonte da resistência  Aquilo que censura, o que resiste é do Eu, não quer modificar aquilo que está fixado de si.
Deve servir a três senhores, Impulsos do ISSO, o mundo externo e a severidade do SUPEREU.
Eu ideal 
Aquilo que gostaríamos de ter sido
Lugar no desejo dos pais, das expectativas sociais, naquilo que o outro espera da gente
O sujeito enquanto objeto, aquilo que completa a expectativa do outro
Lugar que o sujeito recorre no momento de angústia e desamparo
Ideal do Eu
Precursor do SUPEREU
Projeta uma imagem idealizada – identificada com os ideais parentais e coletivos
Como eu devo ser para ser amado
Como eu devo ser para poder desejar
Ideais reguladores, aquilo pelo qual o sujeito se orienta 
Há uma distância entre esse ideal e o EU
Supereu
Surge pela identificação aos cuidadores;
Herdeiro do complexo de Édipo – “Tem de ser como seu pai, não pode ser como seu pai”;
Incorporação da lei – adquire uma lei própria;
Instância crítica – Vigia e compara, julga e puni;
Compara o Eu com seu ideal
Instância do cuidado – organizar ademanda de amor
Instância do dever – imperativo de gozo, procura a satisfação
Mantem a civilização – permite que o laço social se estabeleça 
Formas de manifestações narcísicas ao longo da vida;
Doenças  Deixamos de investir no mundo externo e voltamos a libido para nós mesmos
Hipocondria  Investimos libidinalmente na fantasia de adoecimento o que provoca a retirada se libido dos objetos.
Dormir  A libido passa por uma regressão, o mundo perde interesse em detrimento do ato de dormir.
Luto  Diante da perda do objeto eu necessito reinvesti essa libido, agora livre, em mim mesmo. 
Escolha objetal
“Um forte egoísmo protege contra o adoecimento, mas, no final, precisamos começar a amar para não adoecer, e iremos adoecer se, em consequência de impedimentos, não pudermos amar.”
É necessário investir libido em objetos para não adoecer. Um represamento excessivo de libido no eu causa desprazer e adoecimento. 
A vida amorosa é, também, uma via de acesso ao narcisismo. 
Os objetos sexuais são tomados a partir de uma experiência de satisfação. Dessa forma o primeiro objeto sexual será a mão ou seu representante. 
Escolha objetal
Tipo narcísico:
O que se é (a si mesmo);
O que se foi;
O que se gostaria de ser;
A pessoa que outrora fez parte de nosso próprio Si-mesmo
Por veiculação sustentada:
A mulher que nutre
O homem protetor 
Estádio do Espelho
Em 1949 Lacan publica "O estádio do espelho como formador da função do Eu, tal como é revelada na experiência psicanalítica" 
Assim como Freud, Lacan demarca que o recém-nascido tem seu organismo marcado pelos sinais de mal-estar e falta de coordenação motora nos primeiros meses.
 Em um primeiro momento o corpo é experimentado como despedaçado, sem significação.
A unidade e identidade corporal ainda será alcançada, sendo apenas possível na relação com o Outro. 
O estádio do espelho se dá em três tempos:
No primeiro momento a criança que é colocada de frente para o espelho perceberá a imagem do seu corpo como uma realidade, como um outro exterior a ela. 
Em um segundo momento, a criança descobre que o outro do espelho não é uma realidade, mas sim uma imagem. 
Por fim, a criança reconhece e assume essa imagem refletida como sendo a dela, o que só será possível se houver um Outro que a aponte e confirme a descoberta realizada pela criança. 
O estádio do espelho funciona como uma identificação, uma transformação produzida a partir do reconhecimento da própria imagem diferenciada das demais.
A formação do Eu será designada pelo Eu ideal que o apresenta a si mesmo como indivíduo através do olhar. 
O Eu ideal seria uma imagem que ao mesmo tempo aliena e constitui, isso porque na medida em que é externa, oferecida por um Outro, que neste momento pode ser representado por quem cuida do bebê, ela aliena. Mas também é uma imagem constituinte visto que o sujeito se organiza na tentativa ser essa imagem.
A identificação do bebê se dá com a imagem do semelhante que lhe mostra a sua imagem no espelho. 
É o olhar deste Outro que dará uma significação para aquilo.
A apresentação do Eu é constituída pela imagem especular – ao passo que o estádio do espelho é inaugurado pela identificação com a imagem do Outro. 
A unificação de sua imagem do espelho é uma ilusão. 
Algo da imagem real não é capaz de ser transmitida para a imagem virtual, algumas coisas se perdem neste caminho.
Isto também irá ocorrer com a criança, pois alguns significantes não passam e ficam no inconsciente, tendo em vista que a falta é preenchida por um ideal isto desencadeará o questionamento;
 "O que o Outro quer de mim?". 
A criança se localizará nesse olhar do Outro para saber o que deve fazer – Assim como foi realizado na terceira fase de estádio do espelho em que a criança se volta para o adulto com o intuito de buscar seu assentimento, busca no Outro a validação de si e de suas ações. 
Diante do espelho lacaniano, o bebê passa de uma fragmentação para uma unificação da imagem de si, contudo uma imagem que ainda assim fica incompleta e gera questionamentos sobre si e sobre o Outro. 
A constituição do Eu, segundo Lacan, tem um caráter ilusório e especular. 
A totalidade do eu é imaginária, sendo fragmentada em sua própria origem.
Para a constituição do sujeito faz-se necessário a desvinculação da sombra do desejo deste Outro que o cerca desde antes de seu nascimento e se acentua durante seu desenvolvimento. 
Caso isso não ocorra, será impossível a identificação com outros objetos ao longo de sua história. 
É preciso se afastar deste Outro para assumir os desejos que são próprios do sujeito e que não sejam do Outro constituinte.
O diagnóstico em psicanálise 
A psicanálise trabalha com o recurso da hipótese diagnóstica 
Tem como referência a clínica do um – a – um em oposição a clínica psiquiátrica que classifica a patologia a partir de seus sintomas (objetivo descritivo).
Trabalha sobre a ética do bem dizer, ou seja, não está a serviço dos preceitos morais da civilização e não visa educar a partir de um bem comum. 
Será dado a partir de um acolhimento das manifestações inconscientes , que passam a adquirir significado ao próprio ser falante. 
Qual a posição do sujeito frente a sua castração? 
 “Ao se diagnosticar alguém sem considerar as singularidades e as questões subjetivas, passa-se a inserir esse sujeito em um grupo, definindo propriedades que o representam e certamente marcando um lugar de mortificação subjetiva. Esse sujeito passa a ocupar um lugar de objeto no mundo científico, onde seus sinais e sintomas podem ser estudados e preconcebidos.”
Oliveira, M. 
 “Ao apólogo médico “diagnosticar para tratar”, Freud contrapõe o “diagnosticar tratando”, mostrando que o diagnóstico em psicanálise é uma construção, e não uma classificação. Não basta circunscrever um nome e dá-lo ao sujeito, pois este, na sua eterna excentricidade, nunca vai estar lá onde é esperado. O diagnóstico psicanalítico visa a causa mas não a doença e sim o sujeito”.
Machado, O. (2001)
Estruturas clinicas
Freud:
Neuroses  A libido sofre uma introversão, desvia-se dos objetos reais para as fantasias, os objetos psíquicos.
Aquilo que Freud chama de "libido objetal", a energia psíquica que investimos nas coisas do mundo, que cria nossas relações sentimentais e de desejo por elas, é desinvestido e se volta para nós mesmos.
Se caracteriza por um Eu submisso ao Supereu, tentando recusar as pulsões advindas do Isso, trabalhando pela visa do recalcamento.
As pulsões do Isso insistem em se fazer presente, logo o material recalcado retorna por vias substitutivas.
Parafrenias (como Freud nomeava as psicoses)  Ocorre não uma introversão, mas sim uma regressão: a libido não é investida em nenhuma fantasia, mas corta qualquer relação de investimento objetal, volta-se para o próprio indivíduo.
A libido que os parafrênicos investem em si mesmo não são depositadas em fantasias.
Aqui há um conflito entre o Eu e o mundo externo. O sujeito cria uma nova realidade, que está de acordo com os impulsos do Isso.
“Na neurose, um fragmento da realidade é evitado por uma espécie de fuga, ao passo que na psicose ele é remodelado... a neurose não repudia a realidade, apenas a ignora: a psicose a repudia e tenta substituí-la”. (Freud)
Pensar o diagnóstico estrutural, é pensar a partir de uma conceituação, de uma construção que se deu e que embasou estruturalmente o que hoje se apresenta. 
Estrutura  Construção teórica que pensa uma determinada experiência e o significado dela para um grupo, uma sociedade e um individuo. É aquilo que organiza sem que seja necessariamente visto ou sabido. 
A inter-relação entre os elementos impostam mais do que os componentes dos elementos.  Dessa forma pensamos sempre na função ocupada e não no elemento em si.
As estruturas clinicas são modos de resposta ao desejo do Outro. Há uma escolha forçada ligada a como o sujeito se coloca com relação a falta, ao desejo.
Perversão  Desmentido, nega e afirma a castração do Outro, retorna no simbólico sob a forma de fetiche – há a falta e há o que a complete.Psicose  Foraclusão do Nome – do – Pai, nega a castração do Outro sem deixar traço ou vestígio. Fica como objeto de gozo desse objeto não barrado. Fica preso ao primeiro tempo do Édipo.
 Neurose  Recalque, nega a castração do Outro, conservando o registro no inconsciente. Faz uma separação entre o afeto e a ideia, a ideia é recalcada e o afeto se manifesta de formas distintas.
Histérica  Afeto se atrela ao corpo. Desejo que trabalha para se manter insatisfeito. Remete ao outro o seu desejo.
Obsessiva  Afeto se liga ao pensamento. Marca o seu desejo como impossível, marca a falta em si.
Fóbica  Afeto ligado à um objeto. Marcar o seu desejo como advertido. 
Ao pensar o diagnóstico estruturalmente um pergunta muito importante entra me cena:
“Por que agora?”
Se tudo vinha funcionando até esse momento, o que ocorreu para que deixasse de funcionar? O que ocorreu que deixou escapar o problema sem solução? 
O que é que o paciente tem a ver com seu sintoma? Onde é que eles são cúmplices?
É pelo furo que o sujeito aparece. Quando o Outro não é capaz de dar mais respostas.
Fundamentos da clínica psicanalítica para Lacan
Inconsciente
Repetição
Transferência 
Pulsão
Esses conceitos permitem mostrar o funcionamento estrutural do sujeito que busca o processo analítico. 
A associação livre permite que se estabeleça o encadeamento dos significantes e que a partir disso seja possível perceber o incoerente e absurdo que se manifesta através da fala do paciente.
É com isso que o inconsciente, a repetição, a transferência e a pulsão se manifestam.
Inconsciente 
Atemporal
Mas o sujeito do inconsciente produz uma estrutura temporal – através do escape. A clinica pergunta ao sujeito do inconsciente. 
É estruturado como uma linguagem 
Não é um espaço físico. 
Não é um código a ser decifrado
Não está pronto, é articulável, no encontro com o outro sujeito – Se revela na fala (o corpo também fala)
Principio de não contradição não opera – duas coisas opostas podem coexistir perfeitamente
Sustenta a indestrutibilidade do desejo
Pulsão
Sua fonte está no corpo parcial
A pulsão sempre esteve lá, mas o corpo integrado não
Conceito limite entre o somático e o psíquico – Faz a articulação entre eles
Não há psíquico sem corpo e vice versa.
Força constante – Não é uma força momentânea de impacto
Pressiona o tempo todo em busca de satisfação.
O seu objeto é o que tem de mais variável
Fica em torno do objeto perdido – sustento da repetição. 
Repetição
Coloca o aparelho pulsional em jogo
Sustenta os ideais 
Demonstra que algo ainda precisa ser dito
Quando começa a perder o sentido o sujeito começa a se implicar (algo que cai impossibilita que aquilo continue sendo mantido da mesma forma.
Após essa queda – dos ideais – o sujeito precisará encontrar uma nova forma de descarregar sua pulsão, pois ela fica saída pela via que ela sempre passava 
Transferência
É amor – a repetição da história dos nossos amores 
Repete algo que se apresenta no mundo
Está no mundo, nos colocamos no mundo de forma transferida – Na análise, no entanto ela funciona como forma de operacionalizar o trabalho.
É a miniatura das nossas neuroses 
É a suposição de um saber no outro – é por essa via que nós amamos
Somos tentados o tempo todo a nos colocarmos como servo no desejo do outro
O que sustenta a transferência do analisando é o analista não sustentar a repetição – não deve se dar a mesma resposta que o sujeito já encontra no seu mundo. 
O que visa uma análise é levar a transferência a sua dissolução.
Podemos nos livrar e fazer o luto de um amor.
No fim de uma analise o próprio analisando irá ocupar a posição de causa do desejo.
O acompanhamento analítico não visa a eternidade, é preciso que o analista sustente o seu fim, sustente o desmonte da transferência. 
A clinica psicanalítica:
É pautada na ética do desejo – compreende a existência da falta e sua permissão a vida. 
Ouve a singularidade acima de tudo.
Não visa o bem da pessoa – não há crença em bem supremo.
O analista é aquele que deixa algo cair, inclusive o seu próprio pressuposto de desejo de cura.
O analista é aquele que se separa do que se vê e do que se sente.
Um processo de análise é aquele que compreende que o sujeito está para além da casca que ele mostra.

Continue navegando