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Histologia do Aparelho reprodutor feminino

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Histologia do Aparelho reprodutor 
feminino 
 INTRODUÇÃO 
 O sistema reprodutor feminino é dividido em: 
1) Órgãos reprodutores femininos internos – 
composto pelos ovários, tubas uterinas, útero 
e vagina, estão localizados na pelve; 
2) Genitália externa - 
monte do púbis, lábios maiores 
e menores do pudendo, clitóris, 
vestíbulo e abertura da vagina, 
hímen e óstio externo da 
uretra, estão localizados na 
porção anterior do períneo 
(pudendo feminino – vulva); 
 Os órgãos reprodutores 
feminino interno sofrem alterações estruturais e 
funcionais ao longa da vida – ciclo menstrual e 
gravidez -, em decorrência de variações hormonais 
e de atividades neurais; 
 
 OVÁRIO 
 FUNÇÕES: 
1) Gametogênese – representa a gônada 
feminina; 
2) Hormonal – produz esteroides; 
2.1. Estrogênio – desenvolve as características 
sexuais secundárias nas meninas; 
2.2. Progesterona – preparação de órgãos 
sexuais para a gravidez, principalmente os o 
útero; 
 ESTRUTURA 
 Antes da puberdade possui uma superfície lisa, 
com o decorrer da vida reprodutiva ela acumula 
cicatrizes irregulares como resultado das 
ovulações; 
 Em um corte longitudinal, temos a caracterização 
de duas regiões: 
1) Medula do ovário – porção central, possui 
tecido conjuntivo frouxo, vasos sanguíneos, 
nervos e vasos linfáticos; 
2) Córtex do ovário - porção periférica, contém 
os folículos ovarianos, apresenta um tecido 
conjuntivo rico em células; 
OBS: o limite entre as duas regiões é 
denominado indistinto; 
 A superfície é composta por células cuboides que 
em algumas partes podem se tornar 
pavimentosas, essa camada celular é chamada de 
epitélio germinativo; 
 Túnica albugínea separa o epitélio germinativo do 
córtex ovariano, é um exemplo de tecido 
conjuntivo denso; 
 
 FOLÍCULOS OVARIANOS 
 Encontrados no córtex ovariano, apresenta no seu 
interior um ovócito; 
 O tamanho do folículo indica o estado de 
desenvolvimento do ovócito; 
O TIPOS 
1) Folículos primordiais 
 Estágio inicial de 
desenvolvimento; 
 Surgem no meio intrauterino; 
 Seu crescimento independe de 
gonadotrofinas; 
 São encontrados no córtex 
ovariano, logo embaixo da túnica 
albugínea; 
 O ovócito é circundado por apenas uma camada 
de células foliculares achatadas; 
2) Folículos em crescimento (primários e secundários 
ou antrais) 
2.1. Primário 
 Aumento do tamanho do ovócito; 
 Proliferação de células foliculares achatadas que 
se tornam cuboide; 
 Formação da zona pelúcida - revestimento 
extracelular feito por proteínas (glicoproteínas) 
secretadas pelo ovócito; 
 Células foliculares  Células da granulosa – A alta 
divisão mitótica das células foliculares (até então 
simples) gera a formação de um epitélio 
estratificado – membrana/ estrato granuloso -; 
 Com a proliferação das células da granulosa, as 
células de sustentação (estroma) 
que circundam o folículo forma 
uma estrutura denominada teca 
folicular; 
 Teca interna – camada 
interna vascularizada e com 
células secretoras (LHprodução 
de esteroides) e fibroblasto; 
 Teca externa – células musculares lisas e feixes de 
fibras de colágeno 
 
2.2. Secundário ou antral 
 A fusão de cavidades 
gera um antro, estrutura em 
formato de C; 
 Com o aumento do 
tamanho do folículo, as células 
da granulosa que reveste o 
antro também aumenta, 
formando uma região espessa 
chamada de cúmulo oóforo que 
forma, por sua vez, a coroa 
radiada; 
 
 
 
3) Folículos maduros ou de Graaf 
 Diminuição da atividade mitótica das células da 
granulosa; 
 O ovócito e as células do cúmulo (forma a coroa 
radiada) são afastados do restante das células da 
granulosa; 
 
******************** RODAPÉ ********************* 
 LH  teca interna  androgênios, não são 
capazes de produzir estrogênios (ausência da 
enzima aromatase); 
 FSH  células da granulosa  androgênios 
convertidos em estrogênios  aumento no 
tamanho do folículo; 
 A adenohipófise induz um surto de liberação de 
FSH ou de LH aproximadamente 24 horas antes da 
ovulação. Em resposta ao surto de LH, os 
receptores de LH nas células da granulosa são 
infrarregulados (dessensibilizados), e as células da 
granulosa param de produzir estrogênios em 
resposta ao LH. Desencadeada por esse surto de 
LH, a primeira divisão meiótica do oócito primário 
é reiniciada. Esse evento ocorre entre 12 e 24 
horas após o surto de LH, resultando na formação 
do oócito secundário e do primeiro corpúsculo 
polar. As células tanto da granulosa quanto da teca 
sofrem então luteinização e passam a produzir 
progesterona – corpo lúteo; 
 ************************************************ 
O CORPO LÚTEO OU GLÂNDULA LÚTEA 
 Representa as células remanescentes da parede 
folicular – células da granulosa e tecais - dobradas 
em pregas colapsadas; 
 Tipos celulares encontrados: 
a) Células luteínicas da granulosa – células 
grandes, localizadas no centro que produz 
hormônios: progesterona, estrogênio e 
inibina; 
b) Células luteínicas da teca – menores, mais 
coradas de localização periférica e secretam 
androgênios e progesterona; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Pelo estímulo do LH – que resulta na ovulação – o 
corpo lúteo dura de 10 a 12 dias, sofrendo 
apoptose se não ocorrer um novo estímulo dado 
pela fecundação  corpo lúteo de menstruação; 
 A degeneração do corpo lúteo a concentração de 
esteroides diminui e o FSH é liberado em maior 
quantidade  estimula o crescimento rápido dos 
folículos e inicia um novo ciclo menstrual; 
 Corpo albicans  cicatriz dada pela degeneração 
do corpo lúteo, o corpo lúteo de gravidez é maior 
que o de menstruação; 
 No caso de fecundação, o HCG (ação semelhante 
ao LH) realiza um sinal que atua sobre o corpo 
lúteo, o qual não se degenera e vai desenvolver 
sua função secretora de progesterona que vai 
manter integro a parede uterina e estimula a 
secreção de glândulas uterinas (nutrição pré-
placentária)  corpo lúteo de gravidez; 
O ATRESIA 
 Apoptose das células da granulosa dos folículos 
ovarianos; 
 Apenas uma pequena quantidade de folículos 
trona-se maturo; 
 Durante o ciclo ovariano, geralmente, apenas um 
folículo torna-se maduro; 
 Desaparecem no estroma (sustentação) do ovário; 
 TUBAS UTERINAS OU TROMPAS DE 
FALÓPIO 
 Par bilateral que une o ovário ao útero; 
 Local onde ocorre usualmente a fecundação e o 
transporte do zigoto até o útero; 
 Divisão: 
a) Infundíbulo; 
b) Ampola; 
c) Istmo; 
d) Parte uterina; 
 Composição da parede das tubas uterinas: 
a) Serosa ou peritônio – camada externa, 
composto por mesotélio e fina camada de 
tecido conjuntivo; 
b) Muscular – maior extensão, fibras circulares e 
longitudinais; 
c) Mucosa – revestimento interno, existência de 
pregas, composto por um epitélio simples 
colunar ciliado e não ciliado; 
c.1. Células ciliadas – grande presença no 
infundíbulo e na ampola, a onda ciliar possui 
direção ao útero; 
c.2. Células em cavilha não ciliadas – 
secretoras de material nutritivo ao óvulo; 
 Auxílios na movimentação dos gametas: 
a) Cílios; 
b) Musculatura – contração peristálticas do 
músculo liso; 
 Gravidez acometida nas tubas uterinas – ectópicas; 
 
 
 
 
 
 ÚTERO 
 Órgão oco que sofre constantes mudanças no ciclo 
menstrual; 
 Divisão: 
a) Corpo – porção superior, parte além das tubas 
uterinas é chamada de fundo do útero; 
b) Colo – parte inferior, óstio interno ou 
endocérvice representa a porção de 
comunicação do útero a cavidade uterina, 
óstio externo ou ectocérvice comunicação 
entre o útero e a vagina; 
OBS: parte que delimita o colo do corpo é o 
istmo uterino; 
OBS: parte que separa o óstio interno do 
externo é chamado de zona de transformação, 
local onde, geralmente, ocorre o câncer do 
colo do útero; 
 Divisão das camadas da parede do útero: 
a) Endométrio – mucosa; 
 Composto porcélulas epiteliais e lâmina própria 
que contém glândulas tubulares simples e 
ramificadas; 
 O revestimento é dado por epitélio simples 
colunar e ciliado, e células secretoras; 
 Divide-se em: 
1) Camada basal: mais profunda e próxima ao 
miométrio, composta por tecido conjuntivo e 
a parte inicial das glândulas uterinas, não sofre 
grandes alterações durante o ciclo menstrual; 
2) Camada funcional: 
porção superficial do útero, 
composta por tecido conjuntivo, 
pela parte final das glândulas 
uterinas e pelo epitélio superficial, 
sofre grandes alterações durante o 
ciclo menstrual; 
b) Miométrio – camada 
muscular mais espessa; 
 Sofre alteração com a 
gravidez  hiperplasia (aumento 
no número de células musculares) 
e hipertrofia (aumento no 
tamanho das células); 
 Divide-se em: 
1) Estrato vascular: 
camada média composta por 
numerosos vasos sanguíneos e 
vaso linfáticos, é a camada mais 
espessa, feixe de músculo liso 
com padrão circular; e 
2) Camadas internas e 
externas: feixes musculares 
paralelos longitudinalmente ao 
útero; 
c) Perimétrio – camada 
serosa externa, constituída por 
mesotélio (tecido que reveste 
epitélios) e tecido conjuntivo; 
O CICLO MENSTRUAL 
 Progesterona e estrogênio controla grande parte 
da estrutura e função dos órgãos; 
 Sistema de vascularização do endométrio 
corresponde a artérias arqueadas – camadas 
médias do miométrio – que parte dois grupos 
arteriais que disponibiliza sangue ao endométrio: 
1) artérias retas ou radiais – irrigação da camada 
basal e 2) artérias espirais – irriga a camada 
funcional; 
 Fases do ciclo menstrual em relação ao 
endométrio: 
a) Fase menstrual 
 Corpo lúteo mantém a produção de hormônios por 
aproximadamente 10 dias após a ovulação, após 
isso, sem a fecundação, o corpo lúteo é 
degenerado e ocorre a diminuição hormonal; 
 A partir do declínio abrupto hormonal, ocorre 
alterações do suprimento sanguíneo no estrato 
funcional; 
 Isquemia do estrato funcional – diminuição da 
oferta sanguínea ao estrato funcional (hipoxia - ↓ 
O2); 
 Ruptura do epitélio superficial e dos vasos 
sanguíneos; 
 A descarga vaginal é constituída por sangue, 
líquido uterino e células estromais e epiteliais que 
descamam do estrato funcional; 
 A descamação persiste até permanecer apenas a 
camada basal; 
b) Fase proliferativa 
 Início dado pela influenciada do estrogênio; 
 Proliferação das células estromais (sustentação), 
endoteliais e epiteliais do estrato basal; 
 Glândulas retilíneas; 
 Artérias levemente espiraladas; 
c) Fase secretora 
 Influenciada pela progesterona, alterações no 
estrato funcional; 
 Iniciado aproximadamente no segundo dia após a 
ovulação; 
 Aumento no tamanho das glândulas – tornam-se 
tortuosas e o lúmen preenchido por secreção 
(nutrição inicial do embrião); 
 Hipertrofia das células epiteliais; 
 Aumento da vascularização – artérias aumentam 
de comprimento e tornam-se mais espiraladas; 
 Edema do endométrio – ”inchaço”; 
 OBS: a influência do estrogênio e da progesterona 
faz com que as células do estroma se diferenciam 
em células grandes e pálidas, ricas em glicogênio 
(reserva energética) – células deciduais 
(decidualização); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CÉRVICE UTERINO/ MUCOSA CERVICAL 
 Porção cilíndrica mais baixa do útero; 
 O endométrio dessa porção se diferencia do 
restante do útero – não sofrem grandes alterações 
durante o ciclo menstrual; 
 As glândulas cervicais sofrem alterações funcionais 
importantes durante o ciclo – relacionada a 
passagem mais favorável dos espermatozoides; 
 Divisão: 
a) Ectocérvice ou porção vaginal do colo – 
porção do colo uterino que se projeta dentro 
da vagina, revestimento é dado por células 
epiteliais estratificadas pavimentosas; 
 
 
b) Zona de transição – alterações metaplásicas 
pode causar em câncer do colo do útero; 
 
 
c) Endocérvice – porção voltada ao útero, 
revestida por epitélio simples colunar 
secretor de muco; 
 
 
 
- EpSC – epitélio 
simples colunar; 
- EpEP – epitélio 
estratificado 
pavimentoso; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 VAGINA 
 Parede vaginal não possui glândulas; 
 O epitélio da vagina sofre alterações cíclicas 
durante o ciclo menstrual. Sob a influência dos 
estrogênios, durante a fase folicular, as células 
epiteliais sintetizam e acumulam glicogênio à 
medida que migram para a superfície; 
 Camadas da divisão: 
a) Mucosa 
 Estratificado pavimentosa; 
 Pode possuir pequenas quantidades de queratina; 
 O epitélio da vagina sintetiza e acumula glicogênio 
 bactérias  ácido lático  responsável pela 
acidez da vagina (entre 3,8 a 4,5); 
b) Muscular 
 Feixes longitudinais de fibras musculares lisa; 
c) Adventícia 
 Rica em espessas fibras elásticas – garante a 
elasticidade da vagina; 
 Associado existe um complexo venoso extenso, 
feixes nervosos e grupos de células nervosas;

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