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NOME: ANDREIA AMORIM DE ALMEIDA GALATI RA: 172394-4 TURMA: 3207B02 O Ato administrativo é a declaração de um ato ilegítimo ou ilegal, quando realizado de forma exclusiva da Administração ou pelo Poder Judiciário, ou seja, deve se respeitar a capacidade da tipicidade que estabelece a relação do ato administrativo de acordo com a lei. Logo a administração deverá fazer somente o que está previsto em lei, concernindo o princípio da legalidade. A administração desde o seu primórdio, seja ela legitima ou não, produz seus efeitos em face da presunção de legitimidade e veracidade, isto é, gera efeitos jurídicos, dando a possibilidade de criar, modificar ou extinguir direitos, levando consigo 5 elementos, conforme abaixo: 1- Competência (quem tem atribuição legal para praticar o ato), 2- Objeto (resultado do ato), 3- Motivo (razões de fato e de direito que levaram a prática do ato), 4- Finalidade (interesse público) e 5- Forma (publicar, manifestar). De acordo a Lei da Ação Popular 4.717/65, artigo 2º “São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: a) incompetência; b) vício de forma; c) ilegalidade do objeto; d) inexistência dos motivos; e) desvio de finalidade”, evidencia quando é violado esses requisitos, ao tratar atos lesivos ao patrimônio público enumera as hipóteses em que ficam caracterizados os vícios que podem atingir os atos administrativos. Assim que se reconheça a Administração deverá o quanto antes anular os seus atos para recompor a sua legalidade. Um ato administrativo é nulo quando insulta a lei, quando efetuado com alguma ilegalidade, podendo ser manifestada pela própria Administração Pública em exercício da sua auto tutela quanto pelo judiciário. De acordo com as súmulas 346 e 473 do STF, a administração gera efeitos retroativos à data em que foi emitido, ou seja, efeito ex tunc, a partir do momento da sua edição. No poder judiciário, a anulação procede somente da provocação do interessado que poderá valer-se das ações ordinárias. No Direito Administrativo com relação as nulidades existem duas teorias, sendo elas, a teoria monista e dualista. Conforme a teoria monista os atos administrativos eram apenas de anulação e revogação, ou seja, extintos, entretanto a partir da lei federal n° 9.784/99, em seu artigo 55, a teoria dualista foi adotada, questionando a anulação de um ato administrativo e assim, adotando a convalidação dos atos. Já a teoria dualista ocasionou aos atos anulados a escolha de poder reproduzi-lo, com o propósito de convertê-lo em ato lícito, podendo os atidos ser nulos ou anuláveis, dependendo da severidade do vício. Sendo assim, segmentou os vícios entre sanáveis, ou seja, atos anuláveis e insanáveis, isto é, atos totalmente nulos, sob a condição de vícios de competência ou forma, a exceção da competência será apenas se ela for exclusiva e a forma, se não for obrigatória por lei. Existe uma grande discussão quanto a ausência de qualidade e a falta de sistematização dos textos de Direito Administrativo atravancando a elaboração da matéria da teoria das nulidades dos atos da Administração Pública. A dominância se dará na possibilidade de convalidação. Em seguida, no ato absolutamente nulo, impossível é a sua convalidação, enquanto nos atos anuláveis será possível Administração sanear. Para existir a convalidação, o vicio de um ato seja sanável precisará respeitar três condições, ser de interesse da Administração Pública, ter sido ocasionado de boa-fé e não produzir danos e/ou prejuízos a terceiros. A convalidação, conforme prevê o artigo 55 da Lei nº 9.784/99, pode ocorrer de forma expressa, quando a Administração convalida através de um novo ato ou de forma tácita. Entretanto, uma outra questão quando houver o silêncio da Administração, mas com efeitos favoráveis para terceiros e sem comprovado a má-fé, saber quanto ao prazo para a Administração anular seus atos. O art. 54 da lei nº 9.784/99, estabelece que o direito de anular os atos administrativos decai em 5 anos contados da data em que foram praticados. Contudo, o prazo supracitado refere-se aos atos anuláveis e não aos atos nulos, podendo estes ser invalidados a qualquer momento. O que não se pode admitir é que a nulidade sobreponha ao interesse público e viole expressa determinação legal tendo sua declaração de nulidade sujeitada a prazo. Para finalizar constata-se perante o exposto que não se pode dispensar a harmonização dos princípios constitucionais da legalidade com a segurança jurídica, pois nesse sentido decide a jurisprudência: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. ANULAÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO. INOBSERVÂNCIA DOS PRÍNCIPIOS CONSTITUCIONAIS. ILEGALIDADE. PRECEDENTES STJ. Administração Pública pode rever seus próprios atos eivados de ilegalidade, anulá-los quando viciados, porém está sujeita às regras constitucionais e a observância dos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório (art. 5º, incisos LIV, da CF/88). Tendo a anulação do ato sido efetivada pela Administração sem a observância aos princípios constitucionais resta configurada a arbitrariedade. Agravo Regimental improvido. (STJ – AgRg no AREsp: 71551 DF 2011/0255051-4, Relator: Ministra MARGA TESSLER(JUIZA FEDERAL CONVOCADA DO TRF 4ª REGIÃO), Data do Julgamento: 26/05/2015, T1 – PRIMEIRA TURMA, Data da Publicação: Dje 02/06/2015.
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