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APS- DIREITO ADMINISTRATIVO

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DENISE CAHAU-RA2154008-TURMA 003107B02 
Leitura e interpretação de precedentes jurisprudenciais sobre a matéria do 
Direito Administrativo, especificamente sobre os princípios que norteiam a 
Administração Pública e ato administrativo considerando os textos abaixo, 
sobre os quais deve ser elaborada resenha crítica, explanando o seu conteúdo 
à luz de uma decisão judicial sobre a temática da invalidação ou convalidação 
do ato administrativo 
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
1.Princípios que norteiam o Direito Administrativo: 
Os princípios que norteiam o Direito Administrativo possuem 2 funções, hermenêutica 
e integrativa; na hermenêutica, se o aplicador do direito estiver na incerteza sobre 
qual norma pode ser utilizada como objeto de esclarecimento sobre a matéria do 
dispositivo examinado; na função integrativa, facilita a esclarecimento de normas e 
princípios com a finalidade de completar as lacunas, sendo um meio para preencher 
os vazios normativos em caso de ausência sobre determinado assunto. 
Os princípios constitucionais do Direito Administrativo estão tipificados nos artigos 
37/Constituição Federal-1988 e no artigo 5º, LXXVIII, LIV e LV/Constituição Federal-
1988. Os princípios são: da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, 
publicidade, eficiência, da participação, da celeridade processual, devido processo 
legal formal e material e por fim, o contraditório e a ampla defesa. 
A) Princípio da legalidade: este princípio representa a submissão da Administração 
Pública sobre a vontade popular, ou seja, a Administração Pública só pode praticar 
as condutas autorizadas pela lei. 
B) Princípio da impessoalidade: determina um dever de imparcialidade na defesa 
do interesse público, evitando preconceitos e predileção indevidamente dispensados 
a particulares diante do exercício da função administrativa, conforme artigo 2º, § 
único, III da Lei nº 9.784/99. 
Há também o princípio da vedação da promoção pessoal, é a vedação da 
promoção de agentes ou autoridades, o legislador fez este, com o intuito de vedar a 
publicidade dos atos, obras e programas do governo; é o que fala o artigo 37, 
§1º/Constituição Federal-1988. 
C)Princípio da moralidade: está presente nos processos administrativos no artigo 
2º, § único, IV da Lei nº 9.784/99; o conteúdo da moralidade é a ética, a honestidade, 
a probidade, a boa-fé (objetiva e subjetiva), a lealdade e o decoro, e este, devem ser 
respeitados pois é uma moralidade jurídica, impõe aos agentes públicos o dever de 
observância da moralidade administrativa. 
D) Princípio da publicidade: conforme a doutrina, este princípio é a obrigação de 
divulgação oficial dos atos administrativos. Tem sua tipificação no artigo 2°, § único 
da Lei nº 9.784/99. 
Tem a ver também, com o artigo 5º, incisos XXXIII, XXXIV e LXXII/ Constituição 
Federal-1988. Além de ser composto por 2 subprincípios (da transparência e da 
divulgação oficial). Há também, exceções, são 3(a segurança do Estado- artigo 5º, 
XXXIII/Constituição Federal de 1988; a segurança da sociedade- artigo 5º, XXXIII/ 
Constituição Federal de 1988 e a intimidade dos envolvidos- artigo 5º, X/ Constituição 
Federal de 1988). 
E) Princípio da eficiência: é um dos pilares da Reforma Administrativa, voltada para 
um controle de resultados na atuação estatal. Este princípio foi introduzido na 
Constituição Federal em seu artigo 37, caput pela Emenda nº19/98. Há também, o 
artigo 116 da Lei nº8.112/90 que fala sobre os deveres do serviço público 
relacionados com este princípio. 
F) Princípio da participação: está previsto no artigo 37, §3°/Constituição Federal de 
1988, a lei deverá incentivar as formas de participação do usuário na administração 
pública direta e indireta. 
G) Princípio da celeridade processual: este princípio protege a todos, no ramo 
judicial e administrativos, os meios que garantem a celeridade na sua tramitação e a 
razoável duração do processo, conforme o artigo 5º, LXXVIII/Constituição Federal-
1988. 
H) Princípio do processo legal formal e material: este princípio determina que 
tenha respeito ao conjunto das garantias processuais mínimas, como por exemplo, o 
contraditório e a ampla defesa, dentre outras. 
I) Princípio do contraditório: presente no artigo 5º, LV/Constituição Federal-1988, 
este princípio assegura as partes o direito de serem ouvidas, ou seja, as medidas 
administrativas só deverão ser declaradas após a oitiva dos interessados. 
J) Princípio da ampla defesa: também está presente no artigo 5º, LV/Constituição 
Federal-1988, que determina como obrigatório o uso de meios de provas, recursos e 
todos os outros meios possíveis para que as partes defendem seus interesses 
perante a Administração. 
K) Princípio da supremacia do interesse público sobre o privado: este princípio 
também é chamado de princípio da finalidade pública. É um princípio implícito no 
ordenamento jurídico atual, e este, significa que os interesses da sociedade são mais 
importantes que os dos individuais, portanto, a Administração já que é nomeada como 
defensora da ordem jurídica, tem poderes especiais, mas não são extensivos aos 
particulares. 
L)Princípio da indisponibilidade do interesse público: conforme este princípio, os 
agentes públicos não serem donos do interesse por eles defendido, portanto, estes, 
não podem agir conforme a vontade deles e sim, pela lei. 
M) Princípio da autotutela: é o controle interno da Administração Pública 
desempenha sobre seus atos próprios, com isso, anulando quando aqueles atos 
forem ilegais ou até mesmo revogando estes atos quando forem inoportunos. 
N) Princípio da obrigatória motivação: impõe à Administração Pública o encargo 
de indicação dos pressupostos de fato e de direito que decide a prática do ato, 
conforme o artigo 2º, §único, VIII da Lei nº 9.784/99. Há também previsão legal nos 
artigos 93, X/Constituição Federal-1988 e 50 da Lei nº 984/99. 
O) Princípio da finalidade: está fundamentado no artigo 2º, § único, II da Lei 
nº9.784/99, este princípio impõe ao administrador uma atitude que tenha o fito da 
norma, como diz Celso Antônio Bandeira de Mello, este princípio está contido no 
princípio da legalidade. 
P) Princípio da razoabilidade: está conectado ao exercício de qualquer função 
pública, tem o intuito de limitar a discricionaridade na atuação da administração 
pública, devendo, os atos da Administração Pública serem feitos por intermédio de 
decisões razoáveis, destinadas a coletividade. 
Q) Princípio da proporcionalidade: é um aspecto da razoabilidade da função 
administrativa diante da situação concreta, ele proíbe abusos no exercício da função 
administrativa. 
R) Princípio da segurança jurídica: ele tem o fito de garantir estabilidade das 
relações já afirmadas, diante da inevitável modificação do Direito, em outras palavras, 
ele veda o efeito “ex nunc”. 
S) Princípio da continuidade: está fundamentado na Lei nº 8.987 no artigo 6º, §3°; 
este princípio estabelece que todo ato administrativo deve ter perpetuidade e ser 
constante. 
2.Atos administrativos 
Atos administrativos são feitos por parte da Administração Pública durante a atividade 
administrativa, em seu regime público, representando a vontade estatal. 
Estes atos tem o fito de obter, preservar, transferir, alterar, eliminar e enunciar direito; 
e até mesmo, impor deveres aos particulares e criar limitações ao próprio Estado 
quando se exerce o Poder Público. 
Em suma, os atos administrativos são todos e quaisquer manifestações uniliterais de 
vontade da administração pública. 
O ato administrativo possui diversas classificações, o Marcelo Alexandrino e Vicente 
Paulo, classificam em vinculados, discricionários, geral, individual, de império, de 
gestão, de expediente, ampliativo, restritivo, simples, composto, complexo, interno, 
externo, constitutivo, extintivo, modificativo,declaratório, válido, nulo, anulável, 
inexistente, perfeito, imperfeito, eficaz, ineficaz, pendente e consumado. 
Há também, atributos, onde estes, servem como características para saber se este 
ato irá ser aplicado ou não. Sendo estes: presunção de legitimidade, imperatividade, 
autoexecutividade e a tipicidade. 
 
2.1 Invalidação ou convolação dos atos administrativos 
A) Anulação dos atos administrativos 
Na anulação, também chamada de invalidação, torna um ato nulo, 
inválido, por afrontar a lei, quando for feito com alguma ilegalidade ou 
ilegitimidade. 
Podendo ser desenvolvida pela própria Administração Pública, no 
exercício de sua autotutela, ou pelo Judiciário. 
Este ato possui efeito “ex tunc” ou seja, como se nunca tivesse sido 
elaborado, salvo, em relação a 3º de boa-fé. 
Possuindo sua tipificação nos artigos 50, VIII; 53 e 54 da Lei nº9.784/99, 
nas Súmulas nº 346 e 473/STF e no artigo 2º da Lei nº 4.717/65. 
 
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e 
dos fundamentos jurídicos, quando: 
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato 
administrativo. 
 
 “Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de 
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos.” 
 
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram 
efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em 
que foram praticados, salvo comprovada má-fé. 
§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da 
percepção do primeiro pagamento. 
§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade 
administrativa que importe impugnação à validade do ato. 
 
Súmula 346: A Administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios 
atos.” 
 
“Súmula 473: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de 
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revoga-los, por 
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e 
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.” 
 
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo 
anterior, nos casos de: a) incompetência; b) vício de forma; c) ilegalidade do objeto; 
d) inexistência dos motivos; e) desvio de finalidade. 
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as 
seguintes normas: a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir 
nas atribuições legais do agente que o praticou; b) o vício de forma consiste na 
omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à 
existência ou seriedade do ato; c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado 
do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo; d) a 
inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se 
fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao 
resultado obtido; e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato 
visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de 
competência.” 
Há uma controvérsia doutrinária acerca da invalidação dos atos 
administrativos, devido a teoria das nulidades, onde é dividido entre monistas e 
dualistas. 
Na monista, os autores acreditam que o ato será nulo ou válido, sendo inaplicável ao 
Direito Administrativo a dicotomia das nulidades do Direito Civil, conforme, Hely L. 
Meirelles, Diógenes Gasparini e Sérgio Ferraz; dentre outros. 
Nos dualistas, os atos administrativos serão nulos ou anuláveis, dependendo do nível 
de gravidade do vício, sendo de alto grau e menor grau. Para esta teoria, o Direito 
Administrativo, é possível admitir a existência da dicotomia entre nulidade e 
anulabilidade. Pois para estes, os atos anuláveis são possíveis serem saneados pela 
Administração e os totalmente anulados, seria impossível. 
 
B) Convolação dos atos administrativos 
Convolar os atos administrativos, significa, realizar correções neste ato, 
para que seja perfeito, ou seja, cumprindo todas as medidas legais. 
Conforme Maria Sylvia Zanella de Pietro, a convalidação “é o ato 
administrativo pelo qual é suprido o vício existente em um ato ilegal, com 
efeitos retroativos à data em que este foi praticado”. 
Antes, não era aceito essa possibilidade de convolação do ato pela 
doutrina tradicional, alegando, que o ato era válido com todos os efeitos 
legais ou inválido. 
No entanto, a atual doutrina, conjunta da jurisprudência e legislação, 
aceitam essa possibilidade com o intuito de melhorias no atendimento ao 
interesse público, afastando que atos com pequenos vícios sejam 
anulados, sem danos para as partes. Porém, os vícios que não forem 
alterados, serão considerados nulos. 
Poderá haver convolação, desde que não acarrete dano ao interesse 
público ou perda a terceiros. A convolação será sempre, de forma “ex 
tunc”, ou seja, retroativa, possuindo efeitos sempre à data da realização 
inicial do ato. 
Possuindo sua tipificação no artigo 50, VIII e 55 da Lei nº9.784/99 
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público 
nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser 
convalidados pela própria Administração. 
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e 
dos fundamentos jurídicos, quando: 
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato 
administrativo.

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