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BCMOL I Bioquímica Lucas Silva Polímeros de aminoácidos: Resultado da união de grupo alfa-carboxil no aminoácido n com alfa-amino do n+1 PEPTÍDEOS: • São biomoléculas que contem de dois a dezenas de resíduos de aminoácidos unidos entre si através de ligações peptídicas. o Resíduos de aminoácidos: aminoácidos que não estão mais livres e sim ligados por ligações peptídicas • São quimicamente mais versáteis e mais simples que as proteínas. o Aminados, esterificados, acetilados fosfororilados, sulfatados, cíclicos ou semi- ciclicos. • A ligação peptídica se dar pela ligação covalente de dois aminoácidos por meio de uma ligação amida substituída. • A ligação é formada por remoção dos elementos da água (desidratação) de um grupo a-carboxila de um aminoácido e de um grupo a-amino do outro. • A ligação peptídica é um pouco mais curta que uma ligação covalente assim os átomos que participam da ligação são coplanares. • Os quatro átomos dos grupamentos que participam da ligação peptídica ficam dispostos em um plano rígido (grupo peptídico ou unidade peptídica) • O oxigênio da carbonila possui uma carga parcial negativa e o Nitrogênio uma positiva, e isso forma um pequeno dipolo elétrico que diminui a distância entre os átomos de C e N. • Todos os átomos estão em um mesmo plano, dando à ligação peptídica ter um caráter de dupla ligação, apesar de ser uma ligação simples. o Devido ao dipolo -> Fortalece a ligação. • As informações para a formação dos peptídeos e das proteínas estão contidas nos genes, a partir da Transcrição em RNAm que levará a informação para realizar a Tradução em uma proteína ou um peptídeo. • Participação de enzimas incluindo os aminoaciltRNA sintetases e os ribossomos e a reação se torna termodinamicamente favorável graças ao acoplamento de reação ao hidrolise de ATP. • A ligação peptídica, para ficar no mesmo plano, pode adotar duas conformações: Trans (180º) ou Cis (0º) o Conformação Trans: Radicais em lados opostos. Redução entre o choque dos grupos R da cadeia. o Conformação Cis: Radicais do mesmo lado ou embaixo. BCMOL I Bioquímica Lucas Silva Obs.: A maioria das LP estão na forma “trans” pois isso evita colisões estéricas desfavoráveis que acontecerão na conformação cis. • Na cadeia principal tem três ligações covalentes para cada aminoácido. Os ângulos são designados: Omega, Phi e Psi. • A ligação ômega (ligação peptídica) é quase sempre na conformação Trans e as vezes Cis no caso das prolinas. • As ligações Phi (entre o grupo NH e o carbono alfa) e Psi (entre o carbono alfa e o grupo carbonila) não tem restrição e tem rotação livre. Obs.: Ramachandran para estruturas 2D traz os valores dos ângulos Phi e Psi que são muito bem definidos. Essas ligações Ômega, Phi e Psi, bem como a diagramação de Ramachandran são fundamentais para a estruturação das proteínas e, consequentemente, para o desempenho de suas funções biológicas. • Peptídeos: < 5 aminoácidos • Polipeptídios: >50 a 100 aminoácidos • Proteínas: > 100 aminoácidos Obs.: As moléculas de polipeptídios apresentam peso molecular abaixo de 10.000 enquanto as proteínas têm massas moleculares mais elevadas • Dipeptidios: 2 aa • Tripeptideos: 3 aa • Tetrapeptideos: 4 aa • Polipeptídios: >4 aa ➢ Nos peptídeos o resíduo de aminoácido na extremidade com um grupo a-amino livre é chamado de resíduo aminoterminal (ou N- Terminal) ➢ O resíduo na outra extremidade que tem um grupo carboxila livre é o resíduo carboxiterminal (ou C-Terminal) ➢ O comportamento ácido-base de um peptídeo ocorre a partir dos seus grupos amino e carboxil livres combinados com seus grupos R ionizáveis. ➔ 5 aminoácidos ligados por 4 ligações peptídicas formando 4 unidades peptídicas (em cinza). • Retira-se o sufixo INA e mantem-se o nome completo do último aminoácido. • O nome inicia-se com o grupo N-terminal e finaliza com o grupo C-terminal. Ex.: Leucina + Glicina + Tirosina = Leucigliciltirosina BCMOL I Bioquímica Lucas Silva Obs.: O cálculo do ponto isoelétrico para os peptídeos e as proteínas só podem ser calculados manualmente até 4 grupos ionizáveis, a mais que isso apenas com métodos experimentais. São extremamente diversificados em termos • Funcionais. • Hormônios o Calcitonina, Corticotropina,, Glucagon, Ocitocina, Vasopressina. • Neuropeptídios • Neurotransmissores • Toxinas • Antibióticos naturais • Adoçantes • Substancias de proteases PROTEÍNAS • A conformação tridimensional depende da sequência de aminoácidos • A proteína tende a sempre assumir a conformação de menor energia livre, a conformação energeticamente mais favorável nas condições celulares que ela pode assumir sem quebrar suas ligações covalentes. o A conformação proteica não é permanentemente fica e muitas vezes alterações transitórias estão relacionadas com a função desempenhada pela proteína. o Proteínas dobradas na sua conformação funcional são chamadas de proteínas nativas. • A constituição especifica da proteína influi, diretamente na realização de sua função. • Cada proteína existe em um ou em pequeno numero de formas estruturalmente estáveis • As principais forças para a estabilização de estruturas são forças não covalente • Existem padrões estruturais comuns que ajudam a organizar o entendimento. • A organização espacial é resultante dos tipos de aminoácidos que compõem a proteína e de como eles estão dispostos. o A sequencia de AA irá determinar o tipo de interação possível entre as cadeias laterais. • A enorme diversidade de proteínas se deve as diferentes composições e tamanhos que elas podem apresentar. o As modificações pós-traducionais também influencia nessa grande diversidade. ➔ É a sequência de aminoácidos ao longo da cadeia polipeptídica, sendo especifica para cada proteína. • As proteínas não são traços rígidos porque suas ligações químicas podem realizar rotação. • A maioria das ligações químicas não são planares • Cada proteína tem uma estrutura especifica que depende de sua estrutura primaria A estrutura primaria é escrita na direção Aminotermina -> Carboxiterminal. BCMOL I Bioquímica Lucas Silva • A estrutura primaria é determinante para a função das proteínas e qualquer alteração pode gerar uma proteína diferente e a perda de sua função. Obs.: Proteínas homologas: São aquelas que se relacionam evolutivamente e, em geral, realizam a mesma função em espécies diferentes. ➔ Refere-se a uma estrutura local de cadeia polipeptídica. • Sua estrutura é determinada por ligações de hidrogênio. o Essa ligação ocorre entre o Oxigênio do grupo carboxila de uma ligação peptídica e o hidrogênio amídico de outra ligação peptídica vizinha. o A ausência dessas ligações pode desestabilizar a proteína. • A formação da estrutura enovela se dá pelo aumento da entropia a partir do encobrimento de suas superfícies hidrofóbicas. Tipos de Estrutura secundaria: ➔ a-hélice: o Cadeia polipeptídica retorcida em torno de um eixo imaginário longitudinal que passa pelo centro da hélice com os grupos R voltados para a face externa da hélice. o Essa estrutura otimiza o uso das ligações de hidrogênio. o Apresenta as cadeias laterais dos resíduos de aminoácidos projetados para fora do eixo da espiral. o A manutenção dessa estrutura é garantida, também, pelas interações apolares que acontecem no seu interior. o O carbonil (C=O) de um AA é ligado por hidrogênio ao amino H (NH) de um aminoácido que esta quatro abaixo de cada. o Este padrão de ligação puxa a cadeia polipeptídicas em uma estrutura helicoidal que se assemelha a uma fita enrolada, com cada volta da hélice contendo 3,6 aa. o Os grupos R dos aminoácidos se destacam da hélice a, onde são livres para interagir.Obs.: Prolina e Glicina são aa caracterizados por impedir a formação de a-hélice. BCMOL I Bioquímica Lucas Silva ➔ Folha – β pregueada o A cadeia peptídica também pode assumir uma conformação beta pregueada (mais estendida) que organiza as cadeias polipeptídicas em folhas. o As cadeias estendem-se em uma estrutura de zigue-zague e podem ser dispostos lado a lado. o São caracterizadas por ligações de hidrogênio formadas entre os segmentos adjacentes e pelos grupos R projetados em direção opostas. o Confere estabilidade e certo grau de rigidez. • Folhas β antiparalelas: Quando os grupos aminoterminal e carboxiterminal estão em sentidos opostos. • Folhas β paralelas: Quando a extremidade carboxila esta orientada no mesmo sentido da extremidade amino. Obs.: A volta-β refere-se ao segmento do polipeptídio onde ocorre uma inversão abrupta de direção. ➔ Arranjo biologicamente ativo tridimensional total de todos os átomos de uma proteína. • Ocorre principalmente devido as interações entre os grupos R dos aminoácidos que constituem a proteína. • Varias forças podem agir na conformação das proteínas determinadas pelas cadeias laterais dos AA e que vão influenciar na estrutura das proteínas • Aminoácidos distantes e que residem em diferentes estruturas secundarias podem interagir no interior de uma estrutura totalmente enovelada. • As ligações entre os resíduos mais distantes para manutenção dos dobramentos ocorrem por meio de interações fracas não-covalentes o Ligações de hidrogênio; Interações hidrofóbicas; ligações eletrostáticas ou iônicas o A maioria dos grupos carregados localizam- se nas superfícies das proteínas interagindo com a água o Os grupos hidrofóbicos se concentram no interior da molécula proteica. o As pontes de sulfeto promovem estabilidade e a maioria das proteínas com essa ligação estão nas superfícies celulares ou são secretadas no meio extracelular. BCMOL I Bioquímica Lucas Silva ➔ Arranjo de duas ou mais cadeias polipeptídicas (idênticas ou não) em complexos tridimensionais para compor uma proteína funcional oligomérica (apresenta várias subunidades)). • É mantida por ligações não covalente entre as subunidades dos mesmos tipos que na terciaria. o Dímero, trímero, tetrâmero, pentâmero... Obs.: Nem todas as proteínas alcançam o nível quaternário de organização. Muitas proteínas se apresentam na forma monomérica (apenas uma subunidade) ➔ Dogma de Anfisen: As informações necessárias para uma proteína obter sua estrutura nativa estão na sequência de aminoácidos da proteína. Logo a estrutura do AA é o suficiente para que essa proteína tenha a sua conformação e sua função, ou até mesmo retornem ao estado funcional após processo de desnaturação. • O enovelamento de proteínas é um processo químico em que a estrutura de uma proteína assume a sua configuração funcional. • O enovelamento proteico se dá graças ao efeito ou colapso hidrofóbico que é a introdução de um composto hidrofóbico. • A estabilidade depende desse empacotamento hidrofóbico porque se a molécula não for estável ela irá se desfazer. • Chaperonas: ajudam no enovelamento para que o processo seja mais rápido e previnem a agregação de proteínas em condição de estresse. o As chaperonas não interferem na estrutura final das proteínas porque é respeitado o Principio de Anfisen. O enovelamento incorreto está intimamente ligado as doenças degenerativas e estão correlacionas com as doenças de Parkinson e Alzheimer. ➔ Proteínas naturalmente desenoveladas que conseguem manter sua função sem necessidade de ter sua estrutura terciaria ordenada e são ricas em AA hidrofílicos. Proteínas humanas são ou possuem regiões desordenadas o Carecem de estrutura terciaria ordenada o Ricas em AA hidrofílicos o Desprovidas de AA hidrofóbicos o Proteínas regulatórias enovelam-se quando interagem com o alvo molecular. • Corresponde a perda da estrutura tridimensional suficiente para causa a perda da função proteica por meio da quebra de ligações não-covalentes. • Pode ser resultante de diferenças nas condições presentes no interior da célula. BCMOL I Bioquímica Lucas Silva o Temperatura: afeta as interações fracas com efeitos complexos. o pH: alteram a carga liquida da proteína. Algumas proteínas conseguem retornar a sua estrutura funcional após a desnaturação. • Proteínas que assumem uma forma aproximadamente esférica • A cadeia se enovela entorno de si mesma formando uma estrutura compacta. • Geralmente solúveis em água. Ex. Tirose fosfato isomerase, Mioglobina e hemoglobina. • Compostas por cadeias polipeptídicas arranjadas em longos feixes. • Proteínas filamentosas com a cadeia distendida ao longo de um eixo. • Função estrutural e de sustentação devido à grande resistência e flexibilidade. • Insolúveis em água Ex.: Colágeno e queratina helicoidal ➔ Simples: contém apenas aminoácidos naturais, ou seja se restringem ao constituinte principal. ➔ Conjugadas: contem aminoácidos modificados. o Haloproteinas: proteína + grupo prostético o Apoproteinas: proteínas sem o grupo prostético Grupo prostético: moléculas orgânicas sem aminoácidos que compõe a estrutura de algumas proteínas. ➔ Classificação das Haloproteínas. o Lipoproteínas, Glicoproteínas, Fosfoproteínas, Hemoproteínas, Flavoproteínas, Mataloproteínas • Proteínas Estruturas: Proteínas que servem para dar firmeza e proteção ao organismo Ex.: Colágeno e Queratina • Transportadoras: Responsáveis por transportar moléculas e íons. Ex.: Albumina • Defesa: Defendem os organismos contra invasão de organismo estranhos. Ex.: Anticorpos • Contratei ou de movimento: Desempenham movimentos de contração de algumas células. Ex.: Miosina • Catalise: Proteínas especializadas e com atividade catalítica. Ex.: enzimas • Controle e regulação: Atuam como sinalizadores e como receptores hormonais. Ex.: Insulina
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