tecnicas de biorremediação

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA - UNOESC
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA VIDA
CURSO DE BIOTECNOLOGIA INDUSTRIAL
LUCAS NOVELLO
TÉCNICAS DE BIORREMEDIAÇÃO
VIDEIRA – SC
2020
LUCAS NOVELLO
TÉCNICAS DE BIORREMEDIAÇÃO
Relatório apresentado pelo acadêmico da 8ª fase do curso de Biotecnologia Industrial da Universidade do Oeste de Santa Catarina do Campus de Videira (SC), como requisito para obtenção de nota parcial no componente curricular de Biotecnologia Ambiental. 
Professora: Ma. Jéssica Talita Zagonel. 
VIDEIRA – SC
2020
sumário
1	Introdução	1
2	O processo de biorremediação	1
2.1	Tratamento in situ: Vantagens	2
2.2	Tratamento in situ: Desvantagens	2
2.3	Tratamento ex situ: Vantagens	2
2.4	Tratamento ex situ: Desvantagens	2
2.5	Técnicas de biorremediação in situ:	3
2.6	Técnicas de biorremediação ex situ:	3
3	Aplicações	3
4	conclusão	4
REFERÊNCIAS ............................................................................................5
Introdução
O grande desenvolvimento econômico e tecnológico no mundo contribuiu para o aumento e a diversidade das indústrias química, petroquímica, siderúrgica, de minérios, de corantes, entre outras. Porém, nesse ritmo avançado, nos deparamos com a geração dos resíduos sólidos, líquidos e gasosos, muitas vezes liberados de maneira errada em solos, curso de águas e locais públicos. 
A poluição ambiental as vezes passa despercebida, mas devemos lembrar que limpar uma área contaminada é de interesse de todos. Neste contexto, podemos fazer uso da biorremediação, utilizando uma grande variedade de organismos no tratamento e desintoxicação das áreas contaminadas, essa técnica está inserida dentro da área de biotecnologia e procura associar a produção de bens de forma sustentável com o meio ambiente, atuando nos processos de fabricação, na gestão de resíduos e no controle da poluição. 
A biorremediação é um processo que utiliza organismos vivos para transformar os contaminantes em substâncias de baixa ou nenhuma toxicidade, removendo ou reduzindo a concentração destes no ambiente em que estão inseridos. O processo ocorre por meio de vias metabólicas do organismo, normalmente utilizadas para seu crescimento e produção de energia, resultando em CO2, água, biomassa e sais minerais. 
O processo de biorremediação 
Este processo pode ser realizado de duas formas: o tratamento in situ que consiste em fazer o trabalho diretamente no local contaminado ou ex situ que consiste em realizar o trabalho fora da região de contaminação. Para que seja de fato eficiente, o contaminante precisa estar acessível aos microrganismos, bem como as condições ambientais devem ser adequadas para o crescimento e atividade do agente biorremediador.
Distintas técnicas são utilizadas dependendo do ambiente e contaminante a ser remediado, também são levados em considerações algumas vantagens e desvantagens de ambos os tratamentos, mas de modo geral podem ser aplicadas em diversas situações que serão expostas adiante. 
Tratamento in situ: Vantagens
· No caso dos solos, elimina a necessidade de escavação e respectivo transporte; 
· No caso das águas, evita a necessidade de bombear a água e posterior tratamento; 
· Pode permitir o tratamento simultâneo de solos e águas subterrâneas;
· São fáceis de implementar.
Tratamento in situ: Desvantagens
· Dificuldade de controlar a performance da operação devido à diversidade de parâmetros do meio natural que podem interferir com a progressão da operação; 
· Dificuldade em estimar o volume exato de material tratado e o grau de eficácia do tratamento; 
· Esse processo leva um tempo maior para ser concluído.
Tratamento ex situ: Vantagens
· Remoção integral do material contaminado; 
· Aplicável a sítios com condições difíceis para tratamento in situ ou com atividades a decorrer;
· Os tratamentos poderão ser mais eficientes se realizados em centros especializados para o efeito.
Tratamento ex situ: Desvantagens
· Custos de transporte elevados; 
· Necessidade de tomar medidas de precaução especiais no transporte de materiais perigosos;
· Risco de dispersão da contaminação durante a remoção e transporte; 
· Necessidade de caracterização, classificação e separação de materiais com diferentes tipos de contaminação, de forma a responder às especificações dos centros de tratamento.
Técnicas de biorremediação in situ:
· Atenuação natural: ação de biodegradação natural realizada pelos organismos presentes no local contaminado
· Bioestimulação: adição de nutrientes e/ou sais para estimular os microrganismos do local contaminado e, assim, ter maior eficiência no processo de degradação.
· Bioaumentação: adição de microrganismos selecionados com alto potencial de degradação do poluente no local contaminado.
· Bioventilação: adição de gases que estimulem a atividade de degradação realizada pelos microrganismos do local contaminado.
· Landfarming: aplicação do resíduo na superfície do solo para biodegradação microbiana, com aeração do ambiente, podendo haver adição de corretivos, fertilizantes e microrganismos selecionados.
Técnicas de biorremediação ex situ:
· Compostagem: o solo contaminado é levado para o local de tratamento e empilhado, controlando-se as condições físicas e químicas (aeração, nutrientes e umidade do solo) para otimizar o processo de degradação pelos microrganismos.
· Biorreatores: o material contaminado é colocado em grandes tanques fechados, adicionando-se os microrganismos responsáveis pela degradação do poluente e uma grande quantidade de água. Há o controle e otimização das condições ambientais de pH, temperatura e aeração.
Aplicações 
As técnicas de biorremediação, podem ser aplicadas em derramamentos de petróleo, tratamentos de resíduos agrotóxicos, remoção de metais pesados e degradação de compostos químicos. Com esse argumento, diversos organismos podem ser utilizados para degradar uma gama de poluentes. Abaixo podemos observar alguns poluentes e quais os gêneros de microrganismos quem podem atuar para efetivar a biorremediação: 
· Anéis aromáticos (combustíveis, resíduos industriais): as bactérias Pseudomonas, Achromobacter, Bacillus, Arthrobacter e os fungos Penicillium, Aspergillus Fusarium, Phanerochaete.
· Cádmio (Cd): as bactérias Staphylococcus, Bacillus, Pseudomonas, Citrobacter, Klebsiella, Rhodococcus.
· Cobre (Cu): as bactérias Escherichia, Pseudomonas.
· Derivados de petróleo: as bactérias Pseudomonas, Proteus, Bacillus e os fungos Penicillium, Cunninghamella;
· Enxofre (S): a bactéria Thiobacillus.
conclusão
Podemos ressaltar ao longo do trabalho que a biorremediação é uma tecnologia promissora e ecologicamente sustentável, uma vez que não impacta o meio ambiente de modo negativo e não cria um problema para resolver outro, já que os microrganismos são capazes de degradar os contaminantes e transformar em substâncias não nocivas ao meio ambiente.
Além disso, o processo em si é mais barato que tratamentos convencionais (físico-químicos) e pode ser utilizado em locais de difícil acesso. O tratamento in situ, evita o risco de contaminar outros ambientes e até mesmo dos trabalhadores, além de otimizar processos de biodegradação que já ocorrem naturalmente.
No entanto, ainda é preciso mais investimentos em pesquisas nessa área, bem como aproximar os meios acadêmicos e empresariais para a difusão de novas tecnologias e ideias. Dessa forma, empresas que atuam no ramo de recuperação de áreas contaminadas poderão aplicar mais a tecnologia de biorremediação, mantendo o baixo custo operacional, tendo uma resposta rápida ao tratamento aplicado e deixando o ambiente plenamente sustentável e limpo.
REFERÊNCIAS 
ANDRADE, J. A.; AUGUSTO, F.; JARDIM, I. C. S. F. Biorremediação de solos contaminados por petróleo e seus derivados. Eclética Química,  v. 35, n. 3, p. 17-43, 2010 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100 -46702010000300002&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 20 de novembro de 2020.
MARTINS, Bianca Chaves. Biorremediação: uma solução sustentável.São Paulo: Profissão Biotec, 2019. Disponível em: https://profissaobiotec.com.br/biorremediacao-solucao-sustentavel/. Acesso em: 27 de novembro de 2020.