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Resenha filme: O julgamento de Nuremberg

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Filme: O Julgamento de Nuremberg 
 Aluna: Gabrielle Machado da Silva 
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, com o intuito de julgar os 
principais lideres Nazistas, foi pensado e então criado um Julgamento de Crimes 
de Guerra. O Julgamento de Nuremberg tinha como objetivo julgar crimes 
contra a paz, crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Esse seria 
o primeiro tribunal a julgar juízo ex post facto, o qual os réus estariam sendo 
acusados por crimes ainda não reconhecidos quando feitos. O promotor-chefe 
americano foi Robert H. Jackson (1892-1954), foi escolhido para 
deliberar o julgamento. A cidade de Nuremberg, na Baviera, Alemanha, 
foi escolhida para ser cede do julgamento pois além de ser palco de 
comícios Nazistas, foi um marco para o fim da Guerra e do governo de 
Hitler. A cidade estava pouco destruída e seu Palácio da Justiça não 
havia sido danificado. 
A tarefa principal dos promotores era promover o Triunfo da Moral 
Superior, não se tornando apenas os vencedores indicando punições 
para os perdedores. O julgamento deveria ser justo e seguir regras para 
que não se tornasse uma vingança sob os Alemães. O julgamento 
deveria ser justo, contendo promotores e advogados de defesa, os réus 
podiam escolher seus próprios advogados. Foi o primeiro julgamento a 
ter transmissão simultânea por meio de tradução e fones, pois os réus 
falavam quatro idiomas diferentes inglês, francês, alemão e russo. 
 Vinte e quatro indivíduos foram indiciados, junto com seis 
organizações nazistas consideradas criminosas, os quais usavam como 
defesa o seguimento de ordens superiores. Infelizmente, Hitler e outros 
dois principais associados cometerem suicídio antes mesmo do 
julgamento. Um psicólogo fez acompanhamento dos réus, observando 
os riscos de suicídio durante o julgamento. 
Hermann Göring, era o sucessor de Hitler, um dos principais réus 
a ser julgado, logo após receber as acusações, declarou: "O vencedor será 
sempre o juiz e o derrotado o acusado". Cada acusado ao receber sua acusação 
demostrou uma reação diferente, alguns se justificaram e se consideravam 
inocentes. Apenas um antes mesmo de ler sua acusação se considerou culpado, 
citando a frase “Há uma responsabilidade comum entre os crimes que foram 
cometidos em nome do Terceiro Reich, ninguém é inocente, exceto as vítimas”. 
Um dos réus cometeu suicídio antes mesmo do julgamento. Após esse episódio 
o psicólogo fora solicitado para criar estratégias de prevenção ao suicídio, e em 
uma conversa com o Coronel expos que aquele lugar e a forma de tratamento 
era propícia as tentativas e que os acusados deveriam ter ocupações físicas e 
mentais durante o julgamento, porém o Coronel queria usar o psicólogo para 
extrair informações importantes dos réus, ignorando a moral e a ética. 
Hermann Göring, continuava propagar os ideais Nazistas mesmo 
com o fim da Guerra, continuava fazendo discursos de ódio e pregando 
que havia mais coisas a serem feitas. Ao contrário, um dos réus entregou 
seu diário na tentativa de justificar que por muitas vezes tentou deixar o 
cargo e que cumpria apenas o que era destinado a ele, se sentindo duas 
pessoas, um que seguia ordens e uma que estava arrependido pelo mal 
que havia causado. 
O julgamento tem inicio em 20 de novembro de 1945 e dura até 01 
de outubro de 1946. Os réus levantam e se consideram culpados ou 
inocentes, todos se declaram unschuldig (inocentes). O promotor Robert 
H. Jackson da inicio ao seu discurso, trazendo as acusações dadas aos 
réus. As provas de acusação começam a serem apresentadas, as 
primeiras histórias sobre o massacre de judeus foram trazidas à tona. 
Testemunhas foram trazidas para o julgamento para causar impacto, 
relatos de experimentos médicos feitos, uma sobrevivente dos campos 
de concentração relatou como eram as mortes e o que ocorria com a 
chegada dos trens. Um filme se tornou evidencia, era uma compilação 
de filmes feito dentro dos campos de concentração, nele mostrava as 
câmaras de gás, as fornalhas, as pessoas empilhadas nuas, desnutridas, 
com tristeza no olhar, as covas e as pilhas de mortos, as atrocidades 
cometidas com as pessoas que iam para os campos de concentração. O 
vídeo causou repulsa, indignação e revolta. Mesmo com a exposição dos 
fatos, Goring continuava insinuando que não passava de propagandas 
para colocá-los como culpados. 
Inicia o interrogamento de Hermann Göring, o réu, tinha o poder 
da oratória e da persuasão. Assumiu ser o criador dos campos de 
concentração, dando uma grande explicação para tudo que havia feito. 
O mesmo foi separado dos demais réus. Göring, era repulsivo, 
sarcástico, narcisista e agressivo, sentia-se superior e obediente das 
ordens passadas por seu chanceler Hitler. O interrogatório feito pelo 
promotor inicia e por muitas vezes é repreendido pelos juízes, dando 
ênfase para as atitudes do réu, o qual saí aplaudido pelos demais 
acusados. O promotor Jackson questiona sua própria qualificação após 
esse episódio com Göring. No segundo dia de interrogatório o promotor 
conseguiu provar a culpa de Göring, bem como as atrocidades 
autorizadas por ele, conseguindo virar o jogo. 
Na noite de Natal, o psicólogo aproveita para ter conversas com 
alguns réus após ser pressionado pelo promotor. Os acusados puderam 
comemorar o natal junto aos demais, principalmente por aquele ser o 
ultimo natal para alguns. Göring, em conversa com um soldado fala sobre 
suas caças, e cita algo contraditório sobre Hitler, pois o mesmo era 
contra a caçada de animais e era vegetariano, pois a morte de animais 
ia contra sua moral. 
Os demais acusados foram interrogados. Hans Frank, era 
comandante do campo de Auschwitz, ele deu inicio as câmaras de gás e os 
fornos para executar 200 pessoas por dia. Sendo mortos 2,5 milhões de 
pessoas. Em uma fala com o psicólogo, Frank deixa claro que era um homem 
da SS, treinado para seguir ordens sem pensar, e por isso acatava as ordens de 
matar os judeus sem sentir que aquilo era errado, pois cresceu sendo ensinado 
que os judeus eram inimigos da Alemanha. 
 Albert Speer foi o único que assumiu responsabilidade pelos seus atos, 
dividindo a responsabilidade pelo desastre alemão, foi o único a contrariar Hitler, 
enviando um memorando a ele. Speer havia criado um plano para matar Hitler 
por ser contra as atrocidades cometidas por ele, então foi chamado de traidor 
pelos demais acusados. Speer é pressionado a admitir ser culpado ou inocente 
e ele deixa pelo veredito do tribunal. Outros réus após ele se declararam culpado. 
O psicólogo traz sua analise para o promotor a respeito das atrocidades 
cometidas pelos réus e suas motivações, conclui que o povo alemão é 
condicionado a seguir normas, obedecer a hierarquia, criados desde a infância 
para não questionar as autoridades, por isso Hitler conseguiu conquistar uma 
nação inteira. A segunda conclusão tomada por ele é sobre as propagandas 
feitas durantes anos que Judeus não são seres humanos de verdade, sendo uma 
corrupção da raça, o governo permite privar os judeus de seus direitos, se 
tornando imperativo matar essas pessoas inferiores, ignorando sua moral. O 
psicólogo define “a natureza do mal é a falta de empatia”. Conclui que os réus 
sofrem com a falta de empatia com o outro. 
O argumento final feito pelo promotor Jackson, traz a conclusão sobre 
a culpa de todos os réus, bem como a culpa de Hitler por milhares de 
mortes. Traz a reflexão para o tribunal a respeito da inocência pedida 
pelos acusados, cita uma frase impactante “se querem dizer que esses 
homens não são culpados, será tão verdadeiro dizer que não houve 
guerra, que não houve mortes, que não houve crimes ”. 
Iniciam as declarações finais dos réus. Göring, declara que a 
justiça não tem nada a ver com o julgamento, pois se sentiu inferior a 
acusação. Speer, cita seu repudio por Hitler, mas dá ênfase as inovações 
tecnológicas trazidas pela guerra,bem como o beneficio trazido pelo 
julgamento para evitar possíveis novas guerras. 
As sentenças impostas pelo Tribunal Militar Internacional de Nuremberg 
foram as seguintes: Goering (morte), Hess (prisão perpétua), Ribbentrop (morte), 
Keitel (morte), Kaltenbruner (morte), Rosemberg (morte), Frank (morte), Frick 
(morte), Streicher (morte), Funk (prisão perpétua), Schirach (20 anos de prisão), 
Schacht (absolvição), Donitz (10 anos de prisão), Raeder (prisão perpétua), 
Sanckel (morte), Jodl (morte), Borman (morte), Papen (absolvição), Seyss-
Ingurart (morte), Speer (20 anos de prisão), Neurath (15 anos de prisão) e 
Fritzche (absolvição). Goering antes de ser levado a forca preferiu se suicidar na 
prisão com uma cápsula de cianeto, deixando uma carta de suicídio para sua 
esposa. 
As sentenças de morte impostas em outubro de 1946 foram 
executadas pelo Sargento-Mestre John C. Woods (1903-50), que disse 
a um repórter da revista Time que estava orgulhoso de seu trabalho. "Do 
jeito que eu vejo esse trabalho forçado, alguém tem que fazer isso ... 10 
homens em 103 minutos. Isso é trabalho rápido." As últimas palavras dos 
acusados antes da forca eram de inocência e alguns ainda idolatravam 
a Hitler. 
O julgamento foi de extrema importância para a memória de 
milhares de vítimas, vidas inocentes perdidas e das pessoas que sofrem 
até os dias atuais com a devastação da Segunda Guerra Mundial. O filme 
traz uma carga grande de conhecimento das atrocidades cometidas 
pelos acusados, mas também nos mostra o poder da influência imposta 
por Hitler, o quanto a propagação de ódio tomou conta das pessoas, 
fazendo ignorar sua moral e sua ética afim de obedecer a ordens dos 
superiores. É difícil julgar as atitudes quando se colocado no lugar deles, 
principalmente diante ao exposto que quem não cumprisse as normas 
era executado, infelizmente o poder de persuasão que Hitler tinha 
acabou fazendo pessoas duvidarem da sua própria moral. Pode-se 
perceber que Goring por ser tão fiel a ele acabou se tornando seu 
prolongamento e que mesmo diante dos fatos expostos não se sentia 
culpado. Bem como a fala do psicólogo a respeito da falta de empatia, 
foi essa a maior causadora da destruição, a falta de empatia criou o ódio 
por pessoas, criou a falta de remorso e fez que uma população inteira 
tivesse princípios questionáveis. Infelizmente o julgamento ainda não foi 
o suficiente para criar a empatia pelo outro. 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
Editores History. Julgamento de Nuremberg. A&E Television 
Networks, 2010. Disponível em: https://www.history.com/topics/world-
war-ii/nuremberg-trials. Acesso: 28/03/2021 
Julgamento de Nuremberg. Stanley Kramer. Youtube. 16 de maio de 2000. 
3h e 06 min. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=qRw1gIp8J_s&t=8898s 
 
 
 
 
 
https://www.history.com/topics/world-war-ii/nuremberg-trials
https://www.history.com/topics/world-war-ii/nuremberg-trials
http://www.adorocinema.com/personalidades/personalidade-15586/
https://www.youtube.com/watch?v=qRw1gIp8J_s&t=8898s

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