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Resumo das aulas
Reforma sanitária e sus
A reforma sanitária foi o resultado de um conjunto de alterações estruturais realizadas na área da saúde em vários países, quando a falta de condições de saneamento e a baixa qualidade na prestação dos serviços, entre tantos outros, eram enfrentados por vários deles. Assim, a necessidade de reformular os sistemas de serviços de saúde impulsionou a abertura de discussões, dando início ao que se chamou de reforma sanitária. No Brasil, o Movimento da Reforma Sanitária foi influenciado pelas reformulações na área da saúde ocorridas na Itália, e surgiu no início da década de 70 em defesa da democracia. Os seus impulsionadores, dentre os quais o médico e sanitarista Sérgio Arouca, se reuniram em um evento da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), e o seu grupo passou a ser ofensivamente chamados de “partido sanitário”. Esse grupo começou a definir quais eram as necessidades prioritárias na área da saúde, e perceberam que identificá-las não seria uma tarefa fácil, afinal, antes disso era preciso entender o que era saúde.
O Sistema Único de Saúde (SUS), foi criado em 1988 com a Constituição Federal e é resultado de uma luta social. No artigo 196 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” O SUS é o maior sistema de saúde pública do mundo, embora nunca tenha sido financiado para dar a resposta mais adequada à população. Por esse motivo, os estudiosos alegam que a reforma não acabou e é preciso que o sistema seja reformulado.
Carta de Otawa
A Carta de Ottawa é um documento apresentado na Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizado em Ottawa, Canadá, em novembro de 1986. Trata-se de uma Carta de Intenções que busca contribuir com as políticas de saúde em todos os países, de forma equânime e universal. A carta propõe cinco campos centrais de estratégias para ação: elaboração e implementação de políticas públicas saudáveis; criação de ambientes favoráveis à saúde; reforço da ação comunitária; desenvolvimento de habilidades pessoais e reorientação do sistema de saúde A Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde foi uma decorrência das expectativas mundiais por uma saúde pública eficiente, focalizando em especial as necessidades dos países industrializados, e estendendo tal necessidade aos demais países. Mediante os progressos alcançados após a Declaração de Alma-Ata para a Atenção primária à saúde, o documento da OMS “As Metas da Saúde para Todos” e o debate ocorrido na Assembleia Mundial da Saúde sobre as ações intersetoriais necessárias, a Carta de Ottawa estabelece fatores de importância para o alcance de uma política de saúde para todos.
Histórico do SUS -lei de 8080/90
No Brasil Imperial, não havia políticas oficiais de gestão da saúde. Havia médicos, hospitais e clínicas que ofereciam serviços pagos e havia médicos e hospitais filantrópicos, geralmente ligados a ordens religiosas, que atendiam a população que não tinha condições de pagar pelos serviços. Como a grande maioria das pessoas não podia pagar e o número das que atendiam de maneira filantrópica era pequeno, a maioria da população não tinha acesso adequado aos cuidados com a saúde. Boa parte dela recorria, inclusive, a curandeiros e, quando tinha um mínimo de condições financeiras, aos farmacêuticos, chamados antigamente de boticários. Pela pouca oferta de serviços gratuitos e pelas péssimas condições sanitárias das cidades brasileiras, as pessoas sofriam constantemente (e muitas morriam) com doenças — algumas delas hoje consideradas de simples tratamento, como verminoses, diarreia, gripe, tétano e gonorreia. As doenças mais graves, como sífilis, malária e dengue, aterrorizavam ainda mais a população.
Oswaldo Cruz iniciou um plano de organização sanitária da capital, promovendo ações compulsórias, como a vacinação obrigatória e a fiscalização de propriedades privadas a fim de eliminar focos de reprodução do mosquito Aedes aegypt, que já era identificado como vetor da febre amarela. Além das campanhas chefiadas por Oswaldo Cruz, o prefeito do Rio de Janeiro na época, Francisco Pereira Passos, reestruturou a cidade, implementando uma rede de esgoto e um sistema de coleta do lixo. O problema é que a reestruturação manteve-se no centro da cidade, onde haviam os cortiços. Os cortiços, moradias aglomeradas, apertadas e insalubres onde moravam os pobres, foram dissolvidos e os moradores mandados para as periferias, transferindo para lá o problema. Em 1923, após a grande epidemia de gripe espanhola, foi criado o Departamento Nacional de Saúde, que visava ampliar as medidas sanitárias inspiradas na atuação de Oswaldo Cruz a todo o Brasil. Ainda não havia a oferta de tratamentos de saúde, apenas medidas sanitárias, como a implementação de tímidos sistemas de saneamento e as campanhas de vacinação.
Na década de 1980, após o fim da ditadura civil-militar brasileira, iniciou-se um processo de reestruturação da organização democrática federal. Com a Assembleia Constituinte e a promulgação da Constituição Federal de 1988, houve também a preocupação em atender o que estava disposto no documento em relação ao direito à saúde. Como a Constituição diz que toda pessoa tem direito ao atendimento médico e hospitalar e ao cuidado à saúde, oferecidos gratuitamente pelos estados, municípios e pela Federação, tratou-se então de criar um sistema unificado que conseguisse atender a todos. Para isso, no dia 19 de setembro de 1990, foi sancionada a Lei 8.080, que implantou e regulamentou o SUS em nosso país. Também há a Lei Orgânica da Saúde, que regulamenta as diretrizes nacionais do SUS.
PNAB/ ESF
A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) tem como objetivo presar serviços basais à família em território definido e controle social, cuja atuação fica sob responsabilidade de uma equipe especializada (agentes comunitários da atenção básica + agentes sanitários) de acordo com a necessidade da comunidade em questão. Ademais, é importante lembrar que a Atenção Básica à Família é a porta de entrada para o SUS. Logo, podemos dizer que é a colaboração entre a atenção básica e a primária do sus. Para poder ser efetivada, essa nova política segue alguns princípios do SUS e diretrizes próprias (respectivamente):
UNIVERSALIDADE EQUIDADE INTEGRALIDADE
Regionalização, territorialização, cuidado centrado na pessoa resolutividade Participação da comunidade Longitulidade do cuidado. Com isso, o apoio governamental torna-se essencial para a implantação desse projeto. Sendo assim, é válido ressaltar os principais aspectos dessa participação: manutenção das UBS, profissionalizar os ASF, fiscalizar o exercício desse plano e estimulando tanto financeiramente quanto no local de trabalho. Concomitante a isso, a União deve prover verbas e articulações as ESF a nível estatal e municipal (participação de outros setores na PNAB).
O funcionamento das UBS: Em um primeiro plano, a unidade de atenção básica à saúde é fundamental para haver o vínculo e participação da comunidade no SUS. Por isso, ela deve atender aos requisitos mínimos para poder ser efetivado a nova PNAB. Assim, podemos destacar que cada UBS, de maneira geral, deve apresentar um consultório médico, enfermagem, farmácia, recepção aconchegante, horários e avisos bem evidentes (região de abrangência, horários de funcionamento e serviços prestos) e equipamentos adequados. Efetivando o princípio da equidade, as UBS podem apresentar adaptações para atender a demanda em questão, a exemplo da UBS fluvial e a Unidade Odontológica Móvel. O funcionamento da UBS deve ser de acordo com a compactação da comunidade, tendo como requisito mínimo 40 horas semanas, funcionamento mínimo de 5 dias na semana e contingente máximo de 3500 pessoas para cada equipe da UBS.
As equipes da estratégia: -ESF: Como foicitado anteriormente, cada equipe de atenção básica deve atender um contingente de 2000 a 3500 pessoas. Cada UBS deveria ter pelo menos 4 equipes, as quais são prioritariamente formadas por: um ACS, um médico (de preferência um médico da família), um técnico ou enfermeiro (de preferência quando houver necessidade um dentista e seu auxiliar.
 Esb: A equipe de saúde bucal deve ser composta por profissionais de preferência especializados na saúde da família. Essa equipe pode ter duas modalidades sendo a I a mais simples e a II a composta por um cirurgião dentista e seu auxilia.
-EAB: é a de atenção básica à família, cuja atuação está voltada para a unidade. Logo essa equipe fica fixa na UBS;
O NASF-AB: A fim de manter a Longitulidade da ESF, essa esfera da atenção básica busca conciliar outras áreas de ensino superior, como pedagogia e fisioterapia, nas UBS para efetivar o tratamento e prevenção de doenças na comunidade e, assim, evitando o congestionamento dos demais setores, secundário e terciário, da saúde pública brasileira.
Modelo Flexniano
Abraham Flexner foi um educador que se especializou em ensino médico e escreveu, em 1910, um relatório que mudou o ensino da medicina nos EUA e, consequentemente, a prática médica. Subvencionado pela Fundação Rockfeller, Flexner entrou em ação para “pôr ordem” no suposto caos que caracterizava o ensino e a prática médica naquele país. E foi assim que, em 1912, assumiu importante e permanente posição no General Education Board. O tal “caos” dizia respeito à proliferação das práticas médicas consideradas “não científicas”, como o fisiomedicalismo e o botanomedicalismo, terapêuticas que viriam a dar origem à fitoterapia e à homeopatia. Não havia a necessidade de concessão do Estado para ensinar ou exercer a medicina e, além das terapêuticas referidas, tudo o mais era permitido, o que, sem dúvida, representava um risco para a população, por conta da absoluta ausência de regulação. É preciso, porém, saber que a proposta flexneriana acabou por dar um prestimoso auxílio à indústria farmacêutica, que desde o final do século XIX, começava a construir o seu império e a influenciar decisivamente a lógica da assistência à saúde, impondo a “medicina científica” como padrão. Tudo indica que, naquele momento, a população dos Estados Unidos da América se livrou dos supostos curandeiros e charlatães, mas caiu nas garras da indústria de fármacos. E, afinal, não se pode dizer que a fitoterapia e a homeopatia sejam terapêuticas de charlatães, como pretendia Flexner, seus patrocinadores e a sua turma de discípulos. Hoje, inclusive, estão incluídas no SUS e boa parte da população as considera eficazes e efetivas. Trata-se de um modelo de assistência à saúde para poucos, já que os recursos de média e alta complexidade encontram-se usualmente em grandes centros urbanos e também por conta de seus custos. E, quem sabe, para ninguém, pois, como será brevemente exposto adiante, não é o doente o assistido. 
Saúde da família
A saúde da família está no primeiro nível de atenção no Sistema Único de Saúde (SUS) e é considerada uma estratégia primordial para a organização e o fortalecimento da atenção básica. A partir do acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada, são desenvolvidas ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes. Para efetivar essas ações, é necessário o trabalho de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde, formadas por: médico, enfermeiro, auxiliares de enfermagem, agentes comunitários de saúde, cirurgião-dentista, auxiliar de consultório dentário ou técnico de higiene dental.
As equipes de saúde da família estabelecem vínculo com a população, possibilitando o compromisso e a co-responsabilidade dos profissionais com os usuários e a comunidade, com o desafio de ampliar as fronteiras de atuação e resolubilidade da atenção. Além disso, te como estratégia de trabalho: conhecer a realidade das famílias pelas quais é responsável, por meio de cadastramento e diagnóstico de suas características sociais, demográficas e epidemiológicas; identificar os principais problemas de saúde e situações de risco às quais a população que ela atende está exposta; e prestar assistência integral, organizando o fluxo de encaminhamento para os demais níveis de atendimento, quando se fizer necessário.
Organização familiar
O estabelecimento das famílias foi a forma que o ser humano encontrou de viver de maneira mais segura, pois o agrupamento em família ajudava na proteção dos indivíduos contra inimigos e também facilitava a caça e acoleta de alimentos. Entende-se família como um agrupamento por parentesco, o qual dá afinidade às pessoas que convivem juntas, assim, uma protege a outra em razão do sentimento de afeto, carinho e pertencimento ao grupo
Família patriarcal: Ainda nos primórdios da humanidade, o modelo patriarcal estabeleceu-se como o modelo familiar por excelência. Chamamos de patriarcal a família chefiada por um homem (o patriarca, ou seja, o pai), que tem por responsabilidade adquirir alimentos e cuidar da segurança de seus filhos e de sua esposa. Nesse modelo, no início, os homens caçavam para alimentar a esposa e os filhos, que ficavam sob os cuidados da mãe. Nos dias de hoje, podemos encontrar famílias mais tradicionais, que seguem o modelo patriarcal, mas também encontramos muitas famílias que não se enquadram nesse modelo. Temos famílias em que as mães e os pais trabalham fora, famílias em que as mães trabalham fora e os pais cuidam da casa e dos filhos, famílias compostas por dois pais ou duas mães homossexuais, famílias compostas apenas por irmãos órfãos ou somente por avós e netos, famílias compostas por tios e sobrinhos etc. No Brasil, por exemplo, são muito comuns famílias compostas por apenas uma mãe e seus filhos ou seu filho único. Em alguns casos, o pai faleceu ou está desaparecido ou ainda resolveu sair de casa e interrompeu o contato com a família. Às vezes o pai nem chega a conhecer os filhos.
A adoção é um tema de extrema importância para a compreensão da família contemporânea. Muitos casais não podem ter filhos biológicos; alguns casais, com filhos ou sem, optam pela adoção, e até pessoas solteiras que querem experimentar a maternidade ou paternidade podem adotar crianças. Essa ação beneficia ambas as partes (quem adota e quem é adotado), pois dá ao adotante a experiência de ter um filho ou uma filha, ao mesmo tempo em que proporciona um lar e, mais do que isso, um núcleo familiar a uma criança órfã ou que necessita de uma família que a acolha e proteja.
Diagnóstico situacional de saúde
As VD são essenciais às práticas de saúde das Unidades de saúde da família (USF), pois além de proporcionar a aproximação entre a unidade e a comunidade, facilita o processo de prevenção de doenças e promoção à saúde. Além de essenciais, as VD são um direito da população, mas como oferecer um serviço de visita domiciliar com a periodicidade justa se não houver parâmetros para classificar e priorizar essas visitas? 
A Classificação de Risco (vulnerabilidade) Familiar permite a análise da vulnerabilidade social e de saúde da família, permitindo a distribuição de um serviço com equidade, além de mostrar a realidade e as necessidades de cada comunidade após uma análise mais ampla, tornando-se assim, não só uma ferramenta da equipe de saúde, mas do governo, para a solução de problemas da comunidade e repasse dos recursos materiais e humanos necessários para as USF. 
A Escala de Coelho e Savassi vem sendo utilizada com sucesso pelo Brasil. Demonstrando a importância dessa Classificação para a melhoria da qualidade e distribuição de atendimento das USF, além da percepção das vulnerabilidades sociais de cA relevância da pesquisa reside no fato de não haver dados na cidade de Boa Vista, RR a respeito das VD e se ocorre a priorização dessas visitas para as famílias mais necessitadas. Acredita-se que tal pesquisa seja importante para os profissionais que atuam na ESF e paraos acadêmicos por se tratar de um instrumento de análise da situação da família na unidade de saúde Olenka, campo de espaço do IESC e estágio para os acadêmicos do curso de enfermagem da UFRR. Além disso há o ineditismo da pesquisa em Boa Vista, RR, embora tenha semelhanças com outra pesquisa realizada por Nakata et al (2013), na cidade de Porto Alegre, RS.
Organização e planejamento na psf
A organização do acolhimento em saúde não inclui exclusivamente a demanda espontânea, mas um conjunto de ações que objetivam dar respostas às necessidades da comunidade. Deve, portanto, partir do diagnóstico de problemas e do planejamento em saúde, buscando romper com a ideia do mesmo como uma ação pontual, centrada na doença e nos procedimentos e não no sujeito e em suas necessidades. Nesse sentido, as informações originadas do diagnóstico das principais demandas e necessidades dos usuários devem promover reflexão, subsidiando a análise e as mudanças da prática e dos resultados do trabalho e, consequentemente, o planejamento em saúde. Para tanto, é preciso identificar os problemas e as potencialidades relacionadas às diferentes questões envolvidas com o acolhimento, como aquelas relativas à própria organização dos serviços, à satisfação dos usuários e ao desenvolvimento e crescimento profissional e pessoal dos trabalhadores/equipes nesse processo. Os diferentes aspectos devem ser discutidos amplamente na perspectiva de uma avaliação participativa e formativa envolvendo profissionais, usuários e gestão municipal, buscando provocar movimentos diversos, como a capacitação, o levantamento, a construção e a pactuação de ações que orientem a renovação do trabalho/serviços ej propiciem aprendizagens coletivas. Como resultado, a organização do atendimento às demandas espontâneas e programadas, ambas integrantes do processo de acolhimento em saúde, deve basear-se nas necessidades observadas e se dar como um processo contínuo que permite modificações a medida que novas demandas surgem. Dados epidemiológicos podem ser úteis para indicar uma necessidade e assim organizar o serviço, no entanto é importante se ter em mente que não é a única forma de caracterizar essas necessidades. Para isso pode-se realizar um diagnóstico das principais queixas decorrentes das demandas espontâneas e também das necessidades observadas e relatadas durantes visitas domiciliares ou nos grupos. A partir desse diagnóstico podem-se programar quantas consultas de demanda espontânea e programada serão disponibilizadas, quantas consultas serão destinadas aos retornos de rotina dos pacientes programados, como organizar a agenda do médico, da enfermagem e da odontologia e como organizar o atendimento no curativo, vacina, farmácia e em outros setores da Unidade de Saúde

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