Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sarah Silva Cordeiro – MEDICINA FITS Problema 01 Modulo 02 mecanismos de agressão e defesa Cicatrizes da Infância OBJETIVOS: 1. Entender imunidade inata e adquirida e diferenciá-las 2. Entender o sistema complemento 3. Descrever as principais células de defesa e suas funções 4. Conhecer os tipos de imunoglobulinas e suas funções 5. Compreender as respostas imunes celular e humoral 6. Entender como ocorre a imunização através da vacina. 1-Entender imunidade inata e adquirida e diferenciá-las. Uma das linhas de defesa do corpo (sistema imunológico) envolve glóbulos brancos (leucócitos) que se deslocam através da corrente sanguínea e penetram nos tecidos para detectar e atacar micro- organismos e outros invasores. Esta defesa consiste de duas partes: ❖ Imunidade inata ❖ Imunidade adquirida A IMUNIDADE INATA (NATURAL) É assim denominada porque está presente desde o nascimento e não precisa ser aprendida através da exposição de um invasor. Assim, ela oferece uma resposta imediata a invasões estranhas. Entretanto, seus componentes tratam todos os invasores estranhos basicamente do mesmo modo. Eles reconhecem somente um número limitado de substâncias de identificação (antígenos) nos invasores estranhos. No entanto, estes antígenos estão presentes em muitos invasores distintos. A imunidade inata, ao contrário da imunidade adquirida, não possui memória dos encontros, não se lembra de antígenos estranhos específicos e não oferece qualquer proteção contínua contra infecções futuras. Os glóbulos brancos presentes na imunidade inata são ❖ Monócitos (que se desenvolvem em macrófagos) Quando ocorre uma infecção, os monócitos se deslocam para os tecidos. Ali, durante cerca de 8 horas, os monócitos aumentam consideravelmente de tamanho e produzem grânulos no seu interior, tornando-se macrófagos. Esses grânulos encontram- se cheios de enzimas e outras substâncias que ajudam a digerir as bactérias e outras células estranhas. Os macrófagos permanecem nos tecidos. Eles ingerem bactérias, células estranhas, assim como células danificadas e mortas. (O processo de uma célula ingerir um micro-organismo, outra célula, ou fragmentos de células é denominado fagocitose e as células que ingerem são denominadas de fagócitos). Os macrófagos produzem substâncias que atraem outros glóbulos brancos ao local de infecção. Eles também ajudam as células T a reconhecer os invasores e, desta forma, também participam da imunidade adquirida. ❖ Neutrófilos Os neutrófilos, o tipo mais comum de glóbulos brancos na corrente sanguínea, estão entre as primeiras células imunológicas na defesa contra infecções. Eles são fagócitos que ingerem bactérias e outras células estranhas. Os neutrófilos contêm grânulos que liberam enzimas que ajudam a matar e a digerir estas células. Os neutrófilos circulam na corrente sanguínea e devem ser avisados para deixar a corrente sanguínea e penetrar nos tecidos. O sinal provém, frequentemente, das bactérias em si, das proteínas do complemento ou dos tecidos danificados, sendo que todos produzem substâncias que atraem os neutrófilos ao foco do problema. (O processo de utilizar substâncias químicas para atrair as células para um local específico é denominado de quimiotaxia). Os neutrófilos também liberam substâncias que produzem fibras no tecido circundante. Estas fibras podem prender as bactérias, evitando, desta forma, que elas se propaguem e tornando-as mais fáceis de destruir. ❖ Eosinófilos Eosinófilos podem ingerir bactérias, mas também visam as células estranhas que são demasiado grandes para serem ingeridas. Os eosinófilos contêm grânulos que liberam enzimas e outras substâncias tóxicas quando se deparam com células estranhas. Estas substâncias fazem furos nas membranas das células alvo. Os eosinófilos circulam na corrente sanguínea. No entanto, são menos ativos contra as bactérias do que os neutrófilos e os macrófagos. Uma de suas principais funções consiste em aderir aos parasitas e ajudar a imobilizá-los e a destruí-los. Os eosinófilos podem ajudar a destruir as células cancerígenas. Eles também produzem substâncias envolvidas na inflamação e reações alérgicas. Indivíduos com alergias, infecções parasitárias, ou asma, normalmente possuem mais eosinófilos na https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-o-sistema-imunol%C3%B3gico#v778514_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-o-sistema-imunol%C3%B3gico#v778514_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/imunidade-adquirida https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/imunidade-adquirida https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/imunidade-adquirida https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas-e-outras-doen%C3%A7as-relacionadas-%C3%A0-hipersensibilidade/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas Sarah Silva Cordeiro – MEDICINA FITS Problema 01 Modulo 02 mecanismos de agressão e defesa corrente sanguínea do que indivíduos que não tenham tais doenças. ❖ Basófilos Os basófilos não ingerem células estranhas. Contêm grânulos repletos de histamina, uma substância presente nas reações alérgicas. Quando basófilos se deparam com alérgenos (antígenos que causam reações alérgicas), eles liberam histamina. A histamina aumenta o fluxo de sangue para os tecidos danificados, resultando em inchaço e inflamação. Os basófilos também produzem substâncias que atraem os neutrófilos e os eosinófilos ao foco do problema. ❖ Células natural killer As células natural killer levam o nome de “natural killer” (matadoras naturais), porque estão preparadas para matar assim que se formam. As células natural killer reconhecem e aderem às células infectadas ou às células cancerígenas e, então, liberam enzimas e outras substâncias que danificam as membranas externas destas células. As células natural killer são importantes na defesa inicial contra as infecções virais. Além disso, as células natural killer produzem citocinas que regulam algumas das funções das células T, das células B e dos macrófagos. Cada tipo tem uma função distinta. Outros participantes na imunidade inata são ❖ Mastócitos Os mastócitos estão presentes nos tecidos. Sua função é semelhante àquela dos basófilos no sangue. Quando eles encontram um alérgeno, eles liberam histamina e outras substâncias envolvidas em reações inflamatórias e alérgicas. ❖ O sistema de complemento (objetivo 2) ❖ Citocinas (inata e adquirida) As citocinas são as mensageiras do sistema imunológico. Quando um antígeno é detectado, os glóbulos brancos e outras células do sistema imunológico produzem citocinas. Existem muitas citocinas diferentes, que afetam partes distintas do sistema imunológico: ✓ Algumas citocinas estimulam a atividade. Elas estimulam determinados glóbulos brancos a tornarem-se matadores mais eficazes e atraem ainda outros glóbulos brancos ao foco do problema. ✓ Outras citocinas inibem a atividade, ajudando a concluir uma resposta imunológica. ✓ Outras citocinas, denominadas interferons, afetam a reprodução (replicação) dos vírus. ✓ As citocinas também participam na imunidade adquirida. A IMUNIDADE ADQUIRIDA (adaptativa ou específica) não se encontra presente desde o nascimento. É adquirida. O processo de aprendizagem começa quando o sistema imunológico de uma pessoa encontra invasores estranhos e reconhece substâncias não próprias (antígenos). Então, os componentes da imunidade adquirida aprendem a melhor maneira de atacar cadaantígeno e começam a desenvolver uma memória para aquele antígeno. A imunidade adquirida é também denominada específica porque planeja um ataque a um antígeno específico previamente encontrado. Suas características são as capacidades de aprender, adaptar e lembrar. A imunidade adquirida leva tempo para se desenvolver após a primeira exposição a um novo antígeno. Entretanto, posteriormente, o antígeno é lembrado e a resposta subsequente àquele antígeno é mais rápida e eficaz comparada à resposta que ocorreu após a primeira exposição. Os glóbulos brancos responsáveis pela imunidade adquirida são ❖ Linfócitos (células T e células B) Os linfócitos permitem ao organismo lembrar os antígenos e distinguir o que próprio do que não é próprio do corpo e é prejudicial (inclusive vírus e bactérias). Os linfócitos circulam através da corrente sanguínea e do sistema linfático, passando para os tecidos quando a sua presença é necessária. O sistema imunológico pode lembrar de cada antígeno deparado, pois após um encontro, alguns linfócitos desenvolvem-se em células de memória. Estas células vivem por um bom tempo, durante anos ou mesmo décadas. Quando as células de memória se deparam com um antígeno pela segunda vez, o reconhecimento é imediato e a resposta é rápida, enérgica e específica contra este antígeno específico. Esta resposta imunológica específica constitui a razão pela qual os indivíduos não contraem a varicela ou o sarampo mais de uma vez e o motivo pelo qual a vacinação pode evitar determinadas doenças. Os linfócitos podem ser células T ou células B. As células B e as células T trabalham juntas para destruir os invasores. Células T As células T se desenvolvem a partir de células- tronco na medula óssea que se deslocaram para um https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-o-sistema-imunol%C3%B3gico#v12778683_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/imunidade-adquirida https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-o-sistema-imunol%C3%B3gico#v8378212_pt Sarah Silva Cordeiro – MEDICINA FITS Problema 01 Modulo 02 mecanismos de agressão e defesa órgão no tórax chamado timo. Lá, elas aprendem a distinguir antígenos próprios de não próprios para não atacar os tecidos próprios do corpo. Normalmente, somente as células T que aprendem a ignorar os antígenos próprios do organismo (antígenos próprios) amadurecem e deixam o timo. As células T podem potencialmente reconhecer um número praticamente ilimitado de antígenos distintos. As células T maduras são armazenadas nos órgãos linfoides secundários (linfonodos, baço, amígdalas, apêndice e placas de Peyer no intestino delgado). Estas células circulam na corrente sanguínea e no sistema linfático. Após elas se depararem com uma célula infectada ou anormal, elas são ativadas e buscam estas células em particular. Em geral, para serem ativadas, as células T precisam da ajuda de outra célula imunológica, que quebra os antígenos em fragmentos (chamado processamento do antígeno) e, então, apresenta o antígeno da célula infectada ou anormal para a célula T. Em seguida, a célula T se multiplica e se especializa em diferentes tipos de células T. Esses tipos incluem • Células T killer (citotóxicas) aderem aos antígenos em células infectadas ou anormais (cancerígenas, por exemplo). As células T killer matam estas células fazendo furos em suas membranas e injetando enzimas nas células. • Células T auxiliares ajudam outras células imunológicas. Algumas células T auxiliares ajudam as células B a produzirem anticorpos contra antígenos estranhos. Outras ajudam a ativar as células T killer para matar células infectadas ou anormais, ou ainda ajudam a ativar os macrófagos, permitindo que eles ingiram células infectadas ou anormais de forma mais eficaz. • Células T supressoras (reguladoras) produzem substâncias que ajudam a encerrar a resposta imunológica ou por vezes, evitam que ocorram certas respostas prejudiciais. Inicialmente, quando as células T se deparam com um antígeno, a maioria desempenha sua função, mas algumas se desenvolvem em células de memória, que lembram do antígeno e lhe respondem de forma mais vigorosa em um segundo encontro. As células T, por vezes, por motivos não totalmente compreendidos, não distinguem o que é próprio do que não é próprio do corpo. Essa disfunção pode resultar em uma doença autoimune, em que o organismo ataca seus próprios tecidos. Células B As células B são formadas na medula óssea. As células B possuem locais específicos na sua superfície (receptores), aos quais os antígenos podem aderir. As células B podem aprender a reconhecer um número praticamente ilimitado de antígenos distintos. A principal finalidade das células B é produzir anticorpos, que marcam um antígeno para atacar ou neutralizar diretamente. As células B também podem apresentar o antígeno a células T, que são então ativadas. A resposta aos antígenos por parte das células B tem duas fases: • Resposta imunológica primária: Primeiramente, quando as células B se deparam com um antígeno, o antígeno adere ao receptor, estimulando as células B. Algumas células B se transformam em células de memória, lembrando aquele antígeno específico, e outras se transformam em plasmócitos. As células T auxiliares ajudam as células B neste processo. Os plasmócitos produzem anticorpos que são específicos para os antígenos que estimulam a sua produção. Após o primeiro encontro com um antígeno, a produção de anticorpos específicos demora alguns dias. Por isso, a resposta imunológica primária é lenta. • Resposta imunológica secundária: Depois disto, no entanto, sempre que as células B se depararem https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-o-sistema-imunol%C3%B3gico#v778596_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas-e-outras-doen%C3%A7as-relacionadas-%C3%A0-hipersensibilidade/doen%C3%A7as-autoimunes https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas-e-outras-doen%C3%A7as-relacionadas-%C3%A0-hipersensibilidade/doen%C3%A7as-autoimunes Sarah Silva Cordeiro – MEDICINA FITS Problema 01 Modulo 02 mecanismos de agressão e defesa com o antígeno novamente, as células B de memória rapidamente reconhecem um antígeno, se multiplicam, se transformam em plasmócitos e produzem anticorpos. Esta resposta é rápida e eficaz. Outros participantes na imunidade adquirida são ❖ Células dendríticas As células dendríticas residem na pele, nos linfonodos e nos tecidos de todo o organismo. A maioria das células dendríticas são células apresentadoras de antígenos. Ou seja, elas ingerem, processam e apresentam antígenos, permitindo que as células T helper reconheçam o antígeno. As células dendríticas apresentam fragmentos de antígenos às células T nos linfonodos. Outro tipo de célula dendrítica, a célula dendrítica folicular, está presente em linfonodos e apresenta antígenos brutos (intactos), que foram ligados com um anticorpo (complexo antígeno-anticorpo) às células B. As células dendríticas foliculares ajudam as células B a responder a um antígeno. Após as células T e B serem apresentadas com o antígeno, elas são ativadas. ❖ Citocinas * ❖ O sistema de complemento (que intensifica a eficácia dos anticorpos) (segundo objetivo) https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7a s-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema- imunol%C3%B3gico/imunidade-adquirida 2-Entender o sistema complemento. ❖ O sistema de complemento O sistema de complemento é composto pormais de 30 proteínas que atuam em sequência: Uma proteína ativa outra, que ativa outra, e assim por diante para defender contra a infecção. Esta sequência é denominada cascata do complemento. As proteínas do complemento possuem muitas funções tanto na imunidade adquirida como na inata: ❖ Matar as bactérias diretamente ❖ Ajudar a destruir as bactérias, aderindo a elas e facilitando, deste modo, a sua identificação e ingestão por parte dos neutrófilos e dos macrófagos ❖ Atrair os macrófagos e os neutrófilos ao foco do problema ❖ Neutralizar os vírus ❖ Ajudar as células imunológicas a lembrar os invasores específicos ❖ Estimular a formação de anticorpos ❖ Intensificar a eficácia dos anticorpos ❖ Ajudar o organismo a eliminar as células mortas e os complexos imunológicos (que consistem de um anticorpo aderido a um antígeno) https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7 as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema- imunol%C3%B3gico/imunidade-adquirida 3-Descrever as principais células de defesa e suas funções. Tudo no primeiro objetivo 4-Conhecer os tipos de imunoglobulinas e suas funções. Definição. São moléculas de glicoproteínas que são produzidas por plasmócitos (linfócitos B ativados) na resposta contra um imunógeno na qual funcionam como anticorpos. O nome imunoglobulina surgiu do achado de que quando o soro contendo anticorpos é colocado num campo elétrico, os anticorpos, que agentes da imunidade humoral, migram com as proteínas globulares Funções gerais das imunoglobulinas 2.1 Ligação a antígenos: As imunoglobulinas são específicas para um antígeno (ou para um pequeno grupo de antígenos com semelhança estrutural considerável). Cada imunoglobulina geralmente liga- se a um determinante antigênico específico (ver determinantes antigênicos em Antígenos). A ligação a antígenos é a função primária dos anticorpos e pode resultar em relativa imunidade do hospedeiro. 1. Valência – A valência de um anticorpo refere-se ao número de determinantes antigênicos que uma única molécula de Imunoglobulina pode se ligar. A valência de todos os anticorpos é pelo menos 2 e em alguns casos maior. 2.2 Funções efetoras: Às vezes a ligação de um anticorpo com um antígeno não tem efeito biológico direto. Em sua maioria, os efeitos biológicos são uma consequência das funções efetoras (ou secundárias) dos anticorpos. As imunoglobulinas são mediadores de uma variedade dessas funções efetoras. Na maioria das vezes, a habilidade de carregar uma função efetora particular requisita da prévia ligação do anticorpo com o seu antígeno específico. Nem toda imunoglobulina irá mediar todas as funções efetoras existentes listadas abaixo. 1. Fixação e ativação de complemento - Induz a lise de células pelo complemento (ver lise celular em Complemento). 2. Poder de ligação a vários tipos celulares - Células fagocíticas, linfócitos, mastócitos, basófilos, eosinófilos e outros tipos celulares possuem receptores de https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/imunidade-adquirida#v12778786_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-o-sistema-imunol%C3%B3gico#v778596_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-o-sistema-imunol%C3%B3gico#v778596_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/imunidade-inata#v778726_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/imunidade-inata#v778702_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/imunidade-adquirida https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/imunidade-adquirida https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/imunidade-adquirida https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/imunidade-adquirida https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/imunidade-adquirida https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/imunidade-adquirida Sarah Silva Cordeiro – MEDICINA FITS Problema 01 Modulo 02 mecanismos de agressão e defesa ligação para e tal ligação pode ativar essas células para desenvolverem alguma função. Algumas imunoglobulinas têm o poder de se ligar a receptores no trofoblasto na placenta. Esta ligação resulta na transferência de imunoglobulinas maternas para o feto através da placenta, promovendo imunidade humoral ao recém-nascido. Os anticorpos protegem o organismo das seguintes maneiras: • Ajudam as células a ingerirem os antígenos (as células que ingerem os antígenos têm o nome de fagócitos) • Inativam as substâncias tóxicas produzidas por bactérias • Atacam diretamente as bactérias e os vírus • Previnem que bactérias e vírus se fixem e invadam células • Ativam o sistema de complemento, que possui muitas funções imunológicas • Auxiliam certas células, como as células natural killer, a matar as células infectadas ou as células cancerígenas Os anticorpos são essenciais para combater determinadas infecções bacterianas ou fúngicas. Também ajudam a lutar contra os vírus. Os anticorpos aderem ao antígeno, que foram formados para reconhecer, formando um complexo imunológico (complexo anticorpo-antígeno). O anticorpo e o antígeno encaixam bem juntos, como peças de um quebra-cabeça. Por vezes um anticorpo pode aderir a outros antígenos se os antígenos forem muito parecidos com o antígeno para o qual o anticorpo foi formado para reconhecer e aderir. Cada molécula de anticorpo tem duas partes: • Parte variável: Esta parte varia. É especializada em aderir a um antígeno específico. • Parte constante: Esta parte é uma dentre cinco estruturas, que determina a classe do anticorpo - IgM, IgG, IgA, IgE ou IgD. Esta parte é a mesma dentro de cada classe e determina a função do anticorpo. Um anticorpo pode alterar sua parte constante e passar para uma classe diferente, mas sua parte variável não muda. Assim, ele sempre consegue reconhecer o antígeno específico para o qual foi formado para se fixar. TIPOS: IgM: Este tipo de anticorpo é produzido quando encontra um determinado antígeno (como o antígeno de um micro-organismo infeccioso) pela primeira vez. A resposta desencadeada na ocasião do primeiro encontro com um antígeno é denominada resposta imunológica primária. A IgM então adere ao antígeno, ativando o sistema de complemento, e desta forma os micro-organismos são mais fáceis de serem ingeridos. Normalmente, a IgM encontra-se presente na corrente sanguínea, mas não nos tecidos. IgG: A IgG, o tipo mais frequente de anticorpo, é produzida quando um antígeno específico é novamente encontrado. Uma maior quantidade de anticorpo é produzida nesta resposta (denominada resposta imunológica secundária) do que na resposta imunológica primária. A resposta imunológica secundária é também mais rápida e os anticorpos produzidos, especialmente IgG, são mais eficazes. A IgG protege contra as bactérias, os vírus, os fungos e as substâncias tóxicas. A IgG encontra-se presente na corrente sanguínea e nos tecidos. É a única classe de anticorpo que passa da mãe para o feto, através da placenta. A IgG da mãe protege o feto e o recém-nascido até que o sistema imunológico do bebê possa produzir os seus próprios anticorpos. A IgG também é a classe mais comum de anticorpos usada em tratamentos. Por exemplo, as imunoglobulinas (anticorpos obtidos do sangue de pessoas com um sistema imunológico normal) consistem principalmentede IgG. As imunoglobulinas são usadas para tratar algumas imunodeficiências e doenças autoimunes. IgA: Estes anticorpos ajudam a defender o organismo da invasão de micro-organismos através das superfícies do corpo, que se encontram revestidas por uma membrana mucosa, como o nariz, os olhos, os pulmões e o trato digestivo. A IgA está presente nos seguintes: • Corrente sanguínea • Secreções produzidas por membranas mucosas (como lágrimas e saliva) • O colostro (líquido produzido pelas mamas nos primeiros dias após o parto, antes da produção do leite) IgE: Estes anticorpos desencadeiam reações alérgicas imediatas. A IgE se liga aos basófilos (um tipo de glóbulo branco) na corrente sanguínea e aos mastócitos nos tecidos. Quando os basófilos ou os mastócitos ligados à IgE se deparam com alérgenos (antígenos que provocam reações alérgicas), liberam substâncias (como a histamina) que causam inflamação e lesionam os tecidos circundantes. Desse modo, a IgE é o único tipo de anticorpo que, com frequência, parece ser mais https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/imunidade-inata#v778702_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/doen%C3%A7as-decorrentes-de-imunodefici%C3%AAncia/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-imunodefici%C3%AAncias https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas-e-outras-doen%C3%A7as-relacionadas-%C3%A0-hipersensibilidade/doen%C3%A7as-autoimunes https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas-e-outras-doen%C3%A7as-relacionadas-%C3%A0-hipersensibilidade/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas-e-outras-doen%C3%A7as-relacionadas-%C3%A0-hipersensibilidade/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/imunidade-inata#v778684_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/imunidade-inata#v30034280_pt Sarah Silva Cordeiro – MEDICINA FITS Problema 01 Modulo 02 mecanismos de agressão e defesa prejudicial do que benéfico. No entanto, a IgE pode revelar-se útil na defesa contra determinadas infecções parasitárias, comuns em alguns países em desenvolvimento. Estão presentes pequenas quantidades de IgE na corrente sanguínea e na mucosa do sistema digestivo. Essas quantidades são maiores em indivíduos com asma, febre do feno, outros distúrbios alérgicos ou infecções parasitárias. IgD: A IgD está presente principalmente na superfície das células B imaturas. Ela ajuda estas células a amadurecerem. Pequenas quantidades destes anticorpos estão presentes na corrente sanguínea. Sua função na corrente sanguínea, se é que existe alguma, não é bem compreendida. https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7a s-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema- imunol%C3%B3gico/imunidade-adquirida 5-Compreender as respostas imunes celular e humoral. Resposta imune humoral: As moléculas de reconhecimento são constituídas por anticorpos, globulinas glicoproteicas chamadas imunoglobulinas (Ig), secretadas no plasma e de inúmeros tecidos. A imunidade humoral, ao contrário da imunidade celular, pode ser transmitida pelo plasma ou soro. Na espécie humana são encontrados 05 tipos de imunoglobulinas. São por ordem de concentração decrescente no plasma a IgG, IgA, IgM, IgD e IgE (tabela I e II). O efeito das Imunoglobulinas pode ser benéfico (anticorpos protegendo contra inúmeros microrganismos infecciosos, toxinas...) ou maléficas (alergias, anafilaxia...). Os anticorpos podem recobrir certas células ou ainda agir em conjunto com o sistema complemente permitindo a destruição da célula (citólise) Resposta Imune Celular: Na resposta imune celular, as moléculas de reconhecimento ficam aderidas a membrana dos linfócitos T. Os linfócitos sensibilizados são efetores nos casos de: ❖ Hipersensibilidade do tipo tardia ❖ Rejeição de transplantes (em parte) ❖ Reação do transplante contra o receptor ❖ Resistência por parte dos tumores ❖ Imunidade contra inúmeros agentes bacterianos e virais (sobretudo intracelular) ❖ Certas alergias medicamentosas ❖ Certas doenças auto-imunes ❖ Nos fenômenos de citotoxicidade e MLR Esse tipo de imunidade pode ser transferido a um animal não imunizado através de injeção de células sensibilizadas e não através do soro ou plasma. https://www.fcm.unicamp.br/fcm/cipoi/imunologia- celular/overview/tipos-de-resposta-imune 6-Entender como ocorre a imunização através da vacina. - A vacinação é uma forma muito enfraquecida (vacina atenuada) ou totalmente inativada (vacina inativada) do agente que causa a doença. Ela é introduzida no organismo e, a partir disso, o sistema imunológico entra em ação, resultando na produção de anticorpos e na memória imunológica, sem que haja uma verdadeira infecção. “Caso o paciente entre em contato com o patógeno prevenido pela vacina, ele não desenvolverá a doença ou esta será de menor gravidade” https://cuidadospelavida.com.br/saude-e- tratamento/baixa-imunidade/vacina-como-funciona- processo-imunizacao - Na infecção por um vírus há inicialmente uma resposta imune inata do organismo: o vírus infecta uma célula e o organismo passa a produzir uma proteína para interferir na sua multiplicação e estimular a atividade de defesa de outras células. Isso cria um estado “antiviral”, que tenta impedir que haja infecção das células vizinhas. https://www.bahia.fiocruz.br/pesquisadora-explica- como-funciona-a-imunizacao-em-pessoas-que-foram- infectadas-por-covid-19/ - Através do uso especificamente controlado de microrganismos causadores de doenças, ou suas toxinas, estimular o sistema imunológico de modo que este seja capaz de montar uma defesa contra tal antígeno. Dessa forma, quando o indivíduo entrar em contato com este antígeno ele já possua mecanismos efetores eficientes para protege-lo e garantir sua segurança e saúde, prevenindo assim diversas doenças. Isso acontece pela geração de memória imunológica, ou seja, nosso sistema imune é capaz de armazenar uma memória para cada antígeno que entramos em contato ao logo da vida e assim, é capaz de se defender e combater tal antígeno. https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/imunidade-adquirida https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/imunidade-adquirida https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-imunol%C3%B3gico/imunidade-adquirida https://www.fcm.unicamp.br/fcm/cipoi/imunologia-celular/overview/tipos-de-resposta-imune https://www.fcm.unicamp.br/fcm/cipoi/imunologia-celular/overview/tipos-de-resposta-imune https://cuidadospelavida.com.br/saude-e-tratamento/baixa-imunidade/vacina-como-funciona-processo-imunizacao https://cuidadospelavida.com.br/saude-e-tratamento/baixa-imunidade/vacina-como-funciona-processo-imunizacao https://cuidadospelavida.com.br/saude-e-tratamento/baixa-imunidade/vacina-como-funciona-processo-imunizacao https://www.bahia.fiocruz.br/pesquisadora-explica-como-funciona-a-imunizacao-em-pessoas-que-foram-infectadas-por-covid-19/ https://www.bahia.fiocruz.br/pesquisadora-explica-como-funciona-a-imunizacao-em-pessoas-que-foram-infectadas-por-covid-19/ https://www.bahia.fiocruz.br/pesquisadora-explica-como-funciona-a-imunizacao-em-pessoas-que-foram-infectadas-por-covid-19/ https://www.infoescola.com/biologia/sistema-imunologico/ https://www.infoescola.com/biologia/memoria-imunologica/ https://www.infoescola.com/biologia/memoria-imunologica/ Sarah SilvaCordeiro – MEDICINA FITS Problema 01 Modulo 02 mecanismos de agressão e defesa É importante ressaltar que como qualquer tratamento ou prevenção de doença, as vacinas podem variar de eficiência levando em conta certos fatores como: ❖ A variação de pessoa para pessoa – relacionada a capacidade individual de cada sistema imune em gerar respostas eficientes contra os patógenos. ❖ A variação do microrganismo – certos patógenos possuem alta capacidade de mutação e portanto a cada “nova forma” que se apresentam é necessária uma nova vacinação para aquele patógeno. ❖ Fatores externos como genética, idade, etc. Por fim, muitas vezes juntamente com a vacina (patógeno atenuado ou toxinas deles), é necessário que haja adição de adjuvantes, substancias conhecidamente capazes de aumentar a resposta imune e que farão com que a resposta para aquele específico antígeno seja mais eficaz. https://www.infoescola.com/saude/vacina/ https://www.infoescola.com/saude/vacina/
Compartilhar