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Farmacologia dos hormônios sexuais

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Farmacologia dos hormônios sexuais 
O hipotálamo produz e libera de forma pulsátil o GnRH, que atua nos gonadotrofos na adenohipófise, liberando as gonadotrofinas LH e FSH, que agirão nos testículos. O LH age nas células de Leydig e estimula a síntese de testosterona, de modo que com o colesterol como precursor irá formar pregnenolona e posteriormente testosterona. As enzimas CYP 17 atuam na via de síntese para conversão de pregnenolona em testosterona. 
Depois de produzida, a testosterona pode se ligar ao receptor de andrógeno e produzir efeitos intracelulares, como também pode ser transformada em um metabólito mais ativo e com mais afinidade pelo receptor denominado di-hidrotestosterona pela enzima 5-redutase presente em tecidos como próstata e folículos pilosos. Os fármacos podem atuar desde níveis hipotalâmicos até vias mais avançadas. 
1) Antagonista do GnRH
Se liga ao receptor nos gonadotrofos na adenohipófise, promovendo um processo de inibição por competição. Desse modo, essas células não são estimuladas pelo GnRH, diminuindo a intensidade da via da testosterona. 
Fármacos: cetrorrelix ou ganirrelix.
2) Análogos do GnRH
São moléculas farmacológicas similares ao GnRH que são administrados de uma forma contínua, de modo que causa uma supressão do eixo por realizar efeitos opostos à secreção pulsátil fisiológica. 
Fármacos: leuprolida, gosserrelina ou nafarrelina. 
Tanto os análogos quanto os antagonistas do GnRH podem ser utilizados em caso de tumores dependentes de testosterona, de modo que auxilia na regressão do tumor com a supressão química do eixo. Todavia, não são administrados via oral, com exceção do elagolix, já que são peptídeos e seriam facilmente degradados. 
3) Inibidores da síntese da testosterona 
Atuam na via de síntese da testosterona e reduzem sua produção, de modo que agem inibindo especificamente a enzima CYP17, essa que é crucial para a via de síntese. Sabe-se que o câncer de próstata causa um up-regulation nas enzimas CYP17, de modo que tais fármacos são utilizados no tratamento de tal patologia. 
Fármacos: cetoconazol (uso off label) e abiraterona.
4) Inibidores da 5--redutase
Irão inibir a enzima crucial para conversão da testosterona em DHT, impedindo sua ação local. 
Fármacos: finasterida e dutasterida. A finasterida é usada para alopecia androgênica, já que a DHT tem um papel na fisiopatogenia dessa doença. A dutasterida é usada para hiperplasia prostática benigna, tendo início de ação mais lento e meia-vida mais longa do que a finasterida. Tais fármacos podem agir provocando redução da libido e disfunção erétil. 
5) Antagonista de receptores de andrógeno
Irão se ligar aos receptores de andrógeno e competir com a testosterona, reduzindo sua ligação e, consequentemente, seus efeitos. 
Fármacos: ciproterona, que pode ser usada em casos de câncer de próstata em homens e do hirsutismo em mulheres, tendo efeito antiandrogênico, agindo também com um efeito progestacional por suprimir LH e FSH. Além disso, tem-se a flutamida usada em casos de câncer de próstata e espironolactona para tratamento do hirsutismo. 
A testosterona pode ser administrada por via transdérmica, gel tópico, já que por via oral ela seria quase que completamente metabolizada pelo fígado. Todavia, forma feitas algumas modificações na molécula de testosterona para que ela pudesse ser administrados por via oral ou intramuscular, formando ésteres de testosterona (esterificação para manter o fármaco como depósito, sendo administrados por via intramuscular) ou androgênios 17-alquilados (burla o mecanismo de primeira passagem, podendo ser administrados por via oral). Todavia, esses fármacos que podem ser administrados por via oral tem-se hepatotoxicidade e maior efeito anabólico se comparado ao androgênico. 
Tais derivados da testosterona podem ser utilizados em hipogonadismo e senescência masculina, devendo ser monitorizado a eficácia e os efeitos deletérios. Podem também ser empregados como agentes anabólicos proteicos, mas possuem efeitos adversos como supressão da função testicular endógena por inibição do eixo, redução da fertilidade, ginecomastia por aumento dos estrógenos (que são produzidos a partir dos andrógenos), hepatotoxicidade, virilização em mulheres e supressão do crescimento linear em crianças. Além disso, possui efeitos cardiovasculares de hipertrofia cardíaca, aumento de aterosclerose, entre outros. 
Inibidores da aromatase (exemestano, formestano, anastrozol e letrozol

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