Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
VALER - EDUCAÇÃO VALEVALER - EDUCAÇÃO VALE Curso deCurso de MinerMineração - Básicoação - Básico Módulo V: Logística de TrMódulo V: Logística de Transporte de ansporte de MinériosMinérios Caro lCaro leitoreitor,, Ao folhear estas páginas, você vai dar início aAo folhear estas páginas, você vai dar início a uma longa jornada. No Curso de Mineraçãouma longa jornada. No Curso de Mineração Básico, serão apresentados os principais temasBásico, serão apresentados os principais temas ligados à atividade mineradora. Os conteúdosligados à atividade mineradora. Os conteúdos estão organizados num material ilustrado,estão organizados num material ilustrado, repleto de informações e com uma linguagemrepleto de informações e com uma linguagem de fácil compreensão.de fácil compreensão. Nesta apostila, você irá Nesta apostila, você irá acompanhar assuntosacompanhar assuntos como a Geologia e, também, as etapas dacomo a Geologia e, também, as etapas da operação de uma mina e das usinas deoperação de uma mina e das usinas de beneficiamento, onde o beneficiamento, onde o minério é minério é tratado. Vtratado. Vocêocê vai ainda desvendar os caminhos da siderurgiavai ainda desvendar os caminhos da siderurgia – e seus – e seus diversos processos para transformardiversos processos para transformar o minério de ferro em aço – e conhecer a áreao minério de ferro em aço – e conhecer a área de logística: tudo o que é preciso saber sobre ode logística: tudo o que é preciso saber sobre otransporte dos minérios, da mina até o transporte dos minérios, da mina até o cliente.cliente. Um tema em destaque é a relação entre mineração,Um tema em destaque é a relação entre mineração, saúde e segurança e meio ambiente. E, parasaúde e segurança e meio ambiente. E, para encerrar, o curso aborda a avaliação econômica:encerrar, o curso aborda a avaliação econômica: etapa na qual é calculado, com base nasetapa na qual é calculado, com base nas informações sobre mina, processo, ferrovia e porto,informações sobre mina, processo, ferrovia e porto, o valor que o ativo mineral irá gerar para a empresao valor que o ativo mineral irá gerar para a empresa responsável pelo projeto e seus acionistas.responsável pelo projeto e seus acionistas. Boa leitura!Boa leitura! Logística Logística de Tde Transporteransporte de Minériosde Minérios SumárioSumário A ferrovia no BrasilA ferrovia no Brasil Uma trama iniciada porUma trama iniciada por ilustres personagens dailustres personagens da história do paíshistória do país Visão das operaçõesVisão das operações da Valeda Vale Saiba como operamSaiba como operam os Sistemas Sul eos Sistemas Sul e Norte da ValeNorte da Vale Logística deLogística de transporte ferroviáriotransporte ferroviário Conheça cada item queConheça cada item quecompõe uma ferroviacompõe uma ferrovia IntroduçãoIntrodução Principais etapas paraPrincipais etapas para transportar o minériotransportar o minério de ferro das minasde ferro das minas até o portoaté o porto Estrada de ferroEstrada de ferro A história de umaA história de uma produtiva ferroviaprodutiva ferrovia Ferrovia Centro –Ferrovia Centro – AtlânticaAtlântica Os detalhes da extensaOs detalhes da extensa ferrovia da Valeferrovia da Vale GlossárioGlossário 7171 AtividadesAtividades 6767 TransporteTransporte TransoceânicoTransoceânico Um panorama doUm panorama do mercado de transportemercado de transporte marítimo de minério demarítimo de minério de ferromineradorasferromineradoras Estrada de FerroEstrada de Ferro CarajásCarajás O caminho ondeO caminho onde passa a riquezapassa a riqueza Sistema integradoSistema integrado As diversas operaçõesAs diversas operações para levar o minériopara levar o minério das minas até o portodas minas até o porto O que vem por aí O que vem por aí O computador de bordoO computador de bordo Operação portuáriaOperação portuária As características dosAs características dos portos da Vale e oportos da Vale e o passo-a-passo dapasso-a-passo da operação de chegadaoperação de chegada dos naviosdos navios IntroduçãoIntrodução Chegamos ao módulo V do Curso de MineraçãoChegamos ao módulo V do Curso de Mineração Básico. Nele, você conhecerá as principais etapas paraBásico. Nele, você conhecerá as principais etapas para transportar o minério de ferro das minas até o porto;transportar o minério de ferro das minas até o porto; vai percorrer as ferrovias da Vale e saber sobre suasvai percorrer as ferrovias da Vale e saber sobre suas operações para carregar e descarregar os minériosoperações para carregar e descarregar os minérios nos navios fretados pelos clientes. Neste módulo,nos navios fretados pelos clientes. Neste módulo, você também vai descobrir o que acontece com ovocê também vai descobrir o que acontece com o minério nos portos minério nos portos e ficar por e ficar por dentro da minuciosadentro da minuciosa operação que é a chegada das embarcações nosoperação que é a chegada das embarcações nos terminais portuários. Nas páginas deste materialterminais portuários. Nas páginas deste material didático, você ainda encontrará um panorama dadidático, você ainda encontrará um panorama da atuação da Vale no mercado de logística e umaatuação da Vale no mercado de logística e uma análise do transporte transoceânico.análise do transporte transoceânico. Boa leitura!Boa leitura! AATCTC indicar a corindicar a cor do sinaldo sinal viavia permanentepermanente linha duplalinha dupla pêra pêra ferroviáriaferroviária linha simpleslinha simples sistema sistema dede sinalizaçãosinalização ttrriillhhoos s llaassttrrooss dormentesdormentes sub-lastros,sub-lastros, drenagem edrenagem e bueirosbueiros compostacomposta possuipossuipode serpode ser responsávelresponsável CCOCCO envia sinaisenvia sinais circulacircula MapaMapa ConceitualConceitual tremtrem regido peloregido pelo RegulamentRegulamento o dede OperaçõesOperações Ferroviárias (ROF)Ferroviárias (ROF) portoporto locomotivaslocomotivas tipos tipos dede vagõesvagões propulsãopropulsão transportar transportar a cargaa carga muro demuro de concretoconcreto correiracorreira transportadora /transportadora / silossilos páspás carregadeirascarregadeiras fechadofechado gôndolagôndola abertoaberto possuipossui responsáveisresponsáveis circulacircula transportatransporta a carga a carga compostocomposto responsáveisresponsáveis processosprocessos de carregamentode carregamento EstradaEstrada de ferde ferrroo 1212 CURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICOCURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICO VVitória a itória a Minas:Minas: cem anos de modernidadecem anos de modernidade A centenária Vitória a Minas alia a experiência daA centenária Vitória a Minas alia a experiência da maturidade com a maturidade com a produtividade característicaprodutividade característica da juventude. Inaugurada em 1904, a ferrovia éda juventude. Inaugurada em 1904, a ferrovia é hoje responsável pelo transporte anual de quasehoje responsável pelo transporte anual de quase 120 milhões de toneladas de minério de ferro120 milhões de toneladas de minério de ferro produzidas pelas minas que compõem o Sistemaproduzidas pelas minas que compõem o Sistema Sul da Vale. Pela ferrovia passam também Sul da Vale. Pela ferrovia passam também outrosoutros produtos – dos 300 clientes produtos – dos 300 clientes que contratam osque contratam os serviços de logística da Vale – como madeira,serviços de logística da Vale – como madeira, celulose, produtos agrícolas, aço, ferro-gusa ecelulose, produtos agrícolas, aço, ferro-gusa e veículos, entre outras cargas.veículos, entre outras cargas. Para garantir a entrega, a Para garantir a entrega, a Estrada de Ferro VitóriaEstrada de Ferro Vitória a Minas possui 330 locomotivas, 20 mil vagões ea Minas possui 330 locomotivas, 20 mil vagões e aproximadamente 4375 funcionários. O minérioaproximadamente 4375 funcionários. O minério de ferro é levado, principalmente, para o portode ferro élevado, principalmente, para o porto de Tubarãode Tubarão, no , no Espírito Santo, de onde Espírito Santo, de onde segue desegue de navio para as companhias navio para as companhias siderúrgicas.siderúrgicas. A EFVM também faz conexão com outrasA EFVM também faz conexão com outras ferrovias, integraferrovias, integrando os estados de ndo os estados de Minas Gerais,Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Mato Grosso, Mato Grosso do Grosso do Sul, TSul, Tocantins,ocantins, Distrito Federal, Bahia, além do Distrito Federal, Bahia, além do Espírito Santo.Espírito Santo. E é neste último que fica o Centro de Controle deE é neste último que fica o Centro de Controle de Operações (CCO) da Vitória a Minas. DiretamenteOperações (CCO) da Vitória a Minas. Diretamente de Tubarãode Tubarão, técnicos , técnicos monitoram cada trechomonitoram cada trecho dos 905 km de extensão da ferrovia – a estradados 905 km de extensão da ferrovia – a estrada representa 3,1% da malha ferroviária brasileira –representa 3,1% da malha ferroviária brasileira – e acompanham toda a movimentação de te acompanham toda a movimentação de trens,rens, desde o carregamento do produto nas minasdesde o carregamento do produto nas minas até a chegada ao porto. Conheça em até a chegada ao porto. Conheça em detalhesdetalhes o trabalho dos centros de controle das o trabalho dos centros de controle das ferroviasferrovias neste módulo do Curso de neste módulo do Curso de Mineração Básico.Mineração Básico. A ferrovia é hoje A ferrovia é hoje responsável peloresponsável pelo transporte anual de quase 135transporte anual de quase 135 milhões de toneladas de carga,milhões de toneladas de carga, sendo 80% de minério de sendo 80% de minério de ferroferro (108 milhões de toneladas de(108 milhões de toneladas de minério de ferro).minério de ferro). Curiosidade:Curiosidade: Se colocássemos todos os 20 mil vagões em umaSe colocássemos todos os 20 mil vagões em uma única fila, teríamos aproximadamente 200 km deúnica fila, teríamos aproximadamente 200 km de extensão, já que cada vagão tem 10 metros deextensão, já que cada vagão tem 10 metros de comprimento. Quase a metade da viagem entrecomprimento. Quase a metade da viagem entre Rio de Janeiro e Rio de Janeiro e São Paulo.São Paulo. Uma ferrovia com quilômetrosUma ferrovia com quilômetros de históriade história A Vitória a Minas foi inaugurada em 13 de maioA Vitória a Minas foi inaugurada em 13 de maio de 1904 com o objetivo de escoar a produção dede 1904 com o objetivo de escoar a produção de café. O primeiro trecho ligava os municípios decafé. O primeiro trecho ligava os municípios de Cariacica e Alfredo Maia, ambos no Espírito Santo.Cariacica e Alfredo Maia, ambos no Espírito Santo. Em 1910, a estrada já tinha alcançado AimorésEm 1910, a estrada já tinha alcançado Aimorés (então, Natividade), Tumiritinga e Governador(então, Natividade), Tumiritinga e Governador Valadares. A ideia era seguir até Diamantina. MasValadares. A ideia era seguir até Diamantina. Mas os rumos mudaram: Itabira – cidade de grandesos rumos mudaram: Itabira – cidade de grandes jazida jazidas de fs de ferroerro, rec, recém-descobém-descobertas – fertas – foi o doi o destinoestino escolhido para, mais uma vez, escoar a produção.escolhido para, mais uma vez, escoar a produção. Mas o ritmo da construção foi prejudicadoMas o ritmo da construção foi prejudicado por fatores externos, como a Primeira Guerrapor fatores externos, como a Primeira Guerra Mundial, e por mudanças no controle da empresaMundial, e por mudanças no controle da empresa responsável pelas obras. Assim, foi precisoresponsável pelas obras. Assim, foi precisoesperar 13 anos até que os trilhos chegassem aesperar 13 anos até que os trilhos chegassem a Desembargador Drumond, em 1932.Desembargador Drumond, em 1932. 1313 LOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOSLOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOS Sete anos mais tarde, surgiu a CompanhiaSete anos mais tarde, surgiu a Companhia Brasileira de Mineração e Siderurgia, queBrasileira de Mineração e Siderurgia, que logo incorporou a empresa logo incorporou a empresa responsável pelaresponsável pela construção das estradas de ferro – a construção das estradas de ferro – a CompanhiaCompanhia de Estrada de Ferro Vitória a Minas – e de Estrada de Ferro Vitória a Minas – e asas minas de Itabira. A fase foi próspera, as obrasminas de Itabira. A fase foi próspera, as obras aceleraram e, em 1941, o primeiro trem aceleraram e, em 1941, o primeiro trem dede minério chegou a Itabira.minério chegou a Itabira. Quando a Vale nasceu, a Vitória a MQuando a Vale nasceu, a Vitória a Minas erainas era praticamente um arremedo de estrada.praticamente um arremedo de estrada. Era preciso mais de um Era preciso mais de um operário por quilômetrooperário por quilômetro para garantir o funcionamento da para garantir o funcionamento da ferrovia.ferrovia. Eram registrados cerca de 100 descarrilamentosEram registrados cerca de 100 descarrilamentos mensais, e uma viagem entre Minas e o Espíritomensais, e uma viagem entre Minas e o Espírito Santo poderia durar até 72 horas.Santo poderia durar até 72 horas. Nos anos seguintes, toda a estrada precisouNos anos seguintes, toda a estrada precisou passar por obras. Nessa etapa, forampassar por obras. Nessa etapa, foram construídos, por exemplo, novos túneis econstruídos, por exemplo, novos túneis e pontes metálicas.pontes metálicas. Em 1947, o primeiro trecho recuperado ficouEm 1947, o primeiro trecho recuperado ficou pronto, ligando Vitória a Colatina. Cinco pronto, ligando Vitória a Colatina. Cinco anosanos depois, 1,5 milhão de toneladas de minériodepois, 1,5 milhão de toneladas de minério já já serser iam iam tratranspnsportortadasadas. E . E essessa qa quanuantidtidadeadesó fez crescer nos anos seguintes: 6,4só fez crescer nos anos seguintes: 6,4 milhões de toneladas em 1962; 18 milhõesmilhões de toneladas em 1962; 18 milhões em 1969; 60,9 milhões em 1975; 73,1em 1969; 60,9 milhões em 1975; 73,1 milhões em 1986; 78,7 milhões em 1996 e,milhões em 1986; 78,7 milhões em 1996 e, em 2006, 108,1 milhões de toneladas.em 2006, 108,1 milhões de toneladas. Em 2011, foram transportadas 120,9 milhões deEm 2011, foram transportadas 120,9 milhões de toneladas de minério.toneladas de minério. Os custos da EFVMOs custos da EFVM 1000 km de linha = US$ 3 bilhões de dólares.1000 km de linha = US$ 3 bilhões de dólares. Sinalização = 400 milhões dólares.Sinalização = 400 milhões dólares. 300 locomotivas = US$ 1.5 300 locomotivas = US$ 1.5 bilhões de dólares.bilhões de dólares. 20 mil vagões = US$ 2 bilhões de dólares.20 mil vagões = US$ 2 bilhões de dólares. Resultado = a EFVM é Resultado = a EFVM é um ativo da ordem de US$ um ativo da ordem de US$ 7 bilhões de dólares.7 bilhões de dólares. 1414 CURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICOCURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICO EFVM: quantidade de minério transportadoEFVM: quantidade de minério transportado SSiisstteemma a SSuuddeesstte e - - FFeerrrroovviiaa VVoolluumme e ((MMTTKKUU)) PPrroodduuttoo OOrriiggeemm DDeessttiinnoo 22000077 22000088 22000099 22001100 MMiinnéérriioo DDIIVV DDIIVV 111177 111166 9922 111166 CCaarrggaa DDIIVV DDIIVV 2277 2266 2200 2255 TToottaall 111144 114422 111122 114411 Locomotiva – Estrada de Locomotiva – Estrada de Ferro CarajásFerro Carajás Curiosidades sobre a Vitória a MinasCuriosidades sobre a Vitória a Minas 1.1. Os engenheiros que trabalharam naOs engenheiros que trabalharam na construção da EFVM recebiam ameaçasconstrução da EFVM recebiam ameaças de morte quando chegavam aos locaisde morte quando chegavam aos locais que deveriam ser desapropriados para aque deveriam ser desapropriados para a passagem da linha férrea.passagem da linha férrea. 2.2. A ferrovia foi construída na margem direitaA ferrovia foi construída na margem direita do rio Doce, evitando conflitos com osdo rio Doce, evitando conflitos com os índios Botocudos, que se concentravam naíndios Botocudos, que se concentravam na margem esquerda.margem esquerda. 3.3.Durante a Primeira Guerra Durante a Primeira Guerra MundialMundial (1914-18), a ferrovia foi utilizada (1914-18), a ferrovia foi utilizada parapara transporte de passageiros, de café, detransporte de passageiros, de café, de cereais e de madeira.cereais e de madeira. 4.4. As marias-fumaça só saíram de circulaçãoAs marias-fumaça só saíram de circulação nos anos sessenta, uma década depois donos anos sessenta, uma década depois do início das operações no Brasil das início das operações no Brasil das primeirasprimeiras locomotivas movidas a óleo diesel.locomotivas movidas a óleo diesel. 5.5. Junto com a Estrada de Ferro Carajás – EFC,Junto com a Estrada de Ferro Carajás – EFC, são as únicas ferrovias no país que operamsão as únicas ferrovias no país que operam transporte de passageiros de longa distância.transporte de passageiros de longa distância. Maria-fumaçaMaria-fumaça LOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOSLOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOS FFerroerrovia via CenCentrotro – Atlântica– Atlântica 1616 CURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICOCURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICO Uma gigante a serviçoUma gigante a serviço do transportedo transporte A Vale detém, desde setembro de 2003, oA Vale detém, desde setembro de 2003, o controle acionário da controle acionário da Ferrovia Centro-AtlânticaFerrovia Centro-Atlântica,, atual VLI – Valor da Logística Integrada,atual VLI – Valor da Logística Integrada, possuidora de uma extensa malha possuidora de uma extensa malha ferroviária:ferroviária: 8.023 km de 8.023 km de extensão. Ao atravessar sete estadosextensão. Ao atravessar sete estados – Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito– Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Sergipe e Bahia – e Santo, Goiás, Sergipe e Bahia – e o Distritoo Distrito Federal, percorrendo aproximadamente 250Federal, percorrendo aproximadamente 250 municípios, o VLI – Valor da Logística Imunicípios, o VLI – Valor da Logística Integradantegrada liga as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.liga as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. A ferrovia faz ainda conexão com outras estradasA ferrovia faz ainda conexão com outras estradas de ferro (como a de ferro (como a Companhia Ferroviária doCompanhia Ferroviária do Nordeste – CFN) – permitindo, assim, a Nordeste – CFN) – permitindo, assim, a conexãoconexão com os maiores com os maiores centros consumidores brasileiroscentros consumidores brasileiros e com importantes portos do Brasil para oe com importantes portos do Brasil para o escoamento de produtos para outros países.escoamento de produtos para outros países. Soja, cimento, bauxita, Soja, cimento, bauxita, fosfato, produtosfosfato, produtos petroquímicos e siderúrgicos, álcool e derivadospetroquímicos e siderúrgicos, álcool e derivados são os principais materiais transportadossão os principais materiais transportados pelos 17 mil vagões e pelos 17 mil vagões e pelas 500 locomotivaspelas 500 locomotivas pertencentes à pertencentes à ferrovia. Tferrovia. Todas as odas as composiçõescomposições da VLI são monitoradas via satélite – peloda VLI são monitoradas via satélite – pelo Sistema de Posicionamento Global (GPS) –Sistema de Posicionamento Global (GPS) – diretamente do Centro de diretamente do Centro de Controle OperacionalControle Operacional – CCO, localizado em Belo Horizonte. O CCO– CCO, localizado em Belo Horizonte. O CCO acompanha, por meio de painéis, um total deacompanha, por meio de painéis, um total de 300 estações e a movimentação dos trens em300 estações e a movimentação dos trens em circulaçãocirculação. As locomotivas estão . As locomotivas estão equipadas comequipadas com o sistema Autotrack para garantir a o sistema Autotrack para garantir a comunicaçãocomunicação via satélite com o via satélite com o centro.centro. O Centro de Controle Operacional do VLI estáO Centro de Controle Operacional do VLI está dividido em duas frentes: o Centro de dividido em duas frentes: o Centro de Apoio aoApoio ao Trem (CAT) e o Controle de Circulação.Trem (CAT) e o Controle de Circulação. Ao CAAo CAT cabe administrar a grade de T cabe administrar a grade de trens e atrens e a programação de carregamento de cargas.programação de carregamento de cargas. A grade de trens é a distribuição dos trens aoA grade de trens é a distribuição dos trens ao longo de determinado período de tempolongo de determinado período de tempo (dia, semana, mês ou outra unidade), indicando(dia, semana, mês ou outra unidade), indicando a origem e o destino de cada um. O Controle dea origem e o destino de cada um. O Controle de Circulação fica responsável pelo trem a partir Circulação fica responsável pelo trem a partir dodo momento em que a composição sai da estaçãomomento em que a composição sai da estação até a chegada ao seu até a chegada ao seu destino final.destino final. Assim como nas operações de mina, queAssim como nas operações de mina, que conhecemos no módulo II, a manutenção daconhecemos no módulo II, a manutenção da frota de uma ferrovia é feito de frota de uma ferrovia é feito de duas maneiras:duas maneiras: preventiva (atuação antes da ocorrência depreventiva (atuação antes da ocorrência de falha) e corretivamente (depois da ocorrência dafalha) e corretivamente (depois da ocorrência da falha). O VLI possui nove oficinas de falha). O VLI possui nove oficinas de manutençãomanutenção espalhadas pelo país, a maior delas – e daespalhadas pelo país, a maior delas – e da América Latina também – fica localizada emAmérica Latina também – fica localizada em Divinópolis, em Minas Gerais. O trabalho deDivinópolis, em Minas Gerais. O trabalho de manutenção da via permanente (confira abaixomanutenção da via permanente (confira abaixo seus componentes em detalhes) dessa extensaseus componentes em detalhes) dessa extensa ferrovia é realizado por 1.500 ferrovia é realizado por 1.500 empregadosempregados da Vale, além de outros 2.500 de empresasda Vale, além de outros 2.500 de empresas contratadas. Há equipes que percorremcontratadas. Há equipes que percorrem a pé alguns trechos para a pé alguns trechos para fazer inspeçõesfazer inspeções rotineiras. Elas realizam medições e detectamrotineiras. Elas realizam medições e detectam irregularidades na via. Já as correções de grandeirregularidades na via. Já as correções de grande porte são feitas por porte são feitas por equipamentos maiores,equipamentos maiores, como você verá neste como você verá neste módulo.módulo. Malha Malha FerroviáFerroviáriaria 1616 1717 LOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOSLOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOS Um panoramaUm panorama 1.1. Iniciou suas atividades em 1º de setembro de 1996, após o processo de desestatização da RedeIniciou suas atividades em 1º de setembro de 1996, após o processo de desestatização da Rede Ferroviária Federal (RFFSA).Ferroviária Federal (RFFSA). 2.2. Originalmente, foi consorciada por vários grupos, dentre eles Originalmente, foi consorciada por vários grupos, dentre eles a Companhia Siderúrgica Nacionala Companhia Siderúrgica Nacional e a e a Mineração TucumãMineração Tucumã, controlada pela Vale., controlada pela Vale. 3.3. Em 2003, uma autorização da Agência Nacional de Transportes TEm 2003, uma autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) errestres (ANTT) permitiu que apermitiu que a Vale passasse a ter o seu Vale passasse a ter o seu controle acionário do VLI.controle acionário do VLI. 4.4. Voltada exclusivamente para a operação ferroviáVoltada exclusivamente para a operação ferroviária de cargas, a FCA transporta ria de cargas, a FCA transporta principalmenteprincipalmente minério, soja, derivados de petróleo e álcool combustível.minério, soja, derivados de petróleo e álcool combustível. 5.5. Frota: 12 mil vagões e 500 locomotivas.Frota: 12 mil vagões e 500 locomotivas. 6.6. Manutenção: nove oficinas próprias, sendo uma delas a maior Manutenção: nove oficinas próprias, sendo uma delas a maior da América Latina.da América Latina. 7.7. TTecnologia: sistema de monitoramentode ecnologia: sistema de monitoramento de trens via satélite (GPS).trens via satélite (GPS). Fonte: site da FCA – www.fcasa.com.br Fonte: site da FCA – www.fcasa.com.br Funcionários da FCAFuncionários da FCA 1717 A ferroviaA ferrovia no Brasilno Brasil Lá se vão mais de 152 anos desde o começoLá se vão mais de 152 anos desde o começo dessa trama. Em trinta de dessa trama. Em trinta de abril de 1854, quandoabril de 1854, quando a primeira ferrovia brasileira foi inaugurada peloa primeira ferrovia brasileira foi inaugurada pelo Barão de Mauá, o Brasil dava um Barão de Mauá, o Brasil dava um importanteimportante passo rumo ao desenvolvimento. Um passopasso rumo ao desenvolvimento. Um passo que começou a ser ensaiado em que começou a ser ensaiado em 1852, quando1852, quando Irineu Evangelista de Souza – o futuro barão –Irineu Evangelista de Souza – o futuro barão – levantou os recursos necessários e deu levantou os recursos necessários e deu inícioinício à construção da estrada de ferro de Mauá,à construção da estrada de ferro de Mauá, inicialmente chamada Imperial Companhiainicialmente chamada Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferrode Navegação a Vapor e Estrada de Ferro Petrópolis. O trecho, de 14,5 km, ligaria o portoPetrópolis. O trecho, de 14,5 km, ligaria o porto de Mauá, na Baía de de Mauá, na Baía de Guanabara, à Raiz da Serra,Guanabara, à Raiz da Serra, na região de Petrópolis. Na época, a viagemna região de Petrópolis. Na época, a viagem levava 23 minutos, e os trens percorriam olevava 23 minutos, e os trens percorriam o trecho a uma velocidade de 38 km/h.trecho a uma velocidade de 38 km/h. Ainda no Rio, em 1855, foi Ainda no Rio, em 1855, foi fundada a Estrada defundada a Estrada de Ferro D. Pedro II, que em seguida deu origem àFerro D. Pedro II, que em seguida deu origem à Estrada de Ferro Central do Brasil.Estrada de Ferro Central do Brasil. Em 1953, a malha ferroviária brasileira chegou aEm 1953, a malha ferroviária brasileira chegou a 37.200 km de extensão, com vias nas regiões Sul,37.200 km de extensão, com vias nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Entretanto, oSudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Entretanto, o Brasil ferroviário entrou numa fase de estagnação,Brasil ferroviário entrou numa fase de estagnação, por falta de investimentos governamentais, e,por falta de investimentos governamentais, e,com isso, muitos trechos foram extintos.com isso, muitos trechos foram extintos. Em 1988, com a implantação de um programa deEm 1988, com a implantação de um programa de concessão, houve uma retomada das atividadesconcessão, houve uma retomada das atividades ferroviárias. Atualmente, o país tem 30.550 kmferroviárias. Atualmente, o país tem 30.550 km de estradas de ferro, operadas basicamente pelade estradas de ferro, operadas basicamente pela iniciativa privada.iniciativa privada. Curiosidade:Curiosidade: Até a chegada das ferrovias no Brasil, o transporte Até a chegada das ferrovias no Brasil, o transporte terrestre de mercadorias era feito no lombo dosterrestre de mercadorias era feito no lombo dos burros em estradas que poderiam ser burros em estradas que poderiam ser cruzadas pelas carroças. Naquela época, os portos fluminensescruzadas pelas carroças. Naquela época, os portos fluminenses de Parati e Angra dos Reis exporde Parati e Angra dos Reis exportavam cerca de 100 mil sacas tavam cerca de 100 mil sacas de café, vindas do Vale do Paraíba.de café, vindas do Vale do Paraíba. Em São Paulo, anualmente, chegavam ao porto de Santos cerca de Em São Paulo, anualmente, chegavam ao porto de Santos cerca de 200 mil bestas carregadas com200 mil bestas carregadas com café e outros café e outros produtos agrícolas.produtos agrícolas. Visão dasVisão das operaçõesoperações dda a VVaallee 2222 CURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICOCURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICO A alta competitividade da Vale se deve ao sistema integrado das operações de mina, A alta competitividade da Vale se deve ao sistema integrado das operações de mina, ferrovia e porto,ferrovia e porto, que envolve o planejamento de toda a que envolve o planejamento de toda a cadeia produtiva, desde a mina até a cadeia produtiva, desde a mina até a chegada ao porto.chegada ao porto. Além de transportar seus Além de transportar seus próprios produtos, a Vale vende serviços de logística para várias empresas,próprios produtos, a Vale vende serviços de logística para várias empresas, entre elas companhias siderúrgicas e as indústrias química, entre elas companhias siderúrgicas e as indústrias química, de agricultura e automobilística.de agricultura e automobilística. A Vale divide a sua atuação em três sistemas:A Vale divide a sua atuação em três sistemas: Norte, Sudeste e Sul. O Sistema Sudeste éNorte, Sudeste e Sul. O Sistema Sudeste é constituído pela Estrada de Ferro Vitória aconstituído pela Estrada de Ferro Vitória a Minas que faz a ligação das mais de 15 minasMinas que faz a ligação das mais de 15 minas que compõem o sistema (confira quais noque compõem o sistema (confira quais no quadro) com o porto de Tubarão, no Espíritoquadro) com o porto de Tubarão, no Espírito Santo. A EFVM transporta 37% de toda a cargaSanto. A EFVM transporta 37% de toda a carga ferroviária nacional.ferroviária nacional. Minas do Sistema SudesteMinas do Sistema Sudeste »» Complexo de Minas Centrais: Córrego doComplexo de Minas Centrais: Córrego do Meio, Andrade, Água Limpa, Dois Irmãos,Meio, Andrade, Água Limpa, Dois Irmãos, Gongo Soco e Brucutu;Gongo Soco e Brucutu; »» Complexo de Itabira: Cauê, Minas do Meio eComplexo de Itabira: Cauê, Minas do Meio e Conceição;Conceição; »» Complexo de Mariana: Complexo de Mariana: FazendãoFazendão, Alegria,, Alegria, Timbopeba e Fábrica Nova.Timbopeba e Fábrica Nova. Minas do Sistema SulMinas do Sistema Sul »» Minas do Oeste: Fábrica e Feijão;Minas do Oeste: Fábrica e Feijão; »» Minas ex-MBR: Minas ex-MBR: Segredo, TSegredo, Tamanduá, Capitãoamanduá, Capitão do Mato, Abóboras, Jangada, Capão Xavierdo Mato, Abóboras, Jangada, Capão Xavier e Mar Azul.e Mar Azul. Minas do Sistema NorteMinas do Sistema Norte »» Minas de Carajás;Minas de Carajás; »» Paragominas;Paragominas; »» Onça-Puma.Onça-Puma. O Sistema Sul utiliza os serviços da MRS paraO Sistema Sul utiliza os serviços da MRS para escoar a produção até para o Porto de Ilhaescoar a produção até para o Porto de Ilha de Guaíba e Porto de Itaguaí, ambos no Riode Guaíba e Porto de Itaguaí, ambos no Rio de Janeiro. Os minérios são provenientes dasde Janeiro. Os minérios são provenientes das minas de Fábrica e Feijão e da ex MBRminas de Fábrica e Feijão e da ex MBR (Segredo, Tamanduá, Capitão do Mato,(Segredo, Tamanduá, Capitão do Mato, Abóboras, Jangada, Capitão Xavier, e Mar Azul)Abóboras, Jangada, Capitão Xavier, e Mar Azul) empresa incorporada pela Vale.empresa incorporada pela Vale. Além de transportar seus própriosAlém de transportar seus próprios produtos, a Vale vende serviços deprodutos, a Vale vende serviços de logística para várias empresas.logística para várias empresas. Mina CauêMina Cauê Mina de fábrica novaMina de fábrica nova Mina Onça PumaMina Onça Puma 2222 2323 LOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOSLOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOS Já o Sistema Norte é constituído de uma ferroviaJá o Sistema Norte é constituído de uma ferrovia – a Estrada de – a Estrada de Ferro Carajás – e do Porto de Ferro Carajás – e do Porto de PontaPonta da Madeira, no Maranhão, para o escoamento deda Madeira, no Maranhão, para o escoamento de produtos produzidos exclusivamente no estadoprodutos produzidos exclusivamente no estado do Pará. A Estrada de Ferro Carajás – com seusdo Pará. A Estrada de Ferro Carajás – com seus 892 km de extensão – liga o Pará a São Luís.892 km de extensão – liga o Pará a São Luís. TTemos agora a emos agora a Ferrovia Norte Sul (FNS), Ferrovia Norte Sul (FNS), queque transporta carga geral a transporta carga geral a qual a Vale opera atravésqual a Vale opera atravésde concessão.de concessão. A Vale é hoje a gestora da maior malha A Vale é hoje a gestora da maior malha ferroviáriaferroviária do Brasil e tem sofisticados sistemas do Brasil e tem sofisticados sistemas de controlede controle com níveis de segurança acima com níveis de segurança acima de várias ferroviasde várias ferrovias europeias.europeias. Logística NorteLogística Norte Logística SudesteLogística Sudeste Logística SulLogística Sul 2323 Logística deLogística de TransporteTransporte FerroviárioFerroviário 2626 CURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICOCURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICO Noções Noções de de VViaia PermanentePermanente A via permanente é A via permanente é a linha propriamente dita. Vamos conhecera linha propriamente dita. Vamos conhecer, então, os, então, os principais componentes de uma via:principais componentes de uma via: 1.1. Trilhos:Trilhos: 100% importado do Japão, China 100% importado do Japão, China e Europa, sua função é manter o trem nae Europa, sua função é manter o trem na direção que ele pdireção que ele precisa percorrerrecisa percorrer.. 2.2. Dormentes:Dormentes: toras de madeira, aço, toras de madeira, aço, concreto (Carajás) ou de plástico (emconcreto (Carajás) ou de plástico (em teste). Tem o papel de manter a distânciateste). Tem o papel de manter a distância entre os trilhos (bitola) e entre outrosentre os trilhos (bitola) e entre outros elementos que fazem parte da via, comoelementos que fazem parte da via, como os lastros. A madeira ainda é muitoos lastros. A madeira ainda é muito usada para a fabricação dos dormentes,usada para a fabricação dos dormentes, mas já existe proposta para substituí-lamas já existe proposta para substituí-la integralmente por aço ou concreto.integralmente por aço ou concreto. 3.3. Lastro:Lastro: pequenas pedras (brita) colocadas pequenas pedras (brita) colocadas entre os dormentes, para amortecer oentre os dormentes, para amortecer o impacto da movimentação do trem.impacto da movimentação do trem. Infraestrutura:Infraestrutura:sublastros, drenagens e bueiros.sublastros, drenagens e bueiros. 11 22 33 2626 LOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOSLOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOS Na linha do tremNa linha do trem Linha dupla:Linha dupla: Neste caso, dois trens, em Neste caso, dois trens, em sentidossentidos opostos, podem circular ao mesmo tempo. Umopostos, podem circular ao mesmo tempo. Um na linha A e outro na linha B. Dos 905 km dena linha A e outro na linha B. Dos 905 km de extensão da Estrada de Ferro Vitória a Minas, 594extensão da Estrada de Ferro Vitória a Minas, 594 km são em km são em linha dupla, desde Tubarão até Itabiralinha dupla, desde Tubarão até Itabira e Costa Lacerda.e Costa Lacerda. Linha singela:Linha singela: O nome vem da palavra inglesa O nome vem da palavra inglesa single. Quando a ferrovia possui apenas umasingle. Quando a ferrovia possui apenas uma linha. É o caso da EFC e do trecho entre Costalinha. É o caso da EFC e do trecho entre Costa Lacerda e Fábrica, na EFVM.Lacerda e Fábrica, na EFVM. Pera Ferroviária:Pera Ferroviária: É o local onde o trem faz o É o local onde o trem faz o contorno. A pera fica localizada no pátio decontorno. A pera fica localizada no pátio de manobras.manobras. Pátios e Terminais:Pátios e Terminais: Grandes áreas com váriasGrandes áreas com váriaslinhas, permitindo as manobras ferroviárias e oslinhas, permitindo as manobras ferroviárias e os processos de carregamento e processos de carregamento e descarregamentodescarregamento de cargas.de cargas. 2727 CURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICOCURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICO SinalizaçãoSinalização Há cerca de 40 anos, para ir de uma estação A para uma estação B,Há cerca de 40 anos, para ir de uma estação A para uma estação B, por exemplo, o maquinista recebia uma autorização, uma licençapor exemplo, o maquinista recebia uma autorização, uma licença escrita, de um agente responsável. Havia um arco em que escrita, de um agente responsável. Havia um arco em que o maquinistao maquinista parava para pegar, sem descer do trem, o papel afixado embaixo doparava para pegar, sem descer do trem, o papel afixado embaixo do arco. Depois, veio a tecnologia: o profissional das locomotivas passouarco. Depois, veio a tecnologia: o profissional das locomotivas passou a receber a licença por meio de um telex. E, em 1972, tem início aa receber a licença por meio de um telex. E, em 1972, tem início a sinalização na EFVM. O princípio era o mesmo dos sinais de trânsito:sinalização na EFVM. O princípio era o mesmo dos sinais de trânsito: sinais luminosos que sinais luminosos que variam entre as cores vermelha e amarela novariam entre as cores vermelha e amarela no campo ou, de forma automática, na campo ou, de forma automática, na cabine da locomotiva. Além disso,cabine da locomotiva. Além disso, atualmente também dispõe de cancela automática, canceleiro eatualmente também dispõe de cancela automática, canceleiro e passagem de nível.passagem de nível. O sistema também impede que o maquinistaO sistema também impede que o maquinista desobedeça às ordens. Dentro da cabine dadesobedeça às ordens. Dentro da cabine da locomotiva, há um equipamento de bordolocomotiva, há um equipamento de bordo chamado ATC. O Automatic Train Control échamado ATC. O Automatic Train Control é responsável por indicar a cor do sinal, que responsável por indicar a cor do sinal, que indicaindica a velocidade máxima a ser obedecida a velocidade máxima a ser obedecida naquelenaquele trecho. Se o maquinista quiser passar trecho. Se o maquinista quiser passar o sinalo sinal vermelho, por exemplo, o equipamento passa avermelho, por exemplo, o equipamento passa a comandar a composição e, de forma automática,comandar a composição e, de forma automática, para o trem.para o trem. A situação se repete se A situação se repete se o profissional tentaro profissional tentar ultrapassar o limite de velocidade. Um alarmeultrapassar o limite de velocidade. Um alarme sonoro indica ao maquinista que ele sonoro indica ao maquinista que ele está acimaestá acima da velocidade máxima permitida.da velocidade máxima permitida. Caso ele continue, o equipamento corta Caso ele continue, o equipamento corta a traçãoa tração da locomotiva – como se colocasse o trem noda locomotiva – como se colocasse o trem noponto morto – e depois, se a velocidade retornarponto morto – e depois, se a velocidade retornar ao limite, o sistema também impede que oao limite, o sistema também impede que o maquinista desobedeça às ordens. Dentro damaquinista desobedeça às ordens. Dentro da cabine da locomotiva, há um equipamento decabine da locomotiva, há um equipamento de bordo chamadobordo chamado Automatic T Automatic Train Control rain Control – ATC, – ATC, que é responsável por indicar a que é responsável por indicar a cor do sinal, quecor do sinal, que indica a velocidade máxima a ser indica a velocidade máxima a ser obedecidaobedecida naquele trecho. Se o maquinista quiser avançarnaquele trecho. Se o maquinista quiser avançar o sinal vermelho, por exemplo, o equipamentoo sinal vermelho, por exemplo, o equipamento passa a comandar a composição e, de passa a comandar a composição e, de formaforma automática, para o trem.automática, para o trem. A situação se repete se A situação se repete se o profissional tentaro profissional tentar ultrapassar o limite de velocidade. Umultrapassar o limite de velocidade. Um alarme sonoro indica ao maquinista que alarme sonoro indica ao maquinista que eleele está acima da velocidade máxima permestá acima da velocidade máxima perm itida.itida. Caso ele continue, o equipamento corta Caso ele continue, o equipamento corta aa tração da locomotiva – como se tração da locomotiva – como se colocassecolocasse o trem no ponto morto – e o trem no ponto morto – e depois, se adepois, se avelocidade retornar ao velocidade retornar ao limite.limite. 2828 LOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOSLOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOS Regulamento de Operação FerroviáriaRegulamentode Operação Ferroviária Este regulamento, mais conhecido como ROF, rege todas as operações das ferrovias que, por suaEste regulamento, mais conhecido como ROF, rege todas as operações das ferrovias que, por sua vez, devem seguir à risca todos os procedimentos. O regulamento descreve, entre outras coisas, avez, devem seguir à risca todos os procedimentos. O regulamento descreve, entre outras coisas, a atuação do maquinista. A Vale possui um simulador de operação ferroviária para treinar todos osatuação do maquinista. A Vale possui um simulador de operação ferroviária para treinar todos os maquinistas que atuam nas ferrovias. De um modo geral, o profissional entra na empresa comomaquinistas que atuam nas ferrovias. De um modo geral, o profissional entra na empresa como manobreiro. Depois, ele começa a receber treinamento e faz somente operações de manobras.manobreiro. Depois, ele começa a receber treinamento e faz somente operações de manobras. Ao adquirir experiência, passa a percorrer trechos, sempre com Ao adquirir experiência, passa a percorrer trechos, sempre com acompanhamento de umacompanhamento de um supervisorsupervisor. Um ano . Um ano de treinamento é o tempo de treinamento é o tempo previsto para que o maquinista fique sozinho noprevisto para que o maquinista fique sozinho no comando de uma composição.comando de uma composição. Simulador de treinamento de trem, no Simulador de treinamento de trem, no Centro de Excelência em Logística, Vitória (ES)Centro de Excelência em Logística, Vitória (ES) 2929 CURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICOCURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICO A composição de um tremA composição de um trem Qual o resultado da soma Qual o resultado da soma de uma locomotiva com vários vagões?de uma locomotiva com vários vagões? RespostaResposta:: um trem! um trem! A locomotiva é o equipamento responsável pelaA locomotiva é o equipamento responsável pela propulsão. Ou seja, seu trabalho é fpropulsão. Ou seja, seu trabalho é fazer o tremazer o trem andar. Já o vagão tem andar. Já o vagão tem uma atuação, digamos,uma atuação, digamos, mais “passivmais “passiva”: apenas transportar a”: apenas transportar a carga.a carga. Ao contrário do que muita gente pensa, Ao contrário do que muita gente pensa, para quepara que um trem ande é um trem ande é preciso, é claro, ter uma ou maispreciso, é claro, ter uma ou mais locomotivas à frente, mas, quando a composiçãolocomotivas à frente, mas, quando a composição é muito grande, outras locomotivas podem seré muito grande, outras locomotivas podem ser espalhadas ao longo do espalhadas ao longo do trem. Trtrem. Trata-se do sistemaata-se do sistema Locotrol ou de tração distribuída: um maquinistaLocotrol ou de tração distribuída: um maquinista a bordo da primeira locomotiva comanda asa bordo da primeira locomotiva comanda as demais por controle remoto transmitido pordemais por controle remoto transmitido por ondas de rádio.ondas de rádio. A organização permite distribuir o esforço, alémA organização permite distribuir o esforço, além de proporcionar uma série de benefícios, como ade proporcionar uma série de benefícios, como a economia de até 5% de combustível, a diminuiçãoeconomia de até 5% de combustível, a diminuição de desgastes na roda, nos trilhos e nos engates.de desgastes na roda, nos trilhos e nos engates. A locomotiva também é responsável peloA locomotiva também é responsável pelo acionamento dos cilindros de freio, por meio deacionamento dos cilindros de freio, por meio de um sistema de ar comprimido, que circula por todaum sistema de ar comprimido, que circula por toda a composição. Quanto menor for a distância para oa composição. Quanto menor for a distância para o ar circular, maior será a eficiência da frenagem.ar circular, maior será a eficiência da frenagem. LocomotivaLocomotiva DashDash 9 9 Na ferrovia Vitória a Minas, os trens queNa ferrovia Vitória a Minas, os trens que transportam minério de ferro possuem duastransportam minério de ferro possuem duas locomotivas e 168 vagões ou 3 locomotivas elocomotivas e 168 vagões ou 3 locomotivas e 252 vagões, divididos da seguinte forma: cada252 vagões, divididos da seguinte forma: cada locomotiva puxa 84 vagões e a outra mais 84.locomotiva puxa 84 vagões e a outra mais 84. Nesse caso, uma locomotiva fica no meio daNesse caso, uma locomotiva fica no meio da composição. Curiosidades: na EFVM só existem 3composição. Curiosidades: na EFVM só existem 3 pontos em que o maquinista consegue ver o finalpontos em que o maquinista consegue ver o final do trem. Já na Estrada de Ferro Carajás, operar umdo trem. Já na Estrada de Ferro Carajás, operar um trem de 330 vagões significa estar à frente de umatrem de 330 vagões significa estar à frente de uma composição de mais de 3.300 metros.composição de mais de 3.300 metros. Megatrem da Estrada de Ferro Carajás, que possui 330 vagões, 3,5 kMegatrem da Estrada de Ferro Carajás, que possui 330 vagões, 3,5 km de comprimentom de comprimento e tem capacidade de transporte de 40 mil toneladase tem capacidade de transporte de 40 mil toneladas 3030 LOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOSLOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOS A criação da locomotivaA criação da locomotiva A partir do século XIX, com a mudança dos meiosA partir do século XIX, com a mudança dos meios de produção, que deixaram de se organizarde produção, que deixaram de se organizar em pequenas manufaturas e passaram a seem pequenas manufaturas e passaram a se concentrar em grandes fábricas, a Europa viuconcentrar em grandes fábricas, a Europa viu nascer a Revolução Industrial. O surgimentonascer a Revolução Industrial. O surgimento das fábricas foi consequência da utilização dasdas fábricas foi consequência da utilização das máquinas nos processos produtivos.máquinas nos processos produtivos. Houve um surto de pHouve um surto de progresso no Vrogresso no Velhoelho Continente, alimentado por Continente, alimentado por vários inventos.vários inventos. Entre eles, a máquina a vapor, criada por JamesEntre eles, a máquina a vapor, criada por James Watt, aperfeiçoando a descoberta de Newcomen,Watt, aperfeiçoando a descoberta de Newcomen, em 1705. Uma carga maior de em 1705. Uma carga maior de produtos gerouprodutos gerou a necessidade transportá-los, com rapidez, paraa necessidade transportá-los, com rapidez, para os mercados consumidores. E na Inglaterra, oos mercados consumidores. E na Inglaterra, o coração revolucionário, empresários passaramcoração revolucionário, empresários passaram a incentivar pesquisas como a de a incentivar pesquisas como a de GeorgeGeorge Stephenson (1781-1848), que apresentou suaStephenson (1781-1848), que apresentou sua primeira locomotiva em 1814. Tinha início,primeira locomotiva em 1814. Tinha início, então, a era das ferrovias. E para quem gostaentão, a era das ferrovias. E para quem gosta de curiosidades, aí vai mais uma: no de curiosidades, aí vai mais uma: no início,início, as locomotivas eram utilizadas para os maisas locomotivas eram utilizadas para os mais variados fins, do lazer até o abate de variados fins, do lazer até o abate de aves.aves. A estranha técnica consistia em dar A estranha técnica consistia em dar ré sobre oré sobre o pescoço de galinhas.pescoço de galinhas. James WattJames Watt Máquinas a vapor – século XIXMáquinas a vapor – século XIX Locomotiva – século XIXLocomotiva – século XIX 3131 CURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICOCURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICO VagõesVagões Existem vários tipos e modelos:Existem vários tipos e modelos: fechados, fechados, abertos, em forma de abertos, em forma de gôndola, entre outros. Agôndola, entre outros. A utilização do vagão – que produto irá carregarutilização do vagão – que produto irá carregar – é o – é o fator determinante para a escolha. Leva-sefator determinante para a escolha. Leva-se em consideração a carga a ser em consideração a carga a ser transportada e,transportada e, principalmente, descarregada. A descarga de umprincipalmente, descarregada. A descarga de um produto influencia – e muito – na aquisiçãodeproduto influencia – e muito – na aquisição de um vagão.um vagão. Vagões abertosVagões abertos Vagões em forma de gôndolaVagões em forma de gôndola Locomotiva com vagões fechadosLocomotiva com vagões fechados 3232 LOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOSLOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOS Radiografia de um vagãoRadiografia de um vagão »» No passado, eles eram construídos apenasNo passado, eles eram construídos apenas com madeira. Hoje em dia, usa-se com madeira. Hoje em dia, usa-se aço,aço, alumínio e aço alumínio e aço inoxidável para fabricaçãoinoxidável para fabricação dos vagões.dos vagões. »» A tara de um vagão (peso de um vagão)A tara de um vagão (peso de um vagão) é maior ou menor de acordo com a suaé maior ou menor de acordo com a sua composição.composição. »» Os vagões possuem um dispositivo de Os vagões possuem um dispositivo de freiofreio a ar porque cada um contribui a ar porque cada um contribui para a própriapara a própria frenagem.frenagem. »» A vida útil de um vagão pode chegar a maisA vida útil de um vagão pode chegar a mais 20 anos. É o 20 anos. É o caso, por exemplo, dos vagõescaso, por exemplo, dos vagões da Vitória a Minas.da Vitória a Minas. »» Os vagões são produtos construídosOs vagões são produtos construídos totalmente no Brasil, mas algumas partestotalmente no Brasil, mas algumas partes são importadas.são importadas. OperaçãoOperação O “cérebro” de uma ferrovia é o Centro deO “cérebro” de uma ferrovia é o Centro de Controle Operacional – Controle Operacional – CCOCCO, responsável, responsável por emitir todos os comandos e receber aspor emitir todos os comandos e receber as informações sobre tudo o que acontece eminformações sobre tudo o que acontece em toda a extensão de uma toda a extensão de uma ferrovia. Os centros deferrovia. Os centros de controle fazem o monitoramento das controle fazem o monitoramento das operaçõesoperações de transporte e de manobras, acompanhamde transporte e de manobras, acompanham desde o despacho dos trens, ao saírem das desde o despacho dos trens, ao saírem das minas,minas, até a chegada aos portos.até a chegada aos portos. Sãos os CCOs que estabelecem as rotas deSãos os CCOs que estabelecem as rotas de circulação: eles autorizam, por meio docirculação: eles autorizam, por meio do Aut Automaomatictic Train Control Train Control – ATC, o trem a circular de um ponto – ATC, o trem a circular de um ponto a outro, indicando, inclusive, quais linhas podema outro, indicando, inclusive, quais linhas podem ser utilizadas. Funciona da seguinte forma: oser utilizadas. Funciona da seguinte forma: o operador do Centro de Controle envia um sinaloperador do Centro de Controle envia um sinal para os equipamentos de sinalização de campo.para os equipamentos de sinalização de campo. Por meio dos trilhos e de uma bobina de captaçãoPor meio dos trilhos e de uma bobina de captação na locomotiva, o ATC reconhece o sinal e, somentena locomotiva, o ATC reconhece o sinal e, somente a partir dele, tem início o trabalho do maquinista.a partir dele, tem início o trabalho do maquinista. Quando necessário, o centro de controle podeQuando necessário, o centro de controle pode também se comunicar, via rádio, com o maquinista.também se comunicar, via rádio, com o maquinista. Sala de controleSala de controle 3333 CURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICOCURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICO Manutenção ferroviáriaManutenção ferroviária A manutenção é o fator indicador do sucesso deA manutenção é o fator indicador do sucesso de uma ferrovia, uma vez que a inexistência de umauma ferrovia, uma vez que a inexistência de uma manutenção adequada gera impactos, inclusive,manutenção adequada gera impactos, inclusive, na venda dos minérios. A pressão da produção ana venda dos minérios. A pressão da produção a curto prazo, a redução de custos sem planejamentocurto prazo, a redução de custos sem planejamento adequado e os contratos de terceirização com baixaadequado e os contratos de terceirização com baixa qualidade da mão de obra são outros fatores quequalidade da mão de obra são outros fatores que impedem a eficácia da manutenção.impedem a eficácia da manutenção. O trabalho de descontaminação do lastro, porO trabalho de descontaminação do lastro, por exemplo, é feito para que ele possa exemplo, é feito para que ele possa cumprircumprir com a sua função de evitar o impacto dacom a sua função de evitar o impacto da movimentação dos trens e drenar com eficiênciamovimentação dos trens e drenar com eficiência a água das chuvas. O lastro contaminado ou a água das chuvas. O lastro contaminado ou comcom excesso de umidade pode provocar falhas daexcesso de umidade pode provocar falhas da sinalização ou descalcamento da linha, gerandosinalização ou descalcamento da linha, gerando perdas de eficiência ou até acidentes.perdas de eficiência ou até acidentes. A manutenção e a substituição de dormentes, o reparo de trilhos e também a inspeção e o controleA manutenção e a substituição de dormentes, o reparo de trilhos e também a inspeção e o controle são outras atribuições da manutenção. Atualmente, essas duas últimas são feitas com o são outras atribuições da manutenção. Atualmente, essas duas últimas são feitas com o apoio deapoio de carros-controle, responsávcarros-controle, responsáveis por verificar o pereis por verificar o perfil do trilho, o alinhamento e a fil do trilho, o alinhamento e a bitola, que é a distânciabitola, que é a distância entre as faces internas dos entre as faces internas dos trilhos.trilhos. Manutenção de dormentesManutenção de dormentes SocadoraSocadora 3434 LOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOSLOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOS Manutenção de Manutenção de LocomotivLocomotivasas A manutenção das locomotivas é feita emA manutenção das locomotivas é feita em oficinas próprias da Vale, com mão de obraoficinas próprias da Vale, com mão de obra especializada, o que também acontece comespecializada, o que também acontece com os vagões. Os especialistas em logísticaos vagões. Os especialistas em logística ferroviária acreditaferroviária acreditam que a m que a manutenção é umamanutenção é uma atividade fim e que, portanto, deve ser feita patividade fim e que, portanto, deve ser feita poror profissionais da própria Vale.profissionais da própria Vale. Locomotiva na oficina de manutenção Locomotiva na oficina de manutenção Manutenção na sinalizaçãoManutenção na sinalização Quando o assunto é sinalização, confiabilidade e MTBF – Mean Time Between Quando o assunto é sinalização, confiabilidade e MTBF – Mean Time Between Failure ou tempo médioFailure ou tempo médio entre falhas – são os entre falhas – são os conceitos mais utilizados entre os profissionais da logística. O MTBF conceitos mais utilizados entre os profissionais da logística. O MTBF indica oindica o tempo médio entre uma falha e outra, e é justamente esse tempo que dá a medida do desempenhotempo médio entre uma falha e outra, e é justamente esse tempo que dá a medida do desempenho da manutenção da sinalização.da manutenção da sinalização. Hoje em dia, já se fala em intervalo de falhas em Hoje em dia, já se fala em intervalo de falhas em dias. As falhas são sinônimos de paradas nadias. As falhas são sinônimos de paradas na circulação dos trens, que, por consequência, resultam na paralisação da produção. Um acidente comcirculação dos trens, que, por consequência, resultam na paralisação da produção. Um acidente com um vagão, por exemplo, pode interromper apenas um trecho de um vagão, por exemplo, pode interromper apenas um trecho de uma ferrovia ou até mesmo as duasuma ferrovia ou até mesmo as duas linhas, no caso da Vitória a Minas.linhas, no caso da Vitória a Minas. O perigo que vem de foraO perigo que vem de fora O acidente mais comum em umaO acidente mais comum em uma ferrovia é causado por fatoresferrovia é causado por fatores externos: o atropelamento deexternos: o atropelamento de pessoas e de animais, com umapessoas e de animais, com uma média de três a quatro casospormédia de três a quatro casos por ano. Tano. Toda vez oda vez que há que há acidentes,acidentes, monta-se uma comissão compostamonta-se uma comissão composta por especialistas de várias áreaspor especialistas de várias áreas da Vale. Profissionais responsáveisda Vale. Profissionais responsáveis por vagões, locomotivas, operação,por vagões, locomotivas, operação, sinalização, via permanente,sinalização, via permanente, segurança do trabalho e meio-segurança do trabalho e meio- ambiente são solicitados a analisarambiente são solicitados a analisar detalhadamente cada caso e indicardetalhadamente cada caso e indicar as causas e ações preventivas paraas causas e ações preventivas para evitar novos casos.evitar novos casos. 3535 CURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICOCURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICO Profissionais competentesProfissionais competentes A operação ferroviária da Vale está baseada em tecnologia de ponta, planejamento logísticoA operação ferroviária da Vale está baseada em tecnologia de ponta, planejamento logístico e modernos sistemas automatizados. Mas a alma do sistema, que garante a produção e ae modernos sistemas automatizados. Mas a alma do sistema, que garante a produção e a funcionalidade da operação e das malhas ferroviáriafuncionalidade da operação e das malhas ferroviárias, é um s, é um time de profissionais bem treinados etime de profissionais bem treinados e atuando com excelência em diversas funções, de acordo com os padrões de qualidade, segurança,atuando com excelência em diversas funções, de acordo com os padrões de qualidade, segurança, cuidados ambientais e cuidados ambientais e saúde ocupacional.saúde ocupacional. A dedicação e competência desses profissionais são A dedicação e competência desses profissionais são fundamentais para o funcionamento de umfundamentais para o funcionamento de um sistema tão complexo e estratégico. E é o sistema tão complexo e estratégico. E é o que garante a eficiência de cada que garante a eficiência de cada procedimentoprocedimento, de acordo, de acordo com o regulamento.com o regulamento. Conheça mais detalhes sobre as Conheça mais detalhes sobre as responsabilidades de cada um desses profissionais.responsabilidades de cada um desses profissionais. Maquinista:Maquinista: Conduz o trem de Conduz o trem de forma seguraforma segura e eficiente.e eficiente. Inspetor de CCO:Inspetor de CCO: Coordena, orienta e defineCoordena, orienta e define as prioridades para a execução do controle deas prioridades para a execução do controle de tráfego tráfego ferroviárioferroviário.. Inspetor de tração:Inspetor de tração: Inspeciona e respondeInspeciona e responde tecnicamente pelas operações de trens,tecnicamente pelas operações de trens, além de garantir o cumprimento de além de garantir o cumprimento de padrões,padrões,treinamentos, melhorias operacionais etreinamentos, melhorias operacionais e otimização de ativos, implantando novosotimização de ativos, implantando novos modelos e padrões técnicos de modelos e padrões técnicos de segurança,segurança, meio ambiente e saúde meio ambiente e saúde ocupacional.ocupacional. Inspetor de carga:Inspetor de carga: Tem a mesma funçãoTem a mesma função do inspetor de tração, mas seu trabalhodo inspetor de tração, mas seu trabalho não é voltado para as não é voltado para as operações deoperações de trens em deslocamento, e sim para astrens em deslocamento, e sim para as operações realizadas em pátios e terminais,operações realizadas em pátios e terminais, principalmente sobre carregamento eprincipalmente sobre carregamento e descarregamento, além das atitudesdescarregamento, além das atitudes relacionadas ao transporte seguro derelacionadas ao transporte seguro de cargas especificas.cargas especificas. Inspetor de CAT:Inspetor de CAT: Coordena a distribuição Coordena a distribuição de recursos em atendimento àde recursos em atendimento à programação de transporte.programação de transporte. Oficial de Oficial de Operação Ferroviária:Operação Ferroviária: Realiza manobras ferroviárias conforme aRealiza manobras ferroviárias conforme a programação e o regulamento operacional.programação e o regulamento operacional. Técnico de Operação Ferroviária:Técnico de Operação Ferroviária: AtualizaAtualiza as informações, garante sua consistência eas informações, garante sua consistência e controla a documentação dos processos dacontrola a documentação dos processos da operação ferroviária.operação ferroviária. 3636 SistemaSistema integradointegrado CURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICOCURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICO Como o minério de Como o minério de ferroferro é colocado nos é colocado nos vagvagões?ões? No Sistema Sudeste, há onze pontos deNo Sistema Sudeste, há onze pontos de carregamento, que pode ser feito de trêscarregamento, que pode ser feito de três formas. Na primeira, os minérios estocadosformas. Na primeira, os minérios estocados nos pátios das minas são levados pela correianos pátios das minas são levados pela correia transportadora até os silos, operados portransportadora até os silos, operados por um profissional para abrir e fechar as portasum profissional para abrir e fechar as portas até encher os vagões com a quantidade deaté encher os vagões com a quantidade de minério adequada. A segunda opção é fazer ominério adequada. A segunda opção é fazer o carregamento com o auxílio decarregamento com o auxílio de pás-carregadeiras. O equipamento pega opás-carregadeiras. O equipamento pega o minério empilhado e descarrega diretamenteminério empilhado e descarrega diretamente em um vagão. A terceira forma de se colocar osem um vagão. A terceira forma de se colocar os minérios nos vagões é por meio dos chamadosminérios nos vagões é por meio dos chamados muros de carregamento: o caminhão semuros de carregamento: o caminhão se Dimensionamento de frotaDimensionamento de frota Para dimensionar o tamanho adequado de umaPara dimensionar o tamanho adequado de uma frota que percorrerá uma frota que percorrerá uma determinada ferrovia,determinada ferrovia, os especialistas em logística ferroviária levamos especialistas em logística ferroviária levam em consideração uma série de em consideração uma série de fatores. Depois defatores. Depois de analisarem o volume de carga a ser analisarem o volume de carga a ser transportadotransportado diariamente, os profissionais da ferroviadiariamente, os profissionais da ferrovia calculam uma média de tempo para cada etapacalculam uma média de tempo para cada etapa existente no transporte do minério da mina atéexistente no transporte do minério da mina até o porto: o porto: carregamento do produto, viagem,carregamento do produto, viagem, descarga do minério no virador de vagõesdescarga do minério no virador de vagões (você ainda vai conhecê-lo em detalhes neste(você ainda vai conhecê-lo em detalhes neste módulo) e, ainda, a formação novamente damódulo) e, ainda, a formação novamente da composição – vagões e locomotivas – no composição – vagões e locomotivas – no pátiopátio de manobras. Carregamento, viagem e descargade manobras. Carregamento, viagem e descarga formam um ciclo que, analisado juntamenteformam um ciclo que, analisado juntamente com o peso médio com o peso médio de carga, os indicadores dede carga, os indicadores de posiciona na beirada de um muro ou doca,posiciona na beirada de um muro ou doca, bascula a caçamba para que o minério escoebascula a caçamba para que o minério escoe diretamente no vagão vazio posicionado nadiretamente no vagão vazio posicionado na linha logo abaixo do muro.linha logo abaixo do muro. O principal fator para a escolha de umO principal fator para a escolha de um determinado processo é o porte da mina:determinado processo é o porte da mina: o silo é utilizado em grandes unidades (é oo silo é utilizado em grandes unidades (é o caso de Brucutu e do Complexo de Itabira),caso de Brucutu e do Complexo de Itabira), a pá-carregadeira, para as minas com a pá-carregadeira, para as minas com baixabaixa produção, e o muro, para volumes deprodução,e o muro, para volumes de produção bem menores. No Sistema Sudeste, oprodução bem menores. No Sistema Sudeste, o carregamento é feito por lotes de carregamento é feito por lotes de vagões, cadavagões, cada lote é composto por 84 lote é composto por 84 vagões.vagões. disponibilidade de vagões e locomotivas, adisponibilidade de vagões e locomotivas, a utilização das locomotivas e a disponibilidadeutilização das locomotivas e a disponibilidade da via permanente, (incluindo-se a da via permanente, (incluindo-se a sinalização),sinalização), permitem o correto dimensionamento daspermitem o correto dimensionamento das frotas e da via.frotas e da via. Vamos começar pela etapa de carregamento.Vamos começar pela etapa de carregamento. Nessa operação, alguns procedimentosNessa operação, alguns procedimentos influenciam na contagem de tempo final doinfluenciam na contagem de tempo final do procedimento para colocar os minérios nosprocedimento para colocar os minérios nos vagões, o silo ocupado, por exemplo, contavagões, o silo ocupado, por exemplo, conta como tempo de carregamento. No caso dacomo tempo de carregamento. No caso da viagem, para se calcular o tempo médio doviagem, para se calcular o tempo médio do percurso, são considerados os seguintespercurso, são considerados os seguintes quesitos: a quantidade de trens em circulação,quesitos: a quantidade de trens em circulação, a velocidade média da composição, o perfila velocidade média da composição, o perfil da ferrovia (se há muitas subidas ao longo doda ferrovia (se há muitas subidas ao longo do caminho) e a geometria da linhacaminho) e a geometria da linha 3838 LOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOSLOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOS (se há curvas e como são as bitolas). Os tempos(se há curvas e como são as bitolas). Os tempos de carregamento e de descarga consideramde carregamento e de descarga consideram não apenas a duração efetiva do trabalho, masnão apenas a duração efetiva do trabalho, mas também as interferências, tais como paradas dotambém as interferências, tais como paradas do sistema de correias, por sistema de correias, por exemplo.exemplo. A classificação dos vagões é um mA classificação dos vagões é um momentoomento importante da operação ferroviária porque éimportante da operação ferroviária porque é preciso remontar o trem o mais preciso remontar o trem o mais rapidamenterapidamente possível. Entretanto, alguns fatores podempossível. Entretanto, alguns fatores podem impedir a agilidade desse processo: falta deimpedir a agilidade desse processo: falta de locomotiva, demora por parte do maquinistalocomotiva, demora por parte do maquinista ou do manobreiro e, ainda, falhas na operaçãoou do manobreiro e, ainda, falhas na operaçãode classificação como, por exemplo, enviar umde classificação como, por exemplo, enviar um vagão sem problemas para a oficina. Em vagão sem problemas para a oficina. Em tempo:tempo: as locomotivas são inspecionadas a cada duasas locomotivas são inspecionadas a cada duas viagens, além das manutenções viagens, além das manutenções preventivas quepreventivas que devem existir.devem existir. O tempo de viagem ocupa a maior parte do cicloO tempo de viagem ocupa a maior parte do ciclo e sofre impactos da e sofre impactos da atuação da manutenção daatuação da manutenção da via, da sinalização, das chuvas, da via, da sinalização, das chuvas, da quantidadequantidade de trens na linha, das de trens na linha, das locomotivas e dos vagões.locomotivas e dos vagões. Um despacho mal feito por parte do Centro deUm despacho mal feito por parte do Centro de Controle também pode alterar negativamente oControle também pode alterar negativamente o tempo total da viagem.tempo total da viagem. Um outro aspecto importante é a manobraUm outro aspecto importante é a manobra dos trens. Na chegada aos pátios e dos trens. Na chegada aos pátios e terminais, éterminais, é necessário desmembrar ou formar novamentenecessário desmembrar ou formar novamente a composição, uma operação que requera composição, uma operação que requer quantidade suficiente de linhas com extensõesquantidade suficiente de linhas com extensões adequadas, pessoal para fazer a manobra eadequadas, pessoal para fazer a manobra e locomotivas destinadas a esse trabalho. Noslocomotivas destinadas a esse trabalho. Nos pátios de carregamento e descarga existempátios de carregamento e descarga existem locomotivas que têm a única função de locomotivas que têm a única função de empurrarempurrar os lotes (compostos de vagões) até os os lotes (compostos de vagões) até os viradoresviradores de vagões.de vagões. Logo após a descarga do minério no virador deLogo após a descarga do minério no virador de vagões, tem início a etapa de classificação, quevagões, tem início a etapa de classificação, que consiste em separar os vagões aptos para voltarconsiste em separar os vagões aptos para voltar a circular dos que necessitam de a circular dos que necessitam de manutenção.manutenção. Cada vagão é inspecionado por um mecânico,Cada vagão é inspecionado por um mecânico, profissional responsável por determinar quaisprofissional responsável por determinar quais deverão seguir para a oficina. Ele registra adeverão seguir para a oficina. Ele registra anumeração dos vagões e encaminha umanumeração dos vagões e encaminha uma lista de corte para o sistema que, por sua vez,lista de corte para o sistema que, por sua vez, envia as informações para o manobreiro fazer aenvia as informações para o manobreiro fazer a separação. Em tempo: os vagões formam umaseparação. Em tempo: os vagões formam uma dupla e, portanto, são separados de dois em dupla e, portanto, são separados de dois em dois.dois. Virador de vagõesVirador de vagões Composição com vários vagõesComposição com vários vagões 3939 CURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICOCURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICO Planejamento e programaçãoPlanejamento e programação No transporte ferroviário, todo o planejamento éNo transporte ferroviário, todo o planejamento é feito com o objetivo de posicionar lotes de vagõesfeito com o objetivo de posicionar lotes de vagões vazios para carregar o produto, seja ele qual for.vazios para carregar o produto, seja ele qual for. O planejamento ao longo do mês é baseadoO planejamento ao longo do mês é baseado no volume por tipo de minério, nos pontos deno volume por tipo de minério, nos pontos de carregamento – se há um silo, uma pá-carregadeiracarregamento – se há um silo, uma pá-carregadeira ou um muro – e na localização dos pontos, bemou um muro – e na localização dos pontos, bem como o destino da carga. Veja a seguir as etapas dascomo o destino da carga. Veja a seguir as etapas das programações diária e mensal.programações diária e mensal. »» Programação mensal:Programação mensal: Avalia quanto minério será necessárioAvalia quanto minério será necessário transportar naquele determinado mês e comparatransportar naquele determinado mês e compara esse número com a esse número com a previsão de toneladasprevisão de toneladas disponíveis nas minas, considerando as origensdisponíveis nas minas, considerando as origens e os destinos. O resultado será o total de cargae os destinos. O resultado será o total de carga que a ferrovia deverá transportar no mês, com que a ferrovia deverá transportar no mês, com asas devidas previsões diárias.devidas previsões diárias. »» Programação diária:Programação diária: Numa reunião com profissionais da Numa reunião com profissionais da ferrovia,ferrovia, da mina, do porto e da pelotização sãoda mina, do porto e da pelotização são reprogramadareprogramadas as entregas a serem s as entregas a serem feitas no diafeitas no dia seguinte. Fica, então, decidido o quanto cadaseguinte. Fica, então, decidido o quanto cada mina deverá disponibilizar e quantos lotes demina deverá disponibilizar e quantos lotes de vagões a logística vagões a logística ferroviária deverá programarferroviária deverá programar para fazer a retirada dos minérios em para fazer a retirada dos minérios em cadacada mina.Quando algum dos envolvidos não temmina. Quando algum dos envolvidos não tem condições de cumprir, há uma negociação comcondições de cumprir, há uma negociação com o objetivo de atender a o objetivo de atender a demanda estabelecidademanda estabelecida pelo departamento comercial, que, na maioriapelo departamento comercial, que, na maioria das vezes, já tem um das vezes, já tem um navio à espera daquelenavio à espera daquele produto (você vai saber mais sobre as operaçõesproduto (você vai saber mais sobre as operações portuárias ainda nesse módulo).portuárias ainda nesse módulo). Para entender mais:Para entender mais: Passo a passo do sistema integradoPasso a passo do sistema integrado Passo 1Passo 1 O departamento comercial informa para aO departamento comercial informa para a mina o quanto a unidade terá que produzirmina o quanto a unidade terá que produzir para atender aos navios que vão chegar, epara atender aos navios que vão chegar, e especifica a demanda para cada produto.especifica a demanda para cada produto. Passo 2Passo 2 A mina e a usina fazem as programaçõesA mina e a usina fazem as programações necessárias para disponibilizar os produtosnecessárias para disponibilizar os produtos solicitados na data requerida.solicitados na data requerida. 4040 LOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOSLOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOS Passo 3Passo 3 O programa diário indica os lotes que irãoO programa diário indica os lotes que irão para cada ponto de carregamento, a partirpara cada ponto de carregamento, a partir dos lotes que a programação previu comodos lotes que a programação previu como disponíveis para isso. Ao longo do dia, asdisponíveis para isso. Ao longo do dia, as variações são negociadas entre as áreas devariações são negociadas entre as áreas deforma a otimizar o atendimento do volume.forma a otimizar o atendimento do volume. Passo 4Passo 4 Os lotes de 84 vagões são encaminhadosOs lotes de 84 vagões são encaminhados no dia seguinte para a mina e sãono dia seguinte para a mina e são carregados.carregados. Passo 5Passo 5 As composições com os minérios seguemAs composições com os minérios seguem para o porto, onde são descarregadaspara o porto, onde são descarregadas e formadas as pilhas de minérios parae formadas as pilhas de minérios para atender aos navios.atender aos navios. Passo 6Passo 6 As pilhas são recuperadas e embarcadasAs pilhas são recuperadas e embarcadas nos navios programados.nos navios programados. 4141 CURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICOCURSO DE MINERAÇÃO - BÁSICO Indicadores-chave deIndicadores-chave de desempenho (ICD)desempenho (ICD) »» Frotas (locomotivas e vagões):Frotas (locomotivas e vagões): A quantidade total de equipamentos. No casoA quantidade total de equipamentos. No caso de locomotivas, é relevante saber a potênciade locomotivas, é relevante saber a potência total da frota, dado que as total da frota, dado que as máquinas podem termáquinas podem ter potências diferentes.potências diferentes. No módulo II do No módulo II do Curso de Mineração Básico,Curso de Mineração Básico, apresentamos o conceito dos apresentamos o conceito dos indicadores-chaveindicadores-chave de desempenho da operação de de desempenho da operação de mina. Agora,mina. Agora, você vai conhecer quais os principais indicadoresvocê vai conhecer quais os principais indicadores que auxiliam na avaliação do desempenho daque auxiliam na avaliação do desempenho da logística ferroviária:logística ferroviária: »» Disponibilidade física das locomotivas eDisponibilidade física das locomotivas e de vagões;de vagões; »» Ciclo de vagões:Ciclo de vagões: É um indicador-chave do dimensionamentoÉ um indicador-chave do dimensionamento de vagões. Verifica-se quanto tempo se de vagões. Verifica-se quanto tempo se gastagasta entre a saída de um entre a saída de um vagão, ainda vaziovagão, ainda vazio, de um, de um determinado ponto até o seu retorno a essedeterminado ponto até o seu retorno a esse mesmo ponto. Ou seja, mede-se o tempo desdemesmo ponto. Ou seja, mede-se o tempo desde o momento em que o momento em que o vagão é disponibilizadoo vagão é disponibilizado para a retirada do produto de uma para a retirada do produto de uma mina,mina, passando pelo carregamento, pela viagem e pelapassando pelo carregamento, pela viagem e pela descarga, o tempo do circuito. Para se chegardescarga, o tempo do circuito. Para se chegar ao tempo ideal, vários fatores são levados emao tempo ideal, vários fatores são levados em consideração no planejamento mensal: volumeconsideração no planejamento mensal: volume a ser transportado, sazonalidade em função dea ser transportado, sazonalidade em função de chuvas, interferência da manutenção, origenschuvas, interferência da manutenção, origens e destinos envolvidos no transporte (tipo dee destinos envolvidos no transporte (tipo de minério comprado pelo cliente). Em tempo: nãominério comprado pelo cliente). Em tempo: não se busca minério sempre se busca minério sempre no mesmo lugar, háno mesmo lugar, há mudanças a cada mudanças a cada mês. Tudo depende do naviomês. Tudo depende do navio que vai chegar e do que vai chegar e do produto que irá levar.produto que irá levar. »» Peso médio da carga do vagão:Peso médio da carga do vagão: A quantidade varia de acordo com o tipo A quantidade varia de acordo com o tipo dede minério. O ideal é que se tenha o máximominério. O ideal é que se tenha o máximo de peso médio possível nos vagões. O pesode peso médio possível nos vagões. O peso médio das pelotas dentro de um vagão é 70médio das pelotas dentro de um vagão é 70 toneladas, enquanto que o sínter pode chegar atoneladas, enquanto que o sínter pode chegar a 80 toneladas por vagão, no Sistema Sudeste. Já80 toneladas por vagão, no Sistema Sudeste. Já no Norte, tem-se peso médio da ordem de 100no Norte, tem-se peso médio da ordem de 100 toneladas por toneladas por vagão.vagão. »» Utilização de locomotivas:Utilização de locomotivas: O indicador de Utilização tem o O indicador de Utilização tem o mesmomesmo conceito usado para o caminhão fora deconceito usado para o caminhão fora de estrada. Assim, por exemplo, eventos em que aestrada. Assim, por exemplo, eventos em que a loco está desligada indicam não utilização.loco está desligada indicam não utilização. No caso de vagões, não existe esse controle, e oNo caso de vagões, não existe esse controle, e o ICD não é considerado. Todos os eventos estãoICD não é considerado. Todos os eventos estão contidos no ciclo.contidos no ciclo. 4242 »» Confiabilidade:Confiabilidade: É um indicador. Avalia-se quanto tempo os vagões e as locomotivas ficam em manutenção eÉ um indicador. Avalia-se quanto tempo os vagões e as locomotivas ficam em manutenção e quantos quilômetros podem funcionar em condições ideais. No caso da locomotiva, refere-sequantos quilômetros podem funcionar em condições ideais. No caso da locomotiva, refere-se a quantos quilômetros, em média, o veículo funciona sem apresentar problemas. No Sistemaa quantos quilômetros, em média, o veículo funciona sem apresentar problemas. No Sistema Norte, essa média é de 45 a 50 mil quilômetros. Já no Sistema Sudeste, esse patamar é de 15 aNorte, essa média é de 45 a 50 mil quilômetros. Já no Sistema Sudeste, esse patamar é de 15 a 20 mil quilômetros. Idade média da frota, geometria da linha e bitola são fatores que podem20 mil quilômetros. Idade média da frota, geometria da linha e bitola são fatores que podem explicar a significativa diferença.explicar a significativa diferença. O queO que vem por aívem por aí pp LOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOSLOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE MINÉRIOS O computador de O computador de bordobordo Ele já foi desenvolvido e em Ele já foi desenvolvido e em breve estará a bordo das locomotivas da Vale nobreve estará a bordo das locomotivas da Vale no Sistema Sudeste. Sua função é Sistema Sudeste. Sua função é receber informações sobre sinalização, operaçãoreceber informações sobre sinalização, operação e componentes
Compartilhar