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FUNDAMENTOS DA GESTÃO INTEGRADA E COMUNITÁRIA (2)

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- -1
FUNDAMENTOS DA GESTÃO INTEGRADA 
E COMUNITÁRIA
OS DIFERENTES SETORES DA SOCIEDADE E 
A IMPORTÂNCIA DAS REDES SOCIAIS NA 
ÁREA DA SEGURANÇA PÚBLICA
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Estudar o conceito de redes;
2- Analisar as relações entre os diversos segmentos sociais e as forças de Segurança Pública;
3- Observar as possibilidades de articulação das redes para a solução de problemas de forma cooperativa na
Segurança Pública.
Esta aula tratará das relações e vínculos criados e desenvolvidos por meio das redes sociais e as possibilidades
de articulação para a solução de problemas de forma cooperativa. Para tanto, estudaremos a definição de redes e
as suas características. Para exemplificar o poder desse tipo de mecanismo relacional, utilizaremos os resultados
da pesquisa intitulada Redes sociais, mobilização e segurança pública: evolução da rede de atores da Segurança
Pública no processo preparatório da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública, cujo objetivo foi avaliar os
efeitos do fortalecimento da rede de atores envolvidos com a temática, no Brasil, durante todo o processo da 1ª.
CONSEG – os seus espaços preparatórios, etapas, ações paralelas etc.
Esta aula tratará das relações e vínculos criados e desenvolvidos por meio das redes sociais e as possibilidades
de articulação para a solução de problemas de forma cooperativa.
Para tanto, estudaremos a definição de redes e as suas características.
Para exemplificar o poder desse tipo de mecanismo relacional, utilizaremos os resultados da pesquisa intitulada
Redes sociais, mobilização e segurança pública:
Evolução da rede de atores da segurança pública no processo preparatório da 1ª Conferência Nacional de
Segurança Pública, cujo objetivo foi avaliar os efeitos do fortalecimento da rede de atores envolvidos com a
temática de Segurança Pública no Brasil, durante todo o processo da 1ª. CONSEG – os seus espaços
preparatórios, etapas, ações paralelas etc.
Você sabe o significado do termo rede?
Segundo Regina Maria Marteleto (2001), o termo “rede” pode significar sistema de nodos ou elos, estrutura sem
fronteiras, comunidade não geográfica, um sistema de suporte ou um sistema físico que se pareça com uma
árvore ou uma rede.
A partir dessa definição, o que podemos dizer sobre “rede social”?
- -3
Que é um conjunto de participantes autônomos que unem ideias e recursos em torno de valores e interesses
compartilhados.
Para nós é importante saber que, quando se trata de redes sociais, privilegiam-se os elos informais e as relações
em detrimento das estruturas hierárquicas.
1 Redes Sociais
Atualmente, o trabalho informal em rede é uma forma de organização bastante presente em nossa vida cotidiana
e nos diferentes níveis de estrutura das instituições modernas.
O estudo das redes evidencia o fato de que os indivíduos, plenos de recursos e capacidades propositivas,
organizam as suas ações nos espaços políticos em função das socializações e mobilizações geradas pelo próprio
desenvolvimento das redes.
Assim, segundo Regina Maria Marteleto (2001, p. 72):
Mesmo nascendo em uma esfera informal, de relações sociais, os efeitos das redes podem ser
percebidos fora de seu espaço, nas interações com o Estado, a sociedade ou outras instituições
representativas.
Decisões micro são influenciadas pelo macro, tendo a rede como intermediária.
É possível que você esteja se perguntando... quem compõe essas redes? Elas são compostas por indivíduos,
grupos ou organizações e sua dinâmica se volta para a perpetuação, consolidação e desenvolvimento das
atividades de seus membros.
Quando em espaços informais, as redes têm início a partir da tomada de consciência de uma comunidade de
interesses e/ou de valores de seus membros.
As motivações mais significativas no que diz respeito ao desenvolvimento das redes são os assuntos
relacionados aos níveis de organização:
• social-global
• nacional
• estadual
• local
• comunitário
•
•
•
•
•
Fique ligado
Apesar do tipo de questão que procura responder e de, muitas vezes ser informal, não
- -4
2 Você sabia que...
...diferentemente do que ocorre com as instituições, nas redes nem sempre existe um centro hierárquico e uma
organização vertical ?
As redes são definidas, muitas vezes, pela multiplicidade, quantitativa e qualitativa, dos elos entre os diferentes
membros e orientada por uma lógica associativa.
Sua estrutura é caracterizada como extensa e horizontal o que não exclui relações de poder e de dependência nas
associações internas e nas interações com unidades externas.
3 Redes Sociais e Segurança Pública
De acordo com Lindblom (Lindblom, C. O processo de decisão política. Brasília: Universidade de Brasília,
1981.2001) e Burt (Burt, R. Structural roles in the social structure of competition. Cambridge: Cambridge
University Press, 1992), pode-se considerar que a perspectiva das redes sociais como recurso institucional
lembra a importância dos vínculos para obter acesso aos recursos inseridos em uma dada rede de relações.
Assim, o fortalecimento das redes sociais tem sido incorporado aos objetivos de análise e avaliação das políticas
e de ações do poder público (Arriagada, Miranda e Pavez, 2004).
Ainda no que diz respeito às relações entre as redes sociais e a política, Eduardo Marques afirma que “Em um
sentido abstrato, a discussão sobre mecanismos relacionais confunde-se com a própria análise da política, visto
que o poder tem uma natureza intrinsecamente relacional” (Marques, E. Os Mecanismos Relacionais. In: Rev.
Bras. Ci. Soc. v. 22 n. 64. São Paulo, 2007).
4 Conferência Nacional de Segurança Pública
Agora que entendemos a questão das redes sociais, vamos avançar?
Para tratarmos do tema das redes sociais e Segurança Pública, vamos observar o ocorrido por ocasião da
preparação e realização da 1ª CONSEG (Conferência Nacional de Segurança Pública).
Neste ponto, é importante sabermos quem foram os principais atores envolvidos no processo:
Apesar do tipo de questão que procura responder e de, muitas vezes ser informal, não
hierárquica e espontânea, a participação em redes deste tipo envolve direitos,
responsabilidades e diversos níveis de tomada de decisão.
- -5
Organizações e entidades representantes da sociedade civil(40%)
Desde o período da preparação da CONSEG, houve preocupação com a participação dos três segmentos, assim:
A Comissão Organizadora Nacional da 1ª CONSEG (CON) foi estruturada por representantes da sociedade civil e
tiveram prioridade as redes e/ou organizações e os movimentos com considerável capilaridade e potencial de
articulação, com reconhecido acúmulo de discussão específica sobre Segurança Pública.
Trabalhadores da área da Segurança Pública (30%)
Desde o período da preparação da CONSEG, houve preocupação com a participação dos três segmentos, assim:
Aos trabalhadores da área de Segurança Pública, buscou-se garantir a maior diversidade possível de associações
com legitimidade nacional, bem como das categorias internas da corporação de cada uma das cadeiras previstas
na CON.
Gestores (30%)
Desde o período da preparação da CONSEG, houve preocupação com a participação dos três segmentos, assim:
Com relação aos gestores, pautando-se pelo pacto federativo, assegurou-se a participação expressiva dos agentes
políticos das três esferas da federação (União, estados e municípios) que exercem responsabilidades em órgãos
do executivo envolvidos na área de Segurança Pública.
Possibilitou-se a participação dos demais poderes com representantes do Poder Judiciário, Poder Legislativo e
Ministério Público.
De acordo com Relatório Final da 1ª CONSEG (p. 25):
Fique ligado
Essa formação permitiu que novos atores aparecessem e que novas redes fossem criadas no
campo das discussões da Segurança Pública, pois, sabe-se bem que a discussão em torno da
política pública possibilita fortalecer o controle social sobre tais políticas, organizar os
cidadãos e cidadãs na proposição de demandas e, finalmente, conferirtransparência às ações
desempenhadas pelos governos.
- -6
Durante todo o processo, os membros da CON foram porta-vozes e garantidores das regras e
metodologias da 1ª CONSEG; Pacificadores/mediadores políticos; Articuladores para o bom
andamento das etapas; fiscais do processo; interlocutores com as delegações estaduais etc.
Ou seja:
Ser membro da CON exigia um comprometimento com o projeto da Conferência e necessidade de mobilizar as
suas entidades e redes para a participação efetiva nas mais diversas etapas do processo.
A CONSEG foi precedida por conferências preparatórias, realizadas nas cidades com mais de 200.000 eleitores,
em todas as capitais, nos 105 municípios que haviam firmado acordo de cooperação no PRONASCI, nos 26
estados e no Distrito Federal.
Ao mesmo tempo, foram realizadas as Conferências Livres, convocadas pela própria sociedade, mas sem caráter
representativo.
Participaram, ao todo, 66.847 pessoas, em 514 municípios.
Algumas centenas de municípios, ao aderirem ao processo, constituíram as Comissões Organizadoras Municipais
(COM) e as 27 unidades da Federação instituíram suas Comissões Organizadoras Estaduais (COE), além da
Comissão Organizadora Distrital (COD).
Estas pessoas analisaram o Caderno de Propostas, documento que continha cerca de 400 sugestões enviadas
pelas etapas preparatórias realizadas no país inteiro.
O aprimoramento deste conjunto de questões foi consolidado em 10 princípios e 40 diretrizes, considerados os
mais importantes pelos participantes e que norteiam, desde então, as políticas públicas da área.
Caderno de Propostas
Com o objetivo de avaliar os efeitos do fortalecimento da rede de atores envolvidos com a temática de Segurança
Pública no Brasil, durante todo o processo (os seus espaços preparatórios, etapas, ações paralelas etc.) da 1ª.
CONSEG , realizou-se uma pesquisa na esfera da gestão da Conferência.
Fique ligado
Estes grupos receberam a orientação de manter o formato tripartite, ou seja, reservar cadeiras
igualitariamente para a sociedade, os trabalhadores e os gestores.
- -7
Com o objetivo de avaliar os efeitos do fortalecimento da rede de atores envolvidos com a temática de Segurança
Pública no Brasil, durante todo o processo da 1ª. CONSEG , realizou-se uma pesquisa na esfera da gestão da
Conferência.
Trata-se de um estudo sobre a transformação da rede de determinados atores envolvidos com o tema,
identificando mudanças no padrão relacional desses atores antes e depois do início do processo preparatório da
1º Conferência Nacional de Segurança Pública e na configuração do campo e desenho da Política Nacional de
Segurança Pública.
O fortalecimento das redes, no caso da Segurança Pública produziu, no âmbito da 1ª Conferência Nacional de
Segurança Pública, o empoderamento dos atores envolvidos, e o maior diálogo e o reconhecimento entre os
segmentos.
O adensamento das relações foi considerado uma vitória do processo da 1ª CONSEG.
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você vai estudar:
• Fundamentos da gestão integrada e comunitária;
• Princípios da gestão integrada e comunitária.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Aprendeu o conceito de Redes Sociais;
• Analisou as relações entre os diversos segmentos sociais e as forças de Segurança Pública;
• Verificou as possibilidades de articulação das redes para a solução de problemas de forma cooperativa 
na Segurança Pública.
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	Olá!
	
	1 Redes Sociais
	2 Você sabia que...
	3 Redes Sociais e Segurança Pública
	4 Conferência Nacional de Segurança Pública
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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