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FUNDAMENTOS DA GESTÃO INTEGRADA E COMUNITÁRIA (6)

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- -1
FUNDAMENTOS DA GESTÃO INTEGRADA 
E COMUNITÁRIA
A MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Reconhecer a mobilização comunitária;
2- Analisar as técnicas que favorecem a participação e a mobilização da comunidade no âmbito da Segurança
Pública;
3- Reconhecer as relações entre mobilização comunitária e gestão integrada em Segurança Pública.
Nesta aula, vamos relembrar aspectos relativos à mobilização comunitária. Dizemos relembrar porque já
abordamos este assunto na segunda aula da Disciplina Mobilização Comunitária. Partiremos, então, da definição
do termo, passaremos pela noção de redes sociais e veremos as relações entre mobilização comunitária e
Segurança Pública. Para terminarmos o nosso estudo, faremos a relação entre mobilização comunitária e gestão
integrada da Segurança Pública.
1 Mobilização Comunitária
Nesta aula, vamos relembrar definições e ideias já abordadas em outras oportunidades, mas que são bastante
necessárias para entendermos o conteúdo a ser tratado nesta disciplina, isto é, a gestão integrada e comunitária
da Segurança Pública.
Vamos começar?
2 Mobilização Comunitária – Relembrando
Para começar, vamos rememorar o que é mobilização comunitária?
Vimos que as passeatas e os mutirões podem ser eventos resultantes dela, mas, absolutamente, não a definem.
Segundo o verbete do Dicionário de Ciências Sociais (1987, p.771),
“a mobilização social comporta a incorporação de indivíduos, grupos ou classes sociais a um
movimento social”.
- -3
Para que possamos dizer que existe mobilização social de fato, é preciso que pessoas, comunidades ou
sociedades se aglutinem para decidir e agir em direção a um objetivo comum, na busca cotidiana por resultados
decididos e desejados por todos.
Lembre-se que os indivíduos devem possuir o poder de decidir se querem ou não participar de determinado
movimento.
Em uma democracia, ninguém pode ser obrigado a se associar, pois caso isso ocorra, será a sua própria negação.
3 Ambiente democrático
A participação em um ambiente democrático pressupõe que os indivíduos se concebam como responsáveis pelos
destinos da comunidade e como parte importante na geração e consolidação de mudanças.
Mobilizar, então, nesse sentido, é orientar para algum objetivo ou projeto duradouro, o que exige dedicação
contínua para produzir resultados no cotidiano ou no longo prazo.
Organização ou mobilização comunitária é o mesmo que unir problemáticas diferentes e pessoas diferentes para
realizar objetivos comuns e isso é muito diferente de apenas convocar pessoas para comparecerem em reuniões.
É, ao contrário, um processo contínuo de capacitação de membros da comunidade, oportunidades nas quais o
cidadão é incentivado a participar de decisões que se relacionam a assuntos pertinentes à qualidade de vida da
sua localidade, região ou bairro.
Fique ligado
Podemos concluir que mobilização social e movimento social são coisas diferentes, sendo a
mobilização um fator integrante do movimento, ou seja, é a ação social que os quadros e as
massas correspondentes desempenharão tanto para realizar imediatamente o seu programa,
como para aumentar gradualmente as bases do poder.
A mobilização social depende do caráter do movimento social ao qual corresponde e dos traços
distintivos da sociedade, grupo ou comunidade.
- -4
4 A mobilização comunitária e as redes sociais
Já estudamos a importância das redes sociais para a mobilização comunitária e, é importante lembrar o que
Marteleto (2001) nos diz sobre o assunto: o termo ‘rede’ pode significar sistema de nodos ou elos, estrutura sem
fronteiras, comunidade não geográfica, um sistema de suporte ou um sistema físico que se pareça com uma
árvore ou uma rede.
Podemos considerar que “rede social” é um conjunto de participantes autônomos que unem ideias e recursos em
torno de valores e interesses compartilhados.
5 O estudo das redes
Hoje, quando ouvimos falar de redes sociais, logo nos vem à cabeça aplicativos para computadores e
smartphones que permitem ampla
comunicação com pessoas do planeta inteiro, compartilhando fotografias, filmes, palavras, músicas, idéias e
ideologias, interesses, etc. No entanto, não é sobre este tipo específico de redes sociais que trataremos aqui.
O estudo das redes mostra que as pessoas (Indivíduos plenos de recursos e capacidades propositivas) organizam
as suas ações nos espaços políticos em função das socializações e mobilizações geradas pelo próprio
desenvolvimento das redes.
Segundo Marteleto (2001, p.72),
Mesmo nascendo em uma esfera informal, de relações sociais, os efeitos das redes podem ser
percebidos fora de seu espaço, nas interações com o Estado, a sociedade ou outras instituições
representativas. Decisões micro são influenciadas pelo macro, tendo a rede como intermediária.
Fique ligado
É relevante saber que, quando se trata de redes sociais, privilegiam-se os elos informais e as
relações, em detrimento das estruturas hierárquicas.
Hoje, o trabalho informal em rede, é uma forma de organização bastante presente em nossa
vida cotidiana e nos diferentes níveis de estrutura das instituições modernas.
- -5
6 Como se estruturam as redes?
Pode-se assegurar que as redes são compostas por indivíduos, grupos ou organizações e sua dinâmica está
comprometida com a perpetuação, consolidação e desenvolvimento das atividades de seus integrantes.
Quando em espaços informais, as redes são oriundas da tomada de consciência de uma comunidade de
interesses e/ou de valores de seus membros.
Os aspectos mais significativos, no que diz respeito ao desenvolvimento das redes, são aqueles relativos aos
níveis de organização social-global, nacional, estadual, local e comunitário.
A despeito do tipo de questão que procura responder e de, muitas vezes ser informal, não hierárquica e
espontânea, a participação em redes deste tipo envolve direitos, responsabilidades e diversos níveis de tomada
de decisão.
Diversamente do que ocorre com as instituições, nas redes nem sempre encontramos um centro hierárquico e
uma organização vertical. Então, as redes são, frequentemente, definidas pela quantidade e qualidade dos elos
entre os diferentes membros e também orientadas por uma lógica associativa.
A característica de sua estrutura é ser extensa e horizontal, mas, ao contrário do que se possa supor, esse traço
não exclui relações de poder e de dependência nas associações internas e nas interações com unidades externas.
7 Mobilização comunitária e Segurança Pública
Como já pudemos perceber por tudo o que foi posto, a mobilização comunitária é importante no sentido de
resolver problemas comuns de forma democrática em diversos âmbitos da vida social.
No que diz respeito à Segurança Pública, a mobilização comunitária deve abranger também as forças de
Segurança Pública presentes na comunidade. As políticas de segurança devem envolver todas as agências, sejam
públicas ou privadas. A estruturação das atividades em rede garante a realização de um trabalho racional no
qual o esforço de cada instituição complementa o esforço das demais. Dito de outra forma, a relação a ser criada
é de complementaridade e jamais de concorrência.
Se cabe ao Estado (Poder público) aperfeiçoar e capacitar as forças de segurança para fazer cumprir a lei, é dever
dos cidadãos colaborar de forma ativa com as forças de Segurança Pública para torná-las mais eficientes.
8 Prevenção do crime
O medo do crime, já sabemos, afasta os indivíduos de atividades fora de suas casas e aumenta o isolamento entre
as pessoas.
- -6
De acordo com o Guia para a Prevenção do Crime da Violência (Secretaria Nacional de Segurança Pública do
Ministério da Justiça), o resultado da dinâmica do enclausuramento provocado e da fragmentação atrelados ao
medo do crime pode ser dimensionado em 3 efeitos importantes para a Segurança Pública e para as relações
comunitárias.
A comunidade perdepoder
as pessoas tendem a se isolar mais e, sozinhas, perdem poder de exercerpressão sobre as autoridades para que
providências sejam tomadas no sentido de garantir mais segurança.
Quanto menosvigilância, mais crimes
o afastamento das pessoas de áreas coletivas como ruas e praças diminui a vigilância “natural” da localidade. Os
criminosos agem mais à vontade quando não há testemunhas.
Desvalorizaçãoimobiliária e perda de oportunidades
quando o medo do crime toma conta de determinada região, os moradores começam a desejar se mudar dali. A
grande oferta de imóveis faz cair o valor venal dos imóveis e o preço dos aluguéis.
A mudança de perfil populacional trará mais problemas de caráter social para a região e produzirá menos
identidade comunitária e, portanto, menos possibilidades de ações conjuntas.
9 Participação comunitária
Se a participação comunitária é importante para as questões de Segurança Pública, nem sempre é simples
mobilizar a sociedade.
A polícia deve compreender a dinâmica da comunidade e saber envolvê-la, pois, percebe-se que a integração
entre polícia, comunidade e os diversos segmentos é que garantirá o sucesso do trabalho.
Favorece a integração da comunidade, o reconhecimento social da atividade policial, o desenvolvimento da
cidadania e a melhoria da qualidade de vida.
Fique ligado
A participação da comunidade é importantíssima para a prevenção do crime da violência.
Logo, a comunidade deverá tomar parte nas políticas de prevenção, sejam elas primárias,
secundárias ou terciárias.
- -7
Figura 1 - Curso de Promotores de Polícia Comunitária, promovido pela Secretaria Nacional de Segurança 
Pública (SENAP-MS) em parceria com o Governo do Estado através da Secretaria Estadual de Segurança Pública 
(SEJUSP-MS).
De acordo com o texto organizado e sistematizado por Márcio Simeone Henriques, o maior desafio a ser
enfrentado pela polícia comunitária é motivar e manter a participação dos cidadãos, além de superar a
resistência dos indivíduos causada, às vezes, pela abordagem incorreta do que deveria ser um programa
comunitário de Segurança Pública. Texto elaborado para a publicação Curso Nacional de Multiplicador de Polícia
Comunitária, editada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), do Ministério da Justiça.
- -8
10 Conselhos Comunitários
Como vimos na segunda aula, para Teixeira, os Conselhos Comunitários são organismos criados pelo poder
público para negociar demandas dos movimentos populares com a crescente mobilização das populações,
sobretudo, mas não somente, as residentes em bairros de periferia.
Os Conselhos Comunitários surgiram a partir do final da década de 1970.
11 Gabinete de Gestão Integrada
O GGI é uma rede que atua para propor ações integradas e promove o intercâmbio de informações e
experiências, alimentando o sistema de planejamento e de políticas municipais preventivas de Segurança
Pública.
Como ocorre a participação social nos gabinetes de gestão integrada estaduais e municipais?
A resposta é simples: por meio dos conselhos sociais ou conselhos comunitários de segurança.
Cabe lembrar, neste ponto, que a participação de representantes de fóruns comunitários de segurança se dá na
condição de convidados e não garante assento no Pleno, pois ele se constitui em espaço deliberativo e executivo
envolvendo ações de enfrentamento da criminalidade e que, portanto, requer cuidados adicionais de segurança
aos participantes.
Fonte: Pronasci
Fique ligado
Pode-se afirmar com certeza que o GGI não representa exclusivamente o interesse da
administração pública, pois representa também o interesse da sociedade em geral.
- -9
12 Conclusão
Para terminarmos esta aula, concluímos que a construção de uma sociedade mais justa e menos violenta
depende da participação de todos. De acordo com o texto da Constituição Federal de 1988, a Segurança Pública é
uma responsabilidade coletiva e é direito e dever de cada cidadão participar da construção de sua própria
segurança.
Os fóruns municipais e comunitários de segurança atuam como canais de interlocução entre a população e os
operadores da Segurança Pública e contribuem para a mobilização social em defesa do direito à segurança pela
análise e discussão das estratégias de atuação na região.
A participação social é importante para o sucesso de qualquer programa na área da Segurança Pública e, por
isso, deve ser incentivada e prestigiada pelo poder público.
Os Gabinetes de Gestão Integrada devem interagir fortemente com os fóruns municipais e com os conselhos
comunitários de segurança com o objetivo de constituir políticas consistentes.
Ações participativas legitimam a tomada de decisão e orientam o Gabinete de Gestão Integrada a adotar medidas
que realmente atendam ao interesse público e garantam uma cultura da paz. No caso dos Gabinetes de Gestão
Integrada Municipal, na pauta das discussões, os diversos atores organizados da sociedade abordam temas
relativos ao exercício da cidadania, identificando demandas da população, métodos de ações preventivas e
resultados pretendidos.
13 Na próxima aula
Em nossa sétima aula, estudaremos a definição dos Gabinetes de Gestão Integrada e o histórico da criação e
implementação dos GGIs no Brasil, levando em consideração diferenças existentes entre os gabinetes municipais,
estaduais e de fronteiras.
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você vai estudar:
• Os gabinetes de gestão integrada: definição e histórico;
• Os gabinetes municipais e estaduais.
•
•
- -10
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Reconheceu a importância da mobilização comunitária para a Segurança Pública;
• Avaliou as relações entre a mobilização comunitária e a gestão integrada.
•
•
	Olá!
	1 Mobilização Comunitária
	2 Mobilização Comunitária – Relembrando
	3 Ambiente democrático
	4 A mobilização comunitária e as redes sociais
	5 O estudo das redes
	6 Como se estruturam as redes?
	7 Mobilização comunitária e Segurança Pública
	8 Prevenção do crime
	9 Participação comunitária
	10 Conselhos Comunitários
	11 Gabinete de Gestão Integrada
	12 Conclusão
	13 Na próxima aula
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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