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ENDOMARKETING (1ª UNIDADE) AULA 1- O processo da comunicação Introdução A comunicação é essencial para o desenvolvimento de uma pessoa e também de uma empresa. Na década de 1970, descobriu-se o “homem social” (Bordenave, p. 7), isto é, aquele que cria a sua sociedade através das inter-relações com o seu ambiente, consequentemente, com as pessoas. Logo, a comunicação é, sem dúvida, um componente de extrema importância no mundo inteiro, quer corporativo ou não. Vale a pena lembrar que foi a comunicação que fez com que nosso atual padrão de vida se transformasse em realidade. Ele foi inserido, internalizado, desde a família até os grupos informais dos quais cada um faz parte, abrangendo consequentemente a nossa vida profissional, corporativa. Definição de comunicação Mas o que é comunicação? Segundo Chiavenato (2000, p. 142), é a troca de informações entre indivíduos. É tornar público, comum, uma mensagem. Assim, podemos definir que comunicação é o processo de transmitir uma informação, desde que o receptor compreenda a mensagem transmitida. Somente assim podemos afirmar que houve a comunicação. O processo da comunicação Ora, se a comunicação é tão importante, é preciso conhecer o seu processo, para que se possa tirar melhor proveito dela no dia a dia, inclusive da organização. Para que isto aconteça, é preciso nos reportar ao hoje rudimentar processo de comunicação exposto a seguir. Passe o cursor do mouse sobre as palavras sublinhadas. Codificar Descodifica r ↓ ↓ Fonte → Mensagem → Canal → Receptor → Efeito ↑ ↓ Resposta Esses são os elementos básicos para uma boa comunicação. Quando a mensagem é elaborada, é definido um código. Por exemplo, linguagem escrita, falada, simbólica. Isto é a mensagem codificada. O receptor, ao recebê-la, irá descodificá-la, o que significa dizer que o receptor precisa conhecer a linguagem utilizada, para compreender bem a mensagem e, assim, dar uma boa resposta, um bom feedback. Tipos de comunicação A comunicação pode ser verbal e não verbal. Comunicação verbal A comunicação verbal, via de regra, é escrita e documentada e é composta de palavras. A comunicação verbal pode ser oral, quando transmitida diretamente pela fala: ordens, solicitações, debates, conversas, entrevistas etc., e também escrita, quando por meio de e-mail, cartas, correspondências diversas, livros, revistas, outdoor, cartaz etc Comunicação não verbal A comunicação não verbal é quando não usamos as palavras, mas sim sinais, símbolos e o próprio corpo para comunicar, como: gestos, olhar, as mãos, a postura, como sentamos. Todas essas formas nos auxiliam na comunicação e a tornam mais eficaz, entregando a mensagem que queremos transmitir. As funções e a direção da comunicação Segundo Marcos Gross, em seu artigo para a Catho em 12/11/2013, há pelo menos oito funções da comunicação que vamos ver agora: Função 1 - Comunicação é troca de ideias Sem esta troca de ideias, não conheceríamos uns aos outros, não haveria interação, viveríamos isolados cada um no seu mundo interior, sem compartilhar nada, inclusive seus sonhos. http://www.catho.com.br/carreira-sucesso/colunistas/marcos-gross/as-8-funcoes-da-comunicacao-humana#ixzz3N6NxLCMS Função 2 - Comunicação é o esforço para compreender e ser compreendido pelos outros É fundamental entendermos o que as pessoas querem nos dizer, assim como os outros entenderem o que nós queremos lhes dizer. Assim, pode-se planejar o que será transmitido, inclusive com mais qualidade. Função 3 - Comunicação é redução de incertezas Vivemos no mundo das incertezas e, na medida em que há diálogo, compartilhamento, esclarecimento, esta incerteza vai sendo diluída. A comunicação, quando passa uma informação bem elaborada, agiliza as trocas efetuadas, diminuindo as incertezas. Função 4 - Comunicação é interação, vínculos entre as pessoas A comunicação liga as pessoas umas às outras, quebrando as distâncias existentes. Ela possibilita um compartilhamento, acabando com o isolamento das pessoas. Função 5 - Comunicação é participação comum Quando há interação entre as pessoas, consequentemente há um compartilhar que faz com que aquilo que um pensa passe a ser disseminado, fazendo com que novos pensamentos e novas ideias surjam a partir daí. O pensamento passa de individual a coletivo. Função 6 - Comunicação é evocar lembranças Quando acessamos um site, vemos as mensagens no celular, assistimos a um filme e lemos um livro, estamos interagindo através das lembranças dos autores. Função 7 - Comunicação é estimular e responder aos estímulos alheios Como emissores, estamos estimulando alguém, seja de forma verbal ou não verbal; quando receptores, a mesma coisa. Ao dialogarmos, estimulamos e somos estimulados. Função 8 - Comunicação é afetar alguém (poder de influenciar) Sempre que emitimos uma mensagem, o nosso objetivo é mudar o pensamento ou o comportamento de alguém, ou fazê-lo refletir sobre alguma coisa. Ao ser assimilada pelo receptor, foi alcançado o objetivo. A direção da comunicação A direção da comunicação pode ocorrer vertical e horizontalmente, de forma ascendente e descendente, isto é, de cima para baixo e de baixo para cima. A comunicação vertical é a de cima para baixo. Exemplo: uma orientação dada pela direção da empresa que passa por todos os departamentos chegando até a base da organização. Tornando mais claro, ascendente é quando vem da esfera superior, desde a presidência até o funcionário mais simples da organização. Descendente é quando parte da base da organização e chega até o topo da organização. A comunicação horizontal é a comunicação que se dá entre os pares, aqueles que se encontram no mesmo nível hierárquico dentro da empresa. Para Refletir Como vimos até aqui, a comunicação é essencial para a vida das pessoas; logo, a sua importância é abrangente e no endomarketing ela é sobejamente utilizada, para efetivamente criar um clima e um comportamento adequado, promovendo a marca da empresa ou organização, contribuindo para o aumento da sua lucratividade. Para Refletir Você entende que a comunicação é de fato essencial, para que o ser humano adquira conhecimento do mundo e assim possa evoluir em todas as áreas, respeitando o pensar do outro e usando-o para melhorar o seu próprio entendimento? A comunicação, no sentido das interações existentes entre os seres humanos, vem sofrendo transformações contundentes, influenciada pelo avanço tecnológico, que ocorre de uma maneira muito rápida. Hoje podemos citar o celular como um veículo de comunicação muito eficiente, devido à sua multifuncionalidade comunicativa. https://a9256-2713931.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2713931/course%20files/Unidade-1/aula-1.htm#thought AULA 2- Comunicação interpessoal e organizacional Introdução Você já sabe definir o que é comunicação e a sua importância para o desenvolvimento dos seres e da sociedade. Nesta aula, você vai descortinar um pouco mais o mundo da comunicação, por meio do estudo da comunicação interpessoal e da comunicação organizacional. Comunicação interpessoal A comunicação interpessoal, como diz a própria expressão, é aquela que ocorre entre as pessoas, é a troca de ideias, o diálogo, a conversação. Vimos como se dá este processo, a sua importância para os indivíduos e, também, para a sociedade. Um pouco de história: nas sociedades denominadas tradicionais, organizadas há mais tempo, como as europeias, desde a forma mais primitiva do homem, a vida social se baseava fundamentalmente na interação pessoal, face a face. Assim, pode-se descrever a vida do ser humano nestas sociedades como ou isolado, sem qualquer interação social, um solitário, ou em interação com seus semelhantes. Com a invenção da escrita e, consequentemente,da leitura, há uma transformação interessante, pois a partir daí o indivíduo se torna uma ação social de ser de comunicação, pois tem a oportunidade de se comunicar, de conhecer novos pensamentos e ter novas ideias, pela leitura. Segundo Serra (pg.116, Manual da comunicação), nas sociedades atuais, mediatizadas, as mídias têm um papel multiplicador e formador muito grande, a ponto de vários estudos serem feitos sobre o seu efeito junto à população. Hoje é inimaginável uma sociedade sem os veículos de comunicação que temos, principalmente os veículos eletrônicos que, de forma avassaladora, tomam conta do mercado mundial, como, por exemplo, os celulares. Tomando como exemplo o nosso país, nas grandes cidades, todos têm celular e, não poucas vezes, mais de um. Ora, tal demanda fez com que houvesse um desenvolvimento desse tipo de produto, a ponto de o celular passar a ter novas funções para atender e satisfazer o consumidor, como música, aplicativos diversos e de todo tipo, que têm por finalidade facilitar ações cotidianas do consumidor e/ou entretê-lo, assim como aplicativos para facilitar o cotidiano do cidadão. Hoje, contas são pagas via celular, táxi é chamado via celular, internet via celular etc. Assim, a comunicação interpessoal avança ainda mais, agora com um componente extra: a tecnologia. Com a evolução tecnológica, a interação entre as pessoas, passa a ser efetuada com mais frequência e eficácia, independentemente de distância. Em qualquer parte do planeta, as pessoas se comunicam, via celular, Skype, internet etc. Na verdade, houve uma ampliação nas possibilidades de comunicação interpessoal promovida pelas ferramentas tecnológicas. Segundo DeFleur e Ball-Rokeach, em seu livro Teorias da Comunicação de massa (p. 17), a despeito de se efetuar muitas pesquisas e análises, os estudiosos da comunicação não têm certeza do significado das mudanças ocorridas com este avanço tecnológico; como, efetivamente, tais mudanças influem nos indivíduos e no coletivo, pois, se tratando de veículo de massa, as transformações ainda não estão compreendidas na sua plenitude. O que é inegável é a evolução ocorrida ao longo do tempo, em relação à capacidade de se comunicar que o homem, genericamente falando, conseguiu alcançar, facilitando a sua vida, ampliando o seu conhecimento, fazendo-o ir além, rompendo barreiras e realizando novas descobertas a cada dia. A interação dos povos, o conhecimento das diversas culturas, enfim, um novo viver, um novo mundo. Comunicação organizacional Vivemos na era da sociedade do conhecimento: compartilhar o que se sabe, interagir com o outro nas organizações passou a ser uma riqueza imensa. O principal ingrediente do que se produz, compra e vende é o conhecimento. As organizações buscam objetivamente agregar conhecimento, pois sabem que somente quando este conhecimento é difundido, propagado, disseminado, compartilhado é que elas se beneficiam. Comunicação organizacional pode ser entendida (PASQUALE; NETO; GOMES, p. 2), como aquela que estabelece um diálogo entre a empresa e todos os públicos do seu interesse, denominados stakeholders. Desta forma, as organizações traçam estratégias que visam exatamente promover essa relação de maneira contínua, permanente e sistemática. Quando falamos em comunicação organizacional, hoje, não podemos deixar de pensar nesse compartilhamento do conhecimento. Pensar em conhecimento é identificar dois tipos de conhecimento, o tácito e o explícito. (NONAKA; TAKEUCHI. Criação de conhecimento nas empresas: como as empresas geram a dinâmica da organização. 1967). Conhecimento tácito Conhecimento explícito O conhecimento tácito é individual e difícil de ser formalizado e comunicado. Como exemplo, gosto de citar a receita da torta de maçã que a vovó fazia e que ninguém faz https://a9256-2713931.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2713931/course%20files/Unidade-1/aula-2.htm#link-1 https://a9256-2713931.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2713931/course%20files/Unidade-1/aula-2.htm#link-2 igual. Ela tinha um jeito único, uma fórmula única de fazer a torta; assim, o sabor maravilhoso e o prazer gerado não tinham como ser reproduzidos, a não ser pela vovó. O conhecimento explícito é aquele formal e sistemático, podendo ser compartilhado com facilidade. Para facilitar o entendimento, exemplifico com a torta de maçã da vovó, que escreveu a receita e passou para a família. Agora, a deliciosa torta de maçã foi compartilhada e várias pessoas podem, usando a receita, fazer a torta de maçã igual à da vovó. Nas organizações, ambos são importantes, tanto o conhecimento tácito como o explícito têm o seu grau de importância para o desenvolvimento da organização. O grande desafio é justamente promover o compartilhamento do conhecimento tácito, pois este não é encontrado em livros, manuais, normas, relatórios ou pesquisas. Entretanto, é fundamental que as organizações encontrem caminhos que as levem a agregar conhecimento ao conhecimento que já possuem. A comunicação interna Sabemos que há a comunicação ao público externo, por meio dos variados veículos de comunicação, inclusive a mídia de massa; entretanto, também sabemos que há a comunicação que ocorre dentro das organizações. Tal comunicação é tão importante quanto a comunicação externa e merece todo o cuidado para que seja clara, objetiva, com qualidade, e promova a troca de conhecimento, agregando assim, valor à organização. No livro Marketing: a teoria em prática, Paulo Clemen (p. 45) afirma a importância da comunicação interna e comenta que ela dá transparência à cultura da organização, refletindo a “alma” da sua marca e colaborando, inclusive, para a criação de um clima favorável à realização das suas estratégias, previamente traçadas em seu planejamento. É preciso ouvir o público interno, os funcionários, aqueles que trabalham com o produto, a marca, que conhecem os processos da organização. São eles que muito podem contribuir. Segundo Brum (p. 148): “Poucas são as empresas que estão preparadas para colocar em prática todas as ideias e sugestões que chegam através dos programas interativos.” Há muitas organizações que ainda não dão oportunidade para o funcionário expor o seu pensamento, e com isso elas perdem grandes ideias e sugestões. Há necessidade de implantação de processos interativos que permitam comunicação de mão dupla: a organização fala e os funcionários também falam. Assim, as ideias são expostas e todos ganham. A organização agrega valor aos seus produtos e marca, os funcionários se sentem realmente partícipes dos projetos da organização, permanecem motivados, produzindo com satisfação. É preciso programas específicos que levem os funcionários a se sentirem de fato úteis nos projetos desde o seu início. Isto é motivador. Conclusão A comunicação é a mola mestra de uma organização, tanto a pessoal quanto a organizacional. Não se pode perder a visão de que a comunicação é vital para a existência do mundo e, consequentemente, das organizações. A comunicação permite que a sociedade descubra novas fórmulas de facilitar a vida dos seres que a compõem. É a comunicação que faz o homem se aproximar do homem, compartilhar suas ideias e, a partir daí, descobrir novos rumos, vencendo os desafios. É a comunicação que faz com que cresçamos, desenvolvamos e sejamos mais eficientes e eficazes, num mercado cada vez mais exigente e qualificado. “Mediatização é o processo que consiste em tornar acessível a um público mais ou menos vasto e distante uma mensagem sobre um acontecimento ou uma opinião através do recurso a um ou mais media.” (RODRIGUES, Adriano Duarte. Dicionário Breve da Informação e da Comunicação. Lisboa: Presença, 2000, p. 85) AULA 3- O canal de comunicação e as barreiras para umacomunicação eficaz Introdução Uma comunicação, para ser eficaz, precisa chegar até o receptor e cumprir o seu papel, fazendo com que ele entenda, compreenda e, por intermédio do feedback, dê o retorno positivo da mensagem. Para que este processo ocorra de maneira correta, atingindo o objetivo da comunicação, se faz necessário que seja utilizado o canal adequado para a ocasião. Nesta aula vamos definir o que é um canal de comunicação e entender que há barreiras, ruídos que impedem que a comunicação cumpra o seu papel. Com certeza você agregará valor à sua comunicação e procurará identificar de que maneira a comunicação pode ser melhorada na sua organização. Canal de comunicação: definição Canal de comunicação é o veículo por meio do qual se alcança o receptor, entregando- lhe uma determinada mensagem, na expectativa de que ele entenda, compreenda e dê uma resposta positiva. Hoje existem inúmeros canais de comunicação, o que exige uma seleção com grau de assertividade muito mais preciso. O fato é que está na seleção o sucesso da comunicação; muitas vezes, o sucesso é muito mais provável ao se escolher o canal adequado. Os canais de comunicação podem ser classificados em: • Veículos visuais – são aqueles que são visualizados pelos receptores. Jornais, revistas, outdoor, painéis luminosos, folhetos, catálogos, exposições, vitrines. • Veículos auditivos – são aqueles para serem ouvidos pelo receptor. Rádio, esperas telefônicas, canais internos, som ambiente, carros de som e alto- falantes. • Veículos audiovisuais – são aqueles que são ouvidos e vistos. Televisão, cinema, vídeos, internet. • Veículos funcionais – são aqueles para serem experimentados e sentidos. Amostras, brindes, feiras, concursos. As organizações utilizam todos esses veículos com o objetivo de alcançar o seu público, tanto o interno quanto o externo. Ora, partindo do princípio de que a informação é a maior arma de uma organização, significa dizer que a comunicação, que normalmente é a mensagem entregue, é vital; logo, a escolha do veículo para a entrega da informação é de suma importância. Quanto mais adequado o canal, maior a possibilidade de atingir o objetivo da organização, pois a mensagem será facilmente entendida e respondida com a rapidez esperada. Brum (p. 18) cita que “cientistas calculam que 50% da felicidade de um ser humano são determinados geneticamente, 10% pelas circunstâncias de vida e 40% por pensamentos e ações.” Naturalmente uma organização não tem como interferir na genética de um ser humano, entretanto pode fazer parte do grupo das circunstâncias da vida. Bem, vimos que circunstâncias da vida representam 10% da felicidade. Outro detalhe importante é que a vida não é composta apenas de aspectos profissionais, existem inúmeros fatores que afetam a vida do ser humano, que independem da organização em que ele trabalha. Assim, perdemos parte dos 10% de felicidade. Os argumentos expostos acima são para lembrar que, embora as organizações não tenham como fazer as pessoas felizes, pois isto depende de cada indivíduo, ela sabe que, quando se tem pessoas felizes trabalhando, a produtividade aumenta e a qualidade também. Logo, quanto mais pessoas felizes trabalhando na organização, melhor. Daí a importância de se manter nas organizações um clima organizacional saudável; para isso, o foco deve ser uma comunicação transparente, que gere valor e faça cada funcionário sentir-se importante dentro do processo. Portanto, é fundamental que a mensagem, a informação passada, seja sempre clara e limpa. O próprio mercado e a sociedade têm forçado a comunicação organizacional a ter mais clareza, simplicidade e efetividade. Barreiras para uma comunicação eficaz Vamos pensar agora na prática da comunicação organizacional. Convido você a enveredar pelo marketing, para facilitar o entendimento do que estamos estudando. Veja a definição de marketing proposta pela American Marketing Association (AMA): O marketing é a atividade, o conjunto de conhecimento e os processos de criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor para consumidores, clientes, parceiros e sociedade como um todo. Ao analisar a definição de marketing da AMA, você percebe a presença do verbo comunicar e a sua importância no contexto. Quando pensamos comunicação eficaz em marketing, precisamos nos reportar a Kotler (p. 518), que nos apresenta oito etapas para que isto aconteça. São elas: 1. Identificação do público alvo. 2. Determinação dos objetivos. 3. Elaboração da comunicação. 4. Seleção dos canais de comunicação. 5. Estabelecimento do orçamento. 6. Decisão sobre o mix de comunicação. 7. Mensuração dos resultados da comunicação. 8. Gerenciamento da comunicação integrada de marketing. Todo e qualquer ruído em uma dessas etapas prejudica a comunicação e pode jogar por terra todo um trabalho. Ora, o que é ruído em comunicação? Ruído é qualquer elemento que se interpõe entre a mensagem original emitida da fonte e o receptor, impedindo-o de receber o conteúdo da mensagem de forma clara a ponto de entender e dar a resposta esperada. Os ruídos são barreiras que impedem a comunicação eficaz e devem, portanto, ser evitados pelas organizações. Alguns exemplos de ruídos: • Mensagem inadequada ao entendimento do receptor. • Muito barulho. • Veículo de comunicação inadequado. • Informações desorganizadas. • Distorção da mensagem. • Utilização de sinais e/ou símbolos desconhecidos. • Dispersão/falta de atenção. Assim, verificamos que os ruídos são o grande vilão da comunicação e devem ser evitados ao máximo, para que o objetivo da comunicação seja alcançado. Brum (p. 101) afirma que “nas organizações há um processo de troca”, comunicação, que, se bem realizado, proporciona resultados satisfatórios para a organização e para os funcionários. A informação, quando passada adequadamente, acaba fazendo com que haja um comprometimento por parte dos funcionários, motivando-os a executarem as estratégias traçadas previamente pela organização. O público interno é o propagador da organização, da sua cultura, dos seus produtos, dos seus processos, dos seus valores. A informação coerente, clara, verdadeira, lógica, bem trabalhada, motiva os funcionários. Motivados, eles são capazes de beneficiar em muito a organização. Quando o inverso ocorre, é sinal de que barreiras impediram que o processo fosse bem- sucedido, causando dificuldades para a organização e deixando o moral dos funcionários baixo, desmotivados, o que leva a uma produtividade bem longe da ideal. Segundo Brum (p. 101), “algumas organizações já têm de maneira clara a importância da informação produzida pela boa comunicação dos seus funcionários e por isso decidem implantar um programa de endomarketing na organização”. Brum (p. 102) ainda afirma: “Mais do que canais e instrumentos, as empresas precisam de coragem para democratizar a informação internamente.” E completa dizendo (p. 107): “Acredito que a informação, quando bem trabalhada, acaba se transformando em conhecimento para o público interno. E o conhecimento, por sua vez, pode proporcionar bons níveis de integração.” Sem dúvida, a integração entre os funcionários é algo importante para a vida de uma organização, para o seu clima organizacional, para a sua cultura corporativa. Este é mais um benefício que a comunicação bem desenvolvida na organização oferece à organização. A comunicação via informação pode ajudar muito a questão da integração do funcionário com a organização, e da organização com o funcionário. É uma via de mão dupla em que todos saem ganhando. O papel da organização é oferecer um ambiente que propicie o desenvolvimento desta integração. Isto deve partir do ápice da pirâmide, deve haver de fato um comprometimento da alta direção da organização, para queo sucesso seja alcançado. Afinal, a organização é beneficiada. Quando a organização entende o seu papel junto aos funcionários e deseja de fato fazer a diferença no mercado, ela começa então a trabalhar o endomarketing, a olhar para dentro de si mesma e perceber que pode ser melhor e obter melhores resultados na ponta. Inicia então a implantação de um programa específico de endomarketing. Conclusão Nesta aula você viu o que é um canal de comunicação, viu a sua importância na sociedade e no mundo corporativo. Também conheceu os veículos de comunicação mais utilizados pelas organizações, assim como as etapas da comunicação no que tange ao marketing. Agora, você adquiriu conhecimento para, com habilidade, técnica e percepção, empregá-lo na sua empresa, visando melhorar a comunicação e, consequentemente, a sua imagem no mercado. ENDOMARKETING (2ª UNIDADE) AULA 1- Endomarketing: uma função estratégica Introdução Nesta aula, vamos conceituar o endomarketing e observar que é uma ferramenta de cunho estratégico para as organizações, que bem utilizada pode trazer bons dividendos para quem a aplica de maneira adequada. O que é endomarketing? Endon + Marketing = Endomarketing A palavra endomarketing tem sua origem estruturada na composição do prefixo grego endon (movimento para dentro) com a palavra inglesa marketing, cujo conceito podemos entender por meio da definição de Theodore Levitt, “conquistar e manter clientes”, já que a palavra não tem tradução correspondente em língua portuguesa. Segundo o autor que cunhou esta expressão, Bekin (p. 3): Endomarketing é um conjunto de ações gerenciadas de marketing eticamente dirigidas ao público interno das organizações e empresas focadas no lucro, das organizações não lucrativas e governamentais e das de terceiro setor, observando condutas de responsabilidade comunitária e ambiental. Brum (p. 21) afirma que aplicar endomarketing é oferecer ao funcionário educação, atenção e carinho, tornando-o bem preparado e mais bem informado, com o objetivo de torná-lo uma pessoa criativa e feliz, para que, assim, ele possa surpreender e encantar o cliente. É função da organização, hoje, além de produzir e comercializar seus produtos e serviços, proporcionar um nível de satisfação interna que seja capaz de fazer com que o funcionário veja a empresa como “sua”, fidelizando-o. Isto é, a empresa, a organização deve criar um clima altamente positivo, gerando, assim, colaboradores, funcionários que sejam facilitadores, para consolidar a imagem da empresa e, ato contínuo, o seu valor para o mercado. Para que de fato ocorra essa transformação do funcionário, há necessidade de a entidade (empresa, organização) compartilhar os seus objetivos, sejam eles empresariais ou sociais, promovendo a harmonia para fortalecer o seu relacionamento com o público interno. Visão geral O endomarketing surge em razão das novas necessidades impostas pelo mercado globalizado. Como tudo na vida, ao surgir uma necessidade, o ser humano busca supri- la, daí o seu processo criativo é ativado. O mercado altamente competitivo e mutável, a cada dia tem nova necessidade, por isso não existe uma receita de bolo para resolver todos os seus problemas. É fundamental, sim, desenvolver habilidades para ser capaz de utilizá-las no momento em que se fizer necessário. Durante muito tempo as organizações estiveram focadas no seu público externo, não pensando, fazendo nada, efetivamente, pelo seu público interno, justamente aquele que é responsável pelos seus processos, produtos, imagem e valores. O endomarketing surge para preencher tal lacuna, pois pressupõe um trabalho de equipe marcado pela cooperação e integração dos seus setores. Vale a pena observar a afirmativa de Bekin (p. 3): “O comprometimento implica a adesão aos valores e objetivos da empresa por meio do endomarketing...”. Hoje, muitas empresas, organizações, já enxergam isso e aplicam o endomarketing. Assim, o objetivo do endomarketing é dar ao funcionário esta consciência empresarial, ver e entender a empresa como um todo, e conhecer a importância da empresa e a sua importância dentro desse contexto, dentro de um clima positivo, satisfatório, que lhe dê prazer, alegria, satisfação. Brum (p. 21), citando Cerqueira, diz: O endomarketing prova que as pessoas só caminham para a excelência quando percebem que a empresa respeita valores, investe em desenvolvimento de modelos gerenciais avançados e acredita no potencial humano. Estratégia A origem da palavra estratégia é grega, strategia. Segundo o dicionário Michaelis, significa: “arte de conceber operações de guerra em planos de conjunto. Ardil, manha estratagema. Arte de dirigir coisas complexas”. Naturalmente, dirigir uma organização, uma entidade, não importa o seu fim (lucrativo ou não), sempre é algo complexo. Sabe-se também que o mercado é muito complexo, repleto de nuances, cheio de variáveis, e a competitividade se faz muito presente. Ora, para lidar com tal cenário, é preciso traçar formas, maneiras de se atingir os objetivos propostos pelas organizações. Como chegar lá? Esse é o grande questionamento. É aí que entra a estratégia, o como chegar. É preciso pensar em caminhos, em vias que levem aos objetivos planejados. O endomarketing é um instrumento estratégico para as organizações que desejam chegar mais facilmente aos seus objetivos. O mundo mudou e vai mudar sempre, é importante lembrar que, hoje, vivemos a economia do espírito, em que as pessoas são mais emocionais e compram: O espírito da organização. O espírito de uma marca. O espírito de um serviço. O espírito de um produto. Portanto, não adianta apenas conhecer os conceitos, mas praticá-los. As organizações diziam que o seu público interno era importante, mas não davam a importância devida, por meio das ações. Agora é diferente, por isso utilizam-se do endomarketing. As organizações passaram a se preocupar de fato com o público interno, dando-lhes formação, utilizando as técnicas de marketing para estabelecer um alinhamento entre os seus discursos com o público interno e externo. Com o acirramento da concorrência, é preciso estar atento ao mercado e às novidades, assim como às tendências, e sempre identificar novas fórmulas de se alcançar os objetivos com mais facilidade e em menor espaço de tempo. Para isso, as organizações preparam melhor os seus funcionários ou colaboradores, termo usado a partir da década de 1990 (Brum, p. 24). Nesse cenário, percebe-se com clareza o quanto o endomarketing contribui estrategicamente para a organização. Colaboradores engajados, comprometidos e felizes produzem mais e melhor. Agregam valor à empresa e aos seus produtos e serviços, passando uma imagem de excelência da organização. Desafio Desafio é a palavra-chave para a vida. O ser humano é movido a desafios, portanto cada ação da organização deve gerar um novo desafio aos seus colaboradores. Desafios que levem a alvos alcançáveis, é bem verdade, mas que impulsionem os colaboradores a irem adiante, além, rompendo barreiras, que sempre existem. Aliás, barreiras existem para serem quebradas, vencidas, ultrapassadas. É assim que o ser humano se desenvolve, cresce e as empresas também. Cada obstáculo vencido fortalece a organização e entusiasma os seus componentes, levando-os a novos desafios. Brum (p. 25) menciona a questão do amor nas empresas. Ele é estabelecido entre a empresa e seus colaboradores. É um sentimento que um sente pelo outro, que precisa ser percebido pelos colaboradores. Amar e ser amado, entende? É assim que ocorre, é assim que o comprometimento acaba acontecendo com naturalidade. As organizações precisam investir no endomarketing porque ele propicia justamente o amalgamento deste sentimento que hoje é trabalhado pelas organizações, por forçadas transformações que ocorrem no mundo corporativo. Brum ainda afirma (p. 25): Estamos vivendo uma era em que as pessoas estão cada vez mais espiritualizadas e voltadas para o amor. Isso força a empresa a também pensar e agir dessa forma. Conclusão Nesta aula, você conheceu o conceito do endomarketing. Identificou a sua importância e a sua função estratégica dentro de um mercado cada vez mais complexo, exigindo sempre mais e mais das organizações e seus colaboradores. Você percebeu o quanto é necessário estar atualizado, na vanguarda, e como o mercado é competitivo, exigindo cotidianamente mais e mais de você. É dentro desse cenário que as habilidades precisam ser desenvolvidas, fazendo com que você tenha diferencial e possa atingir os seus objetivos pessoais e profissionais. Você viu que, num mundo globalizado como o atual, há necessidade de aprender sempre, não se conformar, buscar novas soluções para os desafios novos e, com rapidez, colocar em prática tais soluções. Foi descortinado um lado emocional, esquecido pelas organizações, mas que, agora, é fundamental para o sucesso das mesmas. O sentimento, o amor a felicidade, o prazer. Aquilo que se faz com prazer se faz muito melhor. Colaborador feliz produz mais e melhor e as empresas descobriram isso. E qual empresa não quer melhorar a sua produtividade? Nenhuma. Todas querem e lutam para melhorar a sua produtividade. Agora você começa a entender como o endomarketing é importante para as organizações. No mundo de hoje, não se obtêm sucesso sem estratégias. O endomarketing tem uma função estratégica, por isso ele é essencial às organizações. O colaborador é o elemento- chave da organização; trabalhando-se este elemento, dando-lhe as ferramentas necessárias, adequadas, ele produzirá resultados excelentes para a organização. O termo endomarketing foi registrado no Brasil em 1996 por Saul Faingaus Bekin, como resultado de sua experiência profissional, na época, na média gerência de uma empresa multinacional. (Brum, p. 21). AULA 2- Do marketing ao endomarketing Introdução Já verificamos o que é comunicação, a sua importância, como ela acontece de maneira interpessoal e empresarial. Conhecemos o conceito de endomarketing e como ele é importante estrategicamente para as organizações. Identificamos, também, o quanto o mundo globalizado é estratégico, e vimos o papel, a função do endomarketing como elemento estratégico nas organizações. Promovendo um clima altamente positivo, gera uma acentuada melhora na imagem da organização, acompanhada de valores que saem do público interno e alcançam o público externo, consequentemente, o mercado. Nesta aula, vamos conhecer um pouco mais sobre o marketing e efetuar um comparativo com o endomarketing, ampliando a nossa área de atuação, no que tange à aplicação desta ferramenta preciosa do marketing. Vamos caminhar juntos? Marketing: o que é? O marketing é tão empolgante que as pessoas, quando falam sobre ele, ficam entusiasmadas, em virtude dos impactos provocados nas suas vidas e no mundo em que vivemos. O marketing combina várias áreas do conhecimento, como: economia, psicologia, antropologia, cultura, geografia, história, direito, estatística, matemática, entre tantas outras. Na vida de todo ser humano, do mais humilde ao mais sofisticado, o marketing se faz presente e é importante. Vejamos a definição de Philip Kotler: Marketing é o processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo que necessitam e que desejam com a criação, a oferta e a livre negociação de produtos e serviços de valor com outros. Cobra (p. 4) divide a história do marketing em três eras distintas. Vejamos essas eras: Primeira: ERA DA PRODUÇÃO – até meados de 1925, inúmeras empresas, nas economias mais desenvolvidas da Europa e dos Estados Unidos, estavam orientadas pela produção. Como tudo que era produzido era consumido, não havia real preocupação com a venda e com o marketing. Toda a atenção dos fabricantes era apenas com os seus produtos. Segunda: ERA DA VENDA – De 1925 e o início de 1950, as técnicas de produção já eram dominadas. Na maioria das nações desenvolvidas, a preocupação já não era com a produção, mas sim com o excesso de produção. Era preciso fazer com que o produto e/ou serviço fosse demandado. Assim, os fabricantes passaram a dar importância e ênfase à força de vendas. Cabia à força de vendas conquistar o consumidor, fazendo-o adquirir os seus produtos. Nesta época, cresce a venda domiciliar, surge a venda por catálogo. Terceira: ERA DO MARKETING – Com a queda da bolsa de Nova York, em 1929, veio a denominada Grande Depressão, que tomou conta dos Estados Unidos, afetando todo o mundo de então. As pessoas, sem poder de compra, não tinham como consumir, o mercado estava um verdadeiro caos. Com o objetivo de conquistar os poucos consumidores existentes, as empresas que sobreviveram se utilizaram do marketing. Tais empresas começaram a prestar mais atenção às necessidades dos consumidores. Passaram a observar mais o mercado. Em 1943, ocorre a 2ª Grande Guerra Mundial, que se estende até 1945, oportunidade em que há a explosão de novos bebês, surgindo uma nova geração de consumidores denominada de baby boomer. Assim, cresce o mercado voltado para crianças e o marketing se firma definitivamente nos Estados Unidos. Hoje o marketing está presente na vida de todos nós e, com o avanço tecnológico, ele está mais forte do que nunca. Conceitos centrais do marketing Ao se estudar marketing, é imprescindível que se vejam os seus conceitos centrais, descritos por Kotler (p. 8 a 10), que são: 1. Necessidades, desejos e demanda 2. Mercados-alvo, posicionamento e segmentação 3. Ofertas e marcas 4. Valor e satisfação Necessidades são carências diversas que todo ser humano tem. Demanda, neste contexto, são desejos que o consumidor tem e que são satisfeitos à medida que ele tem poder de compra. Os consumidores não são iguais, portanto, têm gostos diferentes, desejos diferentes. Há uma diversidade enorme de consumidores. Assim, é preciso focar em um determinado grupo de consumidores que tem basicamente os mesmos gostos, por isso os profissionais de marketing dividem em segmentos o mercado. Após efetuar tal divisão, eles escolhem o segmento que será o seu mercado-alvo, desenvolvem uma oferta de mercado e a posicionam na mente do seu público-alvo. As necessidades são satisfeitas por meio de uma proposta de valor, isto é, um conjunto de benefícios capazes de suprir tais necessidades. O valor é a relação entre todos os benefícios proporcionados pelo produto e os custos financeiros e emocionais envolvidos na compra do produto. A satisfação, o desempenho percebido pelo consumidor versus as suas expectativas. Se o desempenho do produto atende à expectativa do consumidor, ele fica satisfeito. Se o inverso acontecer, ele fica insatisfeito. https://a9256-2714085.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2714085/course%20files/Unidade-2/aula-2.htm#link-1 https://a9256-2714085.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2714085/course%20files/Unidade-2/aula-2.htm#link-1 https://a9256-2714085.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2714085/course%20files/Unidade-2/aula-2.htm#link-2 https://a9256-2714085.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2714085/course%20files/Unidade-2/aula-2.htm#link-3 https://a9256-2714085.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2714085/course%20files/Unidade-2/aula-2.htm#link-3 https://a9256-2714085.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2714085/course%20files/Unidade-2/aula-2.htm#link-3 https://a9256-2714085.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2714085/course%20files/Unidade-2/aula-2.htm#link-4https://a9256-2714085.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2714085/course%20files/Unidade-2/aula-2.htm#link-4 https://a9256-2714085.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2714085/course%20files/Unidade-2/aula-2.htm#link-4 5. Canais de marketing 6. Cadeia de suprimento 7. Concorrência 8. Ambiente de marketing São os veículos pelos quais as empresas levam o seu produto até o consumidor: rádio, televisão, internet, telefone, outdoors, busdoors, revistas e tantos outros. O objetivo é apresentar, propagar, divulgar, vender, distribuir os seus produtos aos consumidores. A cadeia de suprimento, também bastante conhecida como supply chain, começa com a matéria-prima e vai até o produto final. São aqueles produtos similares ao seu e que, direta ou indiretamente, podem ser consumidos pelo seu público-alvo. É formado pelo macroambiente e o microambiente, sendo microambiente os participantes imediatos envolvidos na produção, na distribuição e na promoção da oferta: os fornecedores, os distribuidores, revendedores, os clientes-alvo. O macroambiente é constituído de alguns componentes, a saber: demográfico, econômico, sociocultural, natural, tecnológico, político-legal. Marketing-Mix O composto de marketing, também chamado de marketing-mix, é, dentre os sistemas de marketing consagrados, o mais utilizado pelos profissionais de marketing; ele promove a integração da organização com o seu ambiente interno e externo. Não se concebe estudar marketing sem ter, mesmo que superficialmente, noção dos 4 Ps de McCarty. São eles: Produto Ponto (ponto de venda, distribuição) Promoção Preço Destes, somente o preço traz dividendos para a organização. Todos os demais são investimentos. Ferramentas do marketing Há uma confusão quando se fala em marketing, pois as pessoas pensam logo em propaganda. Ora, a propaganda é importante e é uma das ferramentas do marketing. É importante perceber que toda ferramenta tem o seu grau de importância dentro do contexto, de acordo com o momento, circunstância, situação. Com o objetivo de ampliar o seu conhecimento, vamos elencar algumas das ferramentas do marketing. • Propaganda • Promoção de vendas • Força de vendas • Merchandising • Degustação • Cuponagem e outros https://a9256-2714085.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2714085/course%20files/Unidade-2/aula-2.htm#link-5 https://a9256-2714085.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2714085/course%20files/Unidade-2/aula-2.htm#link-6 https://a9256-2714085.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2714085/course%20files/Unidade-2/aula-2.htm#link-7 https://a9256-2714085.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2714085/course%20files/Unidade-2/aula-2.htm#link-8 Repetindo, todas as ferramentas são importantes. O profissional de marketing é que deve avaliar a situação e aplicar a ferramenta mais adequada para o momento, ou as ferramentas. Você, muitas vezes, usa mais de uma para atingir um determinado objetivo. Composto de endomarketing O endomarketing, conforme as definições apresentadas, busca a adaptação de instrumentos, conceitos e técnicas de marketing, num movimento de fora para dentro da organização. Para facilitar a compreensão do composto de endomarketing, podemos transformar os 4 Ps (produto, preço, praça e promoção – as quatro áreas básicas de decisão e atuação de uma empresa) em 4 Cs – Companhia, Custos, Coordenadores e Comunicação, numa espécie de transmutação dos elementos do composto de marketing em endomarketing-mix. Em endomarketing: • O produto corresponde à companhia ou empresa. • Os pontos de distribuição podem ser associados aos Coordenadores de Endomarketing. • O preço tem o seu equivalente em custos. • A promoção correlaciona-se à Comunicação O endomarketing servirá, cada vez mais, para "facilitar e realizar trocas, construindo relacionamentos com o público interno, compartilhando objetivos da organização, harmonizando e fortalecendo estas relações". As empresas, por sua vez, terão como tarefa eleger suas prioridades para o endomarketing perante seu público interno e, obviamente, buscar a concretização dessas prioridades, aliando atitudes e comunicação por meio de um programa específico de endomarketing. As organizações terão que entender que o sucesso de qualquer organização consistirá na aquisição e retenção de clientes internos integrados aos processos internos da estrutura organizacional, que, por sua vez, propiciarão melhoria na qualidade de produtos, processos e serviços aos clientes. Conclusão Assim conhecemos um pouco mais sobre marketing e sobre a relação existente entre o marketing e o endomarketing. Percebemos o quanto estão alinhados e o quanto ambos são úteis para o sucesso de uma organização. Identificamos algumas preciosas ferramentas do marketing e como elas podem ser usadas concomitantemente para beneficiar uma organização ou uma ação estratégica que seja colocada em prática no mercado. Concluímos com o composto de endomarketing. Estamos preparados agora para entender como ocorre o processo de diagnóstico do endomarketing. AULA 3- Diagnóstico do endomarketing Introdução Já tivemos oportunidade de ver, até aqui, aspectos importantes do endomarketing, da comunicação ao conceito de endomarketing, quando vimos sua função estratégica na organização. Depois, estudamos o que é marketing, seus conceitos centrais e a relação existente entre o marketing e o endomarketing. Nesta aula, vamos aprender como identificar a necessidade do endomarketing e quais ações podemos tomar, visando a implantação do endomarketing na organização. O porquê do endomarketing Já estamos cientes de que são as necessidades que fazem surgir uma série de soluções para os problemas existentes no dia a dia das organizações. Assim, vejamos o porquê da existência do endomarketing: • A redescoberta do indivíduo como o principal componente de um processo produtivo. • A necessidade de envolver emocionalmente os funcionários. • A necessidade de agregar relações afetivas e valores éticos nas empresas. • A necessidade de transformar e adaptar a empresa para atender seus clientes internos, assim como faz com seus produtos para encantar seus consumidores, torna- se condição sine qua non, para não somente sobreviver, mas prosperar neste mercado cada vez mais competitivo. Todos esses fatores somados fazem do endomarketing uma ferramenta de capital importância para uma organização de sucesso. Marketing interno X endomarketing Há muita gente que pensa que estas duas ferramentas são a mesma coisa. Não são a mesma coisa. Observe a diferença: • Marketing Interno "Tarefa de contratações acertadas, treinamento e motivação de funcionários hábeis que desejam atender bem os clientes". (Phillip Kotler) X • Endomarketing Busca da verdadeira satisfação do trabalhador em seu ambiente de trabalho. https://a9256-2714085.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2714085/course%20files/Unidade-2/aula-3.htm https://a9256-2714085.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2714085/course%20files/Unidade-2/aula-3.htm O que acontece é que as empresas estão treinando, capacitando e até (pelo menos pensam assim) motivando seus funcionários para atender ao cliente externo, mas não pensam em seu bem-estar. É exatamente aí que reside a diferença entre um e outro. O endomarketing prima pelos funcionários, pelo seu cliente interno, que é tão importante quanto o seu cliente externo. O bem-estar deste cliente interno é que gera uma série de benefícios, inclusive ao cliente externo. Portanto, tratar, cuidar, zelar pelo cliente interno, pelo funcionário, pelo colaborador é muito importante. O bem-estardo seu cliente interno reflete diretamente na satisfação dos clientes externos, na expansão dos negócios e na produtividade nas empresas. É imprescindível, portanto, que as organizações passem a se ocupar cada vez mais com a qualidade de vida de seus colaboradores. Em última análise, isso resulta em lucratividade com qualidade. Diagnóstico Diagnosticar é uma palavra muito usada na área da saúde, proveniente originariamente do grego. No dicionário Michaellis, o seu significado é: “a qualificação dada por um médico a uma enfermidade ou estado fisiológico, com base nos sinais que observa.” Pois bem, a partir deste significado à luz do que já conhecemos do endomarketing e pela vivência nas organizações, podemos elencar alguns fatores que nos levam a identificar o estágio em que as organizações se encontram e quais etapas podem ser vencidas, para preparar a entidade rumo à implantação do endomarketing. Toda empresa, organização, é um organismo vivo, portanto necessita de ajustes, acertos e desenvolvimento em seus departamentos, processos. Como ela é composta de seres humanos e estes são complexos, toda organização tem o seu grau de complexidade. Assim, por meio da observação, podemos aferir alguns fatores dentro de uma organização que mostra a carência de um programa de endomarketing. Por exemplo, é muito comum encontrarmos: ruídos na comunicação da organização, foco na área errada, objetivos equivocados, falta de padrão na comunicação e outros. Brum (p. 49) afirma: “O ideal é que a empresa possua um processo de comunicação interna, composto por canais/veículos, em que existirão espaços específicos para a comunicação de recursos humanos.” Pensando além Ao se implantar um programa de endomarketing numa empresa, etapas, fases precisam ser vencidas. Veremos isso em aula específica, quando vamos nos ater à implantação do programa de endomarketing. Entretanto, nesta aula, vamos conhecer a fase de diagnóstico. Observe o que diz Bekin: Um programa eficiente de endomarketing tem de se ajustar à realidade (...) torna-se fundamental identificar as prioridades desse programa, verificando os pontos mais vulneráveis da empresa que devem ser corrigidos. Desse modo, vamos saber em que pontos específicos o endomarketing deve agir e em que medida ou extensão. Esta primeira fase é de suma importância, dela dependem as demais fases de implantação do programa. Um mau diagnóstico traz consequências desastrosas, sabemos disso. Esta fase pode ser dividida em: Análise do ambiente Diagnóstico da situação Análise do ambiente Nesta fase, verificam-se as necessidades e os recursos existentes: materiais, humanos, tecnológicos e financeiros. Sem dúvida, embora todos sejam importantes, o mais importante são os recursos humanos. Isto é, quem você tem na empresa, quais as pessoas? Qual o seu comportamento, sua conduta? Qual a sua disposição e motivação? Nesta etapa da primeira fase, são analisados os equipamentos, materiais e processos da organização. As forças e fraquezas existentes, tudo é visto minuciosamente. Analisar o ambiente implica a avaliação apurada dos ambientes interno e externo, para observar internamente a cultura, os valores, a missão, a visão e a filosofia da organização. Externamente observar, identificar, conhecer as variáveis externas que influenciam a vida da organização. Normalmente, faz-se uma pesquisa de clima, para se obter informações de como anda o relacionamento da empresa com os seus colaboradores e vice-versa. Essas informações são fundamentais para uma boa leitura do cenário da organização. Por isso, tal pesquisa de clima tem que ser muito bem elaborada e aplicada. Diagnóstico da situação O diagnóstico propicia o conhecimento dos pontos fracos e fortes da organização, assim como das ameaças e oportunidades do mercado. É usada a ferramenta conhecida como análise SWOT. De posse do resultado da pesquisa de clima, aliado a análise SWOT, há necessidade de compartilhar com todos os envolvidos, pois segundo Brum (p. 53): ”A informação, acompanhada de explicação da informação, permite ao colaborador sentir-se parte do processo.” Quando isto acontece, o colaborador tem um comprometimento muito maior e o sucesso de qualquer programa passa a ter uma perspectiva muito positiva. Desta forma, o colaborador passa a ter foco nos objetivos da organização, pois ele percebe os benefícios advindos da informação positiva passada pelo programa e isso acaba estreitando a relação com a organização. Interessante observar que a revista Exame publica anualmente as 150 melhores empresas para você trabalhar. Entretanto, segundo Brum (p. 54): “Não é a revista Exame que coloca uma empresa entre as 150 melhores... e sim a percepção positiva do público interno retratada nas suas respostas.” Vê-se assim o quanto o público interno é importante dentro do contexto empresarial. É ele que fornece os subsídios que levam a empresa a estar entre as 150 mais. Sem dúvida, é o conhecimento que faz o homem desenvolver, crescer, evoluir, tornando-se melhor ser humano. A organização deve proporcionar, ao seu público interno, a oportunidade de desenvolvimento, de evolução. Com isso, evoluem os colaboradores e evolui a própria organização, tendo colaboradores satisfeitos e produzindo com alegria e qualidade, trazendo assim dividendos para a organização. Conclusão Nesta aula, vimos o porquê do endomarketing, como ele pode melhorar a empresa, quando bem diagnosticado e com um programa bem elaborado e aplicado. Conhecemos o que é diagnosticar e compreendemos como pode ser utilizado no mundo corporativo, para identificar pontos fracos que precisam ser tratados na organização, visando a sua saúde. Vimos também a importância do bom diagnóstico para a implantação de um programa de endomarketing que possa de fato surtir efeito para a organização. Verificamos o quanto é importante a fase do diagnóstico com a leitura correta dos ambientes interno e externo. ENDOMARKETING (3ª UNIDADE) AULA 1- As etapas da implantação do endomarketing Introdução Como já vimos, o endomarketing não é nenhuma novidade no mundo corporativo. Há vários trabalhos, inclusive artigos científicos, sobre o assunto. Ele existe, é uma realidade vivenciada já por muitas organizações no nosso país. Portanto, nesta aula, vamos identificar pontos relevantes na implantação do endomarketing. A caminhada será boa e com o conhecimento já adquirido pelas aulas anteriores, teremos mais facilidade de descortinar mais esta face do endomarketing. Vamos juntos? Sabe-se da necessidade de alinhar a imagem que o público externo tem com a imagem que o público interno tem da organização; logo, é preciso usar todos os recursos disponíveis para que tal alinhamento seja o mais correto possível, para que não haja distorções no resultado final. Segundo Brum e Bekin em seus livros, indicados na bibliografia, são três etapas distintas que compõem o programa de endomarketing: pesquisa de marketing, planejamento e implementação. Analisemos cada uma dessas etapas a seguir. Pesquisa de marketing “A pesquisa de marketing é a função que conecta o consumidor, o cliente e o público ao profissional de marketing através de informações – informações usadas parra identificar e definir oportunidades e problemas de marketing, para gerar, refinar, e avaliar ações de marketing, para monitorar o desempenho de marketing para melhorar a compreensão do marketing como processo. A pesquisa de marketing especifica a informação requerida para abordar questões, formula o método para coletar informações, gerencia e implementa o processo de coleta de dados, analisa os resultados e comunica os resultados e suas implicações.” Assim, a pesquisa junto aos funcionários, olhando os pontos fortes e fracos da organização, se reveste de importância capital, inclusive quanto à abrangênciapara que o programa de endomarketing seja adequado, isto é, na medida certa. É preciso conhecer as máquinas, os processos internos, o pensamento e o sentimento dos colaboradores da organização, para que se tenha uma visão real da empresa, assim como o que precisa ser corrigido, melhorado, desenvolvido. É preciso criar um novo modo de pensar na organização que leve o colaborador a uma nova postura, um novo grau de conhecimento e, sobretudo, de comprometimento. Deve ser criada na organização a cultura de serviços, pois, assim, o colaborador terá a visão e, aliada à visão, a prática do trabalho de equipe É notório que as organizações são compostas por seres humanos e que estes têm necessidade de interagir. De acordo com Chiavenato (ANO, p.16), nestas interações humanas, as partes se envolvem, uma influenciando a atitude da outra e vice-versa. Dentro deste contexto, conclui-se que a pesquisa de todos os elementos da organização se faz muito necessária para as demais etapas do endomarketing. Tipos de pesquisa Malhorta (ANO, p. 37) apresenta uma classificação de pesquisas de marketing, a saber: • Pesquisa para identificação do problema o Pesquisa de potencial de mercado o Pesquisa de participação de mercado o Pesquisa de imagem o Pesquisa de características de mercado o Pesquisa de análise de vendas o Pesquisa de previsão o Pesquisa de tendências de negócios • Pesquisa para solução de problemas o Pesquisa de segmentação o Pesquisa de produto o Pesquisa de preço o Pesquisa de promoção o Pesquisa de distribuição Os dois grupos de pesquisas são essenciais para o sucesso de uma organização no que tange à implantação de um programa, ao lançamento de um produto, enfim, às transformações que venha a sofrer. Planejamento Planejamento é um documento, um roteiro que procura se antecipar aos fatos, traçando estratégias que visam alcançar os objetivos da organização. Para que seja elaborado um bom planejamento, é fundamental que o diagnóstico seja bem feito, principalmente em se tratando do endomarketing. Campanha elaborada pela Petrobras para os restaurantes de suas áreas de produção. Clique na imagem para ampliar o cartaz. Reflexão Historicamente, segundo Brum (2010, p. 159), somente ao longo das décadas de 1980 e 1990, empresas passaram a dar importância à comunicação com o público interno, por meio de campanhas voltadas para este público. Desta forma, a partir daí, é que no planejamento estratégico da organização passou a incluir o endomarketing no seu bojo. Reflexão Assim, as empresas que fazem o diagnóstico correto, adequado, que tiram a fotografia ou a radiografia da empresa, da organização, incluem no seu planejamento estratégico o que chamamos de programa de endomarketing. A partir dessas décadas, a expectativa das organizações passou a ser planejar e implantar um processo estruturado, que pudesse, então, documentar, oficializar e veicular a informação, em todos os níveis. É a informação que dá os detalhes a serem transformados em estratégias, objetivando alcançar o estágio pretendido. Brum (2010, p. 159) afirma: “Documentar significa colocar informação dentro de um canal ou instrumento de comunicação interna. Formalizar significa assinar com marca e https://a9256-2713681.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2713681/course%20files/Unidade-3/aula-1.htm#tab1 https://a9256-2713681.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2713681/course%20files/Unidade-3/aula-1.htm#tab2 https://a9256-2713681.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2713681/course%20files/Unidade-3/aula-1.htm#thought-1 https://a9256-2713681.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2713681/course%20files/Unidade-3/img/aula-1/cartaz.jpg https://a9256-2713681.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2713681/course%20files/Unidade-3/img/aula-1/cartaz.jpg slogan internos. Veicular significa tornar disponível usualmente para que todos os colaboradores tenham acesso à informação. ” Cabe lembrar que o planejamento estratégico de uma organização tem o aval e o consequente apoio de toda a direção da organização. Isto é fundamental para que o programa de endomarketing, assim como todos os demais programas que compõem o plano estratégico, seja colocado em prática com perspectivas boas de sucesso. Implementação De acordo com Pimenta (2004, p. 124), “Endomarketing envolve ações de marketing para o público interno ressaltando, ao mesmo tempo, a importância do funcionário no processo produtivo e o respeito como ser humano, com potencialidades e dificuldades.”. De posse das informações necessárias e com o plano estratégico elaborado, é hora de colocar em prática o que foi pensado em termos de endomarketing. Segundo Pasquale (2012, p. 27), além de ouvir os colaboradores, é necessário algumas outras práticas, como: • Fazer com que o grupo coopere, seja leal e parceiro, transformando o grupo numa equipe. • Dar valor a cada elemento da equipe. • Gerar integração alicerçada nos valores e objetivos da organização. • Reafirmar a atitude com base nos valores compartilhados. • Definir recompensas e premiação dirigidas a equipe. • Criar um clima dentro da empresa propiciando a interação. • Envolver os colaboradores também no planejamento e na tomada de decisão. • Estimular iniciativa e atitudes criativas dos colaboradores. • Aplicar o princípio da delegação, dando poder aos colaboradores. • Conceder um salário adequado. Como diz Brum (2010, p. 160), é preciso posicionar a empresa na mente do colaborador. Ela precisa ser a primeira na sua mente: o colaborador precisa acreditar e lutar para que a posição da organização seja mantida. Naturalmente, é necessário que a organização tenha, na realidade, uma posição boa no mercado, facilitando, dessa forma, o posicionamento na mente do colaborador. Cabe a organização identificar qual o diferencial a ser trabalhado junto ao seu quadro de colaboradores. Tal diferença pode ser na gestão do ambiente ou em um nível de benefícios ou incentivos proporcionados pela organização. Pronto! Agora está tudo preparado para o lançamento do programa de endomarketing. Conclusão Nesta aula, vimos as etapas que precisam ser vencidas para a implantação do endomarketing. Vimos o diagnóstico que é feito por meio das diversas pesquisas. Conhecemos o que é pesquisa de marketing e, também, a sua variedade e importância para o estabelecimento da primeira etapa da implantação do endomarketing. Vimos, além disso, o quanto é importante o planejamento estratégico de uma organização e como, dentro dele, é preciso estar bem delineada a implantação do endomarketing. Saiba mais Finalmente, observamos que a implantação do endomarketing que é trabalhar o posicionamento escolhido pela organização, trabalhando os seus conteúdos e os seus conceitos alinhados com o posicionamento escolhido. Saiba mais O endomarketing possui princípios imutáveis que o fundamentam. Vinícius de Carvalho escreveu um artigo interessante que versa sobre as 25 Leis de Endomarketing. São elas: 1. Lei do diferencial 2. Lei da tomada de decisão 3. Lei do sentido 4. Lei de reflexo 5. Lei do desempenho esperado. 6. Lei da motivação 7. Lei do composto de endomarketing 8. Lei da escada limpa 9. Lei do fluxo de benefícios 10. Lei do ambiente 11. Lei do trabalho 12. Lei da constante da comunicação 13. Lei da gestão do endomarketing 14. Lei do discurso contraditório 15. Lei dos pontos de pressão 16. Lei dos cenários de representação 17. Lei das fases de implantação 18. Lei do discurso único 19. Lei da capacidade dos canais internos 20. Leis dos tipos de conteúdos editoriais 21. Lei da estética e do discurso 22. Lei do referencial externo 23. Lei da segmentação interna 24. Lei do retorno 25. Lei da oralidade https://a9256-2713681.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2713681/course%20files/Unidade-3/aula-1.htm#more-info-1AULA 2- O programa Nesta aula, vamos nos ater ao programa de endomarketing. Vamos detalhá-lo de maneira a entender cada particularidade, levando você a compreender a diversidade existente de programas em razão da variedade de empresas existentes. Você vai identificar que cada empresa, organização, entidade, tem a sua cultura, a sua maneira de ser, de trabalhar, de se posicionar no mercado, assim como o seu próprio clima organizacional, por isso tanta diversidade. Você vai entender que o programa de endomarketing é o desenvolvimento de um projeto de marketing internalizado, isto é, voltado para dentro da própria organização, como já visto. Reflexão Daí, a importância de utilizar o endomarketing como um instrumento de conscientização, transformação e integração do ambiente organizacional, tendo por objetivo criar uma nova visão, uma nova mentalidade, uma nova maneira de ser e pensar como organização. Reflexão Desta forma, o programa, quando bem elaborado e implantado, consegue atingir os seus objetivos, agregando valor aos colaboradores e, também, à empresa. O sucesso do programa, sem dúvida, depende muito das bases em que forem construídas as ações que o implementarão. Portanto, convido você a mais uma vez abrir as cortinas do endomarketing e ver o próximo ato para ampliar cada vez mais o seu conhecimento. Vamos lá? Programa de endomarketing Programa de endomarketing é aquela parte que consta no planejamento estratégico, que contém um conjunto de ações que devem ser seguidas por um determinado grupo e que tem regras, normas, formas a serem utilizadas e aplicadas, visando um determinado objetivo comum. Em aulas anteriores, vimos a importância dos colaboradores para a organização e já sabemos que estes precisam estar motivados, para que o programa dê certo. Também identificamos que há necessidade do diagnóstico para saber exatamente a real situação da organização, o clima organizacional e o pensamento e sentimento dos colaboradores, que são o alvo do programa. https://a9256-2713681.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2713681/course%20files/Unidade-3/aula-2.htm#thought-1 Segundo Bekin (2004, p. 63), existem 11 passos que precisam ser seguidos na implantação do programa de endomarketing. São eles: 1. Análise tradicional da demanda e medições de qualidade percebida/valor. 2. Análise interna da percepção pelos colaboradores sobre a qualidade e o desempenho desejados pelos clientes. 3. Percepção da gerência sobre a qualidade desejada de serviço/decisões sobre especificações da qualidade. 4. Endomarketing das especificações da qualidade e do desempenho desejado mais cooperação entre departamento e áreas. 5. Marketing externo. 6. Percepção pelos colaboradores sobre a qualidade desejada do serviço disposição e habilidade de ter um desempenho de acordo com as especificações dos clientes. 7. Interpretação da qualidade esperada, análise da demanda e aferição da qualidade no ato do uso. 8. Engajamento para execução e entrega do serviço para o cliente. 9. Valor e qualidade esperados. 10. Valor e qualidade experimentados. 11. Avaliação = qualidade percebida do serviço pelo mercado. O programa elaborado empregando estes passos tende a ser bem-sucedido, alcançando os seus objetivos internos e externos. Embora seja um programa focado no público interno, sabe-se que há influência no público externo, que percebe o valor agregado dos produtos e ou serviços da organização. A forma, o conteúdo do programa, tem que ser coerente com a organização. A atitude da organização consubstanciada pela sua alta direção é fundamental. O cuidado com a marca, os valores culturais e sociais também fazem parte deste arcabouço. Brum (2010, p. 75) cita várias empresas com as quais trabalhou, cada uma com as suas características e necessidades, onde ela teve oportunidade de implantar ações diferenciadas, o que demonstra a riqueza do endomarketing. Bases para o endomarketing São duas a saber: a cultura organizacional e o clima organizacional. Segundo os estudiosos do assunto, um programa de endomarketing tem que ajudar a organização, logo as bases precisam ser bem identificadas. Cultura organizacional Vejamos um pouco sobre a cultura organizacional. A cultura organizacional é o conjunto de princípios, hábitos e crenças estabelecidos através de normas, valores, atitudes e expectativas compartilhados por todos os membros que fazem parte da organização. A cultura refere-se, assim, ao sistema de significados compartilhados por todos os que compõem a organização e que a diferencia das demais. É o modo de pensar institucional e agir de uma organização. A natureza da cultura de uma organização é observada pela forma com que ela executa os seus negócios, pela maneira que trata sua marca, seu público-alvo e seu público interno. Reflexão Também o grau de autonomia dos colaboradores e a lealdade expressa pelos colaboradores, assim como a afeição que nutrem pela organização, declaram como é a sua cultura. A cultura organizacional representa as percepções dos que dirigem a organização e as percepções dos seus colaboradores, refletindo a mentalidade predominante na organização, afinal, é o reflexo de tudo isso. Reflexão Em resumo: é a cultura organizacional que representa a informalidade da organização, aquilo que não está escrito em nenhum manual, mas que serve de orientação no que tange ao comportamento, às ações do cotidiano dos colaboradores, objetivando alcançar os resultados esperados. É esta cultura que estabelece a missão, determina os objetivos e, alinhada com aqueles que têm a tomada de decisão, permite que as coisas aconteçam e a organização cresça, se desenvolva e vá além. A cultura precisa ser disseminada pela organização, com ações voltadas ao seu público interno. Quanto mais informado for este público, melhor será a informação externa e a consequente imagem da organização. Essa cultura, esses valores e hábitos acabam por gerar o segundo pilar da base do programa de endomarketing: o clima organizacional. Clima organizacional O clima organizacional nada mais é do que o estado de ânimo do público interno. Como eles veem e sentem a organização. O seu comportamento é reflexo desse sentimento. Tal sentimento advém dos princípios, valores, hábitos e das ações da organização ao longo do tempo. Do seu tratamento ao colaborador. Para auxiliar as organizações, efetua-se anualmente uma pesquisa de clima, visando justamente aparar arestas, procurando oferecer o melhor para os seus colaboradores, dentro da sua realidade, corrigindo desvios, melhorando benefícios. Brum (2010, p. 100) afirma que “a informação é o produto da comunicação interna e o objeto de valor que se estabelece na relação empresa/empregado.” Isso é verdade, é a troca de informações que gera uma via de mão dupla em função do interesse daqueles que trocam a informação. É o diálogo e somente ele que faz com que ideias aconteçam e se transformem em fatos. Por isso, há necessidade da organização democratizar a informação, quanto mais colaboradores souberem sobre a organização, melhor. Precisam conhecer seus processos, mercados, produtos, serviços, sua missão, sua visão, seus objetivos e desafios. https://a9256-2713681.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2713681/course%20files/Unidade-3/aula-2.htm#thought-2 Quando o colaborador se sente participante dos projetos da organização, a sua motivação é outra, o entusiasmo toma conta da sua vida e ele passa a produzir muito mais e melhor. Assim, existe, de fato, uma troca: a organização oferece, mas também recebe – e muito – dos seus colaboradores, gerando riqueza para ambos. Ao acontecer isso, há um sentimento magnífico que toma conta de ambos, organização e colaborador: satisfação. A organização é o reflexo dos homens que a fazem viver,portanto ela tem componentes emocionais, sentimentais, pois são homens que estão dentro dela. Uma equipe satisfeita leva a organização a ficar também satisfeita. Com um clima organizacional desta ordem, é mais do que propício se lançar o programa de endomarketing, pois o sucesso certamente virá. Tudo isso bem estruturado fará com que a desejada fidelização do cliente também ocorra, trazendo frutos positivos para a organização. Reflexão Motivado, o público interno leva as suas ideias e os seus sentimentos para dentro da própria residência, para os amigos, enfim, para todo o seu universo. Reflexão Imagine isso ocorrendo com cada colaborador de uma organização? Quantas pessoas são alcançadas pela comunicação espontânea dos colaboradores motivados? Dezenas, milhares, dependendo do número de colaboradores da organização. Por isso é tão importante a organização trabalhar a sua comunicação, estar consciente de que este trabalho renderá bons frutos para si. Trabalhar a comunicação para trabalhar a cultura, criando um clima organizacional favorável ao atingimento dos resultados. Conclusão Nesta aula, identificamos as bases para o programa de endomarketing. Entendemos melhor como a cultura da organização é absorvida pelos colaboradores e vivenciada por eles, refletindo no seu comportamento e nas suas ações. Percebemos que é a cultura organizacional que eleva o clima da empresa, o clima organizacional, a vontade, o desejo e o sentimento relativo à organização, tão importante quando se pensa em resultados. Verificamos que quanto mais informação passada de forma adequada, mais envolvido e comprometido fica o colaborador, ele sente orgulho da sua organização e passa isso adiante, de maneira espontânea, por impulso movido pelo sentimento que nutre pela organização. Estamos prontos para a próxima aula, quando vamos conhecer as atividades do endomarketing. https://a9256-2713681.cluster213.canvas-user-content.com/courses/9256~17704/files/9256~2713681/course%20files/Unidade-3/aula-2.htm#thought-3 AULA 3- As atividades: aplicação ampliada Introdução Estamos chegando ao final desta unidade. Creio que caminhamos bem, conhecemos várias coisas ligadas ao endomarketing e a nossa própria vida. De posse do conhecimento que adquirimos, da mente que se desenvolveu, vamos partir agora para as atividades práticas do endomarketing. Até aqui, vimos vários conceitos e a sua importância, mas falta a prática, como fazer acontecer, não é mesmo? Então, vamos aproveitar esta aula para ampliar o nosso conhecimento nas práxis do endomarketing, aplicando algumas ideias que já foram colocadas em prática e abrindo a mente para outras novas. Liderança Todo grupo social, toda equipe, precisa de um líder. A liderança é capital dentro de todo e qualquer processo, por isso, antes de entrarmos nas atividades, vamos refletir um pouco sobre a liderança. Até porque sem ela nenhum programa sai do papel. Segundo Brum (2010, p. 226): “O funcionário considera o seu chefe um canal de comunicação.”. O que é verdade. É lógico que o líder não deve ser apenas um canal de comunicação, o seu papel é maior. Ele é o representante da organização no que se refere à informação. Portanto, precisa ser municiado pela alta direção de informações que sejam relevantes para todos. A forma, a maneira, como o gestor passa a informação também é revestida de muita importância, pois influencia o grupo positiva ou negativamente. A expressão facial o tom de voz são instrumentos que precisam ser muito bem utilizados, caso contrário, a mensagem, a informação, não chegará adequadamente aos colaboradores. É bom lembrar que o gestor é um ser humano, portanto ele também precisa estar motivado. Em razão deste fato, há treinamentos constantes promovidos pelas organizações, voltados para a sua liderança. Brum (2010, p. 227), após examinar várias literaturas a respeito deste tema, aponta algumas características que um líder precisa cultivar, são elas: • Autodisciplina. • Responsabilidade. • Carisma. • Tolerância ao estresse. • Poder de síntese. • Capacidade de assumir riscos. • Conhecimento. • Capacidade de aprender. • Capacidade de desaprender. • Saber delegar. • Saber falar. • Saber ouvir. • Saber se comunicar. • Ser sensível. • Eficiente. • Determinado. • Automotivado. • Tolerante. • Criativo. • Dinâmico. • Objetivo. Naturalmente, não encontramos um ser humano com todas estas características, por isso há necessidade de se trabalhar com a realidade que se tem e com treinamento desenvolver as características dos líderes. Brum (2010, p. 228) ainda afirma: “A liderança pode ser modificada, ampliada, desenvolvida e até mesmo anulada através de treinamento ou apoio psicológico.”. Assim, conseguimos identificar o quanto a liderança tem um papel capital nas organizações e nos processos e programas que por ela são implementados. Atividades de um programa de endomarketing Alguns autores, como Pasquale (2012, p. 21), chamam de técnicas de endomarketing as diversas atividades utilizadas na implantação do programa. Vamos mencionar aqui algumas atividades que são usadas mais frequentemente. • Publicações internas – aquelas produzidas para o público interno especificamente. Ex.: boletins, jornais e revistas. • Memorando – é uma comunicação usada normalmente entre os departamentos da organização, informando ou instruindo sobre alguma coisa. • Rádio interna – algumas organizações utilizam em seus refeitórios e/ou em reuniões que envolvam todo o corpo de funcionários. • Circular – comunicação escrita dirigida a diversas pessoas com alguma recomendação ou ordem. • Relatório – documento redigido relatando um assunto ou vários assuntos. Muito utilizado pelas organizações. • Correio eletrônico – bastante usado na atualidade com o advento do computador. Largamente utilizado pelas organizações. • Newsletters – boletins informativos, normalmente, viabilizados pelo site das organizações. • Murais – é uma comunicação visual, bastante utilizada pelas organizações que afixam neles informações para os colaboradores. • Intranet – é uma rede interna, que torna mais ágil a comunicação e por ser interna está mais protegida de invasões externas. • Entrevistas – é uma forma de se obter informações, modo de pensar, opiniões sobre fatos e comportamento. • Eventos – acontecimentos especiais, que fogem à rotina e que congrega os colaboradores da organização. • Palestras – muito usadas nos programas de endomarketing, pois cumprem dupla finalidade: desenvolvem o profissional e os motivam. • Reuniões – encontros periódicos, onde, normalmente, são passadas informações, discutidos assuntos em busca de soluções para os problemas ventilados./li> • Workshops – são encontros realizados com pessoas da mesma área empresarial que têm por finalidade buscar soluções para determinados problemas. Como tudo na vida, o processo de endomarketing se encontra em evolução. Novas variáveis surgem e, com elas, novos problemas que exigem soluções. Segundo Bekin (2004, p. 85), quando em uma organização, um departamento é mal entendido pelos outros, ele fica isolado, distante. Quando ele percebe que precisa dos outros departamentos, vai recorrer às atividades de endomarketing. Bekin (2004, p. 86) denomina essa ação de endomarketing interdepartamental, pois é uma prática que se caracteriza pela interação com outras áreas, departamentos da organização. Motivação Vemos a todo momento que a motivação é um fator preponderante para o sucesso do programa. Bekin (2004, p. 88) explicita que, quando se trata de motivação, existem sete etapas no processo que precisam ser percorridas. Elas são: 1. Estímulo 2. Esforço 3. Desempenho 4. Valorização 5. Recompensa 6. Satisfação 7. Comprometimento Essas etapas são encadeadas e dão uma compreensão melhor do processo de motivação. O que caracteriza
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