Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DUS – NP3 TRIPLA CARGA DE DOENÇA: o Doenças infecciosas e parasitárias o Doenças crônicas o Causas externas (violência, urbanização) OBS: O problema crítico do SUS ocorre devido a incoerência entre a situação de saúde que combina a transição demográfica e transição nutricional aceleradas e tripla carga de doença, com forte predominância de condições crônicas. REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE Organizado por redes poliárquicas. Orientado para as condições crônicas e agudas. Voltado para a população. Ênfase no cuidado contínuo, integral e multiprofissional. Rompe com o modelo biomédico. Usuário é paciente e agente de saúde. ELEMENTOS DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE 1. Espaço territorial e população adscrita. 2. Serviços e ações em saúde de diferentes densidades tecnológicas. 2.1 Pontos de atenção em saúde - Unidades de Atenção Básica - Pontos de atenção secundária e terciária - Serviços de apoio diagnóstico e terapêutico 2.2 Sistemas transversais (conectam os pontos de atenção em saúde). - Sistemas logísticos - Sistemas de governanças, institucional, gerencial e de financiamento - Modelo de atenção à saúde 3. Logística para orientar o usuário no sistema (mecanismos de identificação e acessibilidade). 4. Sistema de regulação (normas e protocolos). ATENÇÃO BÁSICA A Atenção Básica é caracterizada com porta preferencial (mas não exclusiva) do SUS e serve como base de ordenamento, tendo a finalidade de efetivação da integralidade do cuidado. Deve ter alta resolutividade, com capacidade clínica e incorporação de tecnologias leves, leves duras e duras (diagnósticas e terapêuticas), além da articulação da Atenção Básica com outros pontos da RAS. Trabalha com o individual, familiar e coletivo, possuindo um cuidado através das equipes multiprofissionais com responsabilidade sanitária em território definido. RAS As RAS constituem-se em arranjos organizativos formados por ações e serviços de saúde, com diferentes configurações tecnológicas e missões 10 assistenciais, articulados de forma complementar e com base territorial, e têm diversos atributos, entre eles, destaca-se: a atenção básica estruturada como primeiro ponto de atenção e principal porta de entrada do sistema, constituída de equipe multidisciplinar que cobre toda a população, integrando, coordenando o cuidado e atendendo às suas necessidades de saúde. REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DAS PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS O QUE SÃO DOENÇAS CRÔNICAS? Apresentam inicio gradual, com duração longa ou incerta que, em geral, apresentam múltiplas causas e cujo tratamento envolva mudanças de estilo de vida, em um processo de cuidado continuo que, usualmente, não leva à cura. As desigualdades sociais, diferenças no acesso aos bens e aos serviços, baixa escolaridade e desigualdades no acesso à informação determinam, de modo geral, maior prevalência das doenças crônicas e dos agravos decorrentes da evolução dessas doenças. Diante dessa realidade, o Brasil elaborou, em 2011, o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que tem como objetivo promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a prevenção, o controle e o cuidado das DCNT e seus fatores de risco. Diante do exposto, a organização da Rede de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas tem por objetivos gerais: 1. Fomentar a mudança do modelo de atenção à saúde, fortalecendo o cuidado às pessoas com doenças crônicas. 2. Garantir o cuidado integral às pessoas com doenças crônicas. 3. Impactar positivamente nos indicadores relacionados às doenças crônicas. 4. Contribuir para a promoção da saúde da população e prevenir o desenvolvimento das doenças crônicas e suas complicações. LINHAS DE CUIDADO Fatores de risco mais prevalentes: o Doenças renocardiovasculares; o Diabetes; o Obesidade; o Doenças respiratórias crônicas; o Câncer (de mama e colo de útero). MODELO DE ATENÇÃO Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC). Esse modelo estrutura- -se pela estratificação de cinco níveis de intervenções de saúde sobre seus determinantes e suas populações a partir da qual se definem ações e práticas da equipe de saúde mais adequadas a cada grupo-estrato. No nível 1 do MACC, opera-se com a população total de uma rede de atenção à saúde com foco nos determinantes sociais intermediários, ou seja, os macro determinantes, condições de vida e de trabalho, o acesso aos serviços essenciais e as redes sociais e comunitárias. Nesse nível se propõem as intervenções de promoção da Saúde para a população total, realizadas por meio de ações intersetoriais. No nível 2 do MACC, opera-se com subpopulações estratificadas por fatores de risco, com foco nos determinantes proximais ligados aos comportamentos e aos estilos de vida, por meio de intervenções de prevenção de doenças, voltadas para indivíduos e subpopulações. A prevenção dá-se com a modificação de fatores de risco comportamentais, tais como a alimentação inadequada, o sedentarismo, o tabagismo, o excesso de peso e o uso excessivo de álcool. A partir do nível 3 do MACC, trabalha-se com subpopulações que já apresentam doença crônica estabelecida. Nele as condições crônicas são de baixo ou médio risco ou a subpopulação apresenta fatores de risco biopsicológicos. Nesse nível, a atenção à saúde é fortemente ancorada em ações de autocuidado apoiado, mas existe também a atenção clínica ao indivíduo realizada, de maneira geral, pela atenção básica. No nível 4, opera-se com subpopulações com condição crônica de alto ou muito alto risco. Nesse nível, além do autocuidado apoiado, observa-se a necessidade mais significativa de cuidados profissionais, incluindo o especializado. No nível 5, opera-se com subpopulações que apresentam condição de saúde muito complexa e que chegam a consumir a maior parte dos recursos globais de um sistema de atenção à saúde. Nesse nível, as intervenções podem ser realizadas pela tecnologia da gestão de caso e, em geral, exigem planos de cuidado mais singulares. Os pontos de atenção ambulatorial especializada (AAE) e atenção hospitalar no cuidado às pessoas com doenças crônicas deve ser complementar e integrado à atenção básica. PRINCÍPIOS São princípios da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas: I - acesso e acolhimento aos usuários com doenças crônicas em todos os pontos de atenção; II - humanização da atenção, buscando-se a efetivação de um modelo centrado no usuário, baseado nas suas necessidades de saúde; III - respeito às diversidades étnico-raciais, culturais, sociais e religiosas e aos hábitos e cultura locais; IV - modelo de atenção centrado no usuário e realizado por equipes multiprofissionais; V - articulação entre os diversos serviços e ações de saúde, constituindo redes de saúde com integração e conectividade entre os diferentes pontos de atenção; VI - atuação territorial, com definição e organização da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas nas regiões de saúde, a partir das necessidades de saúde das respectivas populações, seus riscos e vulnerabilidades específicas; VII - monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços por meio de indicadores de estrutura, processo e desempenho que investiguem a efetividade e a resolutividade da atenção; VIII - articulação interfederativa entre os diversos gestores de saúde, mediante atuação solidária, responsável e compartilhada; IX -participação e controle social dos usuários sobre os serviços; X - autonomia dos usuários, com constituição de estratégias de apoio ao autocuidado; XI - equidade, a partir do reconhecimento dos determinantessociais da saúde; XII -formação profissional e educação permanente, por meio de atividades que visem à aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes dos profissionais de saúde para qualificação do cuidado, de acordo com as diretrizes da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde; XIII - regulação articulada entre todos os componentes da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas. OBJETIVOS São objetivos da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas: I -realizar a atenção integral à saúde das pessoas com doenças crônicas, em todos os pontos de atenção, através da realização de ações e serviços de promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde; II - fomentar a mudança no modelo de atenção à saúde, por meio da qualificação da atenção integral às pessoas com doenças crônicas e da ampliação das estratégias para promoção da saúde da população e para prevenção do desenvolvimento das doenças crônicas e suas complicações. São objetivos específicos da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas: I - ampliar o acesso dos usuários com doenças crônicas aos serviços de saúde; II - promover o aprimoramento da qualidade da atenção à saúde dos usuários com doenças crônicas, por meio do desenvolvimento de ações coordenadas pela atenção básica, contínuas e que busquem a integralidade e longitudinalidade do cuidado em saúde; III -propiciar o acesso aos recursos diagnósticos e terapêuticos adequados em tempo oportuno, garantindo-se a integralidade do cuidado, conforme a necessidade de saúde do usuário; IV - promover hábitos de vida saudáveis com relação à alimentação e à atividade física, como ações de prevenção às doenças crônicas; V - ampliar as ações para enfrentamento dos fatores de risco às doenças crônicas, tais como o tabagismo e o consumo excessivo de álcool; VI - atuar no fortalecimento do conhecimento do usuário sobre suas doenças e ampliação da sua capacidade de autocuidado e autonomia; VII - impactar positivamente nos indicadores relacionados às doenças crônicas. COMPONENTES A Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas é estruturada pelos seguintes componentes: I - Atenção Básica; II - Atenção Especializada, que se divide em: a) ambulatorial especializado; b) hospitalar; c) urgência e emergência; III - Sistemas de Apoio; IV - Sistemas Logísticos; V - Regulação; VI - Governança. PONTOS DE ATENÇÃO E SUAS FUNÇÕES NA REDE DE ATENÇÃO ÀS DOENÇAS CRÔNICAS 1. Atenção Básica à Saúde: Ordenadora da Rede e Coordenadora do Cuidado 2. Pontos de Atenção Ambulatorial Especializada e de Atenção Hospitalar (Atenção Complementar) 3. Sistemas Logísticos PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR – PTS Um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, construídas a partir do movimento de coprodução e de cogestão do processo terapêutico, resultado da discussão coletiva da equipe multiprofissional com o usuário e sua rede de suporte social. O PTS objetiva a realização de uma revisão do diagnóstico, nova avaliação de riscos e uma redefinição das linhas de intervenção terapêutica, redefinindo tarefas e encargos dos vários profissionais envolvidos no cuidado e das pessoas. APOIO MATRICIAL Matriciamento ou apoio matricial é um novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada criam uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica. Essa proposta visa integrar os profissionais da equipe de saúde da família com profissionais especialistas de forma que os primeiros tenham um suporte para a discussão de casos e intervenções terapêuticas. Hoje, a principal estratégia desenvolvida para apoio matricial é a equipe de Nasf (núcleo de apoio à saúde da família). Entre os instrumentos do processo do matriciamento estão: elaboração de PTS, interconsulta, consulta conjunta, visita domiciliar conjunta, grupos, educação permanente, abordagem familiar, entre outros. REDE DE CUIDADOS À PESSOA COM DEFICIÊNCIA Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas. DIRETRIZES I - Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia e a liberdade das pessoas; II - Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde; III – Enfrentamento aos estigmas e preconceitos, promovendo o respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas com deficiência; IV - Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar; V - Atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas; VI - Diversificação das estratégias de cuidado; VII- Desenvolvimento de atividades no território, que favoreçam a inclusão social com vistas à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania; VIII- Ênfase em serviços de base territorial e comunitária, com participação e controle social dos usuários e de seus familiares; IX - Organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado; X - Promoção de estratégias de educação permanente; XI - Desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com deficiência física, auditiva, intelectual, visual, ostomia e múltiplas deficiências, tendo como eixo central a construção do projeto terapêutico singular; XII- Desenvolvimento de pesquisa clínica e inovação tecnológica em reabilitação, articuladas às ações do Centro Nacional em Tecnologia Assistiva (MCT). OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS I - Promover cuidados em saúde especialmente dos processos de reabilitação auditiva, física, intelectual, visual, ostomia e múltiplas deficiências; II - Desenvolver ações de prevenção e identificação precoce de deficiências na fase pré, peri e pós natal, infância, adolescência e vida adulta; III – Ampliar a oferta e os itens de Órtese, Prótese e Meios Auxiliares de Locomoção (OPM); IV – Promover a reabilitação e a reinserção das pessoas com deficiência, por meio do acesso ao trabalho, renda e moradia solidária, através da articulação com os órgãos de assistência social; V - Promover mecanismos de formação permanente aos profissionais de saúde; VI - Desenvolver ações intersetoriais de promoção e prevenção à saúde em parceria com organizações governamentais e da sociedade civil; VII - Produzir e ofertar informações sobre direitos das pessoas, medidas de prevenção e cuidado e os serviços disponíveis na rede, por meio de cadernos, cartilhas e manuais; VIII - Organizar as demandas e os fluxos assistenciais da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência; IX – Construir indicadores capazes de monitorar e avaliar a qualidade dos serviços. COMPONENTES DA REDE I - Atenção Básica; II- Atenção Especializada em Reabilitação Auditiva, Física, Intelectual, Visual, Ostomia e em Múltiplas Deficiências; III- Atenção Hospitalar e de Urgência e Emergência. VISÃO GERAL A Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência busca ampliar o acesso e qualificar o atendimento às pessoas com deficiência temporária ou permanente; progressiva, regressiva, ou estável; intermitente ou contínua no Sistema Único de Saúde (SUS). Além de promover cuidados em saúde, especialmente dos trabalhos de reabilitação auditiva, física, intelectual, visual, ostomia e múltiplas deficiências, a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência busca também desenvolver ações de prevençãoe de identificação precoce de deficiências nas fases pré, peri e pós-natal, infância, adolescência e vida adulta.
Compartilhar