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Técnicas de estudo, artigo científico, gêneros acadêmicos e apresentação gráfica

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EAD METODOLOGIA DA PESQUISA 
UNIDADE 1 Técnicas de estudo, artigo científico, gêneros acadêmicos e apresentação gráfica 
OBJETIVOS 
• Conhecer os diversos tipos de trabalhos científicos; 
• Compreender as características dos gêneros acadêmicos; 
• Conhecer os elementos que compõem a comunicação científica; 
• Compreender os elementos que fazem parte da apresentação gráfica de um artigo 
científico; 
• Entender a organização dos elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. 
TÓPICOS DE ESTUDO 
Técnica de estudo 
- 
Leitura científica 
// Estilo da redação técnico-científica 
//Parágrafo no texto técnico-científico 
Textos científicos: leitura, compreensão de contextos e compreensão de intertextos 
- 
Trabalhos científicos 
- 
Gêneros acadêmicos 
//Resumo 
//Resenha 
//Esquema 
//Fichamento 
//Paper 
//Artigo Científico 
Ensaio científico 
//Apresentação gráfica 
Normas metodológicas e elementos da estrutura do artigo científico 
//Elementos pré-textuais 
//Elementos textuais 
//Elementos pós-textuais 
//Apresentação de ilustrações e tabelas 
TÉCNICAS DE ESTUDO 
Gilberto Andrade Martins, no livro Manual para elaboração de monografias e dissertações, de 
2002, propõe um roteiro inicial de pesquisa, visto que a organização dos passos a serem dados 
é de extrema importância, e, levando-se em conta as características individuais de cada 
trabalho, podemos observar a síntese dos itens desse roteiro como um procedimento de 
abertura: 
1. Escolha do tema-problema; 
2. Identificação das limitações sobre o que será abordado; 
3. Formulação de objetivos; 
4. Levantamento bibliográfico; 
5. Leitura do material selecionado com registros; 
6. Análise e interpretação dos dados coletados; 
7. Elaboração de conclusões; 
8. Elaboração de introdução; 
9. Registro de bibliografias e anexos; 
10. Revisão geral; 
11. Digitação; 
12. Entrega e/ou apresentação. 
No entanto, outras preocupações devem ficar em evidência, entre elas, temos as técnicas de 
estudo e você pode lembrar-se de ações como grifar trechos lidos, fazer releituras, fazer uso 
de mnemônicos, elaborar resumos etc.; entretanto, não se trata disso neste momento. 
Obviamente, as formas mencionadas são bastante usadas pelos estudantes em geral, porém, é 
preciso evidenciar que existem diferentes formas de pesquisa que geram diferentes tipologias 
de estudos, pois estamos tratando da elaboração de um texto técnico-científico e, de acordo 
com o seu objeto de interesse, podem ser combinadas duas ou mais modalidades, não 
recaindo sobre um único indicativo. 
Temos quatro gêneros de técnicas de estudo, intercomunicados, são eles: 
Pesquisa teórica (Aquela que se dedica aos estudos de teorias) 
Pesquisa metodológica (Aquela que se dedica aos modos de fazer-se ciência) 
Pesquisa Empírica (Aquela que se dedica a codificar o que é possível ser medido dentro da 
realidade social) 
Pesquisa prática (Aquela voltada para a intervenção na realidade social) 
Assim, levando em consideração que você deverá observar o objeto de estudo de seu 
trabalho, a seguir, serão evidenciadas algumas modalidades de pesquisa geradas a partir dos 
gêneros mencionados, para que seja possível decidir quais os procedimentos mais adequados 
a esse estudo: 
Análise de conteúdo 
Com a ocorrência de análise de conteúdos escritos em jornais e revistas e que são usados 
como fontes de informações; 
 
Bibliográfico 
Estudo das contribuições científicas sobre determinado assunto; 
Censo 
Levantamento de informações de todos os integrantes do universo pesquisado; 
Clínico 
Baseado em técnicas de entrevistas, da história de vida, do aconselhamento, de 
psicodiagnósticos; 
Comparativo 
Trata-se de um procedimento científico que examina casos, fenômenos ou coisas por analogia, 
descobrindo aspectos em comum, regularidades e princípios; 
Crítico-dialético 
Apoia-se na dinâmica da realidade e na relação teoria e prática; suas propostas são críticas e 
com o objetivo de desvendar conflitos de interesses; 
De campo 
Corresponde à coleta direta de informações em locais nos quais acontecem os fenômenos em 
estudo; 
Dedutivo 
Apresenta um conjunto de proposições particulares contidas e verdades universais, partindo 
de uma premissa de valor universal para uma particularidade, justifica-se pela verdade, pela 
coerência e não contradição; 
Descritivo 
Tem como objetivo a descrição das características de determinado fenômeno ou população; 
Documental 
Reúne, classifica e distribui documentos de todo gênero das atividades humanas; 
Empírico-Analítico 
Faz utilização de técnicas de coleta, analisando dados quantitativos para validação de provas 
científicas; 
Entrevista 
Ocorre um processo de interação social, baseada em interlocutores que assumem papéis, 
respectivamente de entrevistador e de entrevistado; pode ocorrer em profundidade, em grupo 
ou de forma não diretiva; 
Estatístico 
Leva em conta a obtenção, organização, análise e apresentação de dados numéricos; 
 
Estudo de caso 
Refere-se ao estudo de interações ambientais de uma unidade social, num recorte temporal; 
Experimental 
É aquele que tenta descobrir relações causais; 
Fenomenológico 
Consiste em uma visão intelectual do objeto, com base e intuição, propondo uma reflexão 
contínua sobre a importância dos processos adotados; 
Fenomenológico-hermenêutico 
Faz utilização de técnicas não quantitativas, trabalhando com estudos teóricos e análise de 
documentos e textos, apresentando propostas críticas, busca processos lógicos de 
interpretação; 
Histórica 
Reconstruindo o passado de forma sistemática, faz-se a verificação de evidências e delineação 
de conclusões; 
Indutivo 
Parte do particular para a generalização como produto de um trabalho de coleta de dados 
particulares; 
Laboratório 
Realizado em recinto fechado, exige instrumentação, objetivos, manipulação de instrumentos; 
Levantamento 
Caracterizado pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento deseja-se conhecer; 
Método redutivo 
Observam o que, através da ciência, é permitido conhecer, descobrir, descrever e predizer em 
relação a fenômenos de ocorrência real; 
Observacional 
Trata-se de procedimentos empíricos, ou seja, baseados na experiência; 
Pesquisa de avaliação 
Trata-se de um tipo especial de pesquisa aplicada, elaborada para avaliar programas de 
melhoramentos dentro da sociedade; 
Semiótico 
Estuda os sinais e seus significados, dando relevância à importância e precisão dos símbolos. 
 
 
 
LEITURA CIENTÍFICA E REDAÇÃO CIENTÍFICA 
Estilo da redação técnico-científica 
O texto técnico-científico caracteriza-se por abordar temática referente à ciência, na qual se 
usa o instrumental teórico com o propósito de possibilitar a discussão científica na área para 
qual o texto se remete. 
A linguagem da discussão científica tem suas próprias características por empregar a 
linguagem técnica em seu nível padrão, respeitando as regras gramaticais e com estilo próprio, 
de acordo com a especificidade de cada área. 
Alguns aspectos devem ser observados na redação técnico-científica, como ensina Israel 
Azevedo, no livro O prazer da produção científica (1998), seu texto terá de perseguir os 
princípios básicos de qualquer comunicação, como clareza, concisão, correção, encadeamento, 
consistência, contundência, precisão, originalidade e fidelidade, entre outros compromissos. 
Após essas definições teóricas, é importante priorizar algumas características na hora de 
produzir o seu artigo 
a) Coerência 
Via de regra, em cada etapa do artigo científico se imprime uma sequência que deve ser 
repetida. Por exemplo, a sequência de ideias que foi anunciada no resumo deve estar 
detalhada na introdução e seguir o mesmo ordenamento no desenvolvimento. Nas 
considerações finais, deve-se evidenciar os aspectos essenciais do artigo, na ordem em que 
foram apresentados no desenvolvimento. Isso quer dizer que, entre as etapasdo texto, não 
pode ocorrer contradição de ideias, elas devem estar organizadas de tal forma que não 
ocorram trechos que apresentem falta de sentido diante de algo que já foi mencionado, por 
isso, a releitura do texto deve ser constante. 
b) Objetividade 
Os assuntos em pauta, na linguagem científica, devem ser abordados de maneira simples, 
evitando expressões evasivas, com significados dúbios e palavras de difícil compreensão. Na 
redação técnico-científica, deve-se perseguir com afinco a objetividade, como reforça Antônio 
Gil, em Métodos e técnicas em pesquisa social, de 2002, o texto deve ser escrito em linguagem 
direta, evitando-se que a sequência seja desviada com considerações irrelevantes. A 
argumentação deve apoiar-se em dados e provas e não em considerações e opiniões pessoais. 
c) Concisão: 
Procure dizer o máximo com o menor número de palavras. Novamente de acordo com 
Azevedo (1998, p. 113), a concisão se obtém com o exercício de reescrever. A cada vez que se 
faz isso, descobre-se uma repetição de ideias ou de palavras, nota-se vocabulário supérfluo, 
encontra-se uma maneira de dizer a mesma coisa com menos palavras. 
d) Clareza 
O texto científico deve primar pela redação clara, não deixando margem às diferentes 
interpretações. É fundamental que se evitem comentários irrelevantes e redundantes. 
 
Um bom teste para a clareza de seu texto é solicitar sua leitura por outra pessoa. Se ela fizer 
alguma pergunta, não responda. Tome o texto e o reescreva. Depois, repita o teste (AZEVEDO, 
1998, p. 112). 
e) Precisão 
Toda palavra utilizada deve traduzir exatamente a ideia a ser tratada. Um vocabulário preciso 
é aquele que evita linguagem rebuscada, prolixa e atinge seu propósito. Deve-se utilizar uma 
nomenclatura aceita no meio científico de cada área. 
f) Imparcialidade: 
O trabalho científico deve evitar ideias preconcebidas. Todo posicionamento adotado em um 
texto deve amparar-se em fatos e dados evidenciados pela pesquisa. O autor deve primar por 
manter seu posicionamento e suas escolhas de pesquisa sem assumir uma postura unilateral. 
g) Encadeamento: 
O texto deve ter uma sequência lógica e fluida para não prejudicar o entendimento do público. 
indica > público, indicando como deve ser uma boa redação técnico-científica: 
[...] encadeie as frases, os parágrafos, os tópicos e os capítulos entre si. Procure tornar cada 
frase um desenvolvimento do que veio antes, numa sequência lógica, tanto para explicar, 
quanto para demonstrar, detalhar, restringir ou negar. Cada parágrafo deve estar em 
harmonia e em tranquila transição com o anterior e com o posterior. O mesmo vale para 
tópicos e capítulos (AZEVEDO, 1998, p. 119). 
h) Impessoalidade: 
O texto deve ser impessoal, por isso é conveniente que seja redigido na terceira pessoa e que 
se evitem afirmações como: “a minha pesquisa”, “o meu estudo”, “o meu artigo”. O que se 
postula é que se use “esta pesquisa”, “este estudo”, “este artigo”. 
PARÁGRAFO NO TEXTO TÉCNICO-CIENTÍFICO 
// Como devo iniciar a escrita? Como se deve iniciar um parágrafo? 
De acordo com Victoria Secaf, no livro Artigo científico: do desafio à conquista, publicado em 
2004: o parágrafo tem por finalidade expressar etapas do raciocínio e, portanto, conter uma 
única ideia; não se trata de divisões estáticas e sim que o parágrafo seguinte tenha uma 
relação com anterior. 
O parágrafo é uma parte do texto que tem por finalidade expressar as etapas do raciocínio. Por 
isso, a sequência dos parágrafos, seu tamanho e sua complexidade dependem da própria 
natureza do raciocínio. 
Enfim, pode-se dizer que o parágrafo tem estrutura semelhante à de um texto composto por 
vários parágrafos. Ou seja, é composto por introdução, desenvolvimento e conclusão. Cada 
parágrafo contém uma argumentação completa, levando a uma conclusão. Após concluir esse 
argumento, mude de parágrafo. 
 
 
 
Argumento 
O argumento é um tipo de enunciado que fundamenta o ponto de vista e aumenta o poder de 
persuasão do texto, contribui para o trabalho de neutralização da figura do enunciador e para 
o efeito de objetividade do texto. Os tipos de argumentos mais usados na redação técnico-
científica são os argumentos de autoridade, aqueles apoiados na consensualidade, os de 
comprovação pela experiência ou pela observação e de fundamentação lógica, entre outros 
encontrados durante a realização das pesquisas (FIORIN; PLATÃO, 2005). 
TEXTOS CIENTÍFICOS: LEITURA, COMPREENSÃO DE CONTEXTOS E COMPREENSÃO DE 
INTERTEXTOS 
A leitura de um texto compreende mais do que a mera decodificação do código vigente, isto é, 
não basta que o leitor consiga identificar letras, palavras, frases e períodos; ler significa 
conseguir apreender e compreender o seu conteúdo, ou seja, ocorrem processos cognitivos 
que permitem que esse leitor apodere-se das ideias registradas por outros. 
Entendem-se por contexto as circunstâncias que podem ser relativas aos fatos, a recortes num 
período histórico, a conjunturas específicas etc.; o produtor do texto pressupõe que a leitura 
conseguirá atingir as informações que estão por trás dele. 
Também, em muitos momentos, o leitor tem que lidar com a intertextualidade, isto é, a 
relação entre textos, ocorrendo citações explícitas ou implícitas, exigindo que seu universo 
cultural e o conjunto de informações que carrega permitam-lhe o reconhecimento dessas 
relações. É, portanto, do repertório do leitor, do seu acúmulo de conhecimentos, que depende 
a sua percepção das relações intertextuais e das referências que são feitas de um texto para 
outro. 
Faz-se necessário, desse modo, que ampliemos nossa capacidade de leitura, buscando não só a 
sua prática constante, mas também a aquisição de conhecimentos diversos, para que 
ampliemos nossa compreensão dos diversos contextos e das relações intertextuais. 
Evidentemente, durante a realização de um trabalho de caráter técnico-científico, ressalta-se 
essa necessidade. 
TRABALHOS CIENTÍFICOS 
Na vida acadêmica, o estudante depara-se com diversos tipos de trabalhos científicos, dentre 
eles: trabalhos de graduação, trabalho de conclusão de curso, monografia, dissertação e tese. 
Cada um deles apresenta peculiaridades, como a sistemática, a investigação ou a 
fundamentação. Contudo, mesmo que cada trabalho seja elaborado com finalidades 
específicas, é possível visualizar neles um padrão que compreende – de modo geral – 
introdução, desenvolvimento e conclusão. A seguir, conheceremos algumas características 
específicas dos trabalhos científicos. 
 
 
 
 
 
Trabalhos de graduação 
No decorrer da sua graduação, é bem provável que o estudante tenha elaborado trabalhos 
para disciplinas diversas. Eles não necessariamente tinham como pretensão atingir o cunho 
científico dos trabalhos de excelência da área em que estudou, mas oportunizar o 
desenvolvimento de um raciocínio aos moldes das pretensões científicas. É possível mencionar 
que os trabalhos de graduação também têm como propósito permitir uma revisão bibliográfica 
ou literária de um determinado assunto ou assimilar conteúdo específico de uma área 
científica.” 
Trabalhos de conclusão de curso 
O trabalho de conclusão de curso (TCC) é tido como uma monografia sobre um assunto 
específico. Este trabalho possibilita a investigação sobre determinados temas ou fenômenos 
por meio da análise, reflexão e produção textual, bem como, muitas vezes, da defesa oral da 
pesquisa perante uma banca examinadora. 
Na monografia de graduação, é suficiente a revisão bibliográfica, ou revisão de literatura. É 
mais um trabalho de assimilação de conteúdo, de confecção de fichamentos e, sobretudo, de 
reflexão. É uma pesquisa bibliográfica, o que não exclui a capacidade investigativa de 
conclusões ou afirmações de autores consultados. 
Monografia 
Como se pode verificar literalmente, monografia é um trabalho intelectual concentrado em um 
único assunto. A monografia,exigida para a obtenção do título de especialista em alguns 
cursos de pós-graduação lato sensu, é semelhante ao TCC, apresentado em cursos de 
graduação. Por isso, alguns pensadores, acreditam que não há razão para falar em três níveis: 
monografia, dissertação e tese. Todos são trabalhos monográficos, dissertativos, mas com 
características distintas. 
A diferença entre eles está no grau acadêmico: o graduando faz a monografia, enquanto 
quem busca o mestrado faz a dissertação e o doutorando desenvolve a tese. Apesar da 
diferenciação, o texto não deixa de ser monografia, cada qual com a sua peculiaridade. 
Dissertação 
A dissertação, que ultimamente se destina aos trabalhos de cursos de pós-graduação stricto 
sensu (mestrado), busca principalmente a reflexão acerca de um determinado tema ou 
problema, o que ocorre pela exposição das ideias de maneira ordenada e fundamentada. 
Dessa forma, como resultado de um trabalho de pesquisa, a dissertação deve ser um estudo 
mais completo possível em relação ao tema escolhido. 
De acordo com a NBR 14724 (2011, p. 2), dissertação é um documento que representa o 
resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de 
tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar 
informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a 
capacidade de sistematização do candidato. 
 
 
 
Tese 
A tese, a exemplo da dissertação dirigida para o mestrado, cumpre o papel do trabalho de 
conclusão de pós-graduação stricto sensu (doutorado). Caracteriza-se como um avanço 
significativo na área do conhecimento em estudo. De acordo com a NBR 14724 (2011, p. 4), 
tese é um documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição 
de um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em 
investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão. 
A tese tem a finalidade de abordar algo novo em um determinado campo do conhecimento, de 
forma a promover uma descoberta ou dar uma real contribuição para a ciência. Para Odilia 
Fachin, na obra Fundamentos de metodologias, publicada em 2003, a tese é entendida como 
um trabalho científico habitualmente exigido nos cursos de pós-graduação e que deve ser 
defendido oralmente em público. A tese deve apresentar um estudo original que traga uma 
contribuição para a sociedade científica, com rigor na argumentação, apresentação de provas 
das afirmações e profundidade das ideias. 
GÊNEROS ACADÊMICOS 
São os tipos de trabalhos de curta duração, que servem para o aluno desenvolver seu 
conhecimento sobre determinado assunto durante o curso e reforçar seu aprendizado. 
A seguir, você conhecerá as peculiaridades dos gêneros mais utilizados tanto durante a 
graduação como na pós. 
RESUMO 
O resumo é a apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto. Seu objetivo é 
fornecer elementos capazes de permitir ao leitor decidir sobre a necessidade de consulta ao 
texto original e/ou transmitir informações de caráter complementar. 
É a condensação de um texto, colocando em destaque os elementos de maior interesse e 
importância. Sua finalidade é difundir as informações contidas em livros, artigos ou outros 
documentos e auxiliar o estudante nos seus estudos teóricos, assim como ajudar o profissional 
a relembrar o assunto e praticar da melhor forma possível. 
Uma modalidade específica desse tipo de trabalho é o resumo crítico. Ele é uma redação 
técnica que avalia de forma sintética a importância de uma obra científica ou literária. O que 
difere o resumo do resumo crítico é sua estrutura, que apresenta a crítica como quarta etapa, 
logo após introdução, desenvolvimento e conclusão. 
RESENHA 
A resenha é uma descrição que faculta o exame e o julgamento de um trabalho (teatro, 
cinema, obra literária, experiência científica, tarefa manual etc.). A apresentação do conteúdo 
deve ser elaborada de maneira impessoal, sem demonstração satírica ou cômica, contendo 
posicionamentos de ordem técnica diante do objeto de análise, seguidos de um resumo do 
conteúdo e possível demonstração de sua importância. 
Em geral, a resenha crítica é elaborada por um cientista que, além do conhecimento sobre o 
assunto, tem capacidade de juízo crítico. Mas, naturalmente, como no caso desta disciplina, 
também pode ser realizada por estudantes, como um exercício de compreensão e crítica. A 
resenha visa apresentar uma síntese das ideias fundamentais da obra. 
Dicas de como fazer uma resenha: 
1 Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais 
2 Apresente a obra: situe o leitor, descrevendo em poucas linhas o conteúdo do texto 
3 Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo; 
4 Descreva o conteúdo: aqui sim, utilize de três a cinco parágrafos para resumir claramente o 
texto; 
5 Análise de forma crítica: nessa parte, e apenas nessa parte, você opina. Argumente 
baseando-se em teorias de outros autores e faça comparações. Dê asas ao seu senso crítico; 
6 Recomende a obra: você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora analise o público que 
se interessará pela obra; 
7 Identifique o autor: fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou 
pesquisador; 
8 Assine e identifique-se: no último parágrafo você escreve seu nome e resume seu currículo. 
ESQUEMA 
Os esquemas são enunciados de palavras-chave em torno das quais é possível organizar 
grandes quantidades de conhecimento. Representam uma enorme economia de palavras e 
oferecem a vantagem de destacar e visualizar o essencial do assunto em análise, podendo 
ainda ser facilmente reformulados. 
Sua utilização nos ajuda a compreender e recordar os acontecimentos, a estabelecer relações 
entre eles ou entre diversos fatores e a entender a influência que esses acontecimentos ou 
fatores exercem uns sobre os outros. 
Há vários tipos de esquemas, entre eles: 
LINEARES 
Quando organizam a informação na horizontal e na vertical 
CIRCULARES 
Que organizam a informação em círculo; 
PIRAMIDAIS 
Caso a informação dispõe-se em forma hierárquica, de pirâmide 
SISTEMÁTICO 
 
 
 
 
 
Quando a informação se organiza em forma de quadro, representando as relações de 
interdependência de um fenômeno. 
Para fazer um esquema, a primeira meta deve ser identificar as ideias-chave do texto e 
ordená-las, escolhendo para isso o modelo mais adequado para a situação. Use setas para 
estabelecer relações entre os conceitos. 
Exemplo: esquema para uma história em quadrinhos. 
• Pense em alguma história e registre-a no bloco de anotações como se fosse um roteiro 
• Crie os diálogos entres os personagens da história 
• Em um papel, desenhe as cenas da história. Desenhe balões e escreva com o lápis 
dentro deles as falas de cada personagem; 
• Se for necessário, faça esclarecimentos sobre a cena no rodapé da folha; 
• Cole as cópias do seu rosto no espaço reservado; 
• Faça o acabamento com carvão preto e trabalhe os detalhes com nuances de cinza. 
FICHAMENTO 
O fichamento é um valioso recurso de estudo que os pesquisadores lançam mão para a 
realização de uma obra didática, científica ou de outra natureza. É um recurso de memória, 
imprescindível, sobretudo na elaboração de monografias. É usado, também, em seminários e 
em aulas expositivas. 
A prática contínua do fichamento contribui para que o estudante aprimore pontos de vista e 
julgamentos, percebendo que é possível reverter um pequeno trabalho inicial em ganho de 
tempo futuro, quando for preciso escrever sobre determinado assunto. Os fichamentos podem 
ser os seguintes: de citação, de resumo, de esboço e de indicação bibliográfica, entre outros. 
O mais utilizado nas avaliações na universidade é o fichamento de citação, que obedece a 
cinco normas: 
1. Toda citação deve vir entre aspas;2. Após a citação, deve constar o número da página de onde foi extraída a citação; 
3. A transcrição tem de ser textual; 
4. A supressão de uma ou mais palavras deve ser indicada, utilizando-se, no local da 
omissão, três pontos, precedidos e seguidos por espaços, no início ou no final do texto 
e, entre parênteses, no meio; 
5. A supressão de um ou mais parágrafos deve ser assinalada, utilizando-se uma linha 
completada por pontos. 
PAPER 
É um pequeno texto elaborado sobre um tema pré-determinado, resultado de estudos ou 
de pesquisas científicas, no qual o aluno irá desenvolver análises e argumentações, com 
objetividade e clareza, orientando-se em fatos ou opiniões de especialistas. O objetivo do 
paper é estimular o aluno no aprofundamento de um assunto, já exercitando a elaboração 
de trabalhos sob uma linguagem acadêmico-científica. Espera-se o desenvolvimento de 
um ponto de vista acerca de um tema, uma tomada de posição definida e a expressão dos 
pensamentos de forma original. Deve ser escrito em terceira pessoa. Os propósitos de um 
paper são quase sempre os de formar um problema, adequar hipóteses, cotejar dados, 
prover uma metodologia própria e, finalmente, concluir. 
// O paper é 
• uma síntese de suas descobertas sobre um tema e seu julgamento, avaliação, 
interpretação sobre essas descobertas; 
• um trabalho que deve apresentar originalidade quanto às ideias; 
• um trabalho que deve reconhecer as fontes que foram utilizadas, que mostra que 
o pesquisador é parte da comunidade acadêmica 
//O paper não é 
• um resumo de um artigo ou livro (ou outra fonte); 
• ideias de outras pessoas, repetidas não criticamente; 
• um conjunto de citações; 
• opinião pessoal não evidenciada, não demonstrada; 
• cópia do trabalho de outra pessoa. 
ARTIGO CIENTÍFICO 
O objetivo principal do artigo científico é levar ao conhecimento do público interessado 
alguma ideia nova ou abordagem diferente sobre determinado tema já estudado, sobre a 
existência de aspectos ainda não explorados em alguma pesquisa ou a necessidade de 
esclarecer uma questão ainda não resolvida. 
A principal característica do artigo científico é que suas afirmações devem estar baseadas 
em evidências, sejam elas oriundas de pesquisa de campo ou comprovadas por 
argumentos que sustentem as conclusões expostas no artigo e que passaram pelo crivo da 
comunidade científica. O autor pode expressar seu parecer, desde que demonstre ao leitor 
qual o processo lógico que o levou a chegar àquela conclusão. 
Algumas falhas mais comuns na investigação científica são: 
• falta de clareza dos propósitos; 
• falta de originalidade do material; 
• má organização no material expositivo; 
• repetição de palavras, conceitos e informações; 
• desatualização bibliográfica; 
• excessiva dependência das fontes; 
• incorreção ou incoerência no sistema de referenciação das fontes; 
• inadequação na definição dos termos. 
Os artigos podem se apresentar de duas formas, conforme a ABNT (sigla de Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, um órgão privado e sem fins lucrativos que se destina a 
padronizar as técnicas de produção feitas no país). 
ARTIGO ORIGINAL 
Apresenta temas ou abordagens próprias. Via de regra, estes artigos relatam resultados de 
pesquisa, bem como desenvolvem e analisam dados não publicados. 
ARTIGO DE REVISÃO 
Tem como propósito resumir, analisar e discutir informações já publicadas que, geralmente, 
resultam de revisão de trabalhos já publicados, revisões bibliográficas. 
ENSAIO CIENTÍFICO 
No seu dia a dia, quando procura artigos científicos do seu interesse ou da área de sua 
atuação, você deve ter percebido que eles podem, na sua apresentação, formatação e 
organização, ter pequenas diferenças entre si. 
Diante disso, você poderá pensar de que forma se deve organizar o artigo científico. Por isso, 
veremos como elaborar um artigo científico para sua pesquisa ou conclusão de curso, 
respeitando as normas de organização, formatação e características do texto técnico-
científico, as quais estão em consonância com a ABNT. 
APRESENTAÇÃO GRÁFICA 
• Para a apresentação gráfica do artigo científico, é necessário se atentar às seguintes 
indicações: 
• Papel: folha branca de tamanho A4 (21 cm x 29,7 cm); 
• Margens: esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2 cm; 
• Espaçamento entrelinhas: 1,5; 
• Parágrafo: de 1,25 cm (geralmente 1 tab), com uma linha em branco entre um 
parágrafo e outro; 
• Formato do texto: justificado; 
• Tipo e tamanho da fonte: Times New Roman, tamanho 12. 
Título: tamanho 18 e negrito; 
Subtítulo: tamanho 16 e negrito; 
Paginação: as páginas são numeradas com algarismos arábicos, colocados no canto 
superior direito da página, a 2 cm da borda superior: 
A primeira folha, que apresenta a identificação do artigo, não é paginada, embora seja 
contada; 
A paginação é iniciada na segunda folha e segue até o final do trabalho, inclusive nos 
elementos pós-textuais opcionais (apêndices e anexos). 
Extensão do artigo: de 8 a 12 páginas. Veja a proporção dos elementos do artigo sugerida 
no Quadro 1; 
Títulos e subtítulos internos: os títulos de primeiro nível devem ser colocados em letras 
maiúsculas e em negrito (por exemplo: 3 ADMINISTRAÇÃO); subtítulos de segundo nível 
devem iniciar com a primeira letra maiúscula e seguir com letras minúsculas em negrito 
(por exemplo: 3.1 Administração científica); e subtítulos de terceiro nível, em letras 
minúsculas e apenas a primeira letra do título maiúscula (salvo nomes próprios) e sem 
negrito (por exemplo 3.1.1 Histórico da administração científica). A numeração de títulos e 
subtítulos deve ser alinhada à margem esquerda; 
Itálico: utiliza-se para grafar as palavras em língua estrangeira, como checkin, resumen e 
workaholic, por exemplo. 
A seguir, apresentaremos um exemplo da organização, formato e apresentação do artigo 
científico: 
 
TÍTULO DO ARTIGO 
Subtítulo 
Nome do Autor 
Nome do Coautor 
Resumo 
Palavras-chave: 
TITLE 
Subtitle 
Abstract 
Keywords: 
1. INTRODUÇÃO 
2. ESTRATÉGIAS PARA IDENTIFICAR O PAPEL DO CANDIDATO 
2.1 Entrevista 
2.2 Testes 
2.2.1 Avaliação da entrevista 
2.2.2 Avaliação dos testes 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
REFERÊNCIAS 
NORMAS METODOLÓGICAS E ELEMENTOS DA ESTRUTURA DO ARTIGO 
O modelo de apresentação do artigo científico seguirá, por razões de normatização, a 
estrutura de artigos científicos apresentada nesta unidade, que está em consonância com 
a NBR 6022 (2003), sendo imprescindível o uso e o cumprimento das normas estabelecidas 
a seguir. 
Pré-textuais 
• Título; 
• Subtítulo (opcional); 
• Autores; 
• Resumo; 
• Palavras-chave. 
 
Textuais 
 
• Introdução; 
• Desenvolvimento; 
• Considerações finais. 
 
 
Pós-textuais 
• Referências (obrigatório); 
• Apêndice(s) (opcional(is) e não recomendado(s); 
• Anexo(s) opcional(is) e não recomendados. 
 
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 
Os elementos pré-textuais são compostos por informações essenciais, conforme 
explicação e modelo a seguir. 
Título do trabalho 
Letra 18, centralizado, maiúsculas e negrito. 
Subtítulo, se houver 
Letra 16, centralizado, negrito, maiúsculas e minúsculas. Após o subtítulo, deixar duas 
linhas de tamanho 12 em branco. 
Estudante 
Nome do estudante, com letra 12, centralizado, negrito, maiúsculas e minúsculas, com 
nota de rodapé indicando a titulação e o e-mail. 
Coautor 
Nome do orientador, com letra 12, centralizado, negrito, maiúsculas e minúsculas, com 
nota de rodapé indicando a titulação (especialista, mestre, doutor) e o e-mail; (deixar duas 
linhas de tamanho 12 em branco). 
Resumo 
A palavra "resumo" deve ser em letra 12, negrito, alinhado à esquerda. Após a palavra 
“resumo”, deixar uma linha de tamanho 12 em branco. Esse item deve ter apenas um 
parágrafo de, no máximo, 250 palavras (aproximadamente 15 linhas), sem recuo na 
primeira linha. Use espacejamento simples, justificado,tamanho 12. 
Palavras-chave 
É preciso escolher de três a seis palavras ou termos mais importantes do conteúdo, 
frequentemente já expressos no resumo. São separados entre si, finalizados por ponto e 
iniciados com letra maiúscula. A expressão “Palavras-chave” deve ser em fonte 12, negrito, 
alinhada à esquerda. Por exemplo: 
Palavras-chave: Conhecimento. Ciência. Metodologia Científica. 
Atenção: Após as palavras-chave, deixar duas linhas de tamanho 12 em branco. 
Título e subtítulo do trabalho em inglês 
Utilizar as mesmas regras de formatação do texto em português. Após, deixar duas linhas 
em branco em fonte tamanho 12. 
 
 
Abstract (resumo em inglês) 
Escrever “Abstract” em fonte Times New Roman, tamanho 12, negrito, alinhado à 
esquerda. Deixar uma linha em branco. O abstract deve ter a mesma formatação do 
resumo em português. Deixar 1 linha em branco. 
Keywords 
Palavras-chave em inglês. Devem ter a mesma formatação do resumo em português. 
Deixar uma linha em branco. 
ELEMENTOS TEXTUAIS 
//Introdução 
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, a introdução é a parte inicial do 
texto, na qual devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e 
outros elementos necessários para situar o tema do trabalho. 
A finalidade da introdução é situar o leitor no tema, definindo conceitos, apresentando os 
objetivos do artigo e as linhas de pensamento relevantes para o estudo do assunto e as 
possíveis controvérsias, explicitando qual dessas linhas o autor seguirá e a justificativa para 
sua escolha. Também é aconselhável que o autor, nos últimos parágrafos da introdução, 
apresente a estrutura do artigo. 
A introdução é a apresentação inicial do trabalho, a qual possibilita uma visão global do 
assunto tratado (contextualização), com definição clara, concisa e objetiva do tema. E a 
delimitação precisa das fronteiras do estudo em relação ao campo selecionado, ao 
problema e aos objetivos a serem estudados. 
// Desenvolvimento 
O desenvolvimento é a parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e 
pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da 
abordagem do tema e do método. Não existe exatamente uma norma rígida que oriente 
esta seção do artigo. 
O texto, no desenvolvimento, poderá conter ideias de autores, dados da pesquisa (caso for 
pesquisa de campo, colocar gráficos e tabelas auxiliares) e interpretações. 
O desenvolvimento do trabalho é a parte principal, mais extensa e consistente. São 
apresentadas os conceitos, teorias, citações das autoridades do assunto que você está 
abordando, principais ideias sobre o tema focalizado, além de aspectos metodológicos, 
resultados e interpretação do estudo. 
A conclusão é a parte final do texto, na qual se apresentam conclusões correspondentes 
aos objetivos ou hipóteses. As considerações finais devem limitar-se a uma síntese da 
argumentação desenvolvida no corpo do trabalho e dos resultados obtidos. É importante 
lembrar que elas devem estar fundamentadas nos resultados obtidos na pesquisa: 
Nesta parte do trabalho, podem ser discutidas recomendações e sugestões para o 
prosseguimento no estudo do assunto. 
Portanto, neste item, não se deve trazer nada de novo. Ainda, sugere-se que não se 
utilizem citações nesta seção. 
As considerações finais devem apresentar deduções lógicas correspondentes aos 
propósitos previamente estabelecidos do trabalho, apontando o alcance e o significado de 
suas contribuições. Também podem indicar questões dignas de novos estudos, além de 
sugestões para outros trabalhos. 
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 
// Referências 
As referências são definidas como um conjunto padronizado de elementos descritivos, 
retirados de um documento, que permite sua identificação individual. 
As referências fazem parte do todo, em virtude de que o corpo do artigo está sustentado 
em informações pesquisadas também nas autoridades do assunto em questão, os quais 
foram citados no corpo do trabalho. E, dessa forma, as referências permitirão que o leitor 
tenha acesso às obras, aos documentos e aos artigos científicos que foram citados no 
interior do trabalho. 
// Apêndice (opcional) 
Texto ou documento elaborado pelo autor que visa complementar o trabalho. Os 
apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas, seguidas de travessão e 
respectivo título. 
// Anexo (opcional) 
Texto ou documento não elaborado pelo autor do trabalho, que complementa, comprova 
ou ilustra o seu conteúdo. Os anexos são identificados por letras maiúsculas consecutivas, 
seguidas de travessão e respectivo título. Por exemplo: ANEXO B – Estrutura 
organizacional da Empresa Alfa. 
APRESENTAÇÃO DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS 
Ao elaborar um artigo, o estudante não fará necessariamente somente o uso da 
argumentação para um enfoque contrário ao já postulado sobre o assunto ou para 
oferecer soluções para assuntos controversos à sua área de estudo. Também não usará 
somente citações de autoridades do assunto para embasar o que tende a defender ou 
refutar. 
No decorrer do artigo, o aluno pode usar outros elementos para ilustrar ou, até mesmo, 
dar mais credibilidade às ideias que tenciona defender. Para isso, poderá fazer o uso de 
ilustrações, tabelas e até mesmo gráficos. Sendo assim, veja a seguir como esses itens 
devem aparecer no artigo científico. 
// Formato de apresentação de elementos do texto: 
Ilustrações (desenhos, fotografias, organogramas, quadros e outros) 
As ilustrações devem ser centralizadas, com legenda numerada partindo de 1. O título da 
ilustração deve ser precedido pela palavra que a identifique (exemplo: Figura) e pelo seu 
respectivo número. A posição do título é centralizada e a seguir da ilustração. 
 
A fonte ou nota explicativa deve estar centralizada e abaixo da figura, em fonte Times New 
Roman, tamanho 10. 
Tabelas 
A legenda da tabela deve ser precedida pela palavra “Tabela” e pelo seu respectivo 
número. A posição do título é centralizada e acima da tabela. A fonte fica no final da 
tabela, também centralizada, tamanho 10, espaçamento simples entrelinhas e seguindo os 
padrões estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
Gráficos 
Os gráficos apresentam dados numéricos em forma gráfica para melhor visualização. O 
mesmo procedimento de títulos deve ser adotado para os gráficos, ou seja, usar a palavra 
“Gráfico”, seu respectivo número e seu título. A posição do título é centralizada e acima 
do gráfico. A fonte fica no final do gráfico, também centralizada, tamanho 10 e 
espaçamento simples entrelinhas. 
Notas de rodapé 
As notas de rodapé devem ter o propósito de servir como apoio explicativo e devem ficar 
sempre no pé da página. A nota deverá estar separada do resto do texto por uma linha. As 
notas, a exemplo das figuras, também devem ser numeradas partindo de 1. Sugere-se 
utilizar o recurso de notas do próprio Word para inserir notas de rodapé no texto 
(comando: inserir notas). O próprio Word administrará a numeração. A posição do texto 
da nota no pé da página deve ser alinhada à esquerda. 
Palavras estrangeiras 
Sempre que possível, evite o estrangeirismo. Se for inevitável, use termos em língua 
estrangeira, estes deverão ser escritos usando o modo itálico. 
SINTETIZANDO 
Muitas são as dificuldades mencionados pelos estudantes diante das exigências 
estabelecidas para a elaboração de textos técnico-científicos. As normas que regem a 
elaboração e a apresentação dessas produções exigem rigor em sua observação, por isso 
os critérios precisam ser compreendidos e a obediência às normas deve prevalecer. 
Sendo assim, iniciamos esta unidade abordando as principais técnicas de estudo, expondo 
detalhes sobre como é feita a leitura e a redação científica para que não reste dúvidas 
quanto aos termos. Na sequência, nos voltamos para os textos científicos, com enfoque na 
leitura e compreensão dosmesmos. 
Nos tópicos seguintes, abordamos os gêneros de trabalho acadêmico – resumo, resenha, 
esquema, fichamento, paper e artigo científico – explorando detalhes sobre cada um 
deles, com informações necessárias para diferenciá-los e produzi-los. 
Um dos pontos principais do conteúdo desta unidade também é apresentação gráfica, na 
qual expomos os detalhes de formatação exigidos conforme a norma ABNT, algo 
primordial em qualquer conteúdo acadêmico. 
Por fim, focamos nas normas metodológicas e elementos estruturais de um artigo 
científico, algo que também denota muita atenção e faz parte das exigências técnicas.

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