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METODOLOGIA DA PESQUISA MATERIAL UNI 01

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UNIDADE 1. 
Técnicas de estudo, artigo científico, gêneros 
acadêmicos e apresentação gráfica 
Elisabete Ana da Silva e Wheslley Rimar Bezerra 
OBJETIVOS DA UNIDADE 
• Conhecer os diversos tipos de trabalhos científicos; 
• Compreender as características dos gêneros acadêmicos; 
• Conhecer os elementos que compõem a comunicação científica; 
• Compreender os elementos que fazem parte da apresentação 
gráfica de um artigo científico; 
• Entender a organização dos elementos pré-textuais, textuais e 
pós-textuais. 
TÓPICOS DE ESTUDO 
Técnicas de estudo 
Leitura científica e redação científica 
// Estilo da redação técnico-científica 
// Parágrafo no texto técnico-científico 
Textos científicos: leitura, compreensão de contextos e compreensão de 
intertextos 
Trabalhos científicos 
Gêneros acadêmicos 
// Resumo 
// Resenha 
// Esquema 
// Fichamento 
// Paper 
// Artigo científico 
Ensaio científico 
// Apresentação gráfica 
Normas metodológicas e elementos da estrutura do artigo científico 
// Elementos pré-textuais 
// Elementos textuais 
// Elementos pós-textuais 
// Apresentação de ilustrações e tabelas 
Técnicas de estudo 
 
O desenvolvimento de um trabalho técnico-científico exige uma postura 
diferenciada no que se refere às suas etapas e ela deve ter início desde as 
primeiras decisões. 
A partir da escolha do objeto de estudo, da questão da pesquisa de seu 
interesse, você deve organizar um plano de atividades, pois faz-se 
necessária a máxima organização para que tenha sucesso ao final de 
todo seu empenho. 
Gilberto Andrade Martins, no livro Manual para elaboração de 
monografias e dissertações, de 2002, propõe um roteiro inicial de 
pesquisa, visto que a organização dos passos a serem dados é de 
extrema importância, e, levando-se em conta as características 
individuais de cada trabalho, podemos observar a síntese dos itens 
desse roteiro como um procedimento de abertura: 
I. 1Escolha do tema-problema; 
II. Identificação das limitações sobre o que será abordado; 
III. Formulação de objetivos; 
IV. Levantamento bibliográfico; 
V. Leitura do material selecionado com registros; 
VI. Análise e interpretação dos dados coletados; 
VII. Elaboração de conclusões; 
VIII. Elaboração de introdução; 
IX. Registro de bibliografias e anexos; 
X. Revisão geral; 
XI. Digitação; 
XII. Entrega e/ou apresentação. 
No entanto, outras preocupações devem ficar em evidência, entre elas, 
temos as técnicas de estudo e você pode lembrar-se de ações como 
grifar trechos lidos, fazer releituras, fazer uso de mnemônicos, 
elaborar resumos etc.; entretanto, não se trata disso neste momento. 
EXPLICANDO 
Mnemônico, segundo Houaiss (2004, p. 500), é relativo à memória, 
aquilo que ajuda a reter na memória; relaciona-se a técnicas para 
desenvolver a memória por meio de processos de combinação e 
associação de ideias. Isso quer dizer que a elaboração de esquemas, 
mapas mentais, símbolos ou frases de efeito, assim como o uso de 
palavras que permitam essa rápida associação e assimilação fazem 
parte da mnemônica. 
Obviamente, as formas mencionadas são bastante usadas pelos 
estudantes em geral, porém, é preciso evidenciar que existem 
diferentes formas de pesquisa que geram diferentes tipologias de 
estudos, pois estamos tratando da elaboração de um texto técnico-
científico e, de acordo com o seu objeto de interesse, podem ser 
combinadas duas ou mais modalidades, não recaindo sobre um único 
indicativo. 
Temos quatro gêneros de técnicas de estudo, intercomunicados, são 
eles: 
Pesquisa teórica 
Aquela que se dedica ao estudo de teorias; 
Pesquisa Metodológica 
Aquela que se dedica aos modos de fazer-se ciência; 
Pesquisa Empírica 
Aquela que se dedica a codificar o que é possível ser medido dentro da 
realidade social 
Pesquisa Prática 
Aquela voltada para a intervenção na realidade social. 
 
Assim, levando em consideração que você deverá observar o objeto de 
estudo de seu trabalho, a seguir, serão evidenciadas algumas 
modalidades de pesquisa geradas a partir dos gêneros mencionados, 
para que seja possível decidir quais os procedimentos mais adequados 
a esse estudo: 
Análise de conteúdo 
Com a ocorrência de análise de conteúdos escritos em jornais e 
revistas e que são usados como fontes de informações; 
Bibliográfico 
Estudo das contribuições científicas sobre determinado assunto; 
Censo 
Levantamento de informações de todos os integrantes do universo 
pesquisado; 
Clínico 
Baseado em técnicas de entrevistas, da história de vida, do 
aconselhamento, de psicodiagnósticos; 
Comparativo 
Trata-se de um procedimento científico que examina casos, fenômenos 
ou coisas por analogia, descobrindo aspectos em comum, 
regularidades e princípios; 
Crítico-dialético 
Apoia-se na dinâmica da realidade e na relação teoria e prática; suas 
propostas são críticas e com o objetivo de desvendar conflitos de 
interesses; 
De campo 
Corresponde à coleta direta de informações em locais nos quais 
acontecem os fenômenos em estudo; 
Dedutivo 
Apresenta um conjunto de proposições particulares contidas e 
verdades universais, partindo de uma premissa de valor universal para 
uma particularidade, justifica-se pela verdade, pela coerência e não 
contradição; 
Descritivo 
Tem como objetivo a descrição das características de determinado 
fenômeno ou população; 
Documental 
Reúne, classifica e distribui documentos de todo gênero das atividades 
humanas; 
Empírico-analítica 
Faz utilização de técnicas de coleta, analisando dados quantitativos 
para validação de provas científicas; 
Entrevista 
Ocorre um processo de interação social, baseada em interlocutores 
que assumem papéis, respectivamente de entrevistador e de 
entrevistado; pode ocorrer em profundidade, em grupo ou de forma 
não diretiva; 
Estatístico 
Leva em conta a obtenção, organização, análise e apresentação de 
dados numéricos; 
Estudo de caso 
Refere-se ao estudo de interações ambientais de uma unidade social, 
num recorte temporal; 
Experimental 
É aquele que tenta descobrir relações causais; 
Fenomenológico 
Consiste em uma visão intelectual do objeto, com base e intuição, 
propondo uma reflexão contínua sobre a importância dos processos 
adotados; 
Fenomenológico-hermenêutica 
Faz utilização de técnicas não quantitativas, trabalhando com estudos 
teóricos e análise de documentos e textos, apresentando propostas 
críticas, busca processos lógicos de interpretação; 
Histórica 
Reconstruindo o passado de forma sistemática, faz-se a verificação de 
evidências e delineação de conclusões; 
Indutivo 
Parte do particular para a generalização como produto de um trabalho 
de coleta de dados particulares; 
Laboratório 
Realizado em recinto fechado, exige instrumentação, objetivos, 
manipulação de instrumentos; 
Levantamento 
Caracterizado pela interrogação direta das pessoas cujo 
comportamento deseja-se conhecer; 
Método redutivo 
Observam o que, através da ciência, é permitido conhecer, descobrir, 
descrever e predizer em relação a fenômenos de ocorrência real; 
Observacional 
Trata-se de procedimentos empíricos, ou seja, baseados na 
experiência; 
Pesquisa de avaliação 
Trata-se de um tipo especial de pesquisa aplicada, elaborada para 
avaliar programas de melhoramentos dentro da sociedade; 
Semiótico 
Estuda os sinais e seus significados, dando relevância à importância e 
precisão dos símbolos. 
Outros procedimentos ainda poderiam ser elencados, tais como 
correlacional, desenvolvimentista, projetivo, psicodrama, sociodrama, 
história de vida, história oral, etnográfico, estudo de mercado, 
exploratório etc.; entretanto, a enumeração feita engloba a maioria 
utilizada. 
Assim, as modalidades de estudo podem ocorrer de forma simultânea 
durante a realização de suas pesquisas, sua escolha quanto às técnicas 
adequadas dependerá do objeto de estudo e dos objetivos que 
desejaráalcançar. 
Leitura científica e redação científica 
A preparação para a elaboração de um texto técnico-científico exige a leitura de 
diversos outros textos, alguns apresentando maior ou menor grau de 
dificuldade. 
Marshall McLuhan, na obra Os meios de comunicação com extensão do 
homem, de 1964, classificou como de informação fria ou de informação 
quente ao referir-se aos meios de comunicação, mas conseguimos 
transpor essa classificação para quaisquer tipos de textos escritos, pois 
as noções de frio e quente relacionam-se à concentração de 
informações, respectivamente, com baixo grau de tensão e 
complexidade e com alto grau. 
Evidentemente, essas concentrações exigem menos ou mais do leitor e 
de seu repertório. Estando nessa situação, procure realizar uma leitura 
global que lhe permita uma ideia geral do texto e de como está 
estruturado. 
Em seguida, preocupe-se em destacar ideias, fazendo anotações, 
tentando observá-las de forma mais crítica, verificando, de modo mais 
reflexivo, como aparecem os argumentos que dão base às mesmas, ou 
seja, como o autor defende os seus pontos de vista. Assim, evite fazer 
anotações logo de início, seja paciente e permita-se a releitura para 
maior assimilação do que é apresentado. 
 
Diagrama 2. Passos da leitura científica. 
A redação científica deve ter elaboração que se caracterize pela 
objetividade, visto que aquilo que se pretende destacar é o conteúdo 
das afirmações que são feitas, ou seja, o que é enunciado deve ter 
destaque e não o enunciador; isso quer dizer que a subjetividade deve 
ser deixada de lado, neutralizando a presença desse enunciador. 
O texto de caráter científico deve apresentar um discurso de 
persuasão e, nesse caso, torna-se mais convincente quando elaborado 
de modo a criar efeitos de sentido de objetividade, sem a presença de 
verbos e pronomes que indiquem a primeira pessoa do singular, 
explorando verbos que indicam a certeza e o valor denotativo das 
palavras, além de fazer uso da língua padrão na sua expressão formal. 
ESTILO DA REDAÇÃO TÉCNICO-
CIENTÍFICA 
 
O texto técnico-científico caracteriza-se por abordar temática 
referente à ciência, na qual se usa o instrumental teórico com o 
propósito de possibilitar a discussão científica na área para qual o texto 
se remete. 
É importante notar que o estilo de redação usado em artigos científicos 
não segue as mesmas características dos artigos jornalísticos ou até 
mesmo dos textos literários e publicitários. 
A linguagem da discussão científica tem suas próprias características 
por empregar a linguagem técnica em seu nível padrão, respeitando as 
regras gramaticais e com estilo próprio, de acordo com a especificidade 
de cada área. 
Sobre o estilo de redação na comunicação científica: 
[...] um artigo científico exige que o autor expresse o que sabe sobre o tema, utilize a 
língua vernácula de maneira precisa e exponha as ideias de maneira simples e com 
palavras que não sejam rebuscadas. Deve-se usar linguagem padrão (por exemplo: 
homem) e não a expressão coloquial (por exemplo: camarada) e nunca gíria (por 
exemplo: cara, careta). Atenção especial ao uso, ou não, do jargão (termos técnicos), 
pois influencia a compreensão do leitor do periódico em que irá publicar (SECAF, 2004, 
p. 47). 
Alguns aspectos devem ser observados na redação técnico-científica, 
como ensina Israel Azevedo, no livro O prazer da produção científica 
(1998), seu texto terá de perseguir os princípios básicos de qualquer 
comunicação, como clareza, concisão, correção, encadeamento, 
consistência, contundência, precisão, originalidade e fidelidade, entre 
outros compromissos. 
Após essas definições teóricas, é importante priorizar algumas 
características na hora de produzir o seu artigo: 
a) Coerência 
Via de regra, em cada etapa do artigo científico se imprime uma 
sequência que deve ser repetida. Por exemplo, a sequência de ideias 
que foi anunciada no resumo deve estar detalhada na introdução e 
seguir o mesmo ordenamento no desenvolvimento. Nas considerações 
finais, deve-se evidenciar os aspectos essenciais do artigo, na ordem 
em que foram apresentados no desenvolvimento. Isso quer dizer que, 
entre as etapas do texto, não pode ocorrer contradição de ideias, elas 
devem estar organizadas de tal forma que não ocorram trechos que 
apresentem falta de sentido diante de algo que já foi mencionado, por 
isso, a releitura do texto deve ser constante. 
b) Objetividade 
Os assuntos em pauta, na linguagem científica, devem ser abordados 
de maneira simples, evitando expressões evasivas, com significados 
dúbios e palavras de difícil compreensão. Na redação técnico-científica, 
deve-se perseguir com afinco a objetividade, como reforça Antônio Gil, 
em Métodos e técnicas em pesquisa social, de 2002, o texto deve ser 
escrito em linguagem direta, evitando-se que a sequência seja desviada 
com considerações irrelevantes. A argumentação deve apoiar-se em 
dados e provas e não em considerações e opiniões pessoais. 
c) Concisão: 
Procure dizer o máximo com o menor número de palavras. Novamente 
de acordo com Azevedo (1998, p. 113), a concisão se obtém com o 
exercício de reescrever. A cada vez que se faz isso, descobre-se uma 
repetição de ideias ou de palavras, nota-se vocabulário supérfluo, 
encontra-se uma maneira de dizer a mesma coisa com menos palavras. 
d) Clareza 
O texto científico deve primar pela redação clara, não deixando 
margem às diferentes interpretações. É fundamental que se evitem 
comentários irrelevantes e redundantes. 
Um bom teste para a clareza de seu texto é solicitar sua leitura por 
outra pessoa. Se ela fizer alguma pergunta, não responda. Tome o 
texto e o reescreva. Depois, repita o teste (AZEVEDO, 1998, p. 112). 
e) Precisão 
Toda palavra utilizada deve traduzir exatamente a ideia a ser tratada. 
Um vocabulário preciso é aquele que evita linguagem rebuscada, 
prolixa e atinge seu propósito. Deve-se utilizar uma nomenclatura 
aceita no meio científico de cada área. 
f) Imparcialidade: 
O trabalho científico deve evitar ideias preconcebidas. Todo 
posicionamento adotado em um texto deve amparar-se em fatos e 
dados evidenciados pela pesquisa. O autor deve primar por manter seu 
posicionamento e suas escolhas de pesquisa sem assumir uma postura 
unilateral. 
g) Encadeamento: 
O texto deve ter uma sequência lógica e fluida para não prejudicar o 
entendimento do público. indica > público, indicando como deve ser 
uma boa redação técnico-científica: 
[...] encadeie as frases, os parágrafos, os tópicos e os capítulos entre si. Procure tornar 
cada frase um desenvolvimento do que veio antes, numa sequência lógica, tanto para 
explicar, quanto para demonstrar, detalhar, restringir ou negar. Cada parágrafo deve 
estar em harmonia e em tranquila transição com o anterior e com o posterior. O 
mesmo vale para tópicos e capítulos (AZEVEDO, 1998, p. 119). 
h) Impessoalidade: 
O texto deve ser impessoal, por isso é conveniente que seja redigido na 
terceira pessoa e que se evitem afirmações como: “a minha pesquisa”, 
“o meu estudo”, “o meu artigo”. O que se postula é que se use “esta 
pesquisa”, “este estudo”, “este artigo”. 
 
PARÁGRAFO NO TEXTO TÉCNICO-CIENTÍFICO 
Escrever na linguagem exigida pela comunidade científica não é 
nenhum bicho de sete cabeças. Mesmo assim, é comum isso gerar 
desconfortos. 
// Como devo iniciar a escrita? Como se deve iniciar um 
parágrafo? 
 
De acordo com Victoria Secaf, no livro Artigo cientifico: do desafio à 
conquista, publicado em 2004: o parágrafo tem por finalidade expressar 
etapas do raciocínio e, portanto, conter uma única ideia; não se trata 
de divisões estáticas e sim que o parágrafo seguinte tenha uma relação 
com anterior. 
Cada parágrafo tem um objetivo a ser cumprido e cada qual com 
etapas de raciocínio. E cada raciocínio existente no parágrafo deve ter 
sequência lógica. Ou seja, nãopode ser disposto de qualquer maneira, 
pois se isso ocorrer, pode levar o leitor a não compreender seu 
raciocínio ou, até mesmo, levá-lo a se perder no raciocínio exposto. 
O parágrafo é uma parte do texto que tem por finalidade expressar as 
etapas do raciocínio. Por isso, a sequência dos parágrafos, seu 
tamanho e sua complexidade dependem da própria natureza do 
raciocínio. 
Enfim, pode-se dizer que o parágrafo tem estrutura semelhante à de 
um texto composto por vários parágrafos. Ou seja, é composto por 
introdução, desenvolvimento e conclusão. Cada parágrafo contém uma 
argumentação completa, levando a uma conclusão. Após concluir 
esse argumento, mude de parágrafo. 
 
Textos científicos: leitura, compreensão de contextos e 
compreensão de intertextos 
 
A leitura de um texto compreende mais do que a mera decodificação 
do código vigente, isto é, não basta que o leitor consiga identificar 
letras, palavras, frases e períodos; ler significa conseguir apreender e 
compreender o seu conteúdo, ou seja, ocorrem processos cognitivos 
que permitem que esse leitor apodere-se das ideias registradas por 
outros. 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, utilizados para a tomada de 
decisões sobre os caminhos da educação em nosso país, declaram que: 
[...] a leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do 
significado do texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, 
sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a língua: características do gênero, do 
portador, do sistema de escrita etc (2001, p. 53). 
Assim, precisamos entender que nenhum texto é isolado em si mesmo 
e também não representa uma manifestação da individualidade do seu 
produtor: 
De uma forma ou de outra, constrói-se um texto para, através dele, marcar uma 
posição ou participar de um debate de escala mais ampla que está sendo travado na 
sociedade. Até mesmo uma simples notícia jornalística, sob a aparência de 
neutralidade, tem sempre alguma intenção por trás (FIORIN; PLATÃO, 2005, p. 13). 
Isso quer dizer que uma boa leitura não pode estar baseada em 
observação de fragmentos de um texto, pois determina-se cada parte 
do mesmo pelo contexto em que se encaixa. 
Ainda, aquele que produz o texto tem em mente que encontrará um leitor capaz 
de entender as suas partes e relacioná-las ao todo, assim como relacionar esse 
texto à sua situação de produção, ou seja, ao seu contexto. 
Entendem-se por contexto as circunstâncias que podem ser relativas 
aos fatos, a recortes num período histórico, a conjunturas específicas 
etc.; o produtor do texto pressupõe que a leitura conseguirá atingir as 
informações que estão por trás dele. 
Também, em muitos momentos, o leitor tem que lidar com a 
intertextualidade, isto é, a relação entre textos, ocorrendo citações 
explícitas ou implícitas, exigindo que seu universo cultural e o conjunto 
de informações que carrega permitam-lhe o reconhecimento dessas 
relações. É, portanto, do repertório do leitor, do seu acúmulo de 
conhecimentos, que depende a sua percepção das relações 
intertextuais e das referências que são feitas de um texto para outro. 
Faz-se necessário, desse modo, que ampliemos nossa capacidade de 
leitura, buscando não só a sua prática constante, mas também a 
aquisição de conhecimentos diversos, para que ampliemos nossa 
compreensão dos diversos contextos e das relações intertextuais. 
Evidentemente, durante a realização de um trabalho de caráter técnico-
científico, ressalta-se essa necessidade. 
Trabalhos de graduação 
No decorrer da sua graduação, é bem provável que o estudante tenha 
elaborado trabalhos para disciplinas diversas. Eles não 
necessariamente tinham como pretensão atingir o cunho científico dos 
trabalhos de excelência da área em que estudou, mas oportunizar o 
desenvolvimento de um raciocínio aos moldes das pretensões 
científicas. É possível mencionar que os trabalhos de graduação 
também têm como propósito permitir uma revisão bibliográfica ou 
literária de um determinado assunto ou assimilar conteúdo específico 
de uma área científica.” 
Trabalhos de conclusão de curso 
O trabalho de conclusão de curso (TCC) é tido como uma monografia 
sobre um assunto específico. Este trabalho possibilita a investigação 
sobre determinados temas ou fenômenos por meio da análise, reflexão 
e produção textual, bem como, muitas vezes, da defesa oral da 
pesquisa perante uma banca examinadora. 
Na monografia de graduação, é suficiente a revisão bibliográfica, ou 
revisão de literatura. É mais um trabalho de assimilação de conteúdo, 
de confecção de fichamentos e, sobretudo, de reflexão. É uma pesquisa 
bibliográfica, o que não exclui a capacidade investigativa de conclusões 
ou afirmações de autores consultados. 
Monografia 
Como se pode verificar literalmente, monografia é um trabalho 
intelectual concentrado em um único assunto. A monografia, exigida 
para a obtenção do título de especialista em alguns cursos de pós-
graduação lato sensu, é semelhante ao TCC, apresentado em cursos de 
graduação. Por isso, alguns pensadores, acreditam que não há razão 
para falar em três níveis: monografia, dissertação e tese. Todos são 
trabalhos monográficos, dissertativos, mas com características 
distintas. 
A diferença entre eles está no grau acadêmico: o graduando faz a 
monografia, enquanto quem busca o mestrado faz a dissertação e o 
doutorando desenvolve a tese. Apesar da diferenciação, o texto não 
deixa de ser monografia, cada qual com a sua peculiaridade. 
Dissertação 
A dissertação, que ultimamente se destina aos trabalhos de cursos de 
pós-graduação stricto sensu (mestrado), busca principalmente a 
reflexão acerca de um determinado tema ou problema, o que ocorre 
pela exposição das ideias de maneira ordenada e fundamentada. 
Dessa forma, como resultado de um trabalho de pesquisa, a 
dissertação deve ser um estudo mais completo possível em relação ao 
tema escolhido. 
De acordo com a NBR 14724 (2011, p. 2), dissertação é um documento 
que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição 
de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado 
em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar 
informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente 
sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. 
Tese 
A tese, a exemplo da dissertação dirigida para o mestrado, cumpre o 
papel do trabalho de conclusão de pós-graduação stricto sensu 
(doutorado). Caracteriza-se como um avanço significativo na área do 
conhecimento em estudo. De acordo com a NBR 14724 (2011, p. 4), 
tese é um documento que representa o resultado de um trabalho 
experimental ou exposição de um estudo científico de tema único e 
bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investigação 
original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em 
questão. 
A tese tem a finalidade de abordar algo novo em um determinado 
campo do conhecimento, de forma a promover uma descoberta ou dar 
uma real contribuição para a ciência. Para Odilia Fachin, na obra 
Fundamentos de metodologias, publicada em 2003, a tese é entendida 
como um trabalho científico habitualmente exigido nos cursos de pós-
graduação e que deve ser defendido oralmente em público. A tese 
deve apresentar um estudo original que traga uma contribuição para a 
sociedade científica, com rigor na argumentação, apresentação de 
provas das afirmações e profundidade das ideias. 
 
 
Gêneros acadêmicos 
Quando pensamos nos trabalhos referentes à Metodologia da Pesquisa Científica, outra 
subdivisão de grande importante é a que define os gêneros acadêmicos. 
São os tipos de trabalhos de curta duração, que servem para o aluno 
desenvolver seu conhecimento sobre determinado assunto durante o 
curso e reforçar seu aprendizado. 
A seguir, você conhecerá as peculiaridades dos gêneros maisutilizados 
tanto durante a graduação como na pós. 
RESUMO 
O resumo é a apresentação concisa dos pontos relevantes de um 
texto. Seu objetivo é fornecer elementos capazes de permitir ao leitor 
decidir sobre a necessidade de consulta ao texto original e/ou 
transmitir informações de caráter complementar. 
É a condensação de um texto, colocando em destaque os elementos de 
maior interesse e importância. Sua finalidade é difundir as informações 
contidas em livros, artigos ou outros documentos e auxiliar o estudante 
nos seus estudos teóricos, assim como ajudar o profissional a 
relembrar o assunto e praticar da melhor forma possível. 
Uma modalidade específica desse tipo de trabalho é o resumo crítico. 
Ele é uma redação técnica que avalia de forma sintética a importância 
de uma obra científica ou literária. O que difere o resumo do resumo 
crítico é sua estrutura, que apresenta a crítica como quarta etapa, logo 
após introdução, desenvolvimento e conclusão. 
RESENHA 
A resenha é uma descrição que faculta o exame e o julgamento de um 
trabalho (teatro, cinema, obra literária, experiência científica, tarefa 
manual etc.). A apresentação do conteúdo deve ser elaborada de 
maneira impessoal, sem demonstração satírica ou cômica, contendo 
posicionamentos de ordem técnica diante do objeto de análise, 
seguidos de um resumo do conteúdo e possível demonstração de sua 
importância. 
Em geral, a resenha crítica é elaborada por um cientista que, além do 
conhecimento sobre o assunto, tem capacidade de juízo crítico. Mas, 
naturalmente, como no caso desta disciplina, também pode ser 
realizada por estudantes, como um exercício de compreensão e crítica. 
A resenha visa apresentar uma síntese das ideias fundamentais da 
obra. 
♦ Dicas de como fazer uma resenha: 
♦ Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais; 
♦ Apresente a obra: situe o leitor, descrevendo em poucas 
linhas o conteúdo do texto; 
♦ Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em 
seções, sobre o foco narrativo; 
♦ Descreva o conteúdo: aqui sim, utilize de três a cinco 
parágrafos para resumir claramente o texto; 
• 5 
• Analise de forma crítica: nessa parte, e apenas nessa parte, você 
opina. Argumente baseando-se em teorias de outros autores e 
faça comparações. Dê asas ao seu senso crítico; 
• Recomende a obra: você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, 
agora analise o público que se interessará pela obra; 
• 7 
• Identifique o autor: fale brevemente da vida e de algumas outras 
obras do escritor ou pesquisador; 
• 8 
Assine e identifique-se: no último parágrafo você escreve seu nome e 
resume seu currículo. 
 ESQUEMA 
• Os esquemas são enunciados de palavras-chave em torno das 
quais é possível organizar grandes quantidades de conhecimento. 
Representam uma enorme economia de palavras e oferecem a 
vantagem de destacar e visualizar o essencial do assunto em 
análise, podendo ainda ser facilmente reformulados. 
• Sua utilização nos ajuda a compreender e recordar os 
acontecimentos, a estabelecer relações entre eles ou entre 
diversos fatores e a entender a influência que esses 
acontecimentos ou fatores exercem uns sobre os outros. 
• Há vários tipos de esquemas, entre eles: 
Lineares 
Quando organizam a informação na horizontal e na vertical 
Circulares 
Que organizam a informação em círculo; 
Piramidais 
Caso a informação dispõe-se em forma hierárquica, de pirâmide; 
Sistemáticos 
Quando a informação se organiza em forma de quadro, representando as 
relações de interdependência de um fenômeno. 
Para fazer um esquema, a primeira meta deve ser identificar as ideias-
chave do texto e ordená-las, escolhendo para isso o modelo mais 
adequado para a situação. Use setas para estabelecer relações entre os 
conceitos. 
Exemplo: esquema para uma história em quadrinhos. 
• Pense em alguma história e registre-a no bloco de anotações 
como se fosse um roteiro; 
• Crie os diálogos entres os personagens da história; 
• Em um papel, desenhe as cenas da história. Desenhe balões e 
escreva com o lápis dentro deles as falas de cada personagem; 
• Se for necessário, faça esclarecimentos sobre a cena no rodapé 
da folha; 
• Cole as cópias do seu rosto no espaço reservado; 
• Faça o acabamento com carvão preto e trabalhe os detalhes com 
nuances de cinza. 
FICHAMENTO 
O fichamento é um valioso recurso de estudo que os pesquisadores 
lançam mão para a realização de uma obra didática, científica ou de 
outra natureza. É um recurso de memória, imprescindível, sobretudo 
na elaboração de monografias. É usado, também, em seminários e em 
aulas expositivas. 
A prática contínua do fichamento contribui para que o estudante 
aprimore pontos de vista e julgamentos, percebendo que é possível 
reverter um pequeno trabalho inicial em ganho de tempo futuro, 
quando for preciso escrever sobre determinado assunto. Os 
fichamentos podem ser os seguintes: de citação, de resumo, de esboço 
e de indicação bibliográfica, entre outros. 
I. O mais utilizado nas avaliações na universidade é o fichamento 
de citação, que obedece cinco normas: 
II. Toda citação deve vir entre aspas; 
III. Após a citação, deve constar o número da página de onde foi 
extraída a citação; 
IV. A transcrição tem de ser textual; 
V. A supressão de uma ou mais palavras deve ser indicada, 
utilizando-se, no local da omissão, três pontos, precedidos e 
seguidos por espaços, no início ou no final do texto e, entre 
parênteses, no meio; 
VI. A supressão de um ou mais parágrafos deve ser assinalada, 
utilizando-se uma linha completada por pontos. 
PAPER 
É um pequeno texto elaborado sobre um tema pré-determinado, 
resultado de estudos ou de pesquisas científicas, no qual o aluno irá 
desenvolver análises e argumentações, com objetividade e clareza, 
orientando-se em fatos ou opiniões de especialistas. O objetivo do 
paper é estimular o aluno no aprofundamento de um assunto, já 
exercitando a elaboração de trabalhos sob uma linguagem acadêmico-
científica. Espera-se o desenvolvimento de um ponto de vista acerca de 
um tema, uma tomada de posição definida e a expressão dos 
pensamentos de forma original. Deve ser escrito em terceira pessoa. 
Os propósitos de um paper são quase sempre os de formar um 
problema, adequar hipóteses, cotejar dados, prover uma metodologia 
própria e, finalmente, concluir. 
// O paper é 
• uma síntese de suas descobertas sobre um tema e seu 
julgamento, avaliação, interpretação sobre essas descobertas; 
• um trabalho que deve apresentar originalidade quanto às ideias; 
• um trabalho que deve reconhecer as fontes que foram utilizadas, 
que mostra que o pesquisador é parte da comunidade 
acadêmica. 
// O paper não é 
• um resumo de um artigo ou livro (ou outra fonte); 
• ideias de outras pessoas, repetidas não criticamente; 
• um conjunto de citações; 
• opinião pessoal não evidenciada, não demonstrada; 
• cópia do trabalho de outra pessoa. 
ARTIGO CIENTÍFICO 
 
O objetivo principal do artigo científico é levar ao conhecimento do público 
interessado alguma ideia nova ou abordagem diferente sobre determinado 
tema já estudado, sobre a existência de aspectos ainda não explorados em 
alguma pesquisa ou a necessidade de esclarecer uma questão ainda não 
resolvida. 
A principal característica do artigo científico é que suas afirmações 
devem estar baseadas em evidências, sejam elas oriundas de pesquisa 
de campo ou comprovadas por argumentos que sustentem as 
conclusões expostas no artigo e que passaram pelo crivo da 
comunidade científica. O autor pode expressar seu parecer, desde que 
demonstre ao leitor qual o processo lógico que o levou a chegar à 
aquela conclusão. 
Algumas falhas mais comuns na investigação científica são: 
• falta de clareza dos propósitos; 
• falta de originalidade do material; 
• má organização no material expositivo; 
• repetição de palavras, conceitose informações; 
• desatualização bibliográfica; 
• excessiva dependência das fontes; 
• incorreção ou incoerência no sistema de referenciação das 
fontes; 
• inadequação na definição dos termos. 
Os artigos podem se apresentar de duas formas, conforme a ABNT 
(sigla de Associação Brasileira de Normas Técnicas, um órgão 
privado e sem fins lucrativos que se destina a padronizar as técnicas de 
produção feitas no país). 
ARTIGO ORIGINALARTIGO DE REVISÃO 
Apresenta temas ou abordagens próprias. Via de regra, estes artigos 
relatam resultados de pesquisa, bem como desenvolvem e analisam 
dados não publicado 
ARTIGO DE REVISÃO 
Tem como propósito resumir, analisar e discutir informações já 
publicadas que, geralmente, resultam de revisão de trabalhos já 
publicados, revisões bibliográficas. 
 
Ensaio científico 
No seu dia a dia, quando procura artigos científicos do seu interesse ou da área 
de sua atuação, você deve ter percebido que eles podem, na sua apresentação, 
formatação e organização, ter pequenas diferenças entre si. 
Diante disso, você poderá pensar de que forma se deve organizar o 
artigo científico. Por isso, veremos como elaborar um artigo científico 
para sua pesquisa ou conclusão de curso, respeitando as normas de 
organização, formatação e características do texto técnico-científico, as 
quais estão em consonância com a ABNT. 
https://sereduc.blackboard.com/courses/1/1.2494.35883/content/_3603461_1/scormcontent/index.html
https://sereduc.blackboard.com/courses/1/1.2494.35883/content/_3603461_1/scormcontent/index.html
https://sereduc.blackboard.com/courses/1/1.2494.35883/content/_3603461_1/scormcontent/index.html
 
APRESENTAÇÃO GRÁFICA 
Para a apresentação gráfica do artigo científico, é necessário se atentar 
às seguintes indicações: 
• Papel: folha branca de tamanho A4 (21 cm x 29,7 cm); 
• Margens: esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2 cm; 
• Espaçamento entrelinhas: 1,5; 
• Parágrafo: de 1,25 cm (geralmente 1 tab), com uma linha em 
branco entre um parágrafo e outro; 
• Formato do texto: justificado; 
• Tipo e tamanho da fonte: Times New Roman, tamanho 12. 
• Título: tamanho 18 e negrito; 
• Subtítulo: tamanho 16 e negrito; 
• Paginação: as páginas são numeradas com algarismos arábicos, 
colocados no canto superior direito da página, a 2 cm da borda 
superior: 
o A primeira folha, que apresenta a identificação do artigo, não é 
paginada, embora seja contada; 
o A paginação é iniciada na segunda folha e segue até o final do 
trabalho, inclusive nos elementos pós-textuais opcionais (apêndices 
e anexos). 
• Extensão do artigo: de 8 a 12 páginas. Veja a proporção dos 
elementos do artigo sugerida no Quadro 1; 
• Títulos e subtítulos internos: os títulos de primeiro nível devem 
ser colocados em letras maiúsculas e em negrito (por exemplo: 3 
ADMINISTRAÇÃO); subtítulos de segundo nível devem iniciar 
com a primeira letra maiúscula e seguir com letras minúsculas 
em negrito (por exemplo: 3.1 Administração científica); e 
subtítulos de terceiro nível, em letras minúsculas e apenas a 
primeira letra do título maiúscula (salvo nomes próprios) e sem 
negrito (por exemplo 3.1.1 Histórico da administração científica). 
A numeração de títulos e subtítulos deve ser alinhada à margem 
esquerda; 
• Itálico: utiliza-se para grafar as palavras em língua estrangeira, 
como checkin, resumen e workaholic, por exemplo. 
A seguir, apresentaremos um exemplo da organização, formato e 
apresentação do artigo científico: 
TÍTULO DO ARTIGO 
Subtítulo 
Nome do Autor 
Nome do Coautor 
Resumo 
Palavras-chave: 
TITLE 
Subtitle 
Abstract 
Keywords: 
1 INTRODUÇÃO 
2 ESTRATÉGIAS PARA IDENTIFICAR O PAPEL DO CANDIDATO 
2.1 Entrevista 
2.2 Testes 
2.2.1 Avaliação da entrevista 
2.2.2 Avaliação dos testes 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
REFERÊNCIAS 
 
Normas metodológicas e elementos da estrutura do 
artigo 
O modelo de apresentação do artigo científico seguirá, por razões de 
normatização, a estrutura de artigos científicos apresentada nesta 
unidade, que está em consonância com a NBR 6022 (2003), sendo 
imprescindível o uso e o cumprimento das normas estabelecidas a 
seguir. 
Pré-textuais 
• Título; 
• Subtítulo (opcional); 
• Autores; 
• Resumo; 
• Palavras-chave. 
Textuais 
• Introdução; 
• Desenvolvimento; 
• Considerações finais. 
Pós-textuais 
• Referências (obrigatório); 
• Apêndice(s) (opcional(is) e não recomendado(s); 
• Anexo(s) opcional(is) e não recomendado(s. 
 
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 
 
Os elementos pré-textuais são compostos por informações essenciais, 
conforme explicação e modelo a seguir. 
Título do trabalho 
Letra 18, centralizado, maiúsculas e negrito. 
Subtítulo, se houver 
Letra 16, centralizado, negrito, maiúsculas e minúsculas. Após o 
subtítulo, deixar duas linhas de tamanho 12 em branco. 
Estudante 
Nome do estudante, com letra 12, centralizado, negrito, maiúsculas e 
minúsculas, com nota de rodapé indicando a titulação e o e-mail. 
Coautor 
Nome do orientador, com letra 12, centralizado, negrito, maiúsculas e 
minúsculas, com nota de rodapé indicando a titulação (especialista, 
mestre, doutor) e o e-mail; (deixar duas linhas de tamanho 12 em 
branco). 
Resumo 
A palavra "resumo" deve ser em letra 12, negrito, alinhado à esquerda. 
Após a palavra “resumo”, deixar uma linha de tamanho 12 em branco. 
Esse item deve ter apenas um parágrafo de, no máximo, 250 palavras 
(aproximadamente 15 linhas), sem recuo na primeira linha. Use 
espacejamento simples, justificado, tamanho 12. 
Palavras-chave 
É preciso escolher de três a seis palavras ou termos mais importantes 
do conteúdo, frequentemente já expressos no resumo. São separados 
entre si, finalizados por ponto e iniciados com letra maiúscula. A 
expressão “Palavras-chave” deve ser em fonte 12, negrito, alinhada à 
esquerda. Por exemplo: 
 
Palavras-chave: Conhecimento. Ciência. Metodologia Científica. 
Atenção: Após as palavras-chave, deixar duas linhas de tamanho 12 
em branco. 
Título e subtítulo do trabalho em inglês 
Utilizar as mesmas regras de formatação do texto em português. Após, 
deixar duas linhas em branco em fonte tamanho 12. 
Abstract (resumo em inglês) 
Escrever “Abstract” em fonte Times New Roman, tamanho 12, negrito, 
alinhado à esquerda. Deixar uma linha em branco. O abstract deve ter a 
mesma formatação do resumo em português. Deixar 1 linha em 
branco. 
Keywords 
Palavras-chave em inglês. Devem ter a mesma formatação do resumo 
em português. Deixar uma linha em branco. 
 
ELEMENTOS TEXTUAIS 
A introdução, o desenvolvimento e as considerações finais faem parte dos 
elementos textuais. Então, leia atentamente o que se postula sobre cada qual. 
// Introdução 
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, a introdução é a 
parte inicial do texto, na qual devem constar a delimitação do assunto 
tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para 
situar o tema do trabalho. 
A introdução deve anunciar a ideia central do trabalho, delimitando o 
ponto de vista enfocado em relação ao assunto e à extensão. Deve 
situar o problema ou o tema abordado, no tempo e no espaço, enfocar 
a relevância do assunto e apresentar o objetivo central do artigo. 
[...] na introdução não se deve repetir ou parafrasear o resumo, nem antecipar 
conclusões e recomendações, mas é um convite para a leitura do texto integral. Assim, 
esta parte é importante para que o leitor penetre na problemática abordada, 
familiarizando-se com os termos e o conteúdo da pesquisa (MARTINS, 2002, p. 221). 
A finalidade da introdução é situar o leitor no tema, definindo 
conceitos, apresentando os objetivos do artigo e as linhas de 
pensamento relevantes para o estudo do assunto e as possíveis 
controvérsias, explicitando qual dessas linhas o autor seguirá e a 
justificativa para sua escolha. Também é aconselhável que o autor, nos 
últimos parágrafos da introdução,apresente a estrutura do artigo. 
A introdução é a apresentação inicial do trabalho, a qual possibilita 
uma visão global do assunto tratado (contextualização), com definição 
clara, concisa e objetiva do tema. E a delimitação precisa das fronteiras 
do estudo em relação ao campo selecionado, ao problema e aos 
objetivos a serem estudados. 
// Desenvolvimento 
O desenvolvimento é a parte principal do texto, que contém a 
exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções 
e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do 
método. Não existe exatamente uma norma rígida que oriente 
esta seção do artigo. 
 
O texto, no desenvolvimento, poderá conter ideias de autores, dados 
da pesquisa (caso for pesquisa de campo, colocar gráficos e tabelas 
auxiliares) e interpretações. 
O desenvolvimento do assunto é a parte mais importante e extensa do texto em que é 
exigido raciocínio lógico e clareza. Seu objetivo é proporcionar uma exposição clara da 
ideia principal, fundamentando-as de modo racional com os resultados da investigação 
(MARTINS, 2002, p. 221). 
O desenvolvimento do trabalho é a parte principal, mais extensa e 
consistente. São apresentados os conceitos, teorias, citações das 
autoridades do assunto que você está abordando, principais ideias 
sobre o tema focalizado, além de aspectos metodológicos, resultados e 
interpretação do estudo. 
// Considerações finais 
A conclusão é a parte final do texto, na qual se apresentam conclusões 
correspondentes aos objetivos ou hipóteses. As considerações finais 
devem limitar-se a uma síntese da argumentação desenvolvida no 
corpo do trabalho e dos resultados obtidos. É importante lembrar que 
elas devem estar fundamentadas nos resultados obtidos na pesquisa: 
[...] deve ser breve, clara, objetiva, apresentar visão analítica do corpo do trabalho, 
inter-relacionando-o e levando em conta o problema inicial do estudo. É redigida tendo 
em vista os resultados obtidos. É decorrente dos dados obtidos ou fatos observados, 
portanto não se deve introduzir novos argumentos, apenas demonstrar o que foi 
encontrado no decorrer do estudo (FACHIN, 2003, p. 165). 
Nesta parte do trabalho, podem ser discutidas recomendações e 
sugestões para o prosseguimento no estudo do assunto. 
Portanto, neste item, não se deve trazer nada de novo. Ainda, sugere-seque 
não se utilizem citações nesta seção. 
As considerações finais devem apresentar deduções lógicas 
correspondentes aos propósitos previamente estabelecidos do 
trabalho, apontando o alcance e o significado de suas contribuições. 
Também podem indicar questões dignas de novos estudos, além de 
sugestões para outros trabalhos. 
 
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 
Agora, vamos falar um pouco sobre os elementos pós-textuais do 
artigo científico: 
Sugere-se que os elementos pós-textuais – apêndices e anexos – 
não sejam incluídos no artigo. 
// Referências 
As referências são definidas como um conjunto padronizado de 
elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua 
identificação individual. 
As referências fazem parte do todo, em virtude de que o corpo do 
artigo está sustentado em informações pesquisadas também nas 
autoridades do assunto em questão, os quais foram citados no corpo 
do trabalho. E, dessa forma, as referências permitirão que o leitor 
tenha acesso às obras, aos documentos e aos artigos científicos que 
foram citados no interior do trabalho. 
// Apêndice (opcional) 
Texto ou documento elaborado pelo autor que visa complementar o 
trabalho. Os apêndices são identificados por letras maiúsculas 
consecutivas, seguidas de travessão e respectivo título. 
// Anexo (opcional) 
Texto ou documento não elaborado pelo autor do trabalho, que 
complementa, comprova ou ilustra o seu conteúdo. Os anexos são 
identificados por letras maiúsculas consecutivas, seguidas de travessão 
e respectivo título. Por exemplo: ANEXO B – Estrutura organizacional da 
Empresa Alfa. 
 
APRESENTAÇÃO DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS 
 
Ao elaborar um artigo, o estudante não fará necessariamente somente 
o uso da argumentação para um enfoque contrário ao já postulado 
sobre o assunto ou para oferecer soluções para assuntos controversos 
à sua área de estudo. Também não usará somente citações de 
autoridades do assunto para embasar o que tende a defender ou 
refutar. 
No decorrer do artigo, o aluno pode usar outros elementos para 
ilustrar ou, até mesmo, dar mais credibilidade às ideias que tenciona 
defender. Para isso, poderá fazer o uso de ilustrações, tabelas e até 
mesmo gráficos. Sendo assim, veja a seguir como esses itens devem 
aparecer no artigo científico. 
// Formato de apresentação de elementos do texto: 
Ilustrações (desenhos, fotografias, organogramas, quadros e outros) 
– 
As ilustrações devem ser centralizadas, com legenda numerada 
partindo de 1. O título da ilustração deve ser precedido pela palavra 
que a identifique (exemplo: Figura) e pelo seu respectivo número. A 
posição do título é centralizada e a seguir da ilustração. 
A fonte ou nota explicativa deve estar centralizada e abaixo da figura, 
em fonte Times New Roman, tamanho 10. 
Tabelas 
A legenda da tabela deve ser precedida pela palavra “Tabela” e pelo seu 
respectivo número. A posição do título é centralizada e acima da tabela. 
A fonte fica no final da tabela, também centralizada, tamanho 10, 
espaçamento simples entrelinhas e seguindo os padrões estabelecidos 
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
Gráficos 
Os gráficos apresentam dados numéricos em forma gráfica para 
melhor visualização. O mesmo procedimento de títulos deve ser 
adotado para os gráficos, ou seja, usar a palavra “Gráfico”, seu 
respectivo número e seu título. A posição do título é centralizada e 
acima do gráfico. A fonte fica no final do gráfico, também centralizada, 
tamanho 10 e espaçamento simples entrelinhas. 
Notas de rodapé 
As notas de rodapé devem ter o propósito de servir como apoio 
explicativo e devem ficar sempre no pé da página. A nota deverá estar 
separada do resto do texto por uma linha. As notas, a exemplo das 
figuras, também devem ser numeradas partindo de 1. Sugere-se 
utilizar o recurso de notas do próprio Word para inserir notas de 
rodapé no texto (comando: inserir notas). O próprio Word administrará 
a numeração. A posição do texto da nota no pé da página deve ser 
alinhada à esquerda. 
Palavras estrangeiras 
Sempre que possível, evite o estrangeirismo. Se for inevitável, use 
termos em língua estrangeira, estes deverão ser escritos usando o 
modo itálico. 
 
Agora é a hora de sintetizar tudo o que aprendemos nessa unidade. 
Vamos lá?! 
SINTETIZANDO 
Muitas são as dificuldades mencionados pelos estudantes diante das 
exigências estabelecidas para a elaboração de textos técnico-
científicos. As normas que regem a elaboração e a apresentação dessas 
produções exigem rigor em sua observação, por isso os critérios 
precisam ser compreendidos e a obediência às normas deve 
prevalecer. 
Sendo assim, iniciamos esta unidade abordando as principais técnicas 
de estudo, expondo detalhes sobre como é feita a leitura e a redação 
científica para que não reste dúvidas quanto aos termos. Na sequência, 
nos voltamos para os textos científicos, com enfoque na leitura e 
compreensão dos mesmos. 
Nos tópicos seguintes, abordamos os gêneros de trabalho acadêmico – 
resumo, resenha, esquema, fichamento, paper e artigo científico – 
explorando detalhes sobre cada um deles, com informações 
necessárias para diferenciá-los e produzi-los. 
Um dos pontos principais do conteúdo desta unidade também é 
apresentação gráfica, na qual expomos os detalhes de formatação 
exigidos conforme a norma ABNT, algo primordial em qualquer 
conteúdo acadêmico. 
Por fim, focamos nas normas metodológicas e elementos estruturais 
de um artigo científico, algo que também denota muita atenção e faz 
parte dasexigências técnicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXPLICANDO 
O argumento é um tipo de enunciado que fundamenta o ponto 
de vista e aumenta o poder de persuasão do texto, contribui 
para o trabalho de neutralização da figura do enunciador e para 
o efeito de objetividade do texto. Os tipos de argumentos mais 
usados na redação técnico-científica são os argumentos de 
autoridade, aqueles apoiados na consensualidade, os de 
comprovação pela experiência ou pela observação e de 
fundamentação lógica, entre outros encontrados durante a 
realização das pesquisas (FIORIN; PLATÃO, 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
	UNIDADE 1. Técnicas de estudo, artigo científico, gêneros acadêmicos e apresentação gráfica
	UNIDADE 1. Técnicas de estudo, artigo científico, gêneros acadêmicos e apresentação gráfica
	OBJETIVOS DA UNIDADE
	TÓPICOS DE ESTUDO
	Técnicas de estudo
	Leitura científica e redação científica
	ESTILO DA REDAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA
	PARÁGRAFO NO TEXTO TÉCNICO-CIENTÍFICO
	// Como devo iniciar a escrita? Como se deve iniciar um parágrafo?
	Textos científicos: leitura, compreensão de contextos e compreensão de intertextos
	Gêneros acadêmicos
	RESUMO
	RESENHA
	FICHAMENTO
	PAPER
	// O paper é
	// O paper não é
	ARTIGO CIENTÍFICO
	Ensaio científico
	APRESENTAÇÃO GRÁFICA
	Pré-textuais
	Textuais
	Pós-textuais
	ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
	ELEMENTOS TEXTUAIS
	// Introdução
	// Desenvolvimento
	// Considerações finais
	ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
	// Referências
	// Apêndice (opcional)
	// Anexo (opcional)
	APRESENTAÇÃO DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS
	// Formato de apresentação de elementos do texto:
	SINTETIZANDO

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