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Estudo do sistema urinário através das imagens

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1 
 
Radiologia | Eva Carneiro 
 
SISTEMA URINÁRIO – ESTUDO ATRAVÉS DAS IMAGENS 
 
Referências: Introdução à Radiografia 2ª ed. 
Anatomia Radiológica 
 Rins 
 Os rins localizam-se no retroperitônio, com seu polo superior geralmente relacionado com T12 
e seu polo inferior podendo se estender até L4. 
 Situam-se a cada lado da coluna vertebral, com o rim direito localizando-se aproximadamente 
2 cm abaixo do esquerdo. 
 O rim normal é uma estrutura em forma de feijão, cujo eixo longo direciona-se para baixo e 
lateralmente, paralelamente à borda lateral do músculo psoas de cada lado. 
 Movem-se moderadamente com a respiração e mudança de posição. O tamanho é variável. 
Em média, os rins de homens medem: direito, 12,9 × 6,2 cm; esquerdo, 13,2 × 6,3 cm. 
 Rins de mulheres medem: direito, 12,3 × 5,7 cm; esquerdo, 12,6 × 5,9 cm. 
 O contorno renal geralmente é liso, podendo ser lobulado em função da persistência das 
lobulações fetais unilateral ou bilateralmente. 
Sistema Pielocalicial 
 A pelve renal é a expansão achatada, infundibuliforme, da extremidade superior do ureter, 
com capacidade volumétrica de 3 a 10 cm³. 
 Apresenta uma porção intrarrenal e outra extrarrenal, com esta última geralmente sendo 
maior e tendo mais capacidade de distensão. O ápice da pelve é contínuo com o ureter. 
 A pelve recebe 2 ou 3 cálices maiores, cada um dos quais recebe 2 ou 3 cálices menores, que 
apresentam a forma de taça e são endentados pela papila renal, na qual se inserem os túbulos 
renais (Figuras 10.1 e 10.2). 
 
 
 Ureteres 
 
2 
 
Radiologia | Eva Carneiro 
 
 São estruturas tubulares, paralelas à coluna vertebral, com comprimento de 25 a 30 cm e 
lumens estreitos de cerca de 0,3 cm de diâmetro. 
 Conduzem a urina desde a pelve renal até a bexiga urinária, onde terminam no trígono 
vesical, formando os óstios ureterais a cada lado dos ângulos superiores deste trígono. 
 Os ureteres apresentam três reduções fisiológicas de calibre: na junção com a pelve renal, 
no cruzamento com as artérias ilíacas e em sua junção com a parede da bexiga (Figura 
10.3). 
 
 Bexiga 
 É uma víscera oca com paredes musculares fortes, caracterizada por grande capacidade de 
distensão. 
 Apresenta forma arredondada (homem) ou triangular (mulher), com capacidade média de 150 
cm³. Na criança, pode ter forma alongada. Quando pouco distendida, pode apresentar 
contorno com pregas grossas (Figura 10.4) 
 
 Uretra 
 A uretra masculina conduz urina do óstio interno da uretra, situado na bexiga urinária, até o 
óstio externo da uretra, situado na ponta da glande do pênis. 
 É clinicamente dividida em: posterior, compreendendo os segmentos bulbomembranoso e 
prostático; e anterior, composta da porção penoescrotal e do segmento peniano. 
 O segmento membranoso é aquele que passa através do músculo esfíncter externo da uretra 
e da membrana do períneo. 
 O calibre da uretra varia de 0,5 a 1,5 cm, de acordo com os segmentos e a pressão exercida 
sobre os mesmos (Figura 10.5). 
 
3 
 
Radiologia | Eva Carneiro 
 
 A uretra feminina, por sua vez, é curta e, portanto, não apresenta subdivisões. 
 
Radiografia Simples do Abdome 
• Baixa sensibilidade para partes moles. 
• Utiliza para avaliar calcificações → Maioria de oxalato de cálcio que aumenta radiodensidade 
(RADIOPACO), vista na radiografia simples; 
• Contraste aumenta acurácia → Venoso ou retrógrado para avaliar via miccional; 
OBS: Imagem abaixo do lado direito não tá obstruído, lembrar que ureter tem contração e como exame 
é dinâmico, só observo para ver como vai evoluir a excreção do contraste; 
 
 Faz parte dos exames contrastados do sistema urinário, precedendo-os. 
 Sua principal indicação é a pesquisa de calcificações ou massas na topografia deste sistema 
(Figura 10.6). 
 Havendo dúvida se uma calcificação está ou não no interior das vias urinárias, o estudo pode 
ser complementado com incidências oblíquas e ou de perfil. 
 Vale relembrar que algumas calcificações podem projetar-se sobre o sistema urinário sem dele 
fazerem parte: 
▸ Porção lateral da apófise transversa das vértebras lombares 
▸ Calcificações condrocostais 
▸ Calcificações pancreáticas (pancreatite crônica) 
▸ Calcificações na vesícula biliar (cálculos, bile calcária, calcificação da parede) 
 
4 
 
Radiologia | Eva Carneiro 
 
▸ Calcificações linfonodais Calcificações vasculares (flebólitos, placas de ateroma e 
aneurisma) 
▸ Calcificações em partes moles 
▸ Calcificações em massas tumorais Imagens opacas no tubo digestório 
▸ Artefatos 
▸ Outras. 
 
Urografia Excretora 
 Método radiográfico que possibilita a visibilização dos rins e particularmente das vias excretoras, 
sendo útil também para uma razoável avaliação funcional dos rins. 
Preparo: 
➢ Jejum 08 a 12 horas 
➢ Laxante, na véspera – pois, o acúmulo de fezes e de gases altera densidade que pode 
ser confundida com cálculos ureterais; ideal seria o paciente mais “limpo” possível; 
Técnica : 
➢ Radiografia simples do abdome em anteroposterior (AP). 
➢ É possível visualizar a loja renal pela presença da gordura perirrenal (Figura 10.7 A) 
Injeção intravenosa (IV) do meio de contraste iodado. Os rins eliminarão o contraste 
após a filtração glomerular, formando a UE, que possibilita a visualização e o estudo 
da anatomia do sistema urinário 
➢ Cinco minutos após administrado o contraste, faz-se a radiografia localizada das lojas 
renais, na qual podem ser analisados o nefrograma (aumento da densidade do 
parênquima renal) e o pielograma (aumento da densidade do sistema pielocalicial e 
ureter proximal) 
 
5 
 
Radiologia | Eva Carneiro 
 
➢ Utiliza-se, então, uma faixa adaptada à mesa do exame para fazer a compressão 
abdominal. Esta interrompe parcialmente o fluxo urinário, promovendo distensão do 
sistema pielocalicial que, assim, pode ser mais bem visualizado 
➢ Aos 10 min obtém-se outra radiografia localizada das lojas renais para, com a ajuda 
da compressão abdominal, estudar a anatomia do sistema pielocalicial 
➢ Após a descompressão, obtêm-se radiografias panorâmicas, geralmente aos 15 e aos 
25 min, para a observação de todo o aparelho urinário (Figura 10.7 B) 
➢ Radiografia localizada da bexiga cheia (pré-miccional) para avaliar possíveis 
alterações como: compressões extrínsecas da bexiga, que podem ser normais, no 
caso do útero, ou anormais, como no tumor prostático; e outras alterações como 
falhas de enchimento, divertículos etc. 
➢ Radiografia localizada da bexiga vazia (pós-miccional) para a avaliação do resíduo 
urinário Filmes tardios: quando há aparente exclusão funcional renal ou nefrograma 
débil, torna-se importante a obtenção de filmes tardios, com 180, 360 min ou até 24 
h. Este artifício torna possível a melhor avaliação das possíveis etiologias e, por vezes, 
identificar um local de obstrução. 
Ou seja: radiografia simples, infusão do meio de contraste iodado endovenoso, realizar imagens com 1, 3, 5, 10 
até 15 minutos – pois, a radiografia do minuto zero é importante para avaliar vascularização (já é pós-contraste); 
a dos 15min é para situações em que o paciente não consegue eliminar até esses 15min – então precisa fazer a 
radiografia seriada até a excreção. 
➢ Realizar compressão, se necessário – pois, a compressão do abdome diminui o 
espaço anteroposterior – importante: é contraindicada em cirurgias abdominais 
recentes, cálculo obstrutivo, massas abdominais, transplantados – PODE ROMPER 
POR PRESSÃO. 
OBS: Paciente precisa ser hidratado para evitar nefrotoxicidade; 
 
Indicações clínicas: 
➢ Litíase urinária 
➢ Obstrução urinária aguda ou crônica 
➢ Hematúria 
➢ Infecção urinária de repetição 
 
6 
 
Radiologia | Eva Carneiro 
 
➢ Anomalias congênitas genitourinárias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia 
Minuto 5 Minuto 10 
Minuto 0 → Vascularização 
Minuto 5 → tambémobserva vascularização, mas menos; 
Minuto 10 → parte coletora mais destacada que a parte vascular. 
Importante: dependendo do minuto pode ter contração do ureter, mas não necessariamente estenose. 
Obs: avaliar o tamanho, contorno, simetria e eixo renal. O polo renal inferior possui angulação mais 
anterior. 
 
7 
 
Radiologia | Eva Carneiro 
 
 
 
 
 
 
Uretrocistografia Retrógrada 
Método radiográfico em que é injetado contraste iodado, sob controle fluoroscópico, pela uretra. 
 É um exame realizado para o estudo de lesões uretrais. 
 O contraste é injetado retrogradamente, sendo feita a documentação contra o sentido 
fisiológico do fluxo. 
 As indicações de uretrocistografia retrógrada são: 
▸ Estudo pós-trauma de “queda a cavaleiro” 
▸ Suspeita de estreitamento uretral (Figura 10.14) 
 
• Outras indicações clínicas: 
➢ Estenoses; Divertículos e Fístulas 
Figura 10.14 – Uretrocistografia 
retrógrada. 
A. Redução de calibre na porção 
posterior do segmento peniano. 
B. Formação diverticular no 
terço médio do segmento 
peniano. 
C. Redução de calibre nos 
segmentos peniano e 
bulbomembranoso da uretra. 
Refluxo de contraste para 
glândulas prostáticas; cálculo 
vesical. 
D. Acentuada redução de calibre 
de todos os segmentos uretrais. 
E. Estenose no segmento bulbar 
da uretra (pós-traumática). 
 
1 – RIM D; 
▸ 2 – RIM E; 
▸ 3 – Cálice menor (6-14); 
▸ 4 – Cálice maior (2-3); 
▸ 5 – Pelve renal 
▸ 6 – Ureter 
 
 
8 
 
Radiologia | Eva Carneiro 
 
Uretrocistografia miccional 
Método radiográfico em que a bexiga é cateterizada usando técnica estéril e, sob controle 
fluoroscópico, é preenchida por contraste iodado. 
▸ É feita durante a micção de contraste previamente introduzido por via retrógrada na bexiga. 
 
FASE RETRÓGRADA: 
Uretrografia retrógrada ou primeira fase da miccional, mas pra fazer a 
retrógrada, precisa sondar e encher, para ver se volta. → Refluxo 
ureteral 
Esse exame não faz em mulheres devido à sobreposição óssea. 
OBS: pode pedir o exame com as duas fases. 
BEXIGA CHEIA 
 
 
 
 
 
 
Indicações clínicas: 
➢ Anomalias congênitas do trato urinário 
➢ Bexiga neurogênica 
➢ Pesquisa de refluxo vesicoureteral 
➢ Pesquisa de obstrução do trato urinário inferior, cuja causa mais frequente é o 
estreitamento da uretra prostática por hiperplasia prostática benigna. 
 
• Grau I – Refluxo só para o ureter. 
• Grau II – Refluxo até o rim, sem causar dilatação renal 
ou ureteral. 
• Grau III – Refluxo até o rim, causando pouca dilatação 
renal. 
• Grau IV– Refluxo até o rim, causando moderada 
dilatação renal. 
• Grau V– Refluxo até o rim, causando intensa dilatação 
renal e tortuosidade dos ureteres. 
 
 
9 
 
Radiologia | Eva Carneiro 
 
 
 
Ultrassonografia 
É um método de imagem que utiliza ondas sonoras em alta tensão, além da faixa sonora humana, para 
refletir estruturas dentro do corpo humano. 
➢ O ultrassom é um método bastante utilizado por ser exame de baixo custo, não invasivo e de 
fácil acesso, além de permitir o direcionamento do exame para a área suspeita. 
➢ Praticidade clínica, sendo utilizada primariamente como exame de triagem, também em 
procedimentos intervencionistas e acompanhamento longitudinal de doenças urológicas; 
➢ 2 cortes, transdutor convexo e de baixa frequência (avaliar estruturas profundas); 
➢ Cálculos são melhor visualizados na TC, mas se for grande é possível visualizar na USG (> 3mm). 
➢ Os cistos, com reforço acústico posterior e bem delimitado suas bordas; 
 
 As melhores imagens são obtidas com apneia ao fim da inspiração. 
 A variação na posição do paciente pode fornecer melhor visualização da área de interesse nos 
planos axial e longitudinal. 
 A porção distal dos ureteres costuma ser visualizada com a bexiga cheia. 
 Vale lembrar que a obesidade e a distensão abdominal dificultam o exame ultrassonográfico. 
A. Uretrocistografia miccional 
(criança). Redução de calibre na porção 
posterior da uretra (válvula de uretra 
posterior). 
B. Urografia. Refluxo vesicoureteral 
bilateral por válvula de uretra 
posterior. 
 
Fase miccional. 
 
 
 
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Radiologia | Eva Carneiro 
 
Ultrassom de vias urinárias 
➢ Ao solicitar, virão descritos: rins, bexiga e ureteres. 
➢ Transdutor para vias urinárias = convexo de baixa frequência pra ver maior profundidade 
OBS: Prof.ª pediu para descrever cisto: imagem anecoica homogênea de contorno bem delimitado, medindo X, 
no córtex/medula, apresentando reforço acústico posterior em polo superior do RIM direito/esquerdo. 
(CONTORNO, MEDIDA, LOCALIZAÇÃO) 
Então, para cálculo: imagem hiperecogênica contornos regulares, medindo X, localizadas em córtex renal no polo 
inferior do rim direito, ocasionando sombra acústica posterior. 
• Técnica : 
➢ Preparo: bexiga cheia no momento do exame 
➢ Decúbito dorsal e lateral 
➢ Cortes longitudinais e transversais são obrigatórios 
➢ Deve-se fazer varreduras intercostais, utilizando o fígado e o baço como janela 
➢ Através da USG é possível medir o tamanho dos rins (9 a 12 cm em seu maior eixo), 
se existem cálculos, cistos ou dilatações 
Ultrassonografia Renal 
 Trata-se de um bom estudo da anatomia renal, independentemente da capacidade funcional 
dos rins 
 A US renal é o exame mais importante para diferenciar um nefropata crônico de um agudo, 
por meio da identificação do tamanho dos rins (rins de tamanho pequeno indicam doença 
crônica, com apenas algumas exceções) 
 Excelente método para medir os diâmetros renais 
 Torna possível a diferenciação entre massas sólidas e líquidas (tumores, cistos, abscessos, 
hematomas etc.) 
 US com Doppler dúplex em cores pode ser utilizada para avaliar a vascularização renal, o que 
é particularmente importante na avaliação do paciente submetido a transplante renal 
Anatomia do Rim 
 
• Parênquima renal: periférico e hipoecogênico - contém o córtex e a pirâmide; 
• Seio renal – central e hiperecogênico: 
➢ Tecido adiposo, vasos linfáticos e inervações do SNA. 
➢ Ramos principais da artéria e veia renal e do sistema coletor (pelve renal). 
• Flexura do colo e gases + gradis costais – atrapalham a imagem da USG. 
• Córtex hipoecogênico e medula hiperecogênica; 
• As colunas podem ser hipertrofiadas representando tumor ou fisiológicas; base voltada pro 
córtex e ápice pra pelve. 
 
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Radiologia | Eva Carneiro 
 
Imagens 
Características dos Rins à Ultrassonografia 
 Características dos rins à ultrassonografia. 
 São estruturas elípticas no plano sagital e ovalares no plano axial. 
 Apresentam contorno regular e ecogenicidade homogênea em seu parênquima (Figura 10.11). 
 O parênquima renal periférico é hipoecogênico (mais preto), enquanto o seio renal, 
correspondente ao hilo, contendo os vasos e a pelve renal, é hiperecogênico (mais branco), 
principalmente por causa da gordura que circunda o sistema pielocalicial. 
 É possível diferenciar o córtex da medula, pois o primeiro apresenta menor ecogenicidade. O 
paciente com insuficiência renal crônica pode perder essa dissociação corticomedular. 
 
 Rim com aspecto normal 
➢ Podemos visualizar as partes: cortical, medular e seio renal. 
▸ A medular, em algumas situações, pode ficar mais hiperecoica. 
▸ Dependendo da patologia pode ter diferenciação da ecogenicidade. 
▸ O seio é só a parte central. 
OBS: na Nefrocalcinose/LES – medular super acesa 
➢ Como solicita o exame: 
▸ USG de vias urinarias 
▸ USG pélvico: útero e próstata 
Doença Renal Policística 
 É uma doença de origem genética, na qual os rins são progressivamente ocupados por massas 
de natureza cística. 
 O contínuo aumento de volume dos cistos leva a compressão e destruição das partes do 
parênquima renal adjacente, reduzindo gradativamente as lacunas de parênquima entre os 
cistos, até o seu desaparecimento. 
 Esta doença culmina em insuficiência renal e em rins em estágio terminal,tornando-se 
necessário transplante ou diálise. 
 A UE revela rins aumentados de tamanho, com contornos lobulados bilateralmente, pelves 
alongadas e cálices achatados. Pode revelar retenção variável do contraste em torno dos 
 
12 
 
Radiologia | Eva Carneiro 
 
cistos, correspondendo aos túbulos coletores dilatados. Ocorre estiramento das pelves e dos 
cálices renais por múltiplos cistos. 
 O nefrograma tende a ser débil, tardio e prolongado. 
 A US e a TC também demonstram claramente os cistos. O diagnóstico é corroborado pelo 
achado concomitante de cistos hepáticos. 
 
Cistos Renais 
 O cisto renal simples costuma ser uma lesão silenciosa, de pouca importância clínica, porém é 
a massa renal unifocal mais comum. 
 Constitui-se em massa ovoide ou arredondada, com líquido em seu interior, contorno regular 
e delimitada por cápsula. 
 Se houver crescimento, este costuma ser lento e pode determinar abaulamento do contorno 
renal com suave compressão do sistema pielocalicial. 
 Quando volumoso, pode provocar dor lombar. Não é incomum o sangramento intracístico. 
 A US é o exame de escolha para diagnóstico dos cistos renais simples, revelando lesão 
arredondada, de paredes lisas e limites bem definidos, de conteúdo anecoico e com reforço 
acústico posterior intenso. 
 
Biópsia Renal Guiada por USG 
Existem duas formas de se obter amostra do tecido do rim. 
• A mais praticada, biopsia renal percutânea, é realizada sob anestesia local, através de uma 
punção na zona lombar, onde com ajuda de uma agulha adequada (oca, com um mecanismo 
cortante), se irá retirar uma amostra do rim. 
➢ Esta punção apenas se realiza depois de se localizar exatamente o rim, através de uma 
ecografia ou de técnicas radiológicas. 
• A segunda forma, apenas usada quando na impossibilidade de se recorrer à biopsia renal 
percutânea, consiste numa pequena cirurgia na zona lombar, tendo assim acesso direto ao 
rim, de onde se retirará uma amostra. A este método é dado o nome de biópsia cirúrgica renal. 
 
13 
 
Radiologia | Eva Carneiro 
 
 
 
 
Existem diversas indicações que levam o médico a decidir-se por uma biópsia renal. 
Principais indicações: 
➢ Presença de sangue constante na urina (hematúria); 
➢ Insuficiência renal crónica; 
➢ Hematoproteinuria persistentes; 
➢ Presença de proteínas persistente na urina (Proteinúria>2,5g/24h); 
➢ Síndrome nefrótica; 
➢ Insuficiência renal aguda (geralmente sem uma causa conhecida ou com uma duração 
prolongada); 
➢ Alterações renais associadas a doenças sistémicas. 
➢ Transplante Renal 
 
Sendo a biopsia renal percutânea um método invasivo, existem diversas 
contraindicações , tais como: 
➢ Existência de apenas um rim; 
➢ Rins policísticos (doença policística renal); 
➢ Rins atrofiados (Rins de dimensões reduzidas); 
➢ Mudança da coagulação nos exames de sangue; 
➢ Vias urinárias obstruídas (Hidronefrose); 
➢ Existência de hipertensão arterial não controlada; 
➢ Existência de infeção urinária ativa; 
➢ Lesões de pele no local de entrada da agulha; 
➢ Hematúria isolada persistente; 
➢ Proteinúria ligeira (1 a 2g/dia), mantida e isolada (isto é, sem agravamento nítido e não 
acompanhada de hematúria, hipertensão arterial, insuficiência renal ou alterações do 
complemento). 
Existem ainda as situações onde os pacientes não se mostram cooperativos, normalmente relacionado 
com o receio de agulhas, que provocam pânico, impedindo por vezes a realização do procedimento. 
➢ Contraindicação – infecção urinaria ativa e alteração de coagubilidade; 
Ultrassonografia de Bexiga 
O que avaliar? 
 
14 
 
Radiologia | Eva Carneiro 
 
• Dimensões 
• Espessamento da parede 
• Lesões intravesicais 
OBS (aula): 
• Volume – transdutor transverso (latero-lateral) + longitudinal (diâmetro anteroposterior e 
craniocaudal) multiplicar 3 valores. E depois, multiplica por 0,52 (volume geral para outros 
órgãos sólidos); 
• Próstata abaula a parte inferior da bexiga. – Não confundir com coágulo. 
• Coágulo x vegetação – diferenciar com doppler ou modificando o decúbito do paciente 
• Incidentaloma – avaliação de próstata e vejo alteração da bexiga. Pesquiso outra área e sem 
querer encontro outro achado. 
• Bexiga pode ter cálculo também. Existe cálculo direto na bexiga, por exemplo por Proteus. É 
um produtor. Aparece hiperecoico e com reforço acústico posterior. 
• No seio renal: doppler para visualizar vasos. 
Imagens 
 
➢ OBS (AULA): Bexiga vazia (tetraédrica); bexiga cheia (oval); 
 
 
Tomografia Computadorizada 
Pode ser realizada com ou sem contraste 
Vantagens 
• Detalhe anatômico – Só diferencio córtex de medula pelo contraste; 
• Contrastação entre parênquima renal e gordura perirrenal; 
• Avaliação de limites e relações; 
Bexiga com 
aspectos USG 
normais 
 
 
USG via abdominal 
evidenciando lesão 
vegetante 
intravesical 
 
Rx simples 
do abdome 
- Cálculo no 
trajeto 
ureteral à 
direita 
(seta). 
TC sem contraste no plano coronal- 
2 cálculos agrupados no ureter 
direito (seta), (não identificado no 
Rx pelas pequenas dimensões). 
Nota-se, assim, uma dilatação 
ureteropielocalicinal a montante e 
densificação dos planos gordurosos 
perirrenais e periureterais à direita 
(pontas de setas). 
 
 
 
15 
 
Radiologia | Eva Carneiro 
 
• Avaliação vascularização renal – ANGIO TC 
Desvantagens 
• Não diferencia as estruturas internas (sem contraste) 
Indicações: 
• Nódulos, cistos e massas renais 
• Litíase 
• Pós trauma 
• Estadiamento tumoral 
• Avaliação vascular 
Imagens 
 
 
Tomografia computadorizada de abdome sem 
contraste intravenoso com reconstrução 3D e 
reformatação coronal só para demonstrando 
as relações anatômicas dos rins (ausência dos 
rins) 
• Rim direito – adrenal / fígado / flexura 
hepática do colón / 
• Rim Esquerdo – suprarrenal / baço / 
estômago/ pâncreas / flexura 
esplênica 
• Colunas, Seio renal, Pelve e Pirâmides 
 
TC com contraste IV, fase 
corticomedular: 
➔ reconstrução multiplanar 
evidenciando a estrutura 
anatômica interna dos rins. 
▪ C: córtex renal. 
▪ B: coluna de Bertin. 
▪ P: pirâmides. 
▪ S: seio renal. 
▪ pl: pelve renal. 
Observe a extensão inferior da fáscia 
perirrenal (setas) 
 
 
 
16 
 
Radiologia | Eva Carneiro 
 
 
▸ A → Fase pré-contraste. 
▸ B → Fase arterial/corticomedular: presença de artéria polar inferior à esquerda. 
▸ C → Fase nefrográfica. 
▸ D → Fase tardia com contrastação do sistema coletor e ureteres no plano da imagem. 
 
Litíase urinária 
• Formação de cálculos no aparelho urinário; 
• Cálculos: 
▸ Oxalato de cálcio (maioria) 
▸ Estruvita (5-15%) 
▸ Ácido úrico (5-10%) 
 
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Radiologia | Eva Carneiro 
 
• A UE é utilizada para determinar com maior exatidão se a opacidade (possível cálculo) está 
ou não no sistema urinário e, ainda, para determinar suas implicações. 
• Quando um cálculo promove obstrução ureteral, geralmente ocorre aumento de densidade 
do parênquima renal (nefrograma) causado por redução do fluxo urinário através dos ductos 
coletores (estase). 
• É comum a dilatação a montante da obstrução e o rim ipsilateral geralmente está aumentado 
de volume. 
• O local mais comum de impactação dos cálculos é a junção ureterovesical. 
• Vale lembrar os locais de estreitamento fisiológico do ureter: junção da pelve renal com o 
ureter, cruzamento com as artérias ilíacas e junção ureterovesical, nos quais há maior 
probabilidade de impactação. 
• A urografia pode revelar, em pacientes com cálculo obstruinte, achados clássicos de 
hidronefrose. 
 
Protocolo da Litíase 
 Aquisição de todo o trato urinário, desde o polo superior dos rins até a bexiga. 
 Realizada reconstrução em plano coronal (detecta microcálculos) e axial. 
 
Métodos de imagem para a avaliação da l itíase 
Radiografia Abdominal➢ Sensibilidade de 45 a 85%; 
➢ Relatório deve constar: 
▸ Número e tamanho dos cálculos; 
▸ Localização (rins, ao longo do trajeto ureteral, bexiga) 
 
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▸ Fatores que possam limitar a análise (presença de gás ou de conteúdo fecal em alças 
intestinais, flebólitos, etc). 
Urografia excretora 
➢ Sensibilidade de 70% e especificidade de 95%; 
➢ Permite determinar: 
▸ Localização e tamanho do cálculo; 
▸ Hidronefrose; 
▸ Função renal. 
➢ Desvantagem: 
▸ Falha na detecção da cálculos urinários em até 31 a 48% dos casos. 
▸ Constraste iodado endovenoso. 
➢ Por isso, seu uso é limitado! 
Ultrassonografia 
➢ Método limitado, apresenta baixa sensibilidade pois: 
▸ Interposição Gasosa Intestinal; 
▸ Cálculo pode não apresentar SAP; 
▸ Examinador dependente; 
▸ Biótipo do paciente. 
▸ Não é boa para detecção de cálculos urinários (principalmente ureterais) 
➢ É útil: 
▸ Crianças e gestantes; 
▸ Detecta cálculos radiotransparentes; 
▸ Detecta Hidronefrose; 
▸ USG Doppler colorido em pacientes com litiase renal: Detecção de twinkling artifacts. 
Tomografia Computadorizada sem contraste 
➢ PADRÃO OURO! 
➢ Sensibilidade de 95 a 98% e especificidade de 96 a 100%; 
➢ Vantagens: 
▸ Exame rápido; 
▸ Detecta cálculos de todos os tamanhos; 
▸ Permite o diagnóstico de outras condições que podem simular cólica renal. 
Cistite 
• O diagnóstico de cistite bacteriana aguda é clinico, por isso geralmente é desnecessária a 
investigação por imagem. 
• Comum em mulheres sexualmente ativas. 
• Manifesta-se por discreto espessamento mural com impregnação anômala da mucosa, que 
pode ser focal ou difusa. 
• A investigação por imagem, todavia, deve ser sempre realizada em pacientes com tratamento 
refratário, pois eles podem ser portadores de alguma anormalidade que propicia a 
manutenção da infecção, como, por exemplo: cálculos, divertículos, fistulas ou até mesmo 
abscessos perivesicais. 
 
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Pielonefrite aguda (PNA) 
• É a infeção do parênquima e da pelve renal, inclusive túbulos e interstício; 
 As bactérias acometem o rim pela via hematogênica ou ascendente, através do ureter. O curso 
da doença renal aguda é, assim, determinado pela agressividade do agente infeccioso, pela 
resposta imune do paciente e pelas condições predisponentes (p. ex., obstrução urinária). 
 A pielonefrite aguda apresenta achados urográficos positivos em 25% dos casos não 
complicados. Os achados incluem: aumento renal, intensidade reduzida do nefrograma, 
densidade reduzida do contraste e retardo no tempo de aparecimento calicial, distorção e 
atenuação dos cálices, além de ectasia pielocalicial. 
 A TC revela melhor os achados positivos, principalmente na fase contrastada. 
 A pielonefrite enfisematosa é uma forma rara de infecção, que pode acometer diabéticos e 
pacientes com obstrução do trato urinário. O achado de gás no rim e ao seu redor, no paciente 
com quadro agudo, sugere o diagnóstico. Os microrganismos que isoladamente formam gás 
são Escherichia coli e Proteus vulgaris. O rim afetado geralmente não funciona bem. Este tipo 
de pielonefrite é uma forma necrosante grave, indicando destruição substancial do 
parênquima renal. 
 A pielonefrite crônica é caracterizada pelos seguintes sinais: lesão predominante nas 
pirâmides, rins assimétricos, retração cortical, contorno irregular causado por fibrose e cálices 
renais abaulados (Figura 10.22). 
 
Achados de imagem: 
➢ Urografia excretora 
➢ US 
➢ TC 
▸ Método de escolha para PNA, principalmente quando complicações são suspeitadas; 
▸ Pode caracterizar condições patológicas intra e extrarrenais; 
▸ Os achados diagnósticos da PNA só começam a aparecer na fase pós-contraste 
endovenoso; 
▸ A fase excretora do exame é particularmente útil na presença de sinais de obstrução 
do trato urinário. 
 
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➢ RM 
Principais achados na Tomografia Computadorizada 
• Uma ou mais áreas estriadas bem definidas de hipoatenuação, estendendo-se do sistema 
coletor até a cápsula renal; 
• Estriações dos contornos renais e espessamento da fáscia de Gerota; 
• Pouca definição da gordura perirrenal; 
• Obliteração do seio renal. 
Imagens 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ressonância Magnética 
• Complementação diagnóstica 
• Excelente avaliação anatômica 
 
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Indicações: 
▸ Nódulos, cistos e massas renais 
▸ Estadiamento tumoral 
▸ Avaliação vascular 
▸ Baixa sensibilidade para detecção de cálculos renais 
▸ Indicado para situações de contraindicação do contraste iodado (RM é com gadolínio); 
▸ Dificuldade em detectar cálculos e na diferenciação destes com coleção gasosa; 
▸ Muito utilizado nas crianças para evitar exposição à radiação. 
Imagens 
 
 
 
 
 
T2 – parte medular mais 
intensa em relação à parte 
cortical – tudo brilha no rim! 
T1 – os cálices estarão mais 
hipointensos! 
Gordura hiperintensa tanto 
em T1 quanto em T2

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