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Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 1 Material de Estudo Certificação de Competências TÉCNICO EM MECÂNICA Elementos de Máquinas AVI Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 2 Conceito de Máquinas Máquina é todo dispositivo capaz de transformar a energia (elétrica, mecânica, hidráulica, etc.) em trabalho útil. Exemplos de máquinas: Motor de automóvel • Lavadora de roupas • Compressor de ar Máquina Industrial As máquinas industriais são capazes de transformar um material (aço, alumínio, plástico, etc.) em um produto acabado, conforme especificações de um projeto/desenho. Exemplos de máquinas industriais: Torno Mecânico • Retificadora de motores • Furadeira Industrial Elementos de Máquinas Elementos de máquinas são as peças fabricadas e montadas em conjunto para possibilitar o funcionamento de uma máquina industrial. Exemplos de elementos de máquinas: Engrenagens • Rolamentos Correias • Polias • Eixos • Parafusos Figura 01 – Máquina industrial ( Retifica de motores) Figura 02 – Elementos de máquinas ............................................................. ( Rolamento) Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 3 ENGRENAGENS Engrenagens são rodas com dentes padronizados que servem para transmitir movimentos de rotação e transmitir força entre dois eixos. Também são usadas para reduzir o número de rotações (r.p.m.) e inverter o sentido da rotação de um eixo para o outro. Figura 03 – Engrenagens – caixa de cambio Aplicações das engrenagens As engrenagens são uma das principais peças utilizadas em equipamentos mecânicos, máquinas e veículos. As engrenagens são utilizadas nos mecanismos na maioria das máquinas industriais. Exemplos de aplicações das engrenagens: Caixa de marchas, Bomba de óleo e Diferencial de veículos F • Tornos mecânicos • Redutores de velocidade de máquinas industriais. Figura 06 – Bomba de óleo Figura 07 - Caixa de marchas de veículos Figura 05 – Diferencial de veículos ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 4 Principais Tipos de Engrenagens Dependendo do mecanismo da máquina ou do veículo utiliza-se deferentes tipos de engrenagens: - Engrenagem Cilindrica de Dentes Detos - Engrenagem Cilíndrica de Dentes Helicoidais - Engrenagens Cônicas de Dentes Retos ou Helicoidais - Engrenagem e Cremalheira - Coroa e Rosca Sem - Fim (Parafuso Sem – Fim) As engrenagens utilizadas em máquinas industrias, geral,[memte são fabricadas de aço liga cementado ( SAE 4340 ou SAE 8620 ) A coroa da rosca sem fim, é fabricada com Bronze fosforoso (TM- 24 ) Figura 09 - Engrenagem de Dentes ,,,,,,,,,,,,,,,,,,, ,,,,Helicoidais Figura 10 - Engrenagem Cônica ........... Figura 08 - Engrenagem de Dentes Retos RReRetos.....................Retos Figura 11 - Engrenagem e Cremalheira Figura 12 – Coroa e Rosca Sem-Fim Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 5 Características da Engrenagem Cilíndrica de Dentes Retos Transmite o movimento de rotação somente entre eixos paralelos Tem capacidade para transmitir muita força Gera ruídos durante o funcionamento Necessita de pouca lubrificação durante o funcionamento Indicada para mecanismos com menores rotações (inferior a 1500 rpm) Aplicações das Engrenagens de Dentes Retos Mecanismo de máquinas industrias - Torno mecanico, furadeiras , máquina de serrar , mecanismo da marcha ré de veíulos Características da Engrenagem Cilíndrica de Dentes Helicoidais Transmite movimento de rotação enre eixos paralelos Necessita de muita lubrificação durante o funcionamento Trabalha com alta rotação (maior que 1000 rpm) Praticamente, não gera ruídos durante o funcionamento Redução da rotação limitada (máximo de 1:8 por par) Aplicações das Engrenagens de Dentes Helicoidais Caixa de marchas de veículos, Redutores de velocidade de maquina industrial, Mecanismo de fresadoras, Mecanismos de furadeiras Características da Engrenagem Cilíndrica Cônica Transmite o moviento de rotação entre eixos perpendiulares (eixos a 90º) Podem possuir dentes retos ou dentes helioidais, dependendo da rotação Realiza pequenas reduções de rotação. Exemplos: 1;2, 1:3 Aplicações das Engrenagens Cônicas Diferencial de veículos, Movimento da mesa de máquinas industriais Figura 13 - Engrenagem de Dentes.Retos ( ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,(Marcha Rè do cambio) Figura 14 - Engrenagem de dentes ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,Helicoidais 90º Figura 15 – Engrenagem CônicaFigura 15- Engrenagem Cônica Figura 15- Engrenagem Cônica Figura 15- Engrenagem Cônica Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 6 Características da Engrenagem e Cremalheira Transforma o movimentode rotação em movimento retilíneo e vice-versa. Indicada para mecanismos com baixas velocidades Aplicações da Engrenagem e Cremalheira Mecanismo da direção de veículos, Mecanismos de Portões de garagem, Mecansmo do carro de avaço no torno mecânico, Figura 16 – Transformação do movimento circular para o retilineo Característias da Coroa e Rosca Sem - Fim Realiza grandes reduções de rotação (Exemplos:1:30,1:50,1:80) Diminui o atrito entre a coroa e o parafuso com rosca sem fim Fabricada o materiais diferentes (Bronze e Aço) A coroa gira com baixa rotação(RPM) Aplicações da Coroa e Rosca Sem - Fim Veículos SUV têm rosca sem fim no sistema de Direção Redutores de velocidade de equipamentos industrias Mecanismos de Portões de garagem, Sistema de direção de veículos pesados Figura 17 – Engrenagem Cremalheira Figura 15- Engrenagem Cônica Figura 15- Engrenagem Cônica Figura 15- Engrenagem Cônica Figura 18 – Rosca Sem-Fim de Veículos SUV Figura 15- Engrenagem Cônica Figura 15- Engrenagem Cônica Bronze Rosca Sem - Fim (Aço) Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 7 Elementos básicos da engrenagem Para a construção da engrenagem é necessário considerar os elementos básicos. Cálculo do Módulo (M) O módulo (M) de uma engrenagem é a medida que representa a relação entre o diâmetro primitivo (Dp) dessa mesma engrenagem e seu número de dentes (Z). Essa relação é representada matematicamente pela seguinte fórmula: Esta é uma fórmula padrão para engrenagens de dentes retos, pois através dela são deduzidas as fórmulas para calcular do diâmetro primitivo (Dp) e do número de dentes (Z) Dp = M · Z Z = Dp M Com o valor do módulo (M) e do número de dentes (Z) determina-se, através de uma tabela, a ferramenta (Fresa) a ser usada para usinar a engrenagem, utilizando a máquina fresadora. . P = Passo (distância entre os dentes) h = Altura do dente a = M =Módulo (cabeça do dente) DP = Diâmetro Primitivo Z = Número de dentes da ......engrenagem M Figura 19 – Elementos básicos da engrenagem Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 8 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS Exercício Resolvido 1 Calcular o diâmetro primitivo DP de uma engrenagem cilíndrica de dentes retos, sabendo que o módulo M = 3 mm e o número de dente Z = 90 Solução Dp = M . Z Dp = 3 . 90 Dp = 270 mm Exercício Resolvido 2 Calcular o número de dentes da engrenagem que tenha um diâmetro primitivo (Dp) de 240 mm e um módulo (M) igual a 4 mm Solução Z = Dp Z = 240 Z = 60 dentes M 4 Exercício Resolvido 3 Calcular o módulo (M) de uma engrenagem cilíndrica com 28 dentes retos cujo diâmetro primitivo (Dp) é igual a 168 mm Solução M = Dp M = 168 M = 6 mm Z 28 Dp M Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 9 PARAFUSOS Parafusos são elementos de fixação, empregados na união não permanente de peças, isto é, as peças podem ser montadas e desmontadas facilmente, bastando apertar e desapertar os parafusos que as mantêm unidas. Os parafusos se diferenciam pela forma da rosca, da cabeça, da haste e do tipo de aperto. Parafuso de cabeça sextavada Em desenho técnico, esse parafuso é representado da seguinte forma: Figura 20 – Desenho de parafuso com cabeça sextavada Aplicação do parafuso com cabeça sextavada Em geral, esse tipo de parafuso é utilizado em uniões em que se necessita de um forte aperto, realizado com auxílio da chave de boca ou estria. Esse parafuso pode ser usado com ou sem a porca Figura 21 – Parafuso com cabeça sextavada Figura 22 – Fixação de peças, com parafuso e Arruela Figura 23 – Fixação de peças, com parafuso e Porca Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 10 Parafusos Automotivos do cabeçote do motor Os parafusos automotivos de cabeçote do motor são itens essenciais que garantem a integridade e funcionamentodo bloco do motor. Eles possuem especificações devidamente projetadas para trabalho contínuo em temperatura e desgaste específicos, são peças muito importantes quanto as outras do motor Classe de resistência o parafuso Conforme a norma DIN 931, o numero gravado geralmente na superfície superior da cabeça do parafuso, indica sua resistência (Ex.: 8.8). Logo, quanto maior for o numero gravado, maior será a resistência a tração do parafuso. Caso venhamos a selecionar dois parafusos M10, com classes diferentes, conseqüentemente, teremos diferentes resistências. Como interpretar a marcação na cabeça do parafuso? A numeração representa a classe de resistência que o parafuso possui. Se um parafuso em sua cabeça a inscrição 8.8 interpretamos assim: O “primeiro” oito representa 8 x 100 N/mm² = 800 N/mm² Figura 26 – Classe de Resistência do parafuso que representa o mínimo de resistência a tração do parafuso O “segundo oito”, na verdade 0,8 quer dizer 80% da tração = limite de escoamento de 640 N . mm² ou seja (800 N/mm² x 0,8) = 640 N . mm² Figura 25 – Parafusos do cabeçote do motor Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 11 Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 12 ROLAMENTOS Os rolamentos são elementos de m´quinas que têm a finalidade de diminuir o atrito entre peças girantes. (eixos, engrenagens, polias, etc.) Os rolamentos também contribuem para diminir o nível de vibrações e ruídos durante o funcionamento do veículo e de máquinas industriais Classificação dos rolamentos Rolamentos Radiais Rolamentos Axiais Rolamentos Mistos Os rolamentos radiais suportam somente Carga Radial Os rolamentso Axiais suportam somente Carga Axial Os rolamentso Mistos suportam tanto Cargas Radiais quanto Cargas Axiais Outros tipos de Rolamentos Rolamento de Esferas Rolamento de Rolos Cônicos Rolamento de Rolos de Agulhas Rolamento Blindado (protegido) Rolamento de Agulhas .. Figura 31 – Atuação das cargas nos Figura 27 – Rolamento de esferas Figura 31 - Rolamento Figura 28 – Carga Radial Figura 29 – Cargas Axial Figura 30– Cargas Mistas Figura 31 – Representação de rolamentos em catálogos técnicos Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 13 Figura 32 – Rolamento Radial utilizado ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,na caixa de Cambio Figura 33 – Rolamento Axial utilizados ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,na embreagem Figura 34 – Rolamento Misto ............................ Utilizado no Diferencial Figura 35 – Rolamento Blindado ( Z ) ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,Utilizado no cubo da roda Figura 36– Rolamento de Rolos Cônicos Figura 37 – Rolamento de Rolos de Agulhas ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, ,,,,,,, Utilizado no Diferencial Utilizado no sistema de sincronismo da caixa de marchas Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 14 MANCAIS Mancais são elementos de máquinas que permitem o apoio dos eixos de equipamentos mecânicos. Tipos de Mancais Mancal de Rolamento Mancal de Deslizamento Os Mancais de Rolamento são utilizados para fixar os rolamentos, O anel externo do rolamento é fixado no furo do mancal, enquanto que o anel interno do rolamento é fixado diretamente ao eixo, Figura 38 – Mancal de Rolamento Os Mancais de Deslizamento são usados em máquinas pesadas de baixa rotação, porque a baixa velocidade evita superaquecimento dos componentes expostos ao atrito Figura 39 – Mancal de deslizamento Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 15 CORREIAS E POLIAS Quando em funcionamento, as polias e correias têm a finalidade de transferir movimentos e força de um ponto para outro da máquina. Polias Polias são elementos máquinas, com o formato circular, geralmente com canais periféricos. Elas são acopladas aos eixos de motores elétricos para transmitir o movimento de rotação para maquinas e equipamentos. Para funcionar, as polias necessitam da presença das correias. Geralmente as polias são fabricadas com aço carbono, ferro fundido ou alumínio. As polias são classificadas em três grupos: Polias Planas, Polias Trapezoidais (canal em “V”) e polias dentadas CORREIAS Correias são elementos de máquina usados juntamente com duas polias (motora e conduzida) para transmissão de movimento de rotação entre o motor e a parte útil de máquina ou equipamento. A grande maioria das correias são fabricadas com borracha sintética revestida de lona. Figura 40 – Montagem das Polias e Correias Figura 41 - Tipos de Polias Figura 42– Correia Trapezoidais ( em “V” ) .. Figura 43 - Correia trapezoidal (em V ) Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 16 Correia Dentada As correias dentadas são usadas para transmitir movimento do motor com SINCRONISMO para os eixos. ACOPLAMENTOS Relação de Transmissão entre Correias e Polias ( i ) Relação de transmissão representa o número de voltas que uma polia dá em relação a outra ou então quantas vezes uma polia é maior que a outra. Exemplo: i = 3 (significa que enquanto a polia menor dá uma volta a polia maior dá apenas ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,uma volta) 1:3 Exercício Resolvido 1 Um motor elétrico possui uma polia de 160 mm de diâmetro gira com 900 r.p.m. e move um eixo de transmissão cuja polia tem 300 mm de diâmetro. Calcular a rotação do eixo da máquina ( n2 ) n1 = 900 r.p.m. n2 = ? D2 = 300 mm Figura 44 - Correia Dentada Figura 45 - Correia dentada sincronizada n2 = d1 . n1 ,,,,,,,,,,,,,,D2 D2 = d1 . n1 ,, n2 Fórmula para calcular a rotação da polia menor (motora) Fórmula para calcular a rotação da polia Maior (movida) D2 n2 d1 n1 n1 = Rotação da polia menor (motora) n2 = Rotação da polia Maior(movida) d1 = Diâmetro da polia menor (motora) D2 = Diâmetro da polia Maior (movida) Fórmulas para Cálculos de Correias e Polias n1 = D2. n2 ,,,,,,,,,,,,,, d1 d1 = D2. n2 ,,,,,,,,,,,,,, n1 n2 = d1 . n1 ,,,,,,,,,,,,D2 n2 = 160 x 900 ,,,,,,,,,,,,, 300 n2 = 480 r.p.m. n2 n1 d1 = 160 mm Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 17 Exercício Resolvido 2 Uma polia motora com 100 mm de diâmetro gira a 3600 r.p.m. Sabendo que a polia movida gira com uma rotação de 1200 r.p.m. Calcular o diâmetro da polia movida (maior). Solução n1= 3600 n2 = 1200 D2 = ? d1 = 100 Exercício Resolvido 3 Um motor elétrico possui uma polia de 200 mm de diâmetro gira com 800 r.p.m. e move um eixo de transmissão cuja polia tem 320 mm de diâmetro. Calcular a rotação do eixo. Solução n1 = 900 r.p.m. n2 = ? D2 = 320 mm d1 = 200 mm Exercício para você fazer Uma polia motora tem 80 mm de diâmetro. Sabendo-se que a polia movida tem 320 mm de diâmetro e desenvolve 600 r.p.m. Determinar a rotação da polia motora. n1 = D2 . n2 ,,,,,,,,,,, ,,,, d1,,,,,,,, n2 = d1 . n1 ,,,,,,,,,,,,D2 n2 = 200 x 800 ,,,,,,,,,,,,, 320 n2 = 500 r.p.m. n1 = ? n2 = 600 D2 = 320 D1 = 80 Resposta: n1 = 2400 r.p.m. D2 = d1 . n1 ,,,,,,,,,,,,n2 D2 = 100 x 3600 ,,,,,,,,,,,,, 1200 D2 = 300 mm D2 d1 Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 18 Comprimento da Correia Nos conjuntos mecânicos, pode ter várias combinações de polias e correias. Assim, é possível combinar polias de diâmetros iguais, movidas por correias. D = Diâmetro da polia = 20 mm C = Distância entre centros = 40 mm ,,,, Fórmula para calcular o comprimento L da correia (diâmetros das polias iguais) L = P1 + P2 + (2 . C) Primeiro devemos calcular o perímetro da metade da circunferência (semi - círculo) e depois somamos os dois segmentos de reta C correspondentes à distância entre os centros dos eixos. Matematicamente, isso pode ser colocado em uma fórmula Perímetro do semi-circulo P1 = 3,14 . D P1 = 3,14 . 20 P1 = 31,4 ,,,, 2 2 P2 = 3,14 . D P2 = 3,14 . 20 P2 = 31,4 ,,,, 2 2 L = P1 + P2 + 2 . C L = 31,4 + 31,4 + (2 . 40) L = 142,8 mm Tendo as polias com Diâmetros Diferentes, temos que Utilizar a medida do RAIO que é a metade do diâmetro R = Raio da polia maior = 25 r = Raio da polia menor = 10 C = Distância entre os centros = 45 Fórmula para calcular o comprimento L da correia L = 3,14 . ( R + r ) + 2 . C2 + ( R - r ) P1 P2 L = 204,76 mm Para converter a medida do comprimento em Polegadas , temos que dividir o valor calculado por 25,4 mm 204,76 = 8,06 8“ 25,4 Correia A - 8 R r C = 45 Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 19 ACOPLAMENTOS São elementos de máquinas usados na transmissão de máquinas com objetivo de unir duas extremidades dos eixos de equipamentos distintos transmitindo força. Os acoplamentos têm a finalidade de: Absorver desalinhamento entre os eixos; Absorver, parcialmente, choques em um dos eixos; Amortecer vibrações, relacionadas com a torção; Proteger máquinas e equipamentos de sobrecarga funcionando como fusível mecânico Classificação dos Acoplamentos Os acoplamentos podem ser classificados de; Rígidos Flexíveis (Elásticos) Móveis Pneumáticos Acoplamentos Rígidos Não possuem qualquer flexibilidade, são torcionalmente rígidos, não absorvendo choque e vibrações. Também não admitem qualquer tipo de desalinhamento. Os acoplamentos rígidos são usados em mecanismos que têm necessidade de sincronismo e reversões de rotação. Acoplamentos flexíveis (Elásticos) Também denominados de acoplamentos elásticos, são constituídos de duas partes metálicas e um elemento de material não metálico (borracha, poliuretano ou outro material sintético) entre elas. Acoplamentos móveis (Altamente flexíveis) Principalmente aplicado em equipamentos acionados por motor de combustão interna, o momento de torção é transmitido pelo elemento elástico, suavizando choques de engates e reversões. As vibrações de torção também são reduzidas sensivelmente, eliminando totalmente ou parcialmente o ruído da caixa de transmissão ou máquina acoplada em baixa rotação. Acoplamentos pneumáticos O Acoplamento Pneumático foi desenvolvido, especialmente para proteger transmissões e máquinas dos efeitos destrutivos das oscilações de torque de alto momento de torção, associados com máquinas de combustão interna, bombas alternativas, compressores, moinhos, etc. Figura 46 - Acoplamento unido o motor e a bomba d’ água Figura 47 – Acoplamento, unindo o eixo do motor com o da bomba Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 20 Figura 48– Acoplamento rígido (aberto) Figura 49 – Acoplamento rígido (fechado)Figura 50 – Acoplamento flexível (aberto) Figura 51 – Acoplamento flexível (fechado) Figura 7– Acoplamento pneumático Figura 53 – Acoplamento móvel (aberto e fechado Figura 52 – Acoplamento Flexível em corte Alavanca de acionamento nnnnnFigura 54 – Acoplamento Pneumático Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 21 CHAVETAS. É um elemento mecânico fabricado em aço. Sua forma, em geral, é retangular ou semicircular. A chaveta se interpõe numa cavidade de um eixo e de uma peça. A chaveta tem por finalidade ligar dois elementos mecânicos, que têm movimento giratório Principais tipos de chavetas Chavetas paralelas -lua (Woodruff) Figura 57 – Chaveta Woodruf em eixo cônico Figura 58 – Desenho de montagem da Chaveta Woodruf Órgãos móveis do motor automotivo Um motor de combustão interna funciona a partir de queimas sucessivas dentro de um cilindro hermeticamente fechado. Para que isso ocorra, é necessários componentes que transformem o movimento retilíneo alternativo dos pistões, em movimento circular na árvore de manivelas. A todos esses componentes participantes desses movimentos dentro do bloco do motor, chamamos Conjunto Móvel Figura 56 – Chaveta com cabeça Figura 55 – Chaveta paralela Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 22 (órgãos móveis) O conjunto móvel é composto por: Pistão, Biela, Virabrequim. Válvulas, Volante do motor,eixo de comando de válvulas,molas,Correia dentada (Corrente) Além disso, o conjunto móvel é alojado em suportes lubrificados por pressão, chamados de Mancais. Os mancais não podem estar em direto contato com a árvore de manivelas, pelo que seu desgaste se daria prematuramente. Para que isso não ocorra são utilizadas bronzinas Figura 59– Partes móveis do motor a combustão PISTÃO Também chamado de êmbolo, o pistão possui forma cilíndrica (na verdade, elíptica), se desloca dentro do cilindro do motor em movimentos alternativos. Sua principal função, é transmitir a força da gerada pela combustão da mistura ar combustível à biela. Mas, além disso, o pistão deve vedar a câmara de combustão através dos anéis de seguimento, transferir o calor adquirido na queima da mistura ar/combustível para o fluído de arrefecimento, determinar o percurso da biela dentro do cilindro. Figura 60 – Pistão , Biela, Anéis de segmento, Pino munhão e Bronzinas Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 23 Admissão Compressão Combustão Escape (Exaustão) VIRABREQUIM Virabrequim ou árvore de manivelas; o virabrequim que também é conhecido como árvore de manivelas e virabrequim é o eixo central do motor. Este eixo que recebe a força dos pistões e a inversão do sentido de movimento da biela é o responsável por gerar e enviar ao sistema de transmissão, torque, força e rotação. Figura 61 – Movimento dos pistões, durante o funcionamento do motor Figura 62 – Virabrequim Válvulas de admissão Vela Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 24 EIXO DE COMANDO DE VÁLVULAS Eixo de comando de válvulas é um mecanismo destinado a regular a abertura das válvulas no motor de combustão interna. È um eixo comprido formado por ressaltos ovalizados chamados de cames. Figura 63 – Eixo de Comando de Válvulas JUNTA HOMOCINÉTICA É responsável por transmitir a força do motor paras as rodas, além de permitir que o carro continue em movimento mesmo quando fazemos manobre com as rodas para fazer uma curva — por exemplo. Sem essa junta, o carro não seria capaz de se movimentar com as rodas viradas Figura 64 – Coifa e Junta Homocinética Figura 65 – Junta Homocinética montada no veículo Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 25 Figura 66 – Parte interna da Junta Homocinética OLEOS LUBRIFICANTES Os óleos lubrificantes podem ser de origem animal ou vegetal (óleos graxas), derivados de petróleo (óleos minerais) ou produzidos em laboratório (óleos sintéticos), podendo ainda ser constituídos pela mistura de dois ou mais tipos (óleos compostos). Tipos de lubrificantes Óleos lubrificantes – Os lubrificantes podem ser gasosos como o ar; líquidos como os óleos em geral; semi sólidos como as graxas e sólidas como o grafite, o talco, a mica etc. Os lubrificantes mais práticos e de uso comum são os líquidos e os semi-sólidos. ,,,,, ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, Figura 67 – Lubrificação para diminuir o atrito Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 26 Classificação dos óleos Quanto à origem, os óleos podem ser classificados em quatro categorias: Óleos minerais – substâncias obtidas a partir do petróleo e, de acordo com sua estrutura molecular, são classificadas em óleos parafínicos. Óleos vegetais – são extraídos de sementes: soja, girassol, milho, algodão, arroz, mamona. Óleos sintéticos – são produzidos em indústrias químicas que utilizam substâncias orgânicas e inorgânicas para fabricá-los. Estas substâncias podem ser silicones, ésteres, resinas, glicerinas etc. Aplicações dos óleos lubrificantes Os óleos animais e vegetais raramente são usados isoladamente como lubrificantes, por causa da sua baixa resistência à oxidação. Os óleos sintéticos são de aplicação muito rara, em razão de seu elevado custo, e são utilizados nos casos em que outros tipos de substâncias não têm atuação eficiente. Já os óleos minerais são os mais utilizados nos mecanismos industriais, sendo obtidos em larga escala a partir do petróleo. Figura 68 – Lubrificação para diminuir o atrito Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 27 A principal característica dos óleos lubrificantes é a Viscosidade. VISCOSIDADE É a resistência ao escoamento oferecida pelo óleo. O ensaio é efetuado em aparelhos denominados viscosímetros. ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, Quanto mais fino o óleo menor viscosidade e quanto mais grosso maior viscosidade. GRAXAS As graxas são compostos lubrificantes semi-sólidos constituídos por uma mistura de óleo, aditivos e agentes engrossadores chamados sabões metálicos, à base de alumínio, cálcio, sódio, lítio e bário. Elas são utilizadas onde o uso de óleosnão é recomendado. Os principais ensaios físicos padronizados para as graxas lubrificantes são: Consistência – Dureza relativa, resistência à penetração. Estrutura – tato, aparência. Filamentação – Capacidade de formar fios ou filamentos. Adesividade – capacidade de aderência. Ponto de fusão ou gotejamento – Temperatura na qual a graxa passa para o estado líquido. Figura 69 – Comparação da viscosidade dos óleos lubrificantes Figura 70 - Graxa de boa consistência http://www.manutencaoemfoco.com.br/aditivos-dos-lubrificantes/ Técnico em Mecânica – Elementos de Máquinas 28 Consistência das graxas Consistência é uma medida de qualidade de graxas lubrificantes. O aparelho de ensaio para medir a consistência de uma graxa é o penômetro. Para medir a consistência usa-se um cone, um copo com o material a ser analisada e uma escala em 1/10 mm. O ensaio é feito com 25°C e medem-se quantos mm o cone penetra na massa. Em geral a penetração é feita em repouso, porém para verificar se a graxa é estável ao trabalho (amassamento), existe o ensaio com 60 ou 100.000 ciclos. Caso o material abaixe muito nestes ciclos de amassamento sua consistência é um indicador que o sabão ou espessante não resistem ao trabalho. Recomendamos acessar os vídeos disponíveis nos links indicados abaixo para complementar os seus conhecimentos técnicos. https://youtu.be/FJ_U7nc9i5M https://youtu.be/1EwTdEb3HMA https://youtu.be/0jaYjLgNizQ https://youtu.be/1EwTdEb3HMA https://youtu.be/0jaYjLgNizQ
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