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Podcast Disciplina: Liderança Título do tema: Coaching e Mentoring Autoria: Regis Garcia Leitura crítica: Janaína P. R. Firmino Na condição de Professor, fico preocupado em fazer determinadas afirmações: Fico receoso, por exemplo, em dizer que “modismos” são prejudiciais para a evolução dos mecanismos de gestão organizacional. Ou que representam propaganda enganosa proposta por oportunistas de plantão. Da mesma forma, me perece arriscado afirmar que algumas propostas de modelos, técnicas e processos devem ser aplicados sem restrições no contexto das organizações. Principalmente quando estes se tornam famosos ao serem aplicados com sucesso em grandes corporações. Tanto a opinião em um dos extremos, como no outro, me parecem equivocadas e precipitadas. Demandam reflexão e aprofundamento. Faço esta introdução no sentido de demonstrar que não podemos descartar ou aceitar nenhuma verdade como absoluta no campo da gestão de pessoas e organizações. Ambos bastante complexos e dinâmicos. Quando falamos em técnicas como a de coaching e a de mentoring, logo nos vem à mente uma dura realidade: o excesso de marketing, e de pessoas aventureiras que se julgam capazes de resolver os complexos problemas inerentes ao desenvolvimento pessoal e profissional, acaba levando ao descrédito importantes ferramentais, que se aplicados corretamente, podem sim mudar a realidade de pessoas e organizações. Estes excessos, por sua vez, derivam de outro equívoco: não é porque existem experiências positiva de aplicação de modelos e técnicas em grandes corporações - vistas como modelo no mundo dos negócios – que necessariamente elas podem ser replicadas em qualquer outro contexto. Empresas, pessoas, times de trabalho e situações mudam numa velocidade extrema, exigindo dos gestores, qualidades como: senso crítico, capacidade de percepção e interpretação, além de muito conhecimento. As lideranças precisam conhecer e interpretar corretamente, tanto os fenômenos ocorridos no contexto dos negócios, como de suas consequências para todos que dele compartilham. No mesmo sentido é necessário o estudo e aprofundamento sobre os modelos, técnicas e processos. Conhecer suas origens, sua evolução, suas características e, principalmente, sua aplicabilidade em cada diferente situação e contexto. É preciso, mais uma vez, senso crítico e interpretações assertivas. Entendo que, somente a partir da conjugação destas duas considerações: • conhecer os fenômenos, interpretá-los e identificar as suas consequências, por um lado; e • conhecer profundamente as possíveis soluções, sejam elas conceituais, ou sistematizadas em modelos, técnicas e processos. A partir destes cuidados, nos parece ser possível evitarmos a aplicação de soluções que se mostrem superficiais e ineficazes, por um lado. E por outro evitarmos considerar como soluções definitivas, aquelas propostas mirabolantes de falsos profissionais que inundam o mercado com falsas promessas de solução de problemas. Me parece que o foco nas questões centrais dos problemas pode evitar equívocos que consomem muitos recursos das organizações. Me parece que, mais uma vez vale a máxima de que, em se tratando de gestão de pessoas, é mais importante a essência do que a forma.
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