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O BRASIL DO AGRO EM DÉFICIT

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO 
CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE NOVA MUTUM 
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E AGRÁRIAS 
CURSO DE AGRONOMIA 
SECAGEM, BENFICIAMENTO E ARMAZENAMENTO DE GRÃOS 
DOCENTE: 
-TIAGO BALIEIRO CETRULO 
DICENTES: 
-DANIEL ANTONIO SOARES DA SILVA 
-EZEQUIAS NATHAN SANTOS BERTO 
 
O BRASIL DO AGRO EM DÉFICIT 
A logística se define pelos processos de planejamento que vão desde a busca de 
matéria prima até a venda do produto para o consumidor, oque caracteriza a flutuação do 
mercado. Na agronomia esses valores de flutuação envolvem, transporte, estoque, 
armazenamento, manuseio de matérias e embalagem (PATURCA, 2014). A produção de 
grãos da safra 2019/20 do Brasil caminha para o desfecho final de mais um recorde, com 
a marca de 253,7 milhões de toneladas (CONAB, 2020), porem adotamos um sistema 
aonde a produção de grãos é periódica, tendo seus picos em momentos específicos do 
ano, enquanto que por outro lado a demanda não para durante um dia. Assim o 
armazenamento se torna uma estratégia essencial para atender a demanda e possibilitar a 
distribuição de alimentos tanto em época de safra e entressafra, evitando as grandes 
flutuações do mercado. 
As unidades armazenadoras de grãos podem ser dividias em estrutura de 
armazenamento de grão a granel, geralmente utilizada no armazenamento de grãos, surgiu 
em 1960 com o aumento das lavouras extensivas, tem sua manipulação integrada desde a 
colheita o que permite um melhor controle por parte do agricultor, esse tipo de estrutura 
geralmente são silos, dentre estes, silos elevados de concreto, silos metálicos, silos 
horizontais, silos bolsa e silos pulmão. Esse tipo de armazenamento corresponde a cerca 
de 49,1 % da capacidade útil de armazenamento de grãos no primeiro semestre de 2020 
segundo o IBGE, atualmente Silos metálicos e silos bolsas vêm ganhando grande espaço 
no Brasil devido ao baixo custo de instalação e maior capacidade estática se comparado 
a outros, porem os silos metálicos possuem o risco de infiltração o que pode comprometer 
o armazenamento. Além dessas estruturas temos também galpões, armazenagem em 
sacaria e armazéns convencionais, estes geralmente não apresentam compartimentos, 
possuem elevados preço por sacaria, requer muita mão de obra, aumenta o tempo de 
armazenamento, além de exigir maior espaço por unidade de peso. 
Mesmo com diversas alternativas para armazenamento de grãos, um dos gargalos 
brasileiro ainda é estocar a produção por maior tempo sem compromete-la, para a FAO 
(Food and Agricultur Organization of the United Nations) a capacidade estática de 
armazenamento de um pais deve ser superior a 1,2 vezes de que sua produção anual, 
atualmente a capacidade estática do Brasil é de aproximadamente 176,5 milhões de 
toneladas de acordo com COGO (2020), porem a estimativa de produção de acordo com 
dados do CONAB são de 251,1 milhões de toneladas, o que representa um déficit de 74,6 
milhões de toneladas e o cenário fica mais complicado quando comparado aos 301,32 
milhões de toneladas indicada pela FAO, sendo assim nosso déficit chega a ser de 124,82 
milhões de toneladas. E isso se da devido a falta de planejamento e carência de estudos 
sobre as formas de armazenamento de grãos no Brasil. 
De tal maneira o produtor brasileiro se torna refém de preços abusivos de fretes, 
perdas durante o escoamento e congestionamento dos portos, o que influencia diretamente 
no lucro final do produtor e resulta em um aumento significativo nos preços do produto. 
Essa posição em que o país se encontra afeta principalmente o agricultor familiar que 
muitas as vezes não possui poder aquisitivo para se adaptar as novas tecnologias de 
armazenamento. 
Por ser um país territorialmente extenso, não podemos tratar os gargalos do 
armazenamento brasileiro como um todo homogêneo, fazendo-se necessário o 
levantamento para determinar as áreas que carecem mais de armazéns, visando distribuir 
os mesmos de uma forma mais equitativa e estratégica. Além disto deve se ter um foco 
em programas de apoio para o agricultor familiar, uma vez que este muitas as vezes não 
possui conhecimento técnico sobre o assunto e não possui poder aquisitivo para implantar 
um sistema de armazenamento, o que sugere a aprovação de mais linhas de créditos para 
a construção de armazéns e modernização de armazéns. 
 
 
 
 
 
REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO 
COGO, Carlos. COGO INTELIGÊNCIA EM AGRONEGÓCIO; SAFRA 
DE GRÃOS: PROJEÇÕES PARA 2020/2021. SP, 2020. DISPONIVEL EM: 
https://www.canalrural.com.br/noticias/agricultura/brasil-deficit-recorde-armazenagem-
cogo/. ACESSO EM: 14/03/2021 
PATURCA, Elaine Yasutake. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. 
CARACTERIZAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE ARMAZENAGEM DE GRÃOS: UM 
ESTUDO DE CASO NO MATO GROSSO. PIRACICABA – SP, 2014. 
CONAB. Companhia Nacional de Abastecimento. Disponível em: 
https://www.conab.gov.br/. ACESSO EM: 14/03/2021. 
 
https://www.carloscogo.com.br/docs/group1/group2/agribusiness/agribusiness_conj_9981.shtml
https://www.carloscogo.com.br/docs/group1/group2/agribusiness/agribusiness_conj_9981.shtml

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