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Resumo Salva-vidas MEPASSAAI.COM.BR =E!#TQYUWM2 $H*RD)+0987 MEPASSAAI.COM.BR =E!#TQYUWM2 $H*RD)+0987 Geologia O que é Geologia? 1 www.mepassaai.com.br 3 O QUE É GEOLOGIA? Geologia é conhecida como o estudo da terra. Estuda a sua origem e evolução, a sua estrutura e composição, e ainda processos variados que ocorrem quer no seu interior quer no seu exterior. Normalmente é dividida em duas grandes áreas: Geologia Histórica e Geologia Física. • Geologia Histórica – analisa a origem e a evolução da terra, seus continentes, oceanos, atmosfera e o nascimento da vida. • Geologia Física – pesquisa os materiais da terra, como os minerais e rochas, tais como os processos que agem no seu interior e na sua superfície. O que é Sistema? Qualquer parte do Universo constituída por massa e energia. Ele pode ser dividido em 3 conceitos: • Sistema Isolado – Não existem trocas de energia nem de massa com o seu meio envolvente. São raros na natureza, mas podem ser obtidos em laboratório. • Sistema Fechado – Não há troca de massa entre ele e o seu meio envolvente, podendo existir trocas de energia entre si. • Sistema Aberto – Ocorrem trocas de energia e de massa com o seu meio envolvente. É o mais frequente na Natureza. Obs.: O Planeta Terra constitui um sistema composto e fechado, que troca energia com o seu meio envolvente, mas cujas trocas de matéria com o espaço vizinho são pouco significativas. Isolado Nem matéria, nem energia são transferidas Fechado Aberto energia matéria energia Composição da Terra 2 www.mepassaai.com.br 5 COMPOSIÇÃO DA TERRA • Atmosfera - capa gasosa que abrange a Terra. Ela é composta por 5 camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera, conforme o gradiente de temperatura da região; • Hidrosfera – É composta pela água dos oceanos e mares, envolve a maior parte da superfície da Terra; • Crosta - Os continentes, as ilhas e as terras do fundo do mar constituem a parte externa da crosta terrestre. Sua espessura altera de 5 a 10 km sob os oceanos e, de 25 a 90 km, nos continentes. É feita por três grandes grupos de rochas: magmáticas ou ígneas, metamórficas e sedimentares. • Manto - Camada pastosa com aproximadamente 2.900 km de espessura. Silício, alumínio, ferro e magnésio são os elementos químicos predominantes. Sua temperatura varia de 870º C, junto à crosta, até 2.200º C, junto à parte externa do núcleo; • Núcleo - O núcleo do globo é formado de ferro e níquel derretidos. Sua temperatura varia de 2.200º C na parte superior até cerca de 5.000º C nas regiões mais profundas. Embora a alta temperatura, a parte central do núcleo é constituída de níquel e ferro em estado sólido – decorrência da grande pressão do interior do planeta. O ponto central fica a 6.500 km da superfície; www.mepassaai.com.br 6 OS SUBSISTEMAS TERRESTRES • Atmosfera: camada gasosa que envolve o planeta e, atualmente, é constituída por uma mistura de gases, dos quais o azoto, o oxigénio, o árgon e o dióxido de carbono constituem 99,98% do seu volume. O vapor de água também é um constituinte da atmosfera, cuja ocorrência pode variar no espaço e no tempo. Há ainda a considerar uma quantidade considerável de partículas suspensas na atmosfera, constituídas por fumos, poeiras e matéria orgânica, que podem ter uma origem natural ou ser causados pelo Homem.Este subsistema protege a Terra dos efeitos das radiações solares e do bombardeamento das partículas sólidas do espaço. Muitos dos meteoritos inflamam-se devido ao atrito provocado pela sua entrada nas camadas que compõem a atmosfera. • Biosfera: conjunto de seres vivos que habitam o planeta. A biosfera, cuja parte fundamental é a biomassa, inclui a cobertura vegetal e a fauna da superfície do globo, incluindo o próprio Homem, a flora e a fauna dos oceanos. A existência de vida na Terra é um facto único no Sistema Solar. De fato, ao longo da sua História, o planeta terra foi criando condições para a origem e posterior manutenção das for-mas de vida, que foram surgindo. Atualmente, existem milhares de espécies diferentes de seres vivos, desde seres microscópicos até alguns de grandes dimensões. Deste modo, a Terra apresenta uma elevada biodiversidade. • Hidrosfera: constituída pelos reservatórios de água que exixtem o planeta. A hidrosfera compreende toda a água no estado líquido, que se encontra na superfície terrestre, incluindo os oceanos, os mares, os lagos, os rios, os ribeiros, os riachos, a água existente no subsolo e a água em estado sólido. A água é o recurso natural mais importante da Terra, pois é essencial para a existência de qualquer forma de vida. As atividades humanas dependem da água para a agricultura, indústria, produção de energia, saúde, desporto, divertimento, etc. Se por um lado, a água é indispensável ao Homem, por outro lado a sua falta ou o seu excesso, pode ser-lhe hostil ou até mesmo mortífera. Os oceanos absorvem a maior parte da radiação solar que atinge a superfície do globo e, através das correntes oceânicas, esta energia é distribuída por todo o planeta. A água é a substância comum a todos os subsistemas da Terra. www.mepassaai.com.br 7 OS SUBSISTEMAS TERRESTRES • Geosfera: fração sólida do planeta (massas continentais e fundos oceânicos) bem como os restantes materiais que se encontram no seu interior, separados em camadas, mais ou menos concêntricas. As transformações e movimentos que ocorrem na geosfera tornam a Terra um planeta geologicamente dinâmico e em constante mutação. É na geosfera que muitos dos seres vivos possuem o seu suporte, caminham e habitam. É neste subsistema que o Homem constrói e adquire materiais para as suas habitações; retira rochas e minerais para fabricar utensílios e outros materiais de que necessita para sobreviver ou para simples prazer; obtém dele as fontes de energia fósseis mais usadas: gás, petróleo e carvão. Atmosfera Biosfera GeosferaHidrosfera www.mepassaai.com.br 8 ROCHAS E MINERAIS As rochas são agregados naturais de um ou mais minerais. Os minerais são criados por processos inorgânicos. Eles podem ser classificados segundo sua composição química, tipo de cristal, dureza e aparência. Os minerais são elementos ou compostos químicos, sólidos. • Rochas Magmáticas ou Ígneas Rochas formadas pelo esfriamento e solidificação de matéria rochosa fundida, conhecida como magma. Quando a solidificação acontece no interior da crosta originam-se as rochas magmáticas intrusivas, como o granito. Quando o magma se solidifica na superfície terrestre, como resultado de erupções vulcânicas, surgem as rochas magmáticas extrusivas, como o basalto. Ígnea quer dizer fogo. Elas representam rochas originadas a partir da mistura de materiais no interior da crosta da Terra (magma), tanto nos continentes quanto nos oceanos. O magma pode chegar até a superfície e formar os vulcões com seus produtos (lava, derrame). • Rochas Metamórficas Rochas desenvolvidas por metamorfose ou modificação. Esta modificação é fruto de novas condições de: pressão e temperatura sobre uma rocha pré-existente, seja esta sedimentar, ígnea ou ainda uma metamórfica mais antiga. Nesta situação, os minerais constituintes dessas rochas sofrem um novo arranjo, de modo que alguns minerais transformam-se em outros. Ou, ainda, um mesmo mineral é fundido e depois cristaliza-se novamente. Além das mudanças de composição, mudanças maiores podem ocorrer nas rochas, sob a ação do aumento de pressão e temperatura, formando: dobras de tamanho milimétrico a quilométrico, quando a compressão empurra minerais uns sobres os outros, promovendo a deformação da rocha e falhas e fraturas, quando a rocha não consegue dobrar-se, quebrando-se. • Rochas Sedimentares Rochas compostas por materiais transformados, constituídas pela acumulação e consolidação de matéria mineral pulverizada, depositada pela ação da água e, em menor quantidade, do vento ou do gelo. Ciclo das Rochas 3 www.mepassaai.com.br10 CICLO DAS ROCHAS OU CICLO LITOLÓGICO O ciclo das rochas (ou ciclo litológico) é um modelo teórico da constante reciclagem das rochas à medida que elas se formam, se destroem e se transformam. Pr es sã o e te m pe ra tu ra Magma Sedimentos Fusão Arrefecimento Afloramento Meteorização e erosão Afloramento Afloramento Diagenese Deposição em oceanos e continentes Rochas metamórficas Rochas sedimentares Rochas magmáticas Aumento de pressão e temperatura Aumento de pressão e temperatura www.mepassaai.com.br 11 CICLO DAS ROCHAS OU CICLO LITOLÓGICO Sedimentogénese - conjunto de processos que intervêm desde a elaboração dos materiais constituintes das rochas sedimentares até à sua deposição. a)Resultantes de meteorização física ou química de outras rochas. b)Resultantes de restos de seres vivos, como por exemplo: conchas. I. Rocha mãe – meteorização – detritos – deposição (sedimentação) – sedimentos. Meteorização - alteração das rochas por agentes externos (água, ar, ventos, variações de temperatura, variações térmicas, seres vivos, etc…). Pode ser física ou química, havendo desagregação mecânica das rochas, ou transformações dos minerais noutros mais estáveis face às novas condições ambientais em que se encontram. CICLO DAS ROCHAS Rochas Sedimentares Rochas MetamórficasRochas Magmáticas Alteração / Erosão Diagénese Fusão Manto Sedimentos Aquecimento Consolidação Calor, tensão (metamorfismo) c)Agentes de Meteorização: efeito do gelo (água congelada nos interstícios e poros da rocha); atividade biológica (líquenes, crescimento de raízes e escavação de galerias); ação mecânica da água e do vento (provocam o aparecimento de blocos pedunculados) Erosão Remoção pela água, pelo vento ou pelo gelo, dos minerais resultantes da meteorização das rochas. Génese das rochas sedimentares www.mepassaai.com.br 12 CICLO DAS ROCHAS OU CICLO LITOLÓGICO Diagénese Conjunto de fenômenos físicos e químicos que transformam os sedimentos móveis em rochas sedimentares compactas. Fenômenos: d)Compactação: os sedimentos vão sendo comprimidos por ação dos sedimentos que sobre eles se vão depositando. Assim, os materiais que se encontram por baixo são sujeitos a um aumento de pressão, o que vai provocar a expulsão de água que existe entre eles. e)Cimentação: entre os espaços dos diferentes sedimentos pode ocorrer a precipitação de substâncias químicas dissolvidas na água. Este fenómeno resulta na agregação de sedimentos, com a ajuda da substância precipitada. f) Recristalização (só em alguns casos): os minerais (alguns) alteram as suas estruturas cristalinas. Este fenômeno ocorre devido a alterações das condições de pressão, temperatura, circulação de água, onde estão dissolvidos certos iões. Quartzo Cimento Compressão CompactaçãoApós deposição Cimentação Poro Feldspato www.mepassaai.com.br 13 CICLO DAS ROCHAS OU CICLO LITOLÓGICO Minerais Uma substância para ser considerada um mineral terá de: • Ser um sólido; • Ocorrer naturalmente; • Ser inorgânico; • Ter uma estrutura cristalina; • Ter uma composição química definida, fixa ou variável dentro de limites bem definidos, que possa ser representada por uma fórmula química. www.mepassaai.com.br 14 CICLO DAS ROCHAS OU CICLO LITOLÓGICO Pr op ie da de s F ís ic as Propiedades Clivagem: Tendência do mineral se dividir, preferencialmente, segundo superfícies planas e brilhantes, em determinadas direçoes, que correspondem a zonas de ligações fracas na estrutura do cristal. Alguns minerais não apresentam clivagem. Dureza: Densidade: Brilho: Cor: Risca ou traço: Composição química: Definição / Característica Resistência que o mineral oferece ao ser riscado por outro mineral ou por determinados objectos. Reflete a força das ligações atómicas na estrutura cristalina. Pode ser referida por comparação com os termos da Escala de Mohs. Razão massa/volume. Dependendo do tipo de átomos que constituem o mineral e da forma como estão arranjados na estrutura cristalina. É uma das propiedades mais definidas dos minerais. Varia com a pressão e com a temperatura. Qualidade e intensidade da luz refletida na superfície dos minerais. O brilho depende do tipo de átomos e do tipo de ligações entre os átomos. É descrito por comparação com substâncias familiares. Pode ser metálico ou não metálico. O brilho não metálico pode ser vítreo, resinoso, nacarado, entre outros. Cor apresentada pelo mineral em espécime. É uma das propiedades mais óbvias, mas também das mais imprecisas. A maioria dos minerais apresenta várias cores dependendo de variações sutis da composição química ou da presença de impurezas. Cor do mineral em pó. Determina-se esfregando o mineral numa superfície de porcelana branca; se o mineral for mais duro do que que a porcelana, esmaga-se um fragmento do mineral e examina-se o pó contra um fundo branco. A risca permite um diagnóstico mais correto do que a cor do espécime. A composição química de um mineral é definida e pode ser escrita por uma fórmula química. Pode variar, dentro de certos limites, por substituição iônica. O quadro seguinte resume as principais propriedades dos minerais: www.mepassaai.com.br 15 CICLO DAS ROCHAS OU CICLO LITOLÓGICO Clivagem Perfeita Distinta ou boa Indistinta ou pobre CLASSIFICAÇÃO DA CLIVAGEM A ruptura dâ-se facilmente segundo superfícies de clivagem lisas e brilhantes, raramente os minerais clivam de outro modo. A ruptura ocorre segundo superfícies de clivagem bem definidas, podendo também ocorrer segundo outro tipo de superfícies, embora de forma mais esporádica e irregular. A ruptura ocorre segundo superfícies de clivagem bem definidas, podendo também ocorrer segundo outro tipo de superfícies, embora de forma mais esporádica e irregular. calcite barite ouro CLIVAGEM CARACTERIZAÇÃO www.mepassaai.com.br 16 CICLO DAS ROCHAS OU CICLO LITOLÓGICO Dureza Talco Riscam-se com a unha Riscam-se com um canivete Riscam o vidro Gesso 2 FluoritaCalcita 3 4 5 6 7 8 9 10 Ortoclásio Quartzo Topázio Diamante 1 CorindoApatita ESCALA DE DUREZA DE MOHS www.mepassaai.com.br 17 CICLO DAS ROCHAS OU CICLO LITOLÓGICO Traço • Nos minerais com dureza inferior à da porcelana (<7) Risca-se a superfície despolida de uma porcelana com o mineral para determinar a sua cor. • Nos minerais com dureza superior à da porcelana (>7) Reduz-se a pó uma pequena amostra do mineral em estudo, num almofariz. Cor • Minerais idiocromáticos Minerais que apresentam cor constante. De um modo geral, são idiocromáticos os minerais de brilho metálico. • Minerais alocromáticos Minerais que apresentam uma gama variada de cores. De um modo geral, são alocromáticos os minerais de brilho não metálico. 18www.mepassaai.com.br CICLO DAS ROCHAS OU CICLO LITOLÓGICO Brilho Metálico Submetálico Não metálico BRILHO CARACTERIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DO BRILHO Brilho intenso semelhante ao observado nos metáis. É característico dos minerais quase opacos, isto é, que são translúcidos quando observados em aresta fina. Brilho semelhante ao metálico sendo, contudo, menos intenso. É característico dos minerais quase opacos (isto é, que são translúcidos quando observados em aresta fina). É característico dos minerais transparentes ou translúcidos. Neste caso, existem designações particulares (por vezes subjetivas) para descrever as características do brilho como: Vitreo, adamantino, nascarado, sedoso, gorduroso, ... Arsenopirite Volframite Quartzo Classificação de Rochas Sedimentares 4 20 CLASSIFICAÇÃO DE ROCHAS SEDIMENTARES Sedimentares detríticos - Fragmentos de dimensões variadas provenientes da alteração de outras rochas (rochas detríticas; ex.: brecha) ROCHAS SEDIMENTARES DÉTRICAS NÃO CONSOLIDADAS CONSOLIDADAS DIAGÉNESE Balastros Areia Silte Argila Conglomerados Arenitos Silititos Argilitos Resultam da consolidação de balastros que sofreram transporte de alta energia(rios de montanha,praias de forte ondulação), pelo que os seus constituintes são normalmente bem rolados. Quando os balastros são mal rolados, com muitas arestas vivas, a rocha passa a designar-se por brecha. Resultam da consolidação de areias. São rochas poliminerálicas mas com largo predomínio de um mineral, geralmente o quartzo, dada a sua resistência a longos transportes. Resultam da consolidação de silites, depositados por corrente de baixa energia (lagos, planícies de inundação fluvial); apresentam composição mineralógica variada. Resultam da consolidação de argilas de composição moneralógica variada. Devido a sua fina granulometria, são transportadas em suspenção e depositadas em ambientes de baixa energia (lagos, planícies de inundação fluvial ...) 21 CLASSIFICAÇÃO DE ROCHAS SEDIMENTARES Sedimentares biogénicos Restos de seres vivos (conchas, ossos, fragmentos de plantas, pólen, etc…) (rochas biogénicas; ex.:carvão) Forma-se por precipitação de carbonato de cálcio (Ca Co3), com formação do mineral calcite. Esta precipitação pode ser desencadeada pela diminuição do teor de CO2 nas águas marinhas, em consequência da actividade de seres vivos. (ex: fotossíntese) É um calcário de edificação que resulta da fixação de carbonato de cálcio(Ca Co3) por seres vivos, nomeadamente corais É um cálcario de acumulação, por exemplo: de conchas de moluscos Forma-se por decomposição anaeróbia de detritos de plantas superiores, constituindo um importante combustível fóssil. ROCHAS SEDIMENTARES BIOGÊNICAS Calcário Calcário recifal Calcário conquífero Carvão www.mepassaai.com.br 22www.mepassaai.com.br CLASSIFICAÇÃO DE ROCHAS SEDIMENTARES Sedimentos de origem química Resultantes da precipitação de substâncias dissolvidas na água (rochas quimiogénicas; ex.: calcário). Obs: os sedimentos das rochas sedimentares depositam-se sempre na horizontal exceto nas dunas ou enxurradas. ROCHAS SEDIMENTARES QUIMIOGÊNICAS Calcário Sal-gema Gesso Forma-se por precipitação de saís de cloreto de sódio(NaCl), com formação do mineral halite. Esta precipitação é desencadeada pela evaporação de águas marinhas retidas em lagunas ou de água salgada de lagos de zonas áridas, que contem iões de cloro e sódio em solução. Forma-se por precipitação de saís de sulfato de cálcio(CaSO4), com formação do mineral gesso. Esta precipitação é desencadeada pela evaporação de águas marinhas retidas em lagunas ou de águas salgadas de lagos de zonas áridas, que contem iões de sulfato e cálcio em solução. Forma-se por precipitaçãode carbonato de cálcio(Ca Co3), com formaçãodo mineral calcite. Esta precipitação pode ser desencadeada pela variação das condições químicas das águas marinhas, nomeadamente do seu teor em CO2 . Estes calcários de grão muito fino tem um apecto compacto e homogênio. O calcário travertino é um exemplo deste tipo de rocha . O travertino da zona de Coimbra é constitúido por 99% de calcite e 1% de minerais argilosos. 23www.mepassaai.com.br CLASSIFICAÇÃO DE ROCHAS SEDIMENTARES Rochas metamórficas As rochas metamórficas resultam da atuação dos fatores de metamorfismo sobre rochas sedimentares, rochas magmáticas ou rochas metamórficas de baixo grau de metamorfismo. Os fatores de metamorfismo são a temperatura, os fluidos de circulação, a pressão e o tempo. O grau de metamorfismo de uma rocha dependerá do fator de metamorfismo atuante e do grau de atuação de cada um desses fatores. Um fator de metamorfismo como a pressão poderá originar rochas metamórficas de baixo ou de alto grau de metamorfismo, consoante o valor da pressão que foi exercido ou consoante o tempo que foi exercida a mesma pressão. Formam-se a partir dos 30 km de profundidade no interior da Terra devido à elevada pressão e temperatura. Intrusão Magmática Rochas metamórficas Estratos A causa que leva à atuação dos diferentes fatores de metamorfismo leva à ocorrência de um dos dois tipos básicos de metamorfismo – metamorfismo regional e o metamorfismo de contato: a) Regional: relacionado com a movimentação das placas tectónicas. b) De Contato: relacionado com proximidade a uma intrusão magmática. 24www.mepassaai.com.br CLASSIFICAÇÃO DE ROCHAS SEDIMENTARES Rochas magmáticas As rochas magmáticas têm origem na consolidação do magma, que corresponde ao material rochoso que se encontra no estado líquido, no interior da Terra. Se o magma consolidar à superfície, originará rochas magmáticas extrusivas ou vulcânicas (basalto e riólito). Se o magma consolidar em profundidade, originará rochas magmáticas intrusivas ou plutónicas (gabro e granito). O mesmo magma pode, dependendo do local da sua consolidação, originar rochas diferentes, como acontece com os pares granito/gabro e basalto/riólito. O granito e o gabro resultam da consolidação de um magma em profundidade, pelo que o magma que lhes dá origem arrefece lentamente. Devido ao lento arrefecimento do magma, em profundidade, a totalidade do magma vai originar cristais maiores ou de menores dimensões, apresentando uma textura cristalina. Quando o magma solidifica à superfície ou próximo dela, como acontece nos vulcões, o magma arrefece rapidamente, não existindo nem tempo nem espaço para a formação de matéria cristalina, isto é, cristais, possuindo a rocha uma textura hemicristalina ou uma textura amorfa. A análise da textura das rochas (dimensão e arranjo dos minerais constituintes das rochas) permite-nos classificar as rochas magmáticas em intrusivas e extrusivas. Se a rocha apresenta uma textura cristalina, a rocha será intrusiva (granito). Se a rocha apresenta uma textura hemicristalina, o magma solidificou à superfície e/ou próximo dela, logo temos uma rocha extrusiva (basalto). Se a rocha apresentar uma textura vítrea ou amorfa, obtemos também uma rocha extrusiva. Observações: a) Limites divergentes: saída de magma através do afastamento de placas. b) Limites convergentes: saída de magma em zonas de choque entre placas oceânicas e continentais. c) Limites conservativos: não há destruição/criação de litosfera. 25www.mepassaai.com.br CLASSIFICAÇÃO DE ROCHAS SEDIMENTARES Datação das Rochas A idade pode ser datada de 2 formas: a relativa e a radiométrica ou absoluta. ✓ Princípios Geológicos (datação relativa): a) Sobreposição de estrato Quando mais fundo estiver um estrato, mais antigo é. Ex.: nesta imagem o estrato A (o mais fundo denomina- se de Muro) é mais antigo que o C (o mais recente denomina-se de Teto). C B A Teto Muro b) Identidade Paleontológica Duas camadas com o mesmo tipo de fósseis têm aproximadamente a mesma idade. Nota: Fósseis de Idade: têm uma ampla distribuição geográfica, mas curto tempo de duração. Ex.: trilobites. 26www.mepassaai.com.br CLASSIFICAÇÃO DE ROCHAS SEDIMENTARES Datação das Rochas c) Da interseção Qualquer elemento geográfico é mais recente do que aqueles que intersecta. Ex.: as camadas A-F são mais antigas que a intrusão magmática e as camadas G e H são as mais recentes Lugar A Lugar B A B C A B C d) Da continuidade lateral Estabelece uma correlação de idades e posições entre os estratos localizados em lugares distanciados. Ex.: e) Da inclusão Admite que os fragmentos de rochas incorporados numa outra rocha são mais antigos do que a rocha que os engloba. A B C D E F G 27www.mepassaai.com.br CLASSIFICAÇÃO DE ROCHAS SEDIMENTARES Datação das Rochas ✓ Datação absoluta ou radiométrica I. É referida em milhões de anos (M.a) II.É calculada através da desintegração regular dos isótopos radioativos naturais (decaimento radioativo). III. Essa desintegração ocorre no sentido de formar isótopos filhos, mais estáveis (radioatividade) IV. Só é usado em rochas magmáticas V. O tempo que demora ao isótopo pai para se transformar em isótopo filho chama-se, tempo de meia-vida (T½) VI. Concentrações baixas, difíceis de medir, contaminações, fugas, apenas para rochas magmáticas. Ex.: Memórias do Tempo Geológico a) As divisões do tempo geológico são feitas com baseem: • Transformações a nível geológico • Transformações a nível biológico 0 lst. filho 50 lst. filho 1T 1/2 2T 1/2 100 lst. pai 50 lst. pai 25 lst. pai 75 lst. filho b) O tempo geológico é medido em: • M.A (milhões de anos) • Divide-se em Eras e, estas, em Períodos. 28www.mepassaai.com.br CLASSIFICAÇÃO DE ROCHAS SEDIMENTARES ✓ Divisões do Tempo Geológico ✓ Outras observações Basculamento: algo que fez com que a coluna estratigráfica se inclinasse (movimentos tectónicos) Discordância angular: variações na deposição dos estratos, diferença na angulação (linha) Fase orogénica: formação de montanhas Coluna estratigráfica: conjunto de estratos Estratos: camadas horizontais em maciços rochosos U U Éons Eras Períodos QuaternárioTerciárioCretáceoJurássicoTriássicoPérmicoDevónicoSilúricoOrdovícico Paleozóica Mesozóica FranerozóicoProterozóicoArcáicoHadeano Carbonífero ou Carbônico CâmbricoCâmbrico Início, milhões de anos atras. -4500 -3800 -2500 -500 -250 -80 0 Cenozóica 29www.mepassaai.com.br CLASSIFICAÇÃO DE ROCHAS SEDIMENTARES Teoria da Deriva Continental Teoria da Deriva Continental a) Proposta por Alfred Wegener b) Argumentos a favor da teoria: Morfológicos: ex.: a morfologia das costas das duas massas continentais (África e América do Sul) Paleontológicos: ex.: encontraram-se o mesmo tipo de fósseis na África e na América de Sul (Mesossaurus) Litológicos: ex.: as mesmas rochas na América do Sul e na África Paleoclimáticos: ex.: registos glaciares em zonas equatoriais a) A litosfera encontra-se dividida em placas que se movimentam sob uma camada com características plásticas (Astenosfera) b) Correntes de convecção do manto (imagem ao lado) c) Motor que gera as correntes: calor interno da Terra 30www.mepassaai.com.br CLASSIFICAÇÃO DE ROCHAS SEDIMENTARES Tipos de Limites ▶ Convergentes Há destruição de litosfera. Localizam-se, geralmente, em zonas de fossas onde se verifica a destruição da placa litosférica, que mergulha. Por esta razão, esta zona é também chamada zona de subducção. As fossas estão localizadas nas zonas de transição da crosta continental para a crosta oceânica ou então em zonas de crosta oceânica. Pode ainda verificar-se a convergência de áreas continentais de placas, como aconteceu quando a placa da Índia chocou com o Sul da Ásia. ▶ Divergentes Há formação de litosfera. Situam-se nas dorsais oceânicas e são zonas onde é gerada crosta oceânica. As dorsais oceânicas são extensas cadeias de montanhas geralmente com um vale central – rifte, cuja profundidade varia entre -1800 e -2000 m, com largura aproximada de 40 km e com paredes em degrau e cortadas por falhas transversais. Nas dorsais oceânicas de alastramento rápido, como no Pacífico, não existe o vale central. ▶ Conservativos Não há destruição nem criação de litosfera. Situam-se em determinadas falhas, chamadas falhas transformantes. Estas falhas cortam transversalmente as dorsais oceânicas e ao longo delas não se verifica destruição nem alastramento, mas apenas deslizamento de uma placa em relação à outra. www.mepassaai.com.br CLASSIFICAÇÃO DE ROCHAS SEDIMENTARES Relevos Oceânicos ▶ Plataforma continental - Zona dos continentes que já se encontra submersa; é pouco inclinada. ▶ Planície abissal - Extensa zona plana existente de um lado e do outro da dorsal oceânica. ▶ Rifte - Abertura central da dorsal oceânica por onde é libertado magma; local de formação da crosta oceânica. ▶ Fossa oceânica - Zona muito profunda onde a crosta oceânica é destruida. ▶ Talude continental - Zona que se segue á plataforma continental; apresenta grande inclinação. Dorsal Talude continental Fossa oceânica Rifte Planície abissal Plataforma continentalContinente MEPASSAAI.COM.BR | BLOG.MEPASSAAI.COM.BR $H*RD)+0987 Resumo Salva-vidas Geologia
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