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Sistemas Adaptativos, Ensino Híbrido e Metodologias Ativas

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Sistemas Adaptativos, Ensino Híbrido e 
Metodologias Ativas
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1.
2
2/210
Sistemas Adaptativos, Ensino Híbrido e Metodologias Ativas
Autoria: Ana Lucia Cardoso
Como citar este documento: CARDOSO, Ana Lucia. Sistemas Adaptativos, Ensino Híbrido e Metodologias 
Ativas. Valinhos: 2017
Sumário
Apresentação da Disciplina 03
Unidade 1: Mudança de Paradigma: do Ensino Tradicional aos Sistemas Adaptativos 05
Unidade 2: Blended Learning ou Ensino Híbrido: Propostas Inovadoras para Educação 28
Unidade 3: As Novas Metodologias de Ensino 55
Unidade 4: A EAD e o Uso das Metodologias Ativas 83
2/210
Unidade 5: Métodos Ativos e a Promoção da Autonomia dos Alunos 105
Unidade 6: Currículo e Avaliação - O Uso de Metodologias Ativas 130
Unidade 7: O Papel Docente e as Novas Metodologias de Ensino 153
Unidade 8: Formação Docente e as Metodologias Ativas 177
3/210
Apresentação da Disciplina
Nas últimas décadas do século XX e início do 
século XXI a exigência da superação da re-
produção para a produção do conhecimen-
to, fez surgir a Sociedade do Conhecimen-
to, que com o movimento da globalização, 
passa a exigir conexões, parceiros, trabalho 
conjunto e inter-relações. Essa disciplina 
discute as implicações do novo paradigma 
na educação, que exige a construção de 
uma nova visão, valorizando práticas edu-
cacionais que possibilitem uma percepção 
global da realidade. 
A organização dos conteúdos ao longo da 
disciplina visa proporcionar ao estudante 
uma visão crítica do ensino tradicional e as 
possibilidades de ensinar e aprender ultra-
passando as barreiras do tempo e espaço 
com o uso das Tecnologias de Informação 
e a conectividade com a internet. Você verá 
que a aprendizagem colaborativa nos ambi-
entes virtuais de aprendizagem (AVA) pos-
sibilita a criação dos sistemas adaptativos 
que identificam os diversos estilos cogniti-
vos dos alunos.
Um dos temas abordados será o Ensino 
Híbrido, conhecido também como Blended 
Learning, é um conceito muito atual, que 
permite a todos os envolvidos no processo 
de ensino aprendizagem, experimentar e 
protagonizar inovações. Despertar a curi-
osidade, problematizar, alcançar e motivar 
o estudante, são temas recorrentes entre 
os docentes; as Metodologias Ativas como 
recurso didático promovem uma reflexão 
crítica no processo formativo, permitindo 
4/210
ao aluno a participação na construção do 
conhecimento.
A formação docente frente às novas metod-
ologias de ensino e aprendizagem é o nosso 
desafio. Serão construídos novos caminhos 
de ensinar e aprender, problematizando, 
pesquisando e refletindo sobre novos te-
mas, conhecendo novas ferramentas digi-
tais e principalmente inovando. Nesse pro-
cesso, a disposição não pode faltar.
5/210
Unidade 1
Mudança de Paradigma: do Ensino Tradicional aos Sistemas Adaptativos
Objetivos
1. Apresentar a mudança de paradigma e 
a ruptura com tempo e espaço de ensi-
nar e aprender.
2. Entender como o uso das tecnologias 
favorece a aprendizagem colaborativa.
3. Conhecer os sistemas adaptativos e as 
possibilidades de identificar os estilos 
cognitivos e suas singularidades.
Unidade 1 • Mudança de Paradigma: do Ensino Tradicional aos Sistemas Adaptativos6/210
Introdução 
No século XXI, o desafio que se impõe é a 
transição de um paradigma conservador, 
que predominou nos últimos séculos, for-
temente influenciado pelos parâmetros da 
racionalidade da modernidade e pelo que se 
imagina ser o melhor do rigor científico para 
um novo paradigma – emergente – que ve-
nha proporcionar a renovação de atitudes, 
valores e crenças exigidos neste início de 
século.
O novo paradigma reflete a necessidade 
de uma profunda reforma no sistema de 
pensamento predominante na cultura atu-
al – uma passagem do pensamento linear, 
competitivo, excludente e predatório, para 
o pensamento complexo, cooperativo in-
cludente e integrador.
Esse cenário é propício para se questionar, 
discutir e identificar os valores e as práticas 
educacionais em meio a essa mudança cul-
tural tão complexa, impactadas pelo uso das 
Tecnologias de Informação e Comunicação, 
uma vez que alterar a forma de pensar, mo-
dificar a relação das pessoas com o mundo 
circundante e criar novos padrões de com-
portamento, impõe a necessidade de uma 
revisão no processo educacional. 
Segundo Moraes (1997), as implicações de 
um novo paradigma na educação exigem 
a construção de uma nova visão curricular, 
valorizando práticas que possibilitem uma 
percepção global da realidade a ser trans-
formada.
Unidade 1 • Mudança de Paradigma: do Ensino Tradicional aos Sistemas Adaptativos7/210
1. A mudança no tempo e espaço
As mudanças e os avanços tecnológicos desenvolvidos e empregados em cada época sugerem 
uma mudança nos tempos e espaços de ensinar e aprender e assim surgem novas modalidades 
de educação concebidas a partir das diversas formas de comunicação e construção do conheci-
mento, como a educação a distância e a educação semipresencial. 
O espaço, tal como a sala de aula e o tempo da aprendizagem, único, rígido e quase absoluto, 
onde todos têm que aprender ao mesmo tempo, têm sido contestado, em um mundo que a ter-
ritorialidade convive cada vez mais com um outro espaço de trocas construído por redes digitais 
de comunicação e informação.
Tradicionalmente, a escola tinha a tarefa exclusiva de promover a aprendizagem por meio de in-
formações e conceitos, que eram finitos e determinados, conforme Kenski (2003, p.30),
Ir à escola” representava um movimento, um deslocamento até a instituição 
designada para a tarefa de ensinar e aprender. O “tempo da escola”, também 
determinado, era considerado como o tempo diário que, tradicionalmente, o 
homem dedicava à sua aprendizagem sistematizada. Correspondia, também, 
na sua história de vida à época que o homem dedicava à formação escolar.
Unidade 1 • Mudança de Paradigma: do Ensino Tradicional aos Sistemas Adaptativos8/210
A sociedade atual adquiriu novas maneiras 
de se viver, de trabalhar, de organizar, de 
representar a realidade e de fazer a educa-
ção. O tempo e o espaço tomaram um novo 
formato na mente das pessoas, o que era 
antes linear, agora é flexível, principalmen-
te, quando se fala em desenvolvimento de 
estruturas de aprendizagem da Educação a 
Distância. Passou-se a pensar a educação 
em espaços múltiplos que concebam a co-
municação presencial e virtual.
Para saber mais
Para Lévy (1996), a virtualização proporciona gran-
des alterações na inteligência das pessoas ao pos-
sibilitar uma maior troca de experiências e uma 
maior interação entre indivíduos de diferentes par-
tes do mundo.
Portanto, a virtualização afeta o cognitivo das pes-
soas e em última instância, acontece o que Lévy 
(1996) chama de “inteligência coletiva”, também 
potencializada pelas novas tecnologias de comu-
nicação. Esse fenômeno é marcado por uma maior 
interatividade entre as pessoas; uma constante 
troca de conhecimentos que gera um conhecimen-
to coletivo, aperfeiçoado, dinâmico. Logo, um co-
nhecimento acessível a todos.
LÉVY, P. O que é virtual. Rio de Janeiro: Editora 34, 1996.
Unidade 1 • Mudança de Paradigma: do Ensino Tradicional aos Sistemas Adaptativos9/210
Na transição do paradigma, segundo Moran 
(2000), educar é mais que ensinar, é integrar 
ensino e vida; é colaborar para que profes-
sores e alunos transformem suas vidas em 
processos permanentes de aprendizagem. 
O autor ainda amplia a discussão sobre as 
novas tecnologias e os novos desafios pe-
dagógicos que alteram o conceito de aula, 
de tempo e espaço, sugerindo que os pro-
fessores aprendam a gerenciar vários espa-
ços e a integrá-los de forma aberta, equili-
brada e inovadora.
2. Aprendizagem Colaborativa
Como foi visto, as tecnologias e princi-
palmente a Internet possibilitam mudan-
ças nos processos de ensinar e aprender, a 
aprendizagem colaborativa surge como um 
caminho natural para novas modalidades 
de ensino.
Unidade 1 • Mudança de Paradigma: do Ensino Tradicionalaos Sistemas Adaptativos10/210
No mundo globalizado, que derrubou bar-
reiras de tempo e espaço, o acesso à tecno-
logia exige atitude crítica e inovadora, exige 
dos professores e alunos a participação em 
um processo conjunto de ensinar e apren-
der de forma criativa, dinâmica e que tenha 
como base o diálogo e a descoberta.
As proposições pedagógicas ampliam-se, 
Kenski (1998, p. 64) mostra-nos:
Para saber mais
A educação olha para trás, buscando e
transmitindo referências sólidas no passado.
Olha para hoje, ensinando os alunos a
compreender a si mesmos e à sociedade em que
vivem. Olha também para o amanhã,
preparando os alunos para os desafios que virão.
(MORAN, 2007, p. 15)
MORAN, José Manuel. A educação que deseja-
mos: novos desafios e como chegar lá. Campinas, 
SP: Papirus, 2007.
https://books.google.com.br/books?id=PiZe8ahPcD8C&pg=PA15&lpg=PA15&dq=A+educa%C3%A7%C3%A3o+olha+para+tr%C3%A1s,+buscando+e+transmitindo+refer%C3%AAncias+s%C3%B3lidas+no+passado.+Olha+para+hoje,+ensinando+os+alunos+a+compreender+a+si+mesmos+e+%C3%A0+sociedade+em+que+vivem.+Olha+tamb%C3%A9m+para+o+amanh%C3%A3,+preparando+os+alunos+para+os+desafios+que+vir%C3%A3o.+Jos%C3%A9+Manuel+Moran&source=bl&ots=BqZ-m0_BHE&sig=HorwRHiSho6i2yPVMd2XgT9XrMU&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjF3Kvp18rVAhWJQ5AKHbHRAP0Q6AEIMzAC
https://books.google.com.br/books?id=PiZe8ahPcD8C&pg=PA15&lpg=PA15&dq=A+educa%C3%A7%C3%A3o+olha+para+tr%C3%A1s,+buscando+e+transmitindo+refer%C3%AAncias+s%C3%B3lidas+no+passado.+Olha+para+hoje,+ensinando+os+alunos+a+compreender+a+si+mesmos+e+%C3%A0+sociedade+em+que+vivem.+Olha+tamb%C3%A9m+para+o+amanh%C3%A3,+preparando+os+alunos+para+os+desafios+que+vir%C3%A3o.+Jos%C3%A9+Manuel+Moran&source=bl&ots=BqZ-m0_BHE&sig=HorwRHiSho6i2yPVMd2XgT9XrMU&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjF3Kvp18rVAhWJQ5AKHbHRAP0Q6AEIMzAC
Unidade 1 • Mudança de Paradigma: do Ensino Tradicional aos Sistemas Adaptativos11/210
A tecnologia digital rompe com a narrativa contínua e sequencial das ima-
gens e textos escritos e se apresenta como um fenômeno descontínuo. Sua 
temporalidade e espacialidade, expressas em imagens e textos nas telas, 
estão diretamente relacionadas ao momento de sua apresentação. Verti-
cais, descontínuos, móveis e imediatos, as imagens e os textos digitali-
zados a partir da conversão das informações em bytes têm o seu próprio 
tempo, seu próprio espaço fenomênico da exposição. Eles representam, 
portanto, um outro tempo, um outro momento revolucionário, na maneira 
de pensar e de compreender. 
Segundo as ideias de Behrens (2000), para que se trabalhe de maneira colaborativa com os alunos, 
nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem, é preciso que se tenha como referência uma prática 
embasada no paradigma emergente, numa aliança entre a visão holística que busca a superação 
da fragmentação do conhecimento e o resgate do ser humano em sua totalidade, a abordagem 
progressista que tem como pressuposto central a transformação social e do ensino como pesqui-
sa, de forma que professores e alunos produzam seus conhecimentos com criticidade, aliando a 
tudo isso a tecnologia inovadora, como um recurso auxiliar para aprendizagem.
Unidade 1 • Mudança de Paradigma: do Ensino Tradicional aos Sistemas Adaptativos12/210
Você verá como essas tecnologias inova-
doras permitem a construção de narrativas 
digitais que são exploradas nas diferentes 
áreas do conhecimento.
Valente (2014) utiliza em suas obras o ter-
mo Tecnologias Digitais de Informação e 
Comunicação (TDIC) e desvela inúmeras 
possibilidades de uso nos processos comu-
nicacionais e na maneira como acessamos a 
informação, incorporando novas ferramen-
tas e práticas inovadoras no processo de 
ensinar e aprender.
AS TDICs permitem pensar diferentes ma-
neiras de propiciar aos professores e alu-
nos autoria individual e coletiva dos fazeres 
Link
A presença das tecnologias digitais de comuni-
cação e educação (TDICs) no nosso dia a dia tem 
alterado visivelmente os meios de comunicação e 
como nos comunicamos. Leia o artigo de José Va-
lente disponível em: <http://www.smeduque-
decaxias.rj.gov.br/portal/ead/svp/pluginfile.
php/3461/mod_resource/content/1/valen-
te.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2017.
VALENTE, J. A. Comunicação e a Educação base-
ada no uso das tecnologias digitais de informa-
ção e comunicação. Revista UNIFESO – Humanas 
e Sociais, Vol. 1, n. 1, 2014, pp. 141-166.
http://www.smeduquedecaxias.rj.gov.br/portal/ead/svp/pluginfile.php/3461/mod_resource/content/1/valente.pdf
http://www.smeduquedecaxias.rj.gov.br/portal/ead/svp/pluginfile.php/3461/mod_resource/content/1/valente.pdf
http://www.smeduquedecaxias.rj.gov.br/portal/ead/svp/pluginfile.php/3461/mod_resource/content/1/valente.pdf
http://www.smeduquedecaxias.rj.gov.br/portal/ead/svp/pluginfile.php/3461/mod_resource/content/1/valente.pdf
Unidade 1 • Mudança de Paradigma: do Ensino Tradicional aos Sistemas Adaptativos13/210
educacionais, considerando um ambiente 
informatizado, onde os alunos aprendem a 
selecionar informações que colaboram no 
processo de construção do conhecimento 
nas diversas áreas do saber.
Ainda, segundo Valente (2014), as TDCI têm 
sido utilizadas também para a implanta-
ção de abordagens educacionais baseadas 
na aprendizagem ativa, desafiando profes-
sores a romper com as práticas estabeleci-
das e criar situações de aprendizagem que 
possam estimular os alunos a trabalhar com 
projetos, resolver problemas e desenvolver 
sua criticidade diante do conhecimento.
3. Sistemas Adaptativos
As mudanças apresentadas do final do sé-
culo XX e início do século XXI, fazem-nos re-
fletir sobre as mudanças ocorridas na socie-
dade e na educação e levam-nos à compre-
ensão de como as tecnologias colaboram 
para que o aluno seja o centro de sua pró-
pria aprendizagem e, mais ainda, agora será 
visto como é possível identificar o seu estilo 
cognitivo e garantir seu sucesso acadêmico. 
Os sistemas adaptativos ou aprendizagem 
adaptativa é uma personalização do pro-
cesso de ensino-aprendizagem, utilizando 
ferramentas digitais que possibilitam uma 
adaptação da proposta de trabalho às ne-
cessidades e às características dos alunos. A 
tecnologia é explorada permitindo o ensino 
Unidade 1 • Mudança de Paradigma: do Ensino Tradicional aos Sistemas Adaptativos14/210
individual e reconhecendo como e quando 
cada aluno aprende.
Para explorar essas capacidades individuais 
são adaptados softwares às plataformas de 
ensino, que são capazes de mapear as fragi-
lidades e potencialidades dos alunos, possi-
bilitando a construção de trilhas de apren-
dizagem personalizadas, com planos de es-
tudos que respeitam o estilo cognitivo e as 
singularidades dos envolvidos no processo.
Estilos cognitivos são características cogni-
tivas intrínsecas aos sujeitos, que influen-
ciam aspectos, tais como: atitudes, valores, 
interação social, resolução de problemas, 
entre outros. Segundo Geller (2004, p. 41), 
“o conhecimento do estilo cognitivo do alu-
no é importante para o professor que almeja 
a aprendizagem desse sujeito”, uma vez que 
os estilos cognitivos predominantes podem 
influenciar o modo como os alunos apren-
dem como os professores ensinam e como 
juntos eles interagem.
Não há uma diferenciação exata entre os 
conceitos de “estilo cognitivo” e de “esti-
lo de aprendizagem”, mas o primeiro indi-
ca como o aluno processa a informação e 
o segundo está relacionado às formas que 
os alunos interagem com as condições de 
aprendizagem. Diferentes alunos com dife-
rentes maneiras de processar a informação, 
o que implica em diferenças nos seus pro-
cessos de aprendizagem.
Assim, adaptação de softwares a um Am-
biente Virtual de Aprendizagem, para re-
conhecer o estilo cognitivo dos estudantes, 
contribui muito para o processo educacio-
Unidade 1 • Mudança de Paradigma: do Ensino Tradicional aos Sistemas Adaptativos15/210
nal, reconhecendo as diferenças e viabilizan-
do práticas educacionais mais eficazes res-
peitando o estilo particular de cada aluno.
Figura 1 - Modelode Kolb (1984)
Fonte: Kolb,D. (1984). Experiential Learning: Experi-
ence as the source of learning and development. New Jer-
sey: Prentice Hall. Disponível em: <http://oer.kmi.open.
ac.uk/?page_id=1112>. Acesso em: 20 ago. 2017.
Para saber mais
Em 1984, o teórico da educação David Kolb con-
cluiu em seus estudos que aprender é o processo 
no qual se criam conhecimentos através de trans-
formação da experiência, ou seja, estilo de apren-
dizagem é o resultado das interações entre o indi-
víduo e o ambiente.
http://oer.kmi.open.ac.uk/?page_id=1112
http://oer.kmi.open.ac.uk/?page_id=1112
Unidade 1 • Mudança de Paradigma: do Ensino Tradicional aos Sistemas Adaptativos16/210
E qual o seu estilo cognitivo?
A arquitetura básica de um software por 
meio de questionários, mapas conceituais, 
apresentação de ferramentas síncronas e 
assíncronas e outras estratégias podem 
identificar o seu estilo cognitivo e arma-
zená-lo em um banco de dados. Assim, a 
identificação do seu estilo permitiria pro-
por atividades diferenciadas e aprimorar as 
estratégias de ensino ao grupo com as suas 
características.
Unidade 1 • Mudança de Paradigma: do Ensino Tradicional aos Sistemas Adaptativos17/210
Glossário
Inovação: inovação em educação é a criação de respostas novas aos desafios oriundos das ne-
cessidades de se adequar os sistemas educativos à sociedade da informação e do conhecimento. 
Globalização: é um conjunto de transformações na ordem política e econômica mundial visíveis 
desde o final do século XX. Trata-se de um fenômeno que criou pontos em comum na vertente 
econômica, social, cultural e política e que consequentemente tornou o mundo interligado, uma 
Aldeia Global.
Paradigma: um exemplo que serve como modelo; padrão.
Questão
reflexão
?
para
18/210
Você já parou para pensar que cada um possui diferenças indivi-
duais nas formas de aprender e que alunos são indivíduos dife-
rentes entre si, que não aprendem todos ao mesmo tempo? Le-
vando em conta os ritmos de aprendizagem diferentes e estilos 
cognitivos variados que convivem em uma mesma comunidade 
educacional, qual a sua percepção sobre a educação a distância? 
Em que medida a adaptação de um ambiente virtual de apren-
dizagem pode colaborar com o processo, considerando os dife-
rentes estilos cognitivos predominantes de alunos de um curso a 
distância?
19/210
Considerações Finais
• Do paradigma tradicional ao paradigma emergente. A complexidade de en-
sinar e aprender rompendo com os tempos e espaços historicamente deter-
minados.
• As tecnologias e os novos desafios pedagógicos em Ambiente Virtuais de 
Aprendizagem, aprendendo de forma colaborativa.
• As narrativas digitais e as mudanças nos meios comunicacionais. A TDCI e 
as possibilidades para estimular a construção do conhecimento.
• Os sistemas adaptativos e as possibilidades de identificar os estilos cog-
nitivos dos alunos com o intuito de influenciar positivamente e promover 
avanços no processo de ensino-aprendizagem.
Unidade 1 • Mudança de Paradigma: do Ensino Tradicional aos Sistemas Adaptativos20/210
Referências
BEHRENS, M. A. Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente. In: MORAN, 
José; MASETTO, Marcos; BEHRENS, Marida. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. São 
Paulo: Papirus, 2000. p. 67-132.
GELLER, M. Educação a Distância e Estilos Cognitivos: construindo um novo olhar sobre os 
ambientes virtuais. 2004. 176 f. Tese (Doutorado em Informática na Educação) – UFRGS, Porto 
Alegre.
KENSKI, V. M. Novas tecnologias. O redimensionamento do espaço e o tempo e os impactos no 
trabalho docente. Revista Brasileira de Educação, n. 8. p. 58-71, mai./jun./jul./ago. 1998.
KENSKI, V. M. Tecnologias e ensino presencial e a distância. Campinas, SP: Papirus, 2003.
MEDINA, R; MOZZAQUATRO, M. P;. Mobile Learning Engine Moodle adaptado aos diferentes Esti-
los Cognitivos utilizando Hipermídia Adaptativa. Revista CINTED-UFRGS Novas Tecnologias na 
Educação, v. 8, n. 2, dezembro, 2010.
MORAES, M. C. O paradigma educacional emergente. Campinas: Papirus, 1997.
MORAN, J. M. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias audiovisuais e telemáticas. In: 
MORAN, José; MASETTO, Marcos; BEHRENS, Marida. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógi-
ca. São Paulo: Papirus, 2000. p. 11-65.
Unidade 1 • Mudança de Paradigma: do Ensino Tradicional aos Sistemas Adaptativos21/210
VALENTE, J. A. Comunicação e a Educação baseada no uso das tecnologias digitais de informação 
e comunicação. Revista UNIFESO – Humanas e Sociais, v. 1, n. 1, 2014, p. 141-166.
22/210
1. Os avanços advindos da modernidade e do fenômeno da globalização 
geraram um novo paradigma nos cenários cultural e educacional. As impli-
cações do novo paradigma na educação exigem:
a) A fragmentação das disciplinas e a divisão das áreas do conhecimento.
b) A construção de uma nova visão educacional, valorizando práticas que possibilitem uma 
percepção global da realidade.
c) Domínio das novas tecnologias e o acesso às redes sociais.
d) Racionalidade científica e o modo de produção industrial.
e) Inovação na maneira de fazer negócios e de se comunicar e a cristalização dos conhecimen-
tos científicos.
Questão 1
23/210
2. Com a mudança nos tempos e espaços de ensinar e aprender, surgem 
novas estruturas de aprendizagem na Educação a Distância que:
a) Alteram o conceito de aula, quando então os professores precisam aprender a gerenciar vá-
rios espaços e integrá-los de forma aberta e equilibrada.
b) Impõe um ritmo sistematizado e linear para garantir o processo de ensino-aprendizagem. 
c) Amplia as discussões sobre as novas tecnologias, mas não implica em novos desafios peda-
gógicos.
d) Propõe uma educação inovadora, mas não altera o papel do professor e do aluno no proces-
so de ensino-aprendizagem.
e) Resgata o papel do professor como detentor do saber e único responsável pelo processo 
educacional.
Questão 2
24/210
3. Na sociedade do conhecimento, reaprende-se a conhecer e a comuni-
car a ensinar e a aprender, a integrar o humano e o tecnológico, a integrar 
o individual, o grupal e o social. Nesse sentido, os processos educacionais 
devem focar:
a) No processo individual e permanente de aprender a aprender.
b) Em novas formas de aprender e de saber se apropriar criticamente do conhecimento traba-
lhando de maneira colaborativa.
c) Na memorização e na reprodução do conhecimento.
d) Nas tecnologias de informação e comunicação como único meio de produção de conheci-
mento.
e) Na transmissão do conhecimento.
Questão 3
25/210
4. A comunicação e a educação baseada nas Tecnologias Digitais de Infor-
mação e Comunicação possibilitam:
a) Atividades curriculares baseadas no lápis e no papel e o professor com a posição de prota-
gonista, detentor e transmissor da informação.
b) Criar ambientes de aprendizagem para a transmissão de informação. 
c) A construção de narrativas digitais, que podem ser produzidas por intermédio de uma com-
binação de mídias, e contribuem para o enriquecimento do conhecimento e da aprendiza-
gem.
d) Narrativas sendo desenvolvidas de duas formas: orais ou escritas.
e) Alunos e professores tornando-se especialistas em mídias digitais.
Questão 4
26/210
5. Os sistemas adaptativos utilizando ferramentas digitais oportunizam ao 
educando:
a) A personalização do processo de ensino aprendizagem alterando suas características pes-
soais.
b) Mapear suas capacidades individuais, possibilitando a construção de trilhas de aprendiza-
gem.
c) Reconhecer o seu estilo cognitivo para que ele possa desenvolver seus estudos principal-
mente na modalidade de educação presencial.
d) Ser o centro de sua própria aprendizagem desvinculado de outros grupos e redes de apren-
dizagem.
e) Conhecer os diferentes estilos cognitivos predominantes dos alunos de um determinado 
grupo, sem, contudo, interferir no processo de ensino-aprendizagem.
Questão 5
27/210
Gabarito
1. Resposta: B.
A mudança de paradigma possibilitou a 
construção de novos cenáriose na educa-
ção valoriza as práticas que possibilitam a 
percepção global da realidade.
2. Resposta: A.
A Educação a Distância com o uso das tec-
nologias alterou o conceito de aula e flexibi-
lizou os espaços.
3. Resposta: B.
Na sociedade do conhecimento, há uma 
nova ordem e novas formas de aprender e 
ensinar em espaços midiáticos e colabora-
tivos.
4. Resposta: C.
As TDICs possibilitam a construção de nar-
rativas digitais utilizando os recursos dispo-
níveis na Web.
5. Resposta: B.
Os sistemas adaptativos utilizam softwares 
a fim de identificar o estilo cognitivo do alu-
no para que ele possa construir suas trilhas 
de aprendizagem junto ao seu grupo, po-
tencializando o processo de ensino-apren-
dizagem.
28/210
Unidade 2
Blended Learning ou Ensino Híbrido: Propostas Inovadoras para Educação
Objetivos
1. Discutir o conceito de Blended Lear-
ning ou Ensino Híbrido e as inovações 
nos processos educacionais.
2. Conhecer as propostas de Ensino Hí-
brido e seus modelos que implicam 
novas formas de ensinar e aprender.
3. Analisar os modelos sustentados e 
disruptivos e suas implicações no pro-
cesso ensino-aprendizagem.
Unidade 2 • Blended Learning ou Ensino Híbrido: Propostas Inovadoras para Educação29/210
Introdução
As Tecnologias de Informação e Comunica-
ção (TICs) impactaram a educação e abri-
ram as portas para novas formas de ensinar 
e aprender. O paradigma linear com o pro-
cesso de ensino-aprendizagem, centrado 
no professor, foi alterado para o paradigma 
emergente o pensamento em rede e o aluno 
como protagonista de sua aprendizagem.
As TICs possibilitaram uma inovação edu-
cacional com atividades de ensino-apren-
dizagem on-line na modalidade a distân-
cia mesclada com o ensino presencial, essa 
“mistura” recebe o nome de Blended Lear-
ning (blended, em inglês, significa mistura-
do, mesclado), cuja tradução para o portu-
guês é Ensino Híbrido.
A proposta de Ensino Híbrido está sendo 
adotada em Instituições de Ensino Supe-
rior e na Educação Básica, em diversos paí-
ses no mundo e já há várias experiências no 
Brasil, os diversos modelos e possibilidades 
de hibridizar a educação têm como finalida-
de personalizar a aprendizagem do educan-
do, criando ambientes favoráveis para o seu 
desenvolvimento, inserindo as tecnologias 
de forma integrada ao currículo, possibili-
tando uma aprendizagem pela exploração e 
descoberta.
Com os modelos de Ensino Híbrido, o pro-
cesso educacional torna-se inovador, dia-
logando com as propostas educacionais do 
nosso século. 
Unidade 2 • Blended Learning ou Ensino Híbrido: Propostas Inovadoras para Educação30/210
1 Blended learning ou ensino híbrido 
O conceito de Blended Learning ou ensino Híbrido surgiu inicialmente nos EUA na década de 1990. 
As universidades começaram a financiar os estudos e projetos acadêmicos com base científica a 
partir de 2002.
Fundado a partir das teorias de um professor de Harvard, o Clayton Christensen Institute imple-
mentou modelos inovadores de ensino híbrido em escolas americanas, partindo de estudos e 
pesquisas que abordam uma nova forma de fazer educação,
o ensino híbrido é um programa de educação formal no qual um aluno 
aprende, pelo menos em parte, por meio do ensino online, com algum ele-
mento de controle do estudante sobre o tempo, lugar, modo e/ou ritmo do 
estudo, e pelo menos em parte em uma localidade física supervisionada, 
fora de sua residência. (CHRISTENSEN, HORN & STAKER, 2013, p. 7). 
Unidade 2 • Blended Learning ou Ensino Híbrido: Propostas Inovadoras para Educação31/210
No Brasil, a passagem da modalidade pre-
sencial para educação a distância e depois 
para o ensino híbrido foi possível no En-
sino Superior a partir da portaria núme-
ro 4.059\2004 do Ministério da Educação 
(MEC) que autorizou as instituições de En-
sino Superior a incluírem até 20% das disci-
plinas no ensino semipresencial. 
Essa normatização possibilitou as práticas 
do ensino híbrido no Ensino Superior, inte-
grando as atividades, utilizando os sistemas 
adaptativos para conhecer os estilos cogni-
tivos dos alunos, por meio dos relatórios de 
atividades de desempenho, elaborando di-
ferentes estruturas para ensinar mais e me-
lhor e personalizando o ensino.
Para saber mais
Michael Horn, em 2008 escreveu com seu profes-
sor em Harvard, o renomado Clayton Christensen, 
o livro Disrupting Class: How Disruptive Innovation 
Will Change the Way the World Learns (Classe dis-
ruptiva: como a inovação disruptiva vai mudar a 
forma como o mundo aprende, em livre tradução), 
no qual abordava o nascimento de uma nova for-
ma de fazer educação. Horn tornou-se cofundador 
do Innosight Institute, que em 2013 passou a se 
chamar Clayton Christensen Institute. 
Fonte: <https://www.christenseninstitute.org/
blended-learning/>. Acesso em: 28 ago. 2017.
http://www.amazon.com/Disrupting-Class-Disruptive-Innovation-Change/dp/0071592067
http://www.amazon.com/Disrupting-Class-Disruptive-Innovation-Change/dp/0071592067
http://www.christenseninstitute.org/
https://www.christenseninstitute.org/blended-learning/
https://www.christenseninstitute.org/blended-learning/
Unidade 2 • Blended Learning ou Ensino Híbrido: Propostas Inovadoras para Educação32/210
Essa “mistura” entre o ensino presencial e o virtual, como ensina-nos Belloni (2012, p. 117) ao 
enfatizar que:
As tendências mais fortes indicam para o desenvolvimento de modelos 
institucionais ‘mistos’ ou ‘integrados’ por meio dos quais as instituições 
convencionais de ensino superior ampliarão seus efetivos e diversificarão 
suas ofertas, complementando suas atividades presenciais com atividades 
mediatizadas, no interior dos currículos e das disciplinas.
Para saber mais
A portaria número 4.059\2004 do Ministério da Educação apresenta a conceituação do ensino semipre-
sencial e permite o que os cursos e até mesmos as disciplinas sejam ministradas a distância, desde que não 
ultrapassem o limite de 20% da carga horária total do curso, sendo realizados por meio das TIC. Fica a car-
go da Instituição de Ensino Superior decidir se esses 20% serão ofertados em forma de disciplinas híbridas 
(presencial e parcialmente a distância) ou totalmente a distância, considerando a necessidade de que as 
avaliações sejam presenciais. 
Fonte: <http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/nova/acs_portaria4059.pdf>. Acesso em: 30 ago. 2017.
http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/nova/acs_portaria4059.pdf
Unidade 2 • Blended Learning ou Ensino Híbrido: Propostas Inovadoras para Educação33/210
Significa dizer que a combinação desses 
dois ambientes de aprendizagem, a sala de 
aula presencial e o ambiente virtual, estão 
complementando-se e agregando novos 
valores à educação, uma vez que o aluno 
pode aprender ao seu ritmo acessando a 
informação por meio das tecnologias de in-
formação e comunicação, integrando com 
as atividades na sala de aula presencial.
Moran (2015, p. 39) completa ainda que, “o 
ensinar e o aprender acontecem em uma in-
terligação simbiótica, profunda e constante 
entre os chamados mundo físico e digital”. 
Sua colaboração mostra-nos que ensinar e 
aprender em espaços flexíveis e mesclados 
pode tornar esse processo fascinante, pos-
sibilitando a integração e a contribuição dos 
diferentes sistemas de ensino, promovendo 
a aprendizagem significativa para o aluno 
por meio de experiências diversas.
Porém, a expressão Ensino Híbrido vai além 
das definições de Blended Learning voltadas 
ao Ensino Superior: estudos e experiências 
realizadas na educação básica nos Estados 
Unidos, Europa e na América Latina, apon-
tam para uma educação híbrida que, por 
meio das tecnologias, oportuniza a integra-
ção dos tempos e espaços. Moran (2015, p. 
39) ainda nos ensina que: 
Unidade 2 • Blended Learning ou Ensino Híbrido: Propostas Inovadoras para Educação34/210
Não são dois mundos ou espaços, mas um espaço estendido, uma sala de 
aula ampliada, que se mescla, hibridiza constantemente. Por isso a educa-
ção formal é cadavez mais blended, misturada, híbrida, porque não acon-
tece só no espaço físico da sala de aula, mas nos múltiplos espaços do 
cotidiano, que incluem os digitais.
Para saber mais
Figura 2 – Personalização do Ensino
Fonte: Porvir : <http://porvir.org/especiais/personalizacao/suavez>. Acesso em: 30 ago. 2017.
http://porvir.org/especiais/personalizacao/suavez
Unidade 2 • Blended Learning ou Ensino Híbrido: Propostas Inovadoras para Educação35/210
É importante perceber que não basta apenas mesclar o uso das tecnologias em ambientes virtu-
ais com atividades presenciais, o fundamental é desenvolver projetos pedagógicos com propos-
tas de trabalho significativas que possam integrar esses múltiplos espaços, visando desenvolver 
a autonomia e a reflexão crítica de todos os envolvidos no processo.
Para saber mais
O livro Ensino Híbrido: personalização e tecnologia na educação foi organizado pelos professores Lilian 
Bacich, Adolfo Tanzi Neto e Fernando de Melo Trevisani, a partir das reflexões de um grupo de coordena-
dores e professores que realizaram experimentações em programas desenvolvidos pelos Instituto Penín-
sula e pela Fundação Lemann. Os textos colaboram para pensar o ensino híbrido e todas as interações 
propostas envolvendo os alunos, os professores, as tecnologias, a gestão, os espaços e a cultura escolar. 
Fonte: BACHIC, Lilian; TANZI NETO, Adolfo; TREVISANI, Fernando de Mello (Org). Ensino Híbrido: persona-
lização e Tecnologia na Educação. Porto Alegre: Penso, 2015.
Unidade 2 • Blended Learning ou Ensino Híbrido: Propostas Inovadoras para Educação36/210
1. Propostas de ensino híbrido
As tecnologias digitais oportunizaram a 
construção de novas metodologias de en-
sino, alterando a relação professor-aluno-
-conteúdo, possibilitando a construção de 
redes de conhecimento onde todos traba-
lham de modo colaborativo.
Como foi visto, o conceito de Ensino Híbri-
do avançou para além do Blended Learning e 
tornou-se uma possibilidade. Corroboran-
do com as ideias de Moran (2015), Bacich, 
Tanzi Neto e Trevisani (2015, p. 51; grifo dos 
autores) enfatizam que a “expressão ensino 
híbrido está enraizada em uma ideia de edu-
cação híbrida, em que não existe uma forma 
única de aprender e na qual a aprendizagem 
é um processo contínuo, que ocorre de dife-
rentes formas, em diferentes espaços”.
Pode-se destacar diferentes definições para 
o Ensino Híbrido, mas todas convergem 
para uma educação integradora em que o 
papel do professor e do aluno são alterados 
de modo significativo em relação ao ensino 
tradicional, uma vez que a integração com 
as tecnologias digitais favorece momentos 
de colaboração de aprendizagem ativa em 
um ambiente em que é possível identificar 
como o aluno aprende melhor e organizar 
grupos por afinidades, com projetos que 
desenvolvam habilidades específicas.
Você deve estar se perguntando: como isso 
é possível?!
Unidade 2 • Blended Learning ou Ensino Híbrido: Propostas Inovadoras para Educação37/210
Você conhecerá as propostas de Ensino Hí-
brido apresentadas por Horn e Staker (2015), 
como um panorama geral das diversas pos-
sibilidades de combinar tempo, espaço e di-
ferentes metodologias no processo de en-
sinar e aprender. Os autores abordam as di-
versas maneiras de organizar situações de 
aprendizagem, os modelos rotativos com-
binam as vantagens da educação on-line 
com os benefícios da sala de aula presencial 
e os modelos mais disruptivos em relação 
ao sistema tradicional, propondo uma nova 
organização para toda a escola.
Figura 3 – Blended Learning
Fonte: HORN, M.B; STAKER, H. Blended: using disrupitive in-
novation to improve schools. Disponível em: <http://www.
georgiapolicy.org/wp-content/uploads/2013/05/
Hybrid-Zone-1jpg.jpg>. Acesso em: 30 ago. 2017.
http://www.georgiapolicy.org/wp-content/uploads/2013/05/Hybrid-Zone-1jpg.jpg
http://www.georgiapolicy.org/wp-content/uploads/2013/05/Hybrid-Zone-1jpg.jpg
http://www.georgiapolicy.org/wp-content/uploads/2013/05/Hybrid-Zone-1jpg.jpg
Unidade 2 • Blended Learning ou Ensino Híbrido: Propostas Inovadoras para Educação38/210
Esta imagem representa as propostas de 
ensino híbrido que serão discutidas a seguir.
O Modelo de Rotação (Rotation model): in-
corpora a sala de aula tradicional com a 
educação on-line. Nesse modelo, as ativida-
des são sustentadas pela sala de aula tradi-
cional e há diferentes propostas:
• Rotação por estações (Station Rota-
tion): o professor organiza uma pro-
gramação fixa para que os alunos 
possam fazer um rodízio pelos pontos 
pré-estabelecidos na sala de aula, um 
dos pontos deve ser uma atividade 
on-line e os outros podem ser ativi-
dades específicas em grupo, projetos 
ou pesquisas individuais. O professor 
segue mediando as atividades, par-
ticipando dos grupos e dos estudos 
individuais. O planejamento das ativi-
dades não segue uma sequência, mas 
é importante que os alunos façam um 
rodízio das atividades propostas no 
decorrer da aula.
• Laboratório rotacional (Lab rotation): 
os alunos usam dois espaços, o espa-
ço da sala de aula e o laboratório. O 
professor organiza uma atividade na 
sala de aula e rotaciona a atividade 
para o laboratório, onde o aluno deve 
realizar a atividade de forma individu-
al e autônoma acompanhada por um 
tutor, utilizando a atividade on-line 
como uma inovação sustentada para 
colaborar com a metodologia tradi-
cional. O professor pode também ficar 
Unidade 2 • Blended Learning ou Ensino Híbrido: Propostas Inovadoras para Educação39/210
com um grupo na sala de aula desen-
volvendo a atividade e enviar um gru-
po para o laboratório, acompanhado 
pelo tutor, e depois inverter os grupos 
de trabalho.
• Sala de aula invertida (Flipped Class-
room): os alunos recebem o material 
com a teoria da disciplina e realizam 
seus estudos em casa, ativando seus 
conhecimentos prévios e agregando 
novas informações às estruturas cog-
nitivas já existentes. Na sala de aula, 
o professor propõe atividades sobre o 
conteúdo estudado, invertendo o que 
antes era realizado na sala de aula (es-
tudo da teoria), agora é realizado em 
casa; e o que era feito em casa (ativi-
dades), agora é realizado na sala de 
aula. Estudos demonstram que a te-
oria estudada em casa pode conter 
também vídeos, palestras, sites para 
pesquisas, além de textos escritos em 
que o aluno poderá aprender pela ex-
ploração de novos conhecimentos.
• Rotação Individual (Individual Rota-
tion): valoriza as necessidades indi-
viduais do aluno, o tempo não é fixo, 
os alunos recebem os temas a serem 
estudados e trabalham em seu tempo. 
Nesse modelo, os alunos rotam por 
modalidades de aprendizagem, al-
guns precisam de mais tempo em uma 
determinada atividade que outros, 
por isso, as trilhas são personalizadas. 
Essa proposta permite que o aluno seja 
o protagonista e esteja no controle de 
Unidade 2 • Blended Learning ou Ensino Híbrido: Propostas Inovadoras para Educação40/210
seu aprendizado, aprendendo em seu 
próprio ritmo, trabalhando com proje-
tos para sustentar sua aprendizagem, 
assinalando os objetivos cumpridos e 
o momento de ser avaliado.
Segundo os autores, os Modelos Flex, À 
La Carte e Virtual Enriquecido sugerem a 
aprendizagem on-line como o eixo condu-
tor de todo o processo de ensino, esses mo-
delos são considerados disruptivos porque 
propõem uma nova organização metodoló-
gica para toda a escola.
• Flex (Flex model): a ênfase está no en-
sino on-line, os alunos trabalham com 
roteiros de estudos, o ritmo é perso-
nalizado, assemelha-se ao modelo de 
rotação individual porque requer um 
plano personalizado para cada estu-
dante. O mesmo roteiro pode ser tra-
balhado por alunos de séries diferen-
tes.
• À La Carte (À La Carte model): deter-
minados os objetivos gerais do curso, 
os alunos são responsáveis pela orga-
nização de seus estudos e pela utili-
zação das estratégias para atingir os 
objetivos, tarefa compartilhada com 
o professor. Os estudos on-line podem 
ser realizados em casa, na escola ou 
em outros espaços.• Virtual Enriquecido (Enriched Virtual 
model): É uma experiência realizada 
por toda a escola, em uma determi-
nada disciplina, os alunos dividem o 
tempo entre atividades on-line e pre-
sencial.
Unidade 2 • Blended Learning ou Ensino Híbrido: Propostas Inovadoras para Educação41/210
2. O ensino híbrido sustentado e 
disruptivo
Para atuar em sociedades modernas e com-
plexas as instituições de ensino, precisa-se 
iniciar um processo de mudança, preparan-
do ambientes que permitam integrar e in-
corporar estratégias de ensino com a uti-
lização de todos os recursos tecnológicos 
disponíveis, mas para além dos recursos é 
necessário a revisão dos planejamentos pe-
dagógicos e dos papéis de todos os envolvi-
dos no processo.
Os modelos de ensino híbrido de rotação 
estão sustentados na sala de aula presen-
cial, que necessitam de infraestrutura ade-
quada às novas relações de ensino-apren-
dizagem e formação de pessoas e equipes 
para atuarem em projetos inovadores.
Os modelos disruptivos com foco no ensi-
no on-line exigem transformações em todo 
o sistema, alterando fundamentalmente o 
papel das escolas tradicionais. Segundo as 
pesquisas divulgadas pelo Instituto Chris-
tensen (2013), os modelos mais disruptivos 
— Flex, A La Carte, Virtual Enriquecido e Ro-
tação Individual — estão posicionados para 
transformar o modelo de sala de aula e tor-
narem-se os motores da mudança a longo 
prazo paras as escolas.
Conforme Silva e Camargo apud Bacich, 
Tanzi Neto e Trevisani (2015, p. 182), “ape-
sar de entender que o blended é uma pos-
sibilidade disruptiva de implementação de 
Unidade 2 • Blended Learning ou Ensino Híbrido: Propostas Inovadoras para Educação42/210
ensino mais adequado ao contexto socio-
cultural atual e em franca expansão, ele não 
necessariamente precisa ser aplicado em 
sua plenitude”. Os autores entendem que a 
preocupação e as necessidades de mudan-
ças podem estimular uma nova visão sobre 
as práticas educativas, seja na instituição 
como um todo, em uma disciplina ou uma 
aula em particular.
O que confere dizer que a proposta de en-
sino híbrido para ser implantada na escola, 
exige muita reflexão sobre a realidade, a ela-
boração de um plano de ensino condizente 
com a definição do modelo, o envolvimento 
de todos os níveis de direção e coordenação 
da escola e o engajamento dos professores 
e alunos em novos projetos.
Link
<http://isesp.edu.br/ensinohibrido/curso/
video_page/index.html>
Uma animação, que de forma ilustrada e muito 
didática, mostra os desafios e os caminhos pos-
síveis para se pensar em uma educação híbrida.
<http://porvir.org/>
Conheça o Porvir, uma iniciativa de comunicação 
e mobilização social que mapeia, produz, difunde 
e compartilha referências sobre inovações edu-
cacionais para inspirar melhorias na qualidade da 
educação brasileira e incentivar a mídia e a socie-
dade a compreender e demandar inovações edu-
cacionais.
http://isesp.edu.br/ensinohibrido/curso/video_page/index.html
http://isesp.edu.br/ensinohibrido/curso/video_page/index.html
http://porvir.org/
Unidade 2 • Blended Learning ou Ensino Híbrido: Propostas Inovadoras para Educação43/210
Link
<https://www.projetoancora.org.br/>
O Projeto Âncora atua desde o ano de 2012 
como uma escola de ensino fundamental com 
uma inovadora filosofia educacional, inspirada 
na Escola da Ponte de Portugal, implantando um 
modelo organizacional de gestão democrática 
e uma reorganização das estruturas educativas 
tradicionais
https://www.projetoancora.org.br/
Unidade 2 • Blended Learning ou Ensino Híbrido: Propostas Inovadoras para Educação44/210
Glossário
Simbiótica: refere-se à simbiose, à associação de dois ou mais seres que, embora sejam de es-
pécies diferentes, vivem em conjunto, compartilham vantagens e caracterizam-se como um só 
organismo.
Disruptivo: provoca ou pode causar disrupção; que acaba por interromper o seguimento normal 
de um processo.
Rotação: voltas sucessivas; repetição dos mesmos acontecimentos ou situações; ciclo.
Questão
reflexão
?
para
45/210
Diante dos avanços impulsionados pelas tecnologias nos 
processos de ensino aprendizagem e as possibilidades 
de implantar um sistema híbrido de ensino; diante dos 
modelos estudados e de uma realidade escolar conhe-
cida, o que você considera o ideal para uma construção 
conjunta de sentidos em que todos possam participar e 
contribuir para uma aprendizagem significativa?
46/210
Considerações Finais 
• O Blended Learning ou Ensino Híbrido, como uma possibilidade de ensinar 
e aprender em espaços, integrando a sala de aula presencial e atividades 
on-line.
• O Ensino Híbrido alcança as escolas de Educação Básica e contribui com 
modelos inovadores de educação. 
• Os modelos de Ensino Híbrido combinam tempo, espaços e diferentes me-
todologias no processo de ensinar e aprender.
• O modelo de Ensino Híbrido por rotação sustentado na sala de aula presen-
cial e os disruptivos embasados em atividades on-line.
Unidade 2 • Blended Learning ou Ensino Híbrido: Propostas Inovadoras para Educação47/210
Referências 
BACHIC, L.; TANZI NETO, Adolfo; TREVISANI, Fernando de Mello (Org). Ensino Híbrido: personal-
ização e Tecnologia na Educação. Porto Alegre: Penso. 2015.
BELLONI, M. L. Educação a distância. Campinas: Autores Associados, 2012.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria nº 4.059 de 10 de dezembro de 2004. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/nova/acs_portaria4059.pdf>. Acesso em: 30 ago. 
2017.
CHRISTENSEN, C.; HORN, M. & STAKER, H. Ensino Híbrido: uma Inovação Disruptiva?. Uma in-
trodução à teoria dos híbridos. Maio de 2013. Disponível em: <www.christenseninstitute.org>. 
Acesso em: 20 agosto. 2017.
INSTITUTO CHRISTENSEN. Christensen Institute. 2013. Disponível em: <https://www.christens-
eninstitute.org/>. Acesso em: 24 out. 2017. 
HORN, M. B.; STAKER, H. Blended: usando a inovação disruptiva para aprimorar a educação. 
Tradução: Maria Cristina Gularte Monteiro. Porto Alegre: Penso, 2015.
MORAN, J. Educação Híbrida: um conceito-chave para a educação hoje. In: BACICH, L.; TANZI 
NETO, A.; TREVISANI, F. de M. (Org.). Ensino Híbrido: personalização e tecnologia na educação. 
Porto Alegre: Penso, 2015. p. 27-45.
http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/nova/acs_portaria4059.pdf
www.christenseninstitute.org
https://www.christenseninstitute.org/
https://www.christenseninstitute.org/
Unidade 2 • Blended Learning ou Ensino Híbrido: Propostas Inovadoras para Educação48/210
PORVIR. Ensino Híbrido ou Blended Learning. 2013. Disponível em: <http://porvir.org/>. Acesso 
em: 22 out. 2017.
http://porvir.org/
49/210
1. Observe as alternativas e assinale a qual modelo de Ensino Híbrido corres-
pondem as três afirmativas.
I. Na sala de aula convencional, o professor fará uma primeira leitura sobre o conteúdo e um 
breve debate para que todos possam conhecer o tema.
II. Na Sala de Vídeo, os alunos assistirão a um vídeo sobre o tema proposto e ao mesmo tempo 
poderão tirar dúvidas com o professor.
III. Na sala de informática, realizarão pesquisas sobre o tema e realizarão individualmente a 
produção de um texto com as ideias principais.
a) Rotação por Estações.
b) Laboratório Rotacional.
c) Sala de Aula Invertida.
d) Rotação Individual.
e) Modelo Flex.
Questão 1
50/210
2. A nossa cultura escolar está impregnada pelo modelo tradicional de en-
sino, considerado durante muito tempo como a única forma de ensinar. O 
Ensino Híbrido surge como uma possibilidade de inovação nos processos 
educacionais, apresentando algumas características como:
Questão 2
a) O uso de tecnologias digitais no contexto escolar que possibilitam atividades educacionais 
mais significativas para os seus participantes, independentemente do planejamento peda-
gógico.
b) A integração das tecnologias digitais na escola mesclando momentos presenciais e outros 
on-line, por meio de atividades de pesquisas e roteiro de estudos, previamente, planejados e 
integrados ao projeto pedagógicoda escola.
c) As tecnologias digitais como parte integrante da escola, possibilitando aos alunos o livre 
acesso às informações, sem horários fixos e roteiros pré-estabelecidos.
d) O uso das tecnologias digitais monitoradas pelo professor em que o aluno trabalha sempre 
individualmente sem a interferência do professor.
e) A mistura do ensino presencial com atividades on-line, sendo que as atividades on-line são 
sempre realizadas em espaços fora da escola.
51/210
3. O papel do professor em um modelo de Ensino Híbrido faz toda a diferen-
ça para o sucesso da proposta, nesse sentido o professor deve:
Questão 3
a) Ser um mediador do processo para que o aluno tenha mais autonomia para resolver as ques-
tões apresentadas.
b) Focar no conteúdo e observar como o aluno resolve as atividades propostas.
c) Manter estruturas de grupos fixos em todas as atividades.
d) Explicar todos os conceitos e dar o passo a passo de como devem ser realizadas as atividades.
e) Intervir em todos os grupos, mesmo sem ser solicitado, marcando presença em todas as ati-
vidades.
52/210
4. As diferenças nos modelos de Ensino Híbrido por rotação e disruptivo são 
basicamente:
Questão 4
a) Nos modelos por rotação, as aulas são focadas no ensino on-line e nos modelos disruptivos 
são mescladas com atividades presenciais.
b) Os modelos disruptivos exigem espaços para atividades presenciais e a distância, fixos e 
pré-determinados pela escola.
c) Nos modelos por rotação, as atividades integram os espaços presenciais com atividades on-
-line enquanto nos modelos disruptivos o foco está nas atividades on-line.
d) Não há diferenças específicas entre os dois modelos, visto que os dois incorporam atividades 
semipresenciais.
e) As diferenças estão diretamente ligadas à atuação do professor, já que nos modelos disrup-
tivos o professor precisa rever seu papel e propor atividades diferenciadas.
53/210
5. Para a concretização de um projeto blended:
Questão 5
a) Toda a escola precisa ser reorganizada em seus tempos e espaços, rompendo com a sala de 
aula tradicional.
b) Os professores serão demitidos e contratados jovens professores que dominem as tecnolo-
gias.
c) A família precisa ser informada que todas as atividades on-line serão realizadas como tarefa 
de casa e, portanto, a necessidade do uso do computador e da Internet.
d) É possível implantar inicialmente um projeto blended em uma disciplina ou em um curso e 
gradativamente avançar.
e) Um projeto blended exige que os professores e alunos dominem todas as ferramentas das 
tecnologias digitai disponíveis.
54/210
Gabarito
1. Resposta: C.
Laboratório Rotacional é aquele em que os 
alunos usam o espaço da sala de aula e ou-
tros laboratórios.
2. Resposta: B.
Nos modelos híbridos, é fundamental que 
as atividades mescladas e integradas às 
tecnologias digitais sejam previamente pla-
nejadas pelo professor e integradas a um 
projeto da escola e ao currículo escolar.
3. Resposta: A.
O professor deve assumir um novo papel 
frente às mudanças apresentadas pelas 
propostas híbridas. Organizando situações 
de ensino-aprendizagem, possuindo como 
centro do processo o aluno.
4. Resposta: C.
O modelo de rotação é sustentado pelas 
atividades realizadas na sala de aula tra-
dicional, enquanto os modelos disruptivos 
descontroem todos os processos e focam 
no ensino on-line.
5. Resposta: D.
Um projeto blended pode estimular uma 
nova visão sobre as práticas educativas, 
seja na instituição como um todo, em uma 
disciplina ou uma aula em particular.
55/210
Unidade 3
As Novas Metodologias de Ensino
Objetivos
1. Conhecer as metodologias ativas no 
processo de ensino-aprendizagem e 
as estratégias que conduzem para a 
aprendizagem significativa.
2. Compreender os desafios da Aprendi-
zagem Baseada em Problemas (ABP) 
ou Problem Basead Learning (PBL).
3. Compartilhar experiências educacio-
nais no formato de Sala de Aula Inver-
tida ou Flipped Classroom (FC)
Unidade 3 • As Novas Metodologias de Ensino56/210
Introdução
A sociedade do conhecimento, com os im-
pactos e os avanços tecnológicos na vida 
social, exige uma educação inovadora que 
oportunize aos educandos o desenvolvi-
mento de suas capacidades cognitivas, 
como a rapidez de raciocínio na resolução 
de problemas, comunicação e o domínio de 
várias formas de linguagem entre outros.
Uma educação inovadora implica, princi-
palmente, dar significado à aprendizagem, 
com foco na realização de experiências, 
projetos e solução de problemas. Para tan-
to, é necessária uma reestruturação nas 
instituições de ensino, rompendo com o 
confinamento da sala de aula, flexibilizan-
do os tempos e os espaços e integrando as 
tecnologias de acordo com seus programas 
e projetos pedagógicos.
Para acompanhar esse processo de inova-
ção, é fundamental a utilização de novas 
metodologias que promovam o desempe-
nho mais ativo dos alunos, garantindo-lhes 
maior autonomia no processo de aprendi-
zagem. Compreender os desafios da Apren-
dizagem Baseada em Problemas (ABP) ou 
Problem Basead Learning (PBL) e comparti-
lhar experiências educacionais no formato 
de Sala de Aula Invertida ou Flipped Class-
room fazem parte deste processo em busca 
de inovação.
1. Metodologias ativas na edu-
cação
A utilização das tecnologias de informação 
e comunicação na educação e os proces-
Unidade 3 • As Novas Metodologias de Ensino57/210
sos de inovação tornaram as instituições de 
ensino mais blended (misturadas, híbridas), 
conforme Moran (2015, p. 2) “a educação é 
mais híbrida porque não acontece só no es-
paço físico da sala de aula, mas nos múlti-
plos espaços do cotidiano, que incluem os 
digitais”.
Esse novo cenário exige das instituições de 
ensino novos posicionamentos, oferecendo 
aos alunos possibilidades de interagir e pro-
duzir conhecimentos para atuarem em uma 
sociedade complexa; esses avanços buscam 
uma ruptura com os modelos tradicionais 
de ensino-aprendizagem de transmissão de 
conhecimento e requerem a utilização de 
novas metodologias. 
Diante dessas possibilidades, surge o con-
ceito de Metodologias Ativas como um pro-
cesso que visa estimular a autoaprendiza-
gem e a curiosidade do estudante para pes-
quisar, refletir e analisar possíveis situações 
para tomada de decisão, sendo o professor 
apenas o facilitador desse processo (BAS-
TOS, 2006, apud BERBEL, 2011).
É bom saber que, mesmo antes do desen-
volvimento tecnológico das últimas déca-
das do século XX e início do século XXI, vá-
rios autores como Jean Piaget (1896-1980), 
John Dewey (1859-1952) e Paulo Freire 
(1921-1997), entre muitos outros, já discu-
tiam a importância da autonomia dos alu-
nos e defendiam uma educação problema-
tizadora, que pudesse levá-los à construção 
de novos conhecimentos. 
São muitas e atuais as contribuições de Pau-
lo Freire (2015) acerca da Pedagogia Pro-
Unidade 3 • As Novas Metodologias de Ensino58/210
blematizadora, que parte da premissa de 
que educador e educando aprendem juntos 
numa relação dinâmica na qual a prática, 
orientada pela teoria, possibilita a reflexão 
crítica do estudante e o desenvolvimento 
de sua autonomia como forma de intervir 
sobre a realidade (BERBEL, 2011).
As Metodologias Ativas surgem como pos-
sibilidades de conduzir o aluno para o centro 
do processo, como protagonista, com uma 
posição mais crítica e reflexiva. A proble-
matização e a autonomia são recursos ne-
cessários para motivar os alunos que, diante 
de uma situação-problema, são capazes de 
refletir e contextualizar suas descobertas, 
assim, as Metodologias Ativas tornaram-se 
recursos didáticos que possibilitam aos alu-
nos ressignificar o conhecimento.
Essa é uma mudança de perspectiva que 
exige das instituições de ensino um plane-
jamento estratégico que implica mudanças 
estruturais e pedagógicas com a incorpo-
ração das tecnologias, formação de pro-
fessores e seu engajamento para rediscutir 
seu papel e sua atuação em novos espaços 
de aprendizagem e apropriação dos novos 
recursos didáticosdisponíveis. Segundo 
Abreu e Masetto (1990), o “conhecimento e 
o domínio das estratégias é uma ferramen-
ta que o professor maneja de acordo com 
sua criatividade, sua reflexão e sua experi-
ência, para alcançar os objetivos da apren-
dizagem”.
Unidade 3 • As Novas Metodologias de Ensino59/210
Figura 4 – Metodologias Ativas
Fonte: <http://images.slideplayer.com.br/37/10695485/slides/slide_8.jpg>. Acesso em: 06 set. 2017.
http://images.slideplayer.com.br/37/10695485/slides/slide_8.jpg
Unidade 3 • As Novas Metodologias de Ensino60/210
Para saber mais
Para conhecer mais sobre as Metodologias Ativas 
e as novas estratégias e abordagens educacionais 
que estimulam a reflexão e a autonomia dos alu-
nos, conheça os projetos apresentados pelo Por-
vir que produz, difunde e compartilha referências 
sobre inovações educacionais. 
Fonte: <http://porvir.org/?s=metodolo-
gias+ativas>. Acesso em: 06 set. 2017.
1.1. Aprendizagem Baseada em 
Problemas (ABP)
No conjunto de Metodologias Ativas, a 
Aprendizagem Baseada em Problemas 
(ABP) – tradução livre do inglês, Problem 
Basead Learning (PBL, –, teve sua inspiração 
no Método do Caso, adotado na Faculdade 
de Direito de Harvard University (EUA) em 
1920, seguida de novas experiências nos 
Estados Unidos e no Canadá. Na década de 
1990, começa a ser utilizada no Brasil por 
cursos nas áreas de Medicina e Engenharia.
A Aprendizagem Baseada em Problemas 
(ABP) é um tema muito presente na liter-
atura que discute as mudanças culturais 
na educação e vários autores apresentam 
definições que contribuem para o seu sig-
nificado. Para Delisle (2000, p. 5), a ABP é 
“uma técnica de ensino que educa apre-
sentando aos alunos uma situação que leva 
a um problema que tem de ser resolvido”, 
baseia-se na premissa da psicologia cog-
nitivista de que a aprendizagem não é um 
processo de repetição, mas de construção 
http://porvir.org/?s=metodologias+ativas
http://porvir.org/?s=metodologias+ativas
Unidade 3 • As Novas Metodologias de Ensino61/210
de novos conhecimentos, conforme ex-
põe-nos Ribeiro (2005). 
Portanto, a ABP constitui-se em um méto-
do de aprendizagem que estimula a criativi-
dade, desenvolve a capacidade investigativa 
e o raciocínio para resolução de problemas 
envolvendo os alunos em todas as fases do 
processo. E, como um método, exige uma 
reestruturação dos projetos pedagógicos, a 
integração das disciplinas e a revisão do pa-
pel do professor que, de acordo com Cyrino e 
Toralles-Pereira (2004), para um aprendiza-
do de conteúdos cognitivos, o professor de-
verá ser criativo e se preocupar não só com 
o “que”, mas com o “porquê” e o “como” o 
aluno aprende. 
E, ainda, para a implantação da ABP são 
necessários espaços de trabalho adequa-
dos, com disponibilidade e acesso a materi-
ais de consulta, a formação de grupos entre 
08 e 10 alunos, um planejamento estrutura-
do com uma sequência de situações proble-
ma com um grau crescente de dificuldade e 
disponibilidade de tutoria, dependendo do 
número de grupos formados, podendo ser 
necessária a atuação de mais de um orien-
tador por turma. 
Os autores Bufrem e Sakakima (2003) con-
tribuíram com o método quando apresen-
taram os sete passos da aprendizagem ba-
seada em problemas.
Unidade 3 • As Novas Metodologias de Ensino62/210
Quadro 1 - Sete passos da aprendizagem baseada em problemas
Ação Questões\Uso Questões\Uso
1. Ler e analisar o proble-
ma
Identificar e esclarecer os termos desconhe-
cidos.
Quais são os problemas?
2. Listar o que já é co-
nhecido
Escrever o que o grupo conhece sobre o as-
sunto, dividir as questões pertinentes e criar 
hipóteses.
Por onde começar?
3. Desenvolver um rela-
tório do problema
Analisar e descrever o que o grupo está ten-
tando resolver, produzir, responder ou encon-
trar.
Uso do brainstorm para encontrar 
possíveis explicações, de acordo 
com os conhecimentos prévios.
4. Formular os objetivos 
da aprendizagem
Preparar uma lista das necessidades para 
resolver os problemas, dos conceitos e prin-
cípios que devem ser apreendidos e do que 
deve ser estudado para aprofundar os conhe-
cimentos. Essas questões guiarão as buscas 
nas bibliotecas e outras fontes. 
O que é necessário aprender?
5. Listar possíveis ações Listar recomendações, ações, hipóteses, iden-
tificar fontes, recursos e ações individuais.
O porquê fazer? Quem faz o quê? 
Utilizar-se do estudo individual.
Unidade 3 • As Novas Metodologias de Ensino63/210
6. Analisar as informa-
ções obtidas
Retornar ao grupo, discutir diante dos novos 
conhecimentos adquiridos, revisar os proble-
mas, identificar outros, formular e testar as 
hipóteses criadas para explicar o problema, 
ou encaminhar possíveis soluções, baseadas 
nos dados de pesquisa levantados.
O objetivo foi alcançado e o que 
foi aprendido?
7. Apresentar veredictos 
e soluções
Preparar um relatório com as recomenda-
ções, inferências ou outra solução apropria-
da ao problema, baseando-se nos dados le-
vantados e já questionados. Não é necessário 
esgotar os temas discutidos, deve-se refletir 
sobre o processo, questionando os novos co-
nhecimentos adquiridos. Se possível realizar 
uma avaliação de cada um e do grupo como 
um todo (auto-avaliação).
Apresentar relatório.
Fonte: BUFREM, L. S.; SAKAKIMA, A. M. O ensino, a pesquisa e a aprendizagem baseada em pro-
blemas. Transformação: Campinas, v. 15, n. 3, p. 351-361, set./dez. 2003.
Unidade 3 • As Novas Metodologias de Ensino64/210
Para saber mais
As contribuições de John Dewey para uma educação baseada em problemas.
Na teoria pedagógica de John Dewey, encontra-se a mais significativa inspiração para a Aprendizagem 
Baseada na Resolução de problemas. A Pedagogia Ativa ou Pedagogia da Ação, de Dewey propõe que a 
aprendizagem deve partir de problemas ou situações que propiciam dúvidas ou descontentamento in-
telectual, pois os problemas surgem das experiências reais que são problematizadas e estimulam a cog-
nição para mobilizar práticas de investigação e resolução criativa dos problemas (CAMBI, 1999). Delisle 
(2000) e O’Grady et al. (2012) também apontam Dewey como um dos inspiradores da ABP. Segundo eles, 
Dewey acreditava que para estimular o pensamento de um aluno, o professor teria de partir de um assun-
to de natureza não formal, que viesse da vida, do cotidiano dele.
Fonte: DIESEL, Aline; BALDEZ, Alda; MARTINS, Silvana. Os princípios das metodologias ativas de ensino: 
uma abordagem teórica. Revista Thema, v. 14, n. 1, p. 268-288, 2017. Disponível em: <revistathema.
ifsul.edu.br/index.php/thema/article/viewFile/404/295>. Acesso em: 06 set. 2017.
revistathema.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/viewFile/404/295
revistathema.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/viewFile/404/295
Unidade 3 • As Novas Metodologias de Ensino65/210
1.2. A Sala de Aula Invertida
A Sala de Aula Invertida (do inglês, Flipped 
Classroom), faz parte das Metodologias Ati-
vas que estimulam a contextualização do 
conhecimento, a participação e a liberdade 
de estudos dos alunos. Os primeiros estu-
dos iniciaram na década de 1990, na Uni-
versidade de Harvard, com o Professor Eric 
Mazur; e o método de ensino instrução pe-
los colegas (Peer Instruction),com a popu-
larização do uso das tecnologias, foi rapid-
amente disseminada em todo o mundo.
 Segundo Valente (2014), a sala de aula 
invertida é uma modalidade de  e-learn-
ing, na qual o conteúdo e as instruções são 
estudados on-line antes de o aluno fre-
quentar a sala de aula, que agora passa a 
ser o local para trabalhar os conteúdos já 
estudados, realizando atividades práticas 
como resolução de problemas e projetos, 
discussão em grupo, laboratórios etc. 
A inversão ocorre na contramão do ensi-
no tradicional, na qual o professor utiliza o 
espaço da sala de aula para transmitir in-
formações para o aluno que, após a aula, 
Link
<https://www.youtube.com/watch?v=qk-
6vS8UDT0c>
Veja o vídeo Aprendizagem Baseada em Problema 
- ABP Definições e Conceitos,produzido pela CE-
SUSC e Contexto Digital, e conheça os desafios 
para trabalhar com a Aprendizagem Baseada em 
Problemas.
https://www.youtube.com/watch?v=qk6vS8UDT0c
https://www.youtube.com/watch?v=qk6vS8UDT0c
Unidade 3 • As Novas Metodologias de Ensino66/210
estuda o conteúdo que foi transmitido e 
realiza as atividades propostas; no modelo 
de sala de aula invertida, o aluno estuda em 
casa os materiais disponibilizados em uma 
plataforma virtual de estudos, sendo sala de 
aula o local da aprendizagem ativa, onde o 
professor vai trabalhar as dúvidas trazidas 
pelos alunos, respondendo perguntas, pro-
pondo discussões e atividades práticas do 
conteúdo estudado em casa.
Para Moran (2014), a sala de aula invertida 
é um dos modelos mais interessantes da at-
ualidade para mesclar tecnologia com met-
odologia de ensino, pois concentra no vir-
tual, o que é informação básica e, na sala de 
aula, atividades criativas e supervisionadas, 
uma combinação de aprendizagem por de-
safios, projetos, problemas reais e jogos.
As regras básicas para inverter a sala de 
aula, segundo o relatório Flipped Classroom 
Field Guide, publicado em 2014 (adaptado 
de Valente, 2014), são: 
1) as atividades em sala de aula en-
volvem uma quantidade significati-
va de questionamento, resolução de 
problemas e de outras atividades de 
aprendizagem ativa, obrigando o alu-
no a recuperar, aplicar e ampliar o ma-
terial aprendido on-line. 
2) os alunos recebem feedback imedi-
atamente após a realização das ativi-
dades presenciais. 
3) os alunos são incentivados a partic-
ipar das atividades on-line e das pres-
enciais, sendo elas são computadas 
Unidade 3 • As Novas Metodologias de Ensino67/210
na avaliação formal do aluno, ou seja, 
valem nota. 
4) tanto o material a ser utilizado on-
line quanto os ambientes de apren-
dizagem em sala de aula são altamente 
estruturados e bem planejados.
Foi observado que os conceitos apresenta-
dos para trabalhar com a sala de aula inver-
tida exigem a utilização dos dois ambientes: 
o virtual onde os professores podem postar 
pequenos vídeos, textos, jogos ou outras 
informações que possam colaborar com os 
estudos; e a sala de aula presencial onde o 
professor deve criar cada vez mais estraté-
gias, centradas na aprendizagem, com foco 
na aplicação dos conhecimentos adquiridos 
dos alunos nos estudos pré-classe, procu-
rando identificar individual ou coletiva-
mente as dificuldades e avanços e de ma-
neira criativa realizar suas intervenções.
Unidade 3 • As Novas Metodologias de Ensino68/210
Figura 5 – Sala de Aula Invertida
Fonte: <https://sites.google.com/site/estudandoliteratura/_/rsrc/1446482090865/intro-
duo/sala%20de%20aula%20invertida%20.jpg>. Acesso em: 06 set. 2017
https://sites.google.com/site/estudandoliteratura/_/rsrc/1446482090865/introduo/sala de aula invertida .jpg
https://sites.google.com/site/estudandoliteratura/_/rsrc/1446482090865/introduo/sala de aula invertida .jpg
Unidade 3 • As Novas Metodologias de Ensino69/210
Figura 6 – Como funciona a aula invertida
Fonte: <https://infopt-br.goconqr.com/files/2015/09/aulainvertida.jpg>. Acesso em: 06 set. 2017.
https://infopt-br.goconqr.com/files/2015/09/aulainvertida.jpg
Unidade 3 • As Novas Metodologias de Ensino70/210
Para saber mais
No Brasil, já existem algumas experiências em es-
colas e universidades que aplicam a Sala de Aula 
Invertida como uma inovação na educação, é o 
caso do Colégio Dante Alighlieri e da Universida-
de de São Paulo (USP). Acesse os sites e compar-
tilhe dos projetos inspiradores para as mudanças 
educacionais.
<https://www2.colegiodante.com.br/ho-
medante/tecnologiaeducacional/projetos.
php>
<http://www2.eca.usp.br/moran/>
Link
<https://www.youtube.com/watch?v=-
qaLeIQM1Hz0>
Acesse o link e conheça um pouco mais sobre a 
Sala de Aula Invertida, como romper o modelo 
tradicional de ensino e como utilizar a sala de aula 
para desenvolver projetos e aplicação de conhe-
cimentos.
Vídeo Flipped Classroom, produzido por Flipped 
Institute.
https://www2.colegiodante.com.br/homedante/tecnologiaeducacional/projetos.php
https://www2.colegiodante.com.br/homedante/tecnologiaeducacional/projetos.php
https://www2.colegiodante.com.br/homedante/tecnologiaeducacional/projetos.php
http://www2.eca.usp.br/moran/
https://www.youtube.com/watch?v=qaLeIQM1Hz0
https://www.youtube.com/watch?v=qaLeIQM1Hz0
Unidade 3 • As Novas Metodologias de Ensino71/210
Link
<https://ntetube.nte.ufsm.br/v/1469799357>
Veja todas as possibilidades de ensinar e apren-
der utilizando as metodologias ativas de ensino, 
partindo dos pressupostos teóricos dos grandes 
pensadores.
Vídeo Sala de Aula Invertida, produzido por Elieser 
Xisto da Silva Schmitz no Núcleo de Tecnologia 
Educacional da UFSM em 2016.
https://ntetube.nte.ufsm.br/v/1469799357
Unidade 3 • As Novas Metodologias de Ensino72/210
Glossário
Brainstorm: tempestade cerebral ou tempestade de ideias. É uma expressão inglesa formada pela 
junção das palavras “brain” que significa cérebro, intelecto; e “storm” que significa tempestade.
Inovar: introduzir novidades em. Renovar; inventar; criar. 
Metodologia: advém do grego, compõe-se de três termos: metá (atrás, em seguida, através); 
hodós (caminho); e logos (ciência, arte, tratado, exposição cabal, tratamento sistemático de um 
tema)
https://www.google.com.br/search?rlz=1C1CHZL_pt-BRBR679BR679&q=brainstorm+significado&spell=1&sa=X&ved=0ahUKEwiVxeKcyJDWAhVIgZAKHWH7AToQvwUIIygA
Questão
reflexão
?
para
73/210
A utilização das Metodologias Ativas é uma mudança cultural 
que precisa vencer o modelo tradicional de transmissão de co-
nhecimento realizada pelo professor e a passividade do aluno, 
são muitos os desafios: como preparar o aluno para ser protago-
nista do próprio aprendizado; como usar os recursos digitais na 
sala de aula; como conduzir as mudanças na prática pedagógi-
ca; e como avaliar o processo de ensino-aprendizagem. A escola 
é um lugar privilegiado para a manifestação dessas mudanças, 
mas quais as reflexões necessárias para buscar esse caminho?
74/210
Considerações Finais
• As Metodologias Ativas e a possibilidade de preparar o aluno para o ser o 
protagonista do próprio aprendizado com uma posição mais crítica e refle-
xiva.
• A valorização da prática e das estratégias pedagógicas redimensionando o 
trabalho do professor.
• Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), aprendizagem por descober-
ta, induzida pelo interesse do aluno.
• Na Sala de Aula Invertida, o aluno assume a responsabilidade pelo estudo 
teórico e a aula presencial serve como aplicação prática dos conceitos estu-
dados.
Unidade 3 • As Novas Metodologias de Ensino75/210
Referências 
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cias Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, n. 1, p. 25-40, jan./jun. 2011.
BOROCHOVICIUS, E; TORTELLA, J. C. B. Aprendizagem Baseada em Problemas: um método de en-
sino-aprendizagem e suas práticas educativas Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v.22, 
n. 83, p. 263-294, abr./jun. 2014 
BUFREM, L. S.; SAKAKIMA, A. M. O ensino, a pesquisa e a aprendizagem baseada em problemas. 
Transformação: Campinas, v. 15, n. 3, p. 351-361, set./dez. 2003.
CYRINO, E. G.; TORALLES-PEREIRA, M. L. Trabalhando com estratégias de ensino-aprendizado 
por descoberta na área da saúde: a problematização e a aprendizagem baseada em problemas. 
Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro, v. 20, n. 3, p. 780-788, maio/jun. 2004. Disponível 
em: Acesso em: 18 dez. 2006. 
DELISLE, R. Como realizar a Aprendizagem Baseada em Problemas. Porto: ASA, 2000.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 51ªed. Rio de Ja-
neiro: Paz e terra, 2015.
Unidade 3 • As Novas Metodologias de Ensino76/210
MORAN. J. Novos modelos de sala de aula. Revista Educatrix, ano 4, n. 7, Editora Moderna, p. 33-
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elos_aula.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2017.
MORAN, J. Mudando a Educação com metodologias ativas. In: Convergências Midiáticas, Edu-
cação e Cidadania: aproximações jovens. Vol. II. Coleção Mídias Contemporâneas. SOUZA, Carlos 
Alberto e MORALES, Ofelia Elisa Torres (Orgs.). PG: Foca FotoPROEX/UEPG, 2015. Disponível em: 
<http://rh.unis.edu.br/wpcontent/uploads/sites/67/2016/06/Mudando-a-Educacao-com-Met-
odologias-Ativas.pdf>. Acesso em: 25 ago. 2017.
RIBEIRO, L. R. C. A Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL): uma implementação na edu-
cação em engenharia na voz dos atores. 2005. 209 f. Tese (Doutorado em Educação) – Curso de 
Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2005.
VALENTE, J. A. Blended Learning e as mudanças no Ensino Superior: a proposta da sala de aula 
invertida. Educar em Revista: Dossiê EaD, Curitiba: UFPR, Edição especial n. 4/2014. p. 79-97. 
http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/modelos_aula.pdf
http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/modelos_aula.pdf
http://rh.unis.edu.br/wpcontent/uploads/sites/67/2016/06/Mudando-a-Educacao-com-Metodologias-Ativas.pdf
http://rh.unis.edu.br/wpcontent/uploads/sites/67/2016/06/Mudando-a-Educacao-com-Metodologias-Ativas.pdf
77/210
1. Os métodos de ensino alternativos, que exploram a colaboração e a inves-
tigação em diferentes espaços, recebem o nome de:
a) Métodos Cognitivos.
b) Métodos Tradicionais.
c) Métodos Ativos.
d) Métodos Behavioristas.
e) Métodos Empiristas.
Questão 1
78/210
2. As Instituições de ensino estão mais blended. Isso significa dizer que:
a) As Instituições estão mais híbridas, porque todo o processo educacional acontece só no es-
paço físico da sala de aula.
b) As Instituições de ensino estão mais rigorosas, oferecendo aos alunos toda a infraestrutura 
na sala de aula para a produção de conhecimento.
c) As Instituições estão mais híbridas, oferecendo aos alunos possibilidades de interagir com 
os múltiplos espaços do cotidiano incluindo os digitais.
d) As Instituições estão mais híbridas, mantendo os modelos tradicionais de ensino-aprendi-
zagem de transmissão de conhecimento.
e) As Instituições estão mais híbridas, equipando as salas de aulas com lousa digital e compu-
tador.
Questão 2
79/210
3. Dos conceitos apresentados a seguir, qual está relacionado com a Aprendi-
zagem Baseada em Problemas (ABP):
a) Em síntese, significa transferir eventos que tradicionalmente eram feitos em aula para fora 
da sala de aula.
b) Uma técnica de ensino que educa apresentando aos alunos uma situação que leva a um pro-
blema a ser resolvido.
c) Conhecida em Inglês como Flipped Classroom, é uma inversão do ensino tradicional.
d) Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), tradução livre do inglês Problem Basead Lear-
ning (PBL), contribui para a aprendizagem individual do aluno.
e) A Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) é um tema que discute as mudanças culturais 
na educação, sem, contudo, apresentar uma proposta ou um método inovador.
Questão 3
80/210
4. A Sala de Aula Invertida também conhecida como Flipped Classroom é 
uma metodologia ativa, porque:
a) Exige uma reestruturação nos projetos pedagógicos das Instituições de Ensino.
b) Sugere um empoderamento dos alunos que serão os protagonistas do seu processo de 
aprendizagem.
c) Altera o papel do professor por conta das tecnologias disponibilizadas para os estudos.
d) Mescla tecnologia com metodologia de ensino, pois concentra no virtual o que é informação 
básica e, na sala de aula, atividades práticas e aplicação dos conteúdos estudados.
e) O professor é o responsável pelo processo de ressignificação do conhecimento, promovendo 
o desenvolvimento global do aluno.
Questão 4
81/210
5. Os aspectos fundamentais para a implantação da Sala de Aula Invertida 
são:
I. A produção de material para o aluno trabalhar on-line e o planejamento das atividades a 
serem realizadas na sala de aula presencial.
II. O professor explicitar os objetivos a serem atingidos com sua disciplina e propor atividades 
que sejam coerentes e que auxiliam os alunos no processo de construção do conhecimento.
III. Ações pedagógicas inovadoras na instituição educacional, como a instalação de infraes-
trutura adequada e de apoio aos professores.
a) Somente a I é correta
b) Somente II e III são corretas
c) Somente a III é correta
d) Todas são corretas
e) Somente a II é correta.
Questão 5
82/210
Gabarito
1. Resposta: C.
Métodos Ativos são aqueles que visam a ex-
ploração do conhecimento pelo aluno, pos-
sibilitando a interação com as tecnologias e 
inovando o papel do professor e do aluno.
2. Resposta: C. 
Blended significa híbrida, sendo aquele que 
oportuniza aos educandos a possibilidade 
de utilizar a sala de sala presencial e os múl-
tiplos espaços do cotidiano incluindo os di-
gitais.
3. Resposta: B.
A Aprendizagem Baseada em Problema re-
quer uma reestruturação. Uma técnica de 
ensino que educa apresentando aos alunos 
uma situação que leva a um problema que 
tem de ser resolvido.
4. Resposta: D.
A Sala de Aula Invertida exige que o aluno 
estude em casa utilizando as tecnologias 
digitais para, na sala de aula, com a ajuda 
do professor, aplicar seus conhecimentos.
5. Resposta: D.
Todas as alternativas estão corretas. Para a 
aplicação da Sala de Aula Invertida, é neces-
sário disponibilizar materiais on-line para os 
estudos em casa, o professor deve ter clare-
za os objetivos das atividades realizadas na 
sala de aula e infraestrutura adequada.
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Unidade 4
A EAD e o Uso das Metodologias Ativas
Objetivos
1. Contextualizar os avanços na Educa-
ção a Distância.
2. Compreender o design educacional 
e as concepções pedagógicas subja-
centes aos cursos em EaD.
3. Aplicar as Metodologias Ativas nos 
cursos a distância por meio da Apren-
dizagem Baseada em Projetos.
Unidade 4 • A EAD e o Uso das Metodologias Ativas84/210
Introdução
O início do século XXI é marcado pela tran-
sição na educação como consequência da 
revolução da informação que exige altera-
ções profundas nos processos educacionais 
e nas teorias pedagógicas, a educação a 
distância, nesse sentido, tem grandes influ-
ências para a educação do futuro, nasceu e 
desenvolveu-se como respostas a um acú-
mulo importante de necessidades educa-
cionais.
A expansão da educação a distância e a in-
tegração dos mais novos processos de co-
municação, trouxeram novas perspectivas 
e facilidades de design e produção que exi-
gem planejamento e execução dos cursos 
voltados às necessidades dos aprendizes e 
baseados em princípios pedagógicos.
Uma das correntes pedagógicas que domi-
na a educação contemporânea é o cons-
trutivismo, que defende a importância da 
construção do conhecimento por meio da 
interação dos seres humanos. Nessa pers-
pectiva, indica-se o construtivismo como 
possibilidade para a estruturação de uma 
filosofia alternativa ao behaviorismo que 
sustentou práticas pedagógicas correntes 
na educação a distância na década de 1960.
As Metodologias Ativas aplicadas nos cur-
sos a distância surgem como uma forma de 
tornar a aula mais interativa, com uma pro-
posta construtivista que consiste em educar 
para autonomia e descoberta do conheci-
mento, por meio de projetos, pesquisa e da 
flexibilidade espacial.
Unidade 4 • A EAD e o Uso das Metodologias Ativas85/210
1. Educação a distância ou 
educação sem distância 
As definições da educação a distância reve-
lam a relação entre tecnologia, educação, 
processo ensino-aprendizagem e ação do-
cente, num determinado tempo e espaço. 
A EaD está associada à separação física e 
temporal entre alunos e professores. Exis-
tem algumas atividades síncronas em EaD 
nas quais professores e alunos precisam es-
tar conectados na mesma hora, como chats, 
videoconferências interativas e plataformas 
virtuais mais recentes, mas, na maior parte 
dos casos, as atividades em EaD são assín-

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