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PARTE I - TEÓRICA Lembretes para estudar AASI Aparelho De Amplificação Sonora Individual – AASI Nomenclatura – AASI, Próteses Auditivas, Aparelho Auditivo “Sistema que aumenta a intensidade dos sons do ambiente de forma que estes sons possam ser percebidos por aqueles com perda auditiva.” (IÓRIO E MENEGOTTO, 1997) Objetivo da Adaptação de AASI • Sons fracos possam ser audíveis. • Níveis sonoros de conversação devem ser toleráveis. • Sons forte devem ser toleráveis. Indicação, Seleção e Adaptação de Proteses Auditivas: Princípios Básicos Tem como finalidade primária a amplificação sonora, da forma mais adequada e satisfatória possível, não se restringindo aos sinais de fala, mas incluindo também os sons ambientais, os sinais de perigo (alarmes contra incêndio, etc.), e de alerta (campainhas de porta ou telefone, etc.), bem como os que melhoram a qualidade de vida do indivíduo (música, canto dos pássaros e outros). Além disso, é o instrumento utilizado para facilitar a educação e o desenvolvimento psico-social e intelectual do deficiente auditivo. Candidato ao uso de próteses auditivas Adultos → Freq. classificados como bom, regulares e mau candidatos á AASI. → Quanto ao grau de perda, maus candidatos são aqueles que apresentam perda auditiva muito leve ou muito severa. → Profundo – depende se vai ser uni ou bilateral. → Entretanto, o indivíduo que tiver qualquer grau, configuração e patologia neurossensorial, seja esta, associada ou não, com patologia condutiva, deve e tem o direito de testar uma prótese auditiva. → Adaptação sempre biaural – caso contrário, adaptar a melhor orelha. Crianças → qualquer tipo, grau de perda, a criança deve usar prótese auditiva, sendo este, adaptado o mais precocemente. Fatores importantes no encaminhamento para a protetização → A c h a d o s A u d i o m é t r i c o s ; → A c e i t a ç ã o d a P e r d a A u d i t i v a ; → M o t i v a ç ã o á p r o c u r a d e a j u d a ; → N e c e s s i d a d e d e c o m u n i c a ç ã o ; → P r e o c u p a ç õ e s e s t é t i c a s ; → A s p e c t o s F i n a n c e i r o s . → Fatores que contribuem na demora da procura de ajuda → a idade do paciente, o tipo de perda auditiva, a falta de compreensão sobre a perda auditiva, a desinformação do pessoal de saúde de primeira linha, custo financeiro. Processo de Seleção e Adaptação de AASI Características Físicas e Eletroacústicas A função da prótese é captar o som do meio ambiente, aumenta sua intensidade, fornecendo-o amplificado ao usuário. Porém, a maioria das perdas auditivas é de cunho neurossensorial, apresentando distorções, interferências na resolução temporal, perda na seletividade de freqüência, recrutamento, além da hipoacusia em diferentes graus e variadas configurações audiométrica. Tudo isso evidencia a necessidade das próteses de oferecer uma flexibilidade acústica e ir além da simples amplificação sonora, é preciso, então, modificar o sinal acústico para compensar tais dificuldades. Características Externas Tipos de próteses auditivas: - Convencional ou de bolso - Haste em óculos - Retro-auricular - Intra-canal - Intra-auricular Convencional ou de bolso Este tipo de prótese tem formato de caixa, apresenta fio que pode ser Y, fio único ou dois fios, estipulado de acordo com o modelo da prótese. Neste fio é preso o receptor e molde do usuário. São indicadas principalmente nas perdas auditivas muito severas, podendo fornecer o ganho suficiente sem realimentação acústica ou para pessoas que têm dificuldade para manipular as próteses menores. Atualmente este modelo de prótese não é tão utilizada, pois a tecnologia permitiu que seus componentes fossem miniaturizados, fazendo com que o uso destas próteses fosse substituído por modelos mais discretos e práticos. Haste de óculos Este modelo utiliza a própria haste do óculos, sendo seus componentes( microfone, amplificador e receptor), montados na haste lateral do óculos. A principal desvantagem é a necessidade de combinação entre o aparelho auditivo e o óculos( estilo, tipos, cores). Atualmente este modelo está fora de linha. Podem ser de vários tipos: 1CROS (Contralateral Routing of Of side Signals) – som captado pelo microfone, localizado no ouvido deficiente e levado pelo amplificador que fica no ouvido contralateral 2 BICROS – possui dois microfones , recebe o som de ambos os lados , porém levado a melhor orelha. 3 – IROS (Ipsilateral Routing of Signals): - aparelho e molde aberto no mesmo ouvido. Retro auricular É o modelo mais conhecido, e são elaboradas para ser adaptadas atrás do pavilhão auricular O molde é encaixado no conduto auditivo externo e na concha do pavilhão auricular, ligado à prótese através de um tubo plástico. Este modelo de aparelho pode ser utilizado em portadores de deficiência auditiva em qualquer faixa etária, não havendo qualquer restrição quanto a seu uso, disponíveis para perdas auditivas variando de leve a profunda. Este modelo de prótese possui várias possibilidades de ajustes, além dos controles que podem ser manipulados pelo usuário. Atualmente estão disponíveis no mercado modelos mini-retro, que são de tamanho menor que os mais comuns, havendo ainda a opção de cores mais vivas, especialmente para crianças, tendo como objetivo a aceitação mais imediata. Próteses Intra – aurais Todo o circuito eletrônico do aparelho auditivo é montado dentro do molde auricular do indivíduo. • Quando PERSONALIZADO são construídos dentro do molde; • Quando MODULADO uma prótese muito pequena, já pronta, é encaxada no molde Intra-Canal São próteses localizadas dentro do conduto auditivo externo. Existem vários modelos: midi, micro e mini. São próteses personalizadas, e são indicadas a usuários maiores de 18 anos, pois presumi-se que nesta idade não haja mais crescimento do conduto auditivo externo. Seu tamanho reduzido faz com que este modelo seja praticamente imperceptível, alguns deles dispensam o controle de volume, tornando seu uso ainda mais prático e discreto. Tem limitação á controles analógicos e ventilação. Não é muito indicado para pessoas com destreza manual e problemas motores. Intra-Auricular São próteses localizadas dentro do conduto auditivo externo, preenchendo também a concha do pavilhão auricular. Tem uma potência maior que os modelos intra-canais, daí a necessidade de uma maior oclusão da orelha. Estes modelos não se tornam tão discretos. Aceita boa parte de versatilidade e ganho acústico Microcanal Tem inserção mais profunda no MAE. Peritimpânico Uma adaptação do microcanal. Tem inserção próxima , com saída do receptor muito próximo da M.T Diferenças morfológicas dos modelos mais usados atualmente Obs: Vantagens do uso dos aparelhos intras. 1. Facilitam melhor a amplificação nas altas freqüências quando comparados aos modelos retro; 2. Manutenção das funções da orelha interna; 3. Localização mais fisiológica da abertura do microfone. Vantagens do CIC • Menor necessidade de ganho e saída máxima; • Maior amplificação nas altas freqüências; • Redução ou eliminação no efeito de oclusão; • Menor distorção, redução do microfonismo; • Melhor localização da fonte sonora; • Uso de telefone, walkman sem problemas; • Melhor aceitação estética Características Físicas dos AASIs Microfone – converte energia sonora em elétrica e mecânica. Tipos: 1. Carbono, cristal, magnéticos, cerâmica e eletreto; 2. Direcionalidade: omnidirecionais (ou de pressão) e direcionais (ou de gradientes de pressão) 3. Resposta de freqüências: respostas planas, rampa ou média rampa; Direcional • Capta de forma variada os sons vindos dos diversos ângulos; • Capta melhor os sons frontais à 45cº • Possui duas aberturas externas e baixa sensibilidade para sons graves. • Perfeito para crianças maiores ( escolar pois tira o ruído) →Usar em situações que você quer priorizar a situação de fala, ex: em sala de aula que prioriza a fala do professor; relação sinal (principal da fala)e ruído (chuva, conversa paralela). Sempre que o sinal é acima do ruído, quanto menor a intensidade do ruído melhor é em sala de aula o ruído às vezes é maior. → Nem sempre é recomendado para as crianças; depende do ambiente que vive; a criança também precisa ouvir os sinais de alerta (atravessar a rua), mas a intenção não é também isolar a criança. Omndirecional: • Capta o sinal de forma praticamente idêntica todos os ângulos de onda sonora; • Possui uma abertura de entrada pelo qual o som penetra • Perfeito para crianças pequenas ( grave preservado) Sensibilidade de Freqüência Normalmente os microfones têm respostas praticamente idênticas para todas as freqüências ou apresentam uma sensibilidade menor para as baixas freqüências: • Respostas Plana – semelhante para todas as freqüências • Respostas em rampa: com baixa sensibilidade para as graves freqüências; • Respostas em meia rampa: com baixa sensibilidade para as graves freqüências Amplificador – Função de amplificar o sinal elétrico convertido pelo microfone. Seus circuitos podem ser analógicos, híbridos ou digitais. Amplificador : constitui a parte mais complexa de um A.A.S.I., pois o seu circuito eletrônico determina as características eletroacústicas deste. Tipos : A→ indicado para perdas auditivas de grau moderado; B → indicado para perdas auditivas maiores (profundas); PP (Push Pull), mais potente e exige maior consumo de energia (pilha). D e H → é o da moda; é o aparelho digital, intracanais; H → diminui o ruído intenso; D → é o melhor, pois é a amplificação 100% digital; Classe A • Possui um transitor de saída, sendo usada em prótese com ganho abaixo de 50dB e com baixo nível de saída; • Opera a nível constante, mesmo em ausência do sinal amplificado o que leva a grande consumo de pilha se a saída fosse elevada; • Se operado dentro da faixa restrita, possui baixa distorção e custa baixo valor; • Quando entra em saturação gera distorção; • Indicado para perdas leves e início de moderadas Classe B • Atua somente metade da onda; • São utilizadas em próteses de maior ganho; • Melhores respostas em altas freqüências; • Perdas severas e profundas; • Menor consumo de pilhas • Menor distorção Classe D • Menor número de componente ( o que resulta em menor espaço necessário para sua construção); • Menor consumo de pilha em alto nível de ganho sem distorção e boa qualidade sonora; • Permite que as próteses pequenas tenham grandes ganhos e baixas distorções – compatíveis com as digitas. • Alto nível de ganho • Perdas leves a severa Todo aparelho tem um saída máxima, que em geral é por volta de 120 ou 130dB. Receptor Após o sinal ter sido captado pelo microfone e amplificado pelo amplificador, este, será enviado pra o MAE do aparelho através do receptor, o qual converte a energia elétrica em sonora. Tipos de receptores Vibrador ósseo: Usado par amplificar a via óssea em casos de malformação crânio- facial; Externos: para aparelhos do tipo convencional; Interno: usados em toda linha BTE, ITC e CIC. Pilhas: é o reservatório de energia química. Tipo: zinco-air, mercúrio, óxido de prata, acumuladores de níquel-cardimio; Zinco – ar: Funciona momento depois que o lacre é retirado, com ou sem AASI ✓ Utilizada em próteses retro ou convencionais; ✓ Dura o dobro quando comparada as de mercúrio do mesmo tamanho; ✓ Bom custo financeiro; Mercúrio: Funciona logo, oferece alto custo e acaba logo; Alcalinas: (AA) utilizada pelas próteses de caixa Obs: a duração da ilha depende da regulagem do aparelho e o número de horas que o mesmo é utilizado, do material utilizado na sua composição, do tamanho da pilha. • Para perda profunda a duração da pilha é no máximo de 07 dias, severa 07 á 10 dias, leve e moderada de 15 a 20. Desempenho: 675, 13, 312, 10.: 675 ( lacre azul) : Retroauriculares (BTE); 13 (lacre laranja) mini-retro e intra-auriculares; 312 (lacre marron) Intra –canal micro-retro 230 ou 10 (lacre amarelo) micro-canal Entradas Alternativas: bobina de telefone, entrada direta para áudio (para acoplar a TV, rádio, teatro,..), Características Eletroacústicas das Próteses “Descrevem o desempenho operacional do AASI” Ganho acústico Resposta de freqüência Saída máxima → distorção → realimentação • Ganho acústico ✓ Diferença em dB entre o som que entra e o som que sai. ✓ Pode ser expresso em uma freqüência determinada ✓ Pode ser expresso em valores gerais ✓ Pode possuir diversos níveis de entrada de som ✓ Está intimamente relacionado ao grau da perda auditiva ✓ Pode ser modulado pelo controle de VOLUME, controle de GANHO ou pelo SISTEMA DE COMPRESSÃO. • Saída Máxima ✓ É o maior nível de pressão sonora que a prótese é capaz de produzir; ✓ Normalmente é a função do amplificador – principalmente do receptor; ✓ Relaciona-se ao nível de desconforto do paciente para altas intensidades; ✓ O aparelho deve ser ajustado para a saída máxima ser um valor inferior ao de desconforto; ✓ Controlado através do corte de pico de saída do equipamento ou como um subproduto de redução de ganho. Obs: controle de saída máxima (MPO) 1. Corte de pico funciona para sons potentes, iniciando seu funcionamento em intensidades iguais a 100dB; 2. Sistema de Compressão o início é lento e começa nos sons de 70dB ou mais ( limitadores de compressão) • Resposta de freqüência ✓ Diferença de ganho entre as freqüências; ✓ Demonstrada sempre por meio de um gráfico ✓ As respostas de freqüência têm como relação a configuração do audiograma do paciente; • Distorção ✓ Considerado como distorção qualquer falha do sistema de amplificar, transmitir ou reproduzir a onda sonora com exatidão, ou seja, qualquer componente no sinal presente na saída que não estava presente na entrada. • Realimentação ✓ É qualquer processo em que o sinal de saída de um circuito é mandado de volta para a entrada do mesmo; ✓ É o acoplamento entre receptor e microfone; ✓ Resulta um fenômeno audível: apito agudo; ✓ Ocorre sob circunstancia determinadas: inadequada relação entre tipo ou ajuste de molde com a prótese, defeito na cápsula ou molde, ventilação excessiva, etc. Compartimento Interno do AASI Tipos de controle Controle do ganho: • Potenciômetro nos analógicos • Potenciômetro e compressão nos híbridos • Compressão automática nos digitais Controle de Tonalidade: • Passivo (filtros passa-altos e passa – baixo) Os filtros reduzem a amplificação da faixa de freqüência escolhida em uma determinada proporção, a partir de determinada freqüência de corte.A freqüência de corte é aquela a partir da qual a amplificação começa a ser atenuada. Ex: filtro passa-baixo RETIRA O GANHO das altas freqüências dizimando o microfonismo. • Ativos Analisa a que fase de onda sonora amplificada irá gerar microfonismo, cancelando especificamente essa região. Para tanto um sinal acústico invertido é originado e pela lei da física acaba por cancelar a onda pretendida. Controle de saída • Cortes de pico • Limitador por compressão ( FFR e LDVR) Moldes É uma peça individualmente confeccionada que, inserida no MAE tem como função primária conduzir o som amplificado pelo AASI até a MT. → Fixação do AASI → Elemento de Transmissão Acústica → Vedação Acústica →Modificação Acústica Confecção do Molde - Procedimentos: 1º. Tem que fazer a meatoscopia, antes de qualquer procedimento. 2º. Introduzir um pedaço de algodão/tampão, amarrado á uma linha, para a vedação do MAE. Assim, impede o extravassamento da massa para confecção do pré-molde. Este pedaço de algodão que limita o tamanho do molde a ser confeccionado, geralmente, chegando até a 2 curva do MAE. 3º. Introduzir a liga de massa, sendo esta, injetada por uma seringa própria para confecção do pré-molde. 4º. Esperar o processo de endurecimento da massa, para posterior retirada Materiais dos moldes: Acrílico: consegue fazer uma melhor modificação acústica, usado em condutos pequenos e estreitos, indivíduos com o pavilhão auricularflácido. Preço varia entre 20,00 á 25,00 cada. Silicone: mais utilizado, sendo este de material antialérgico. Porém, pacientes com condutos estreitos, pode ocorrer o colabamento da passagem do som pelo molde. Indicado para indivíduos com pavilhão auricular rígido, crianças e idosos (mais caro e pouco durável). O preço varia entre 35,00 á 45,00 cada. Rígido: utilizado em moldes intra-auriculares – cápsulas. Obs: a troca do molde deverá ser realizado de 3 em 3 meses para crianças até 5 anos, acima disso troca-se de 6 em 6 meses. A partir dos 9 anos a trocar será de ano em ano. Tipos de moldes: Direto - Para aparelhos convencionais de bolso que possuem receptores externos. • Indicado para perdas severas e profundas Invisíveis (aceitam qualquer tipo de manipulação acústica, indicado para todo tipo de perda). Invisível simples - Parte da helix e da concha são suprimidas o que facilita sua retenção e inserção. • Especialmente indicada para pessoas destras e idosas; • Aplicável em perdas leves até severa, porém com preferência em rampa de skim, leves e moderadas. Invisível Duplo - Possui a concha vazada e duas ramificações. • Perdas leves, moderadas severas e severas. Invisível passarinho - Ausência da parte posterior da concha – auxilia na remoção e inserção. • Indicada para idosos e adultos com dificuldade motora, pavilhão pequeno ou rígido. Canal - Toda concha é removida. • Perdas leves, moderadas e rampa de skim • Retenção depende do comprimento do canal, devendo este estender à 2º curva do MAE. • Boa aceitação estética. Concha – Preenche a área da orelha. • Proporciona maior vedação acústica do que os moldes invisíveis; • Indicado para próteses potentes; • Perdas severas a profundas. Meia concha – similar ao molde concha, porém mais raso. • Pacientes com conduto sinuoso, colabamento e perda sensorial; • Perdas de grau moderada a severa. Concha Escavada – remoção da área da concha. • Indicado para crianças usuárias de próteses potentes (perdas moderadas severas, severas e profundas) • Molde Aberto (Adaptação Aberta ) • Grande possibilidade de microfonismo; • Sem vedação acústica; • Filtra as baixas freqüências; • Indicado para freqüências preservadas em até 1000Hz • Aproveita amplificação natural da orelha; • Reduz o efeito de oclusão; • Oferece grande aeração do MAE; • Restringe-se a perdas unilaterais ( nem sempre ) • Existe uma pequena quantidade de molde envolta do tubo. Obs: Atualmente algumas empresas estão utilizando olivas específicas em vez de moldes. Essa tecnologia já é dado marcante no modelo MICRO EXTRA PHONAK. No Molde – nesse caso em especial não existe molde, mas a presença do tubinho sonoro livre no M.A.E. • Filtra as baixas freqüências; • Perdas leves e moderadas Cápsulas acústicas • São moldes confeccionados, geralmente do tipo canal, no interior do M.A.E., existindo duas modalidades diferentes de confeccioná-los: • Modulados: as próteses são construídas fora e posteriormente é inserida no molde; • Confeccionados: As próteses são construídas no interior dos moldes. Intra- aurais – cápsula indicada para pacientes com o M.A.E. desenvolvido, mais preferencialmente acima de 18 anos. Intra-canal : • Ventilação externa ( ás vezes) • Indicado para perdas em rampa de Skim em início de 50dB e moderadas planas. • Molde é similar ao canal Intra – auriculares: • Ventilação externa • Molde similar ao concha, meia concha ou concha escavada; • Indicada para perdas severas em 70 e 75 dB. • Obs: limiares entre 80dB não são bons usuários. Intra – canal: • Não aceita ventilação ou qualquer outro tipo de modificação acústica; • Indicado apenas para perdas leves. Obs: pacientes com MAE estreito e ou tortuoso são péssimos candidatos; o mesmo raciocínio é válido para os que possuem MAE estreito, pois CIC não ficará bem inserido. Obs: os moldes confeccionados na clínica escola de Fonoaudiologia da UNIME são do tipo concha, meia concha e canal. Lembretes importantes!! Atenção especial deve ser dada para o diâmetro e comprimento do canal da impressão com o grau da perda do paciente: • Perdas leves – o canal deve ser curto e alcançar a primeira curva do MAE; • Perdas Moderadas - o canal deve ser além da primeira curva e o diâmetro ser capaz de acomodar opções acústicas que poderão ser necessárias; • Perdas Profunda e severa: o canal pode precisar ser alongado e amplificado além da 2º curva e o diâmetro ser sempre completo. Modificadores Acústicos Serve para modificar o sinal sonoro que está sendo liberado pelo aparelho. São 3 tipos principais: Ventilação → filtra as frequencias baixas (graves). Curva descendente, associado a sensação de autofonia. Pode ser: paralela (a), diagonal(b) e externa(c). Filtros ou dumpers→→ filtra frequencias médias, no caso de perda em configuração de U invertido ( 1000 a 3000Hz) Efeito Corneta→ Bakke horn – acentua as frequencia altas (agudo), no caso de configuração ascendente; → Libby horn – forma uma boca maior na altura da abertura do tubo. Dependendo da medida utilizada na ventilação serão obtidos resultados diferentes: Valores entre 3 a 4 mm proporcionam redução das baixas freqüências e entre 0,5 e 1 mm, a equalização da orelha. OBESERVAÇÃO: • Limiar com 15dB nas freqüências baixas ventilação de maior diâmetro para filtrar as baixas freqüências; • Limiar com 30dB nas freqüências baixas usa-se ventilação de menor diâmetro mais com o intuito de areação da orelha; • Limiar com 40dB nas freqüências baixas não utiliza ventilação. Objetivo: da ventilação é reduzir a plenitude aural, a ressonância do som produzido pelo molde, melhorar a clareza da fala, permitir que freqüências baixas escapem pelo molde, etc. Necessidade: quando o paciente referir incômodo ao usar a prótese. Quanto maior o diâmetro, maior a filtragem dos sons graves, e maiores os riscos de ocorrência de microfonia. Cuidados Como o Molde → saber qual é o molde ideal, o tipo de molde para o paciente; → se há necessidade de alguma modificação acústica; → saber fazer a pré-moldagem, cuidado para não fazer o molde curto, estreito, podendo ocorrer a microfonia – apito; → se a MT é perfurada ou não; → com a cavidade radical (Mastoidectomia), solicitar ao ORL a introdução do tampão, para não ocorrer nenhum vazamento da massa. → paciente com Ot i te Média Secre tora , não rea l izar a pré-moldagem. Esperar sanar o problema, para posterior realização da pré-moldagem. → or ientar o paciente todo o procedimento a ser rea l izado, principalmente a diferença do que é molde e aparelho. Tem que mostrar que são duas peças diferentes, sendo que cada uma tem sua função específica. → orientar ao paciente que o molde deve ser lavado para evitar uma infecção, coceira, ferida, micose. Lavar este, com água e sabão. Tipos de AASI Vs Grau de perdas auditivas Modelos Retros • Retroauricular ( BTE) - disponível na maioria das vezes para as perdas auditivas profundas, no entanto, encontra-se disponíveis para graus moderados. Porém a prioridade é para as perdas maiores. • Miniretro – Indicado para todos os graus de perdas. É um modelo muito versátil. • Microretro - indicada para as perdas menores de grau leve e moderadas ( mais moderada) Modelos Intras • Intra-auriculares (ITE) – ( cápsula tipo concha ou meia concha) indicados para perdas moderadas severas – mais severa - que moderada com perdas margeando 70 / 75dB. • Intra – Canal ( ITC) – ( cápsula canal) indicados para perdas leves moderadas, moderada plana e moderada severa – mais moderada que severa, margeando no máximo 50dB. • Micro- canal (CIC) : indicado para perdas leves e moderadas, podendo ser indicado para indivíduos com perdas auditivas nas freqüências agudas em no máximo 60dB. Obs: As perdas auditivas são progressivas. Portanto, devemos sempre evitar indicar aparelhos que apenas atinjam exatamente os limiares do paciente. Quando um caso desses acontecer é necessário indicar próteses capazes de obter ganhomaior, acompanhando a evolução da perda auditiva. Tal medida evita gastos desnecessários por parte do paciente, uma vez que o mesmo, não necessitará trocar de aparelho em curto prazo. Tecnologia dos AASIs Vs Tipos e Grau das perdas Analógica. O aparelho trabalha por analogia, simplesmente amplifica a onda sonora não lhe atribuindo nenhum fator extra ao processo de amplificação. • Indicadas para perdas auditivas CONDUTIVAS, MISTAS e sensórias de grau PROFUNDO quando o paciente é usuário EXPERIENTE e que não tenha problema de DESCONFORTO auditivo. Digital. O aparelho além de amplificar a onda sonora, modifica-a e oferece alguns recursos inerentes aos seus algarítimos para suprir as necessidades audiológicas do paciente. • Indicada para todos os tipos de perdas auditivas. Em pacientes com hipoacusia condutiva é aconselhável a desativação do sistema de compressão, uma vez que esses indivíduos necessitam apenas de amplificação, caso o efeito de compressão esteja ligado à amplificação necessária poderá não ser alcançada. • Esse tipo de tecnologia é mais indicado para pacientes com perdas auditivas sensoriais, pois os digitais proporcionam melhor flexibilidade acústica exigidas para os problemas referentes à resolução temporal, seletividade de freqüências, sensação de crescimento anormal de intensidade, distorção acústica, além da hipoacusia; inerentes aos pacientes com perdas neurossensoriais. • Em suma, é indicada para indivíduos com qualquer tipo de perda, mas prioritariamente, os sensoriais, inclusive os recrutantes e os novos usuários. Vantagens do digital → possui maior capacidade de programação; maior precisão nos ajustes dos parâmetros eletroacústicos; capacidade de auto-monitorização; que inclui auto-calibração; controle da realimentação acústica; utilização de técnicas avançadas de processamento do sinal digital para redução do ruído; níveis automáticos de controle de sinal e ajustes auto-adaptativos em função de mudanças acústicas ambientais. Algoritmos de processamento do sinal ⚫ Análise de frequência ⚫ Controle da faixa dinâmica – compressão ⚫ Redução de ruído e melhora a relação S/R ⚫ Tecnologia do microfone direcional ⚫ Ênfase do sinal de fala ⚫ Realimentação acústica ⚫ Redução do efeito de oclusão. Híbrida. É a tecnologia intermediária. A onda sonora é amplificada igualzinho ás analógicas e alguns recursos são arquivados no seu sistema de memória. • Pode ser utilizada em QUALQUER tipo de perda auditiva. (atualmente essa tecnologia encontra-se em desuso). Tecnologias e prognóstico das diferentes perdas auditivas Perdas Condutivas: Como não necessita de compressão e de sistema sofisticado graças a sua dificuldade residir apenas na hipoacusia, esta, apresenta bom prognóstico sempre. Perdas Mistas. O prognóstico também será bom. Os aparelhos básicos são recomendados. Perdas Neuro. Devido aos grandes problemas relacionados à seletividade de freqüência, distorção sonora, resolução temporal e recrutamento, além da hipoacusia. Este tipo de perda necessita de grandes tecnologias, tendo um prognóstico desfavorável. Métodos Prescritivos • Objetivo dos métodos é atribuir GANHO e RESPOSTA DE FREQUÊNCIA compatível para compensar a perda auditiva • Os sons da fala devem ser audíveis a fim de permitir a compressão. • A saída máxima não deve atingir o limiar de desconforto. • Os métodos sevem para descobrir o ganho por freqüência que o paciente precisa para ajustar o aparelho a saída máxima. AASI Linear Filtra apenas sons médios. Apresenta ganho fixo para todas as freqüências independente do sinal de entrada até que o aparelho atinja sua saída máxima ( nível de saturação) Ex: Um aparelho tem 100dB de saída máxima. G + E = S 30 + 40 = 70 30 + 50 = 80 30 + 70 = 100 ( aqui o aparelho atinje o limiar de saída máxima, seu valor a partir daqui será constante) 30 + 80 = 100 30 + 90 = 100 Método Linear Apresenta sempre uma única meta de ganho para desenvolver a compreensão da fala. Os sons que são modificados são os que se encontram nas bandas médias. É indicado para: • Perdas condutivas e mistas no analógico; • Bom para usar o aparelho sem compressão. São seis os métodos lineares mais utilizados atualmente: ½ ganho. O ganho do aparelho tem que ser igual à metade da perda auditiva. Indicado para indivíduos com perdas leves e moderadas. Recomenda que o limiar da audição seja multiplicado por uma constante matemática de 0,5. GO = x/2 + Fgap + 5dB. 1/3 ganho. Verificou se que indivíduos de perda leve e moderada preferiam ganho igual a 1/3 da sua perda auditiva em vez da metade. Nessas perdas o ½ do ganho geraria ruído • Recomenda a atenuação de 5 ou 3dB nas freqüências abaixo de 100Hz; • Atenuação de 3dB nas adaptações binaurais; • Acréscimo de ½ do diferencial aéreo-ósseo no ganho para perdas condutivas e mistas; POGO I. Este método é na verdade igual a regra de ½ ganho, com redução do ganho nas freqüências graves, abaixo de 500Hz. • Aplica-se nas perdas até 70dB • Indicado para perdas leves a moderadas severas. • Corta das baixas freqüências, evitando que os sons graves mascarem os agudos e comprometa a inteligibilidade de fala; • Não é indicado para crianças, pois este público necessita de intensidade sonora, sinal que é encontrado nos sons graves; Freq. Fórmula Intra BTE Caixa 250 ½ LA – 10 + 7 7 3 500 ½ LA – 5 + 9 9 3 1k ½ LA + 8 10 0 2k ½ LA + 16 12 21 3k ½ LA + 16 21 23 4k ½ LA + 15 19 23 POGO II. • Modificação do POGO I para permitir a sua aplicação em perdas auditivas severas e profundas; • Indicado para perdas com limiares superiores a 70 dBNA; NAL / NAL-R / NAL –RP • Buscam a equalização da fala; • Permitem a amplificação do espectro da fala de maneira confortável e igual ao longo de toda faixa de freqüência; • Determina o ganho para perdas sensoriais; Freq. 250 500 1k 2k 3k 4k Fórmula ½ La + ½ (LA – 65) - 10 ½ La + ½ (LA – 65) - 5 ½ La + ½ (LA – 65) ½ La + ½ (LA – 65) ½ La + ½ (LA – 65) ½ La + ½ (LA – 65) • Baseada nos limiares auditivos e não necessita de níveis de desconforto para ser implantados; • O objetivo é permitir a amplificação do espectro da fala de maneira confortável e similar ao longo de toda a faixa de freqüência. NAL – perdas leves NAL / R – Perdas leves e moderadas NAL /RP – Perdas severas e profundas e indivíduos recrutantes. Berger. Baseado na regra do ½ ganho. Inclui nesse método correções para adaptações binaurais e para perdas auditivas binaurais. Indicado para perdas auditivas condutivas Freq BTE Intra 500 LA500/2 +10 LA500/2 +10 1000 LA1000/1.6 +10 LA1000/1.6 +10 2000 LA2000/1.5 +12 LA2000/1.5 +10 3000 LA3000/1.7 +13 LA3000/1.5 +10 4000 LA4000/1.9 +10 LA4000/1.9 +10 6000 LA6000/2 +10 LA6000/2 +10 DSL ( versão linear ). Difere do POGO e NAL. Não quer manter a fala igualmente forte ( equalizada ), mas confortavelmente forte. Busca conforto da fala LIBBY Indicado para perdas auditivas de grau leve á moderado (Libby, 1985). Freq Fórmula Intra BTE Caixa 250 1/3 La – 5 6 6 3 500 1/3 LA – 3 8 8 5 1k 1/3 LA 11 12 5 2k 1/3 LA 16 21 26 3k 1/3 LA 18 25 28 4k 1/3 LA 12 20 28 AASI Não – Linear Apresenta ganho variável de acordo com o sinal de entrada do aparelho, cujo objetivo é que a saída máxima não atinja o limiar de desconforto. Ex: O aparelho irá ativar seu limiar de compressão quando o sinal de entrada for igual ou maior que 60dB. E + G = S 40 + 30 = 70 50 + 30 = 80 60 + 25 = 70 (a partir de sinais iguais ou superiores a 60db o ganho começa a variar) 70 + 20 = 90 80 + 15 = 95 Obs: quanto maior for o sinal de entrada, menor será o ganho de intensidade. Método Não – Linear Todos os aparelhos digitais são não lineares. Eles têm três metas de ganho: sons fracos, sons médios e sons fortes. Baseado no loudness do paciente ( limiar de conforto do paciente) • Ajusta os aparelhos digitais • Ajusta aparelhos com sistema de compressão Tipos de métodos não – lineares DSL i/o. Utilizado em todos os tiposde circuito do AASI. • Prioriza o conforto • A fala audível sem exceder o UCL • Mais adequado para crianças por priorizar os graves do ambiente; • Não é indicado para adulto com perda leve e moderada, pois esse método não corta graves, o que geraria ruído para esses indivíduos, uma vez que seu limiar para sons fracos estão preservado; • NO caso de indivíduos com perda profunda é muito utilizado por priorizar os graves. Leva em consideração a idade do usuário ou utiliza valores médios de aspectos acústicos relevantes que variam em função da idade e influenciam as características de amplificação. DSL vs 5. É a versão mais nova desse método. Costuma-se indicá-lo para o público pediátrico, pois atualmente no sistema ele oferece ganhos aos sons graves. Quando indicado para adultos, mesmo com perdas profundas, o sistema automaticamente corta os graves, portanto não é indicado para adultos que necessitem de sons graves. FIG - 6. Usado apenas para AASI com sistema de compressão WDRC o qual apresenta funcionamento similar ao das CCE. Normaliza a sensação de intensidade conforme o loudness: o paciente deverá escutar sons médios como médios, fracos como fracos e fortes como fortes. Subtipos do FIG – 6. Tipo I. • Indicado para pacientes com limiar até 40dB ( leve ) • Lesão nas CCE, recrutante ( apenas) • Pacientes não percebem os sons fracos, escuta os médios e fortes normalmente. • Visa amplificar os sons baixos. Tipo II. • Pacientes com limiar entre 40 e 70dB ( moderada); • Perdas das CCE e parcialmente das CCI; • Pacientes não percebem os sons fracos, ouve muito mal os médios e baixos os sons fortes; • Visa amplificar todos os sons, porém dando ênfase aos fracos e médios. Tipo III. • Perdas acima de 70dB. ( severa e profunda ) • Perdas nas CCI. • Detecta a fala perto do limiar de desconforto • Amplifica todas as metas, porém com amplificação diferente. Obs: maior preferência aos graves (mais que os outros métodos), amplifica os sons suaves nos agudos. Preferência pelos circuitos K-ampe e WDRC. NAL – NL2 e NAL – NL 1 • Proporciona o máximo de inteligibilidade da fala sem exceder o loudness normal para sons fracos; • Não é usado em analógicos, pois seus mecanismos só podem ser alterados por um sowftare; • Maior redução das freqüências baixas e maior ênfase nas altas, quando comparada com os outros métodos. Sky Skop : Método exclusivo da Phonak, utilizado em perdas neuro e em rampa. Observações: • Todos os métodos prescritivos visam amplificar melhor os agudos e deprimir os graves, exceto o DSL i/o e o FIG 6, Porém o DSL i/o é mais direto na sua priorização aos graves. • Nas perdas auditivas profundas por mais que o aparelho tenha tecnologia, o indivíduo jamais terá compreensão de fala. Seus benefícios restringem-se a detectar sons ambientes; LEGENDA: MCL – alto confortável UCL- alto desconfortável HTL – Limiar auditivo • Perdas moderadas se beneficiam com a compreensão de fala; • Perdas unilaterais em pacientes adultos o uso é indicado de acordo com o seu handicap; • Em crianças, o uso de AASI faz-se necessário para o desenvolvimento adequado da linguagem. Saída Máxima A saída máxima é uma para todas as freqüências ou dividida em regiões diferentes de freqüência. • Pode ser controlada por corte de pico em AASI de ganho fixo muito elevado; • Por sistema de compressão em AASI de ganho variável e compatível ao loudness da fala. Métodos de medida da saída máxima: MPO ( UCL 500+ UCL 1000 + UCL 2000) MPO: Ajusta apenas a saída máxima; POGO: Ajusta ganho e saída máxima Obs: os demais métodos ajustam apenas o ganho. Sistemas Lineares e não - lineares Próteses Lineares • Processam sons médios ( 60 e 65 dB NPS) com picos máximos e mínimos de intensidades variando entre 30Db de forma linear; • Ganho constante podendo ser, a depender da tecnologia do AASI, corte de pico ou limitação por compressão. • São mais indicados para perdas neurossensoriais de grau severo e profundo • O ganho é constante para as intensidades de sinal de entrada até o limite de saturação do aparelho – no caso do corte de pico. Ex: para cada 1dB de entrada haverá 1 dB de saída. Relação 1:1; • Não tem sistema de compressão, e quando apresenta compressão, este, apresenta seu limiar de compressão acima do sinal da fala (70dB); • O ganho é o mesmo para todas as freqüências. Próteses não – lineares • O ganho é sempre variável, processando os sons fracos, médios e fortes; • São próteses de compressão dinâmica (wdrc); • Indicados para perdas menores, com prejuízo nas CCE de grau leve e moderada; • Apresenta características variáveis de acordo com o sinal de entrada no equipamento. Nesse sistema, normalmente o ganho é menor para sons intensos, médios para sons médios e maiores para sons fracos, resultando em variação de NPS de saída em comparação ao NPS de entrada. Ex 2dB de entrada haverá somente 1dB de aumento na saída; • Tem sistema de compressão ou sistema que é ativado dentro dos limiares de fala; • O ganho não é o mesmo para todas as freqüências; • Conforme o sinal de entrada fica mais forte, o ganho será reduzido simultaneamente. Sistema de compressão “Reduz automaticamente o ganho a partir de um determinado NPS de entrada”. Processamento automático (AGC) - Existem dois tipos de processamento automático de sinal: 1. Aqueles que não alteram as respostas de freqüência das próteses (FFR). 2. Aqueles que alteram as respostas de freqüência das próteses (LDFR). Sistemas de Respostas de Freqüência Fixa (FFR) • Mantém uma resposta de freqüência constante independente do sinal de entrada; • Todas as freqüências serão igualmente, mais ou menos, comprimidas (AGC e compressão tradicional). Compressão Dinâmica (WDRC) • Associada a baixa razão de compressão ( < 5:1) e baixo limiar de compressão (<55dB NPS), sendo, que praticamente todos os sinais de interesse estarão sob compressão; • Fornece o mesmo ganho que um aparelho linear para os níveis de entrada médios ( fala normal) • Maior ganho para sons de menor intensidade e progressivamente menor para sons mais intensos; • Audibilidade para sons menos intensos e conforto aos com intensidade elevada; • Oferece maior audibilidade para os sons da fala mesmo quando este aparece em nível pouco intenso; • Indicado para indivíduos recrutantes, perdas leves, moderadas e moderadamente severas. Limiar por compressão • Está associado a alto limiar e razão de compressão; • Amplificação linear para maioria dos sinais de entrada (abaixo de 70dB), sendo que os sinais de fala média não dispararão à compressão; • Funciona como limitador de saída máxima (similar ao corte de pico) • Indicado para perdas auditivas de grau severo a profunda Resposta de Freqüência Dependente do Nível do Sinal (LDFR) Sua resposta de freqüência varia em função do nível de entrada resultante da combinação de filtros e de compressão: BILL : • Maior ganho para sinais de entrada FRACOS nas baixas freqüências. • Quando o NPS de entrada aumenta, a amplificação nas baixas freqüências é reduzida; • Indicada para indivíduos com dificuldades de percepção, problemas de desconforto para sons graves ou que estejam frequentemente expostos ao ruído. TILL: • Maior ganho para sinais de entrada fracos nas altas freqüências; • Quando o NPS de entrada aumenta, a amplificação nas altas freqüências é reduzida; • Indicada para perdas planas, descendentes que necessite de maior ganho sons nas freqüências altas, para sons fracos ou para quem se queixa de desconforto nas altas freqüências em forte intensidade. PILL • Sistema versátil funciona com o TILL e o BILL. Há basicamente três grandes grupos de sistema de compressão que podem ser identificados: Sistema de limitação por compressão (ou compressão de altos níveis): limitam sinais excessivamente intensos a fim de prevenir a ocorrência de distorções e desconforto. Neste tipo de sistema, a prótese auditiva funciona como um amplificadorlinear abaixo do limiar de compressão, que costuma ser alto. Assim, para os sons mais habituais, incluindo a fala em níveis normais, não há compressão. É normalmente empregada uma alta razão de compressão com tempos de ataque e recuperação curtos, afim de que seja evitado o desconforto do usuário com sons súbitos. Estes sistemas se aproximam do funcionamento do corte de picos, porque a prótese funciona de forma linear durante uma grande faixa de intensidade de entrada, mas seu uso resulta em menos distorção. AGC I e AGC O Controle Automático do Ganho (AGC) Sistema utilizado para descrever a redução automática do ganho a partir de um determinado NPS de entrada. Esse sistema tem um circuito de monitoração em algum ponto que automaticamente reduz o ganho. Esse sistema pode ser classificado segundo o ponto de monitoração e as características de compressão. Este ponto em relação ao controle de volume, é que determina o tipo de compressão que esta sendo utilizado. AGC – I • Se o ponto estiver antes do controle do volume; • O nível de pressão sonora no qual a compressão é ativada INDEPENDE DA POSIÇÃO DO COMTROLE DE VOLUME, enquanto que a saída máxima será maior, quanto maior for o volume da prótese. • Resumo: a posição do controle do volume não interfere na compressão, porém na saída máxima. • Indicado para perdas leves e moderadas com área dinâmica grande. AGC – O • Quando o ponto encontra-se depois do controle de volume, o que afetará o sistema de compressão, mas não a saída máxima. • Indicada para perdas severas e profundas com área reduzida e para crianças. Sistema de compressão silábica (ou compressão de área dinâmica, compressão de faixa larga, compressão de área dinâmica completa, compressão loglinear): adaptam a gama de intensidade dos sinais ambientais para a área dinâmica de audição reduzida do usuário. Nestes sistemas o limiar de compressão é baixo, com constante de tempo curto. Desta forma praticamente todos os sons do ambiente estão sob algum tipo de compressão. A razão de compressão deve ser baixa para evitar a redução demasiada especialmente das modulações da fala. WDRC Sistema de controle automático de volume (ou controle automático de ganho, controle automático de volume de ação lenta): mantém o nível de sinal para o ouvinte relativamente constante, reduzindo as variações lentas no NPS do ambiente. Estes sistemas aumentam a área dinâmica sem super estimular o ouvinte, sendo usualmente implementados com tempos de ataque e recuperação longos pra evitar flutuações. O limiar de compressão é baixo, com uma razão de compressão alta (Dillon, 1988) ou selecionada conforme a área dinâmica do usuário. Características do sistema de compressão Estáticas – Independem do tempo - Diz respeito á forma como o ganho é modificado em função da variação do sinal ambiente. • Razão de compressão (CR ou CV): A razão de compressão é a quantidade de compressão do sinal. Ela é definida como a razão existente entre a mudança no NPS de entrada e a mudança no nível de saída da prótese.(quantidade de compressão atuando no circuito naquele momento) • Limiar de compressão (TK): limiar de compressão (ou ponto de joelho) é menor NPS de entrada na prótese auditiva que aciona o sistema de compressão. Ele é definido como o ponto na função de entrada e saída da prótese auditiva no qual a saída registrada é 2dB menor que a saída produzida por um amplificador linear com o mesmo ganho sinal de entrada que vai acionar o sistema de compressão (pode ser um limiar alto 80dB ou baixo 20dB) • Região de compressão: seria a faixa de intensidade de entrada para as quais o ganho é reduzido, compreendida entre o limiar de compressão e o ponto em que a prótese auditiva tem a sua saída limitada por saturação. Ex: o sistema está atuando nas freqüências de 500Hz a 4000Hz, portanto, esta será a minha região de compressão. Dinâmica – Dependem do tempo - Referem-se basicamente às constantes de tempo, ou aos denominados tempos de ataque e tempo de recuperação da compressão. • Tempo de ataque (TA): O tempo de ataque da compressão é o tempo em que o sistema leva para chegar a um novo valor de ganho acústico quando um nível de sinal maior do que o determinado é detectado no ponto de monitorização. É basicamente o tempo que o sistema de compressão leva pra começar a funcionar. O tempo de ataque da compressão varia entre 0,1 e 50ms (Letowski, 1993), sendo mais encontrados valores entre 1 e 10ms (tem que o aparelho leva para entrar em compressão) • Tempo de recuperação (TR): O tempo de recuperação da compressão é o intervalo de tempo compreendido entre a redução do sinal para uma intensidade inferior ao limiar de compressão e a volta do ganho aos valores pré-compressão. Ele é, portanto, o tempo que o sistema leva para voltar á amplificação linear. O tempo de recuperação da compressão pode variar de 0,05 ms a 3 s (tempo que o circuito leva para sair do sistema de compressão) • Redução de razão: o quanto que estar sendo reduzido. Obs: TA curto é empregado para sons intensos no intuito de evitar danos auditivos. Tipos de compressão que há no mercado: Processamento Automático de Sinal – Compressão ASP -- FFR (resposta de freqüência fixa); -- LDFR (resposta de freqüência dependendo do nível de sinal de entrada); FFR – Compressão por limitação – AGC-I -- AGC-O -- WDRC (compressão da área dinâmica reduzida) – onde o limiar de compressão é reduzido. – BILL (ganho de compressão para as freqüências baixas) -- TILL (ganho de compressão para as freqüências altas) -- PILL (ganho de compressão para as freqüências baixas e altas). LDFR Saída Máxima Objetivo da saída máxima: • Eliminar o desconforto vindo do sinal da fala, ruído e ambiente; • Reduzir sinais intensos • Aumentar a faixa dinâmica de audição • Perdas adicionais à prótese Conseqüência da saída máxima mal ajustada para o paciente: • Alterar constantemente o volume; • Utiliza o AASI em lugares silenciosos; • Deixa o controle de volume em posição fixa • Deixar de usar o aparelho Limitadores de saída máxima Corte de pico • Os sons que atingem o limite de saturação têm seus picos de intensidade eliminados, enquanto que os sons menos intensos são reproduzidos normalmente, pois a pressão sonora de saída aumenta na mesma medida de pressão de entrada até atingir o nível de saturação. Seu limiar é geralmente 100dB; • Susceptível a gerar distorções quando o ambiente for extremamente ruidoso, pois enquanto os sons de grande intensidade são cortados, os sons de menor intensidade e os ruídos são amplificados; • Não apresenta controle automático de parâmetro por um sistema de retroalimentação; • Nas próteses com amplificadores classe A, apenas uma das extremidades do sinal é retirada no momento do corte (pico ou vale da onda) gerando corte de pico assimétrico. • Já os amplificadores classe B, ambas as extremidades são retiradas no corte, gerando cortes de picos simétricos. Obs: qualquer corte de pico gera distorção no sinal. Os cortes de pico simétricos, a sensação subjetiva de distorção é menor quando comparada aos assimétricos. Limitador por compressão • Gera menos distorção, proporcionado melhor qualidade sonora, com o objetivo de limitar os ganhos em sons altos de limiares de 70dB. • Como seu objetivo também é que a saída de desconforto nunca seja atingida, a razão de compressão (CR) é alta, garantindo que mesmo grandes variações na entrada produzam apenas pequenas variações na saída. Perdas e o tipo de limitação • Perdas leves e moderadas. Não se usa cortes de picos (pois os pacientes apresentam boa percepção subjetiva para as distorções que o aparelho com esse sistema pode vir a provocar); • Perdas severas. Os cortes de picos são menos críticos, mas sempre é bom preferir o sistema de compressão; • Perdas profundas. Os usuários de sistema linear a longo prazo que preferem controle de volume em posição máxima ou reclama da ineficiência na amplificação sonora,recomenda-se o uso do corte de pico, e também, porque esses indivíduos apresentam incapacidade para detectar as distorções. No caso dos usuários inexperientes, o recomendado é o sistema de compressão. • Crianças com perda profunda. Recomenda-se o sistema de compressão, uma vez que a sua perda requer uma prótese potente com sinais acústicos eficientes, sem distorções o que poderá prejudicar a percepção dos mesmos em pistas importantes. Resumo: Corte de pico • Perdas condutivas e mistas em qualquer grau • Perdas profundas em usuários experientes Limitador de compressão: • Perdas sensoriais leves, moderadas e severas; • Perdas sensoriais profundas e novos usuários • Crianças com perdas severas e profundas. PARTE II - PRÁTICA PROCEDIMENTOS REALIZADOS NA CLÍNICA ESCOLA DE FONOAUDIOLOGIA DA UNIME Características dos Fios dos AASIs OTICON (TELEX) - Os fios são de pequeno calibre, apresenta nas extremidades uma configuração cachimboforme com quatro pinos de encaixe. PHONAK (CAC) – Seus fios têm o nome da empresa impresso na extremidade de encaixe, as quais são azuis e ou vermelhos. WINDEX (BRASILTON) – Fios de cor creme, vermelho ou azul forte, calibrosos e com conectores em forma de tritão. BELTONE (AUDIOBEL) – fios finos ou grossos. • Sapatas Todos os aparelhos da nossa bateria de teste que necessitam de sapatas, ao conectarem ao sowftare é preciso colocar pilhas para seu correto manuseio no sistema. As demais marcas a conexão faz – se diretamente. Duas marcas utilizam sapatas: OTICON (dois tipos de sapatas) 1. Um tipo específico para o modelo SWIFT 120 – O encaixe é próximo à pilha (retro). Para conectá-la faz-se necessário abrir o compartimento de pila, encaixa- la e posteriormente fechar o compartimento. 2. Outro encaixe no corpo do aparelho, esta sapata é apropriada para os modelos TEGO. GO –P, GO-PRO, GO-PRO Pe aos miniretros. WINDEX Usa uma pequena sapata que se assemelha a um bolo com duas superfícies achatadas de cor branca. Os modelos que utilizam essa sapata são p BV – 18 (amarelo) e o B – 02 (vermelho) Classe A • Analógicos, híbridos e digitais com chavinha. • Monocanais ou multicanais (2 no máximo) • Sistema de compressão e controle de tonalidade • Perdas condutivas, mistas e profundas. Classe B • Digital conectado via computadores ou programador externo; • Multicanal (+ de 2 canais); • Sistema de compressão, controle de tonalidade, microfone direcional. • Perda sensorial plana e idosos. Classe C • Digital igual às classes anteriores; • Microfone direcional, sistema de compressão sofisticado e três ou mais canais; • Algoritmos diversos; • Perdas em rampa, configurações irregulares, ascendentes e pessoas com grande dificuldade em comunicação (pré-escolares e trabalhadores). São indicados e testados três modelos diferentes de aparelhos para o paciente. No final de todo o procedimento, de acordo com o protocolo da clínica, o paciente escolhe qual aparelho obteve melhores resultados, sendo posteriormente protetizado com o AASI de sua escolha. Divisão dos AASI conforme tabela SUS Procedimentos para atender o paciente Antes de qualquer coisa faz-se necessário estudar o prontuário do paciente, verificar qual será o serviço a ser prestado naquele exato momento - impressão de molde, seleção de aparelho (qual etapa?), orientação, aconselhamento ou revisão. A seguir serão descritos todos os quatros procedimentos realizados na clínica Escola de Fonoaudiologia da Unime, tais como: confecção de moldes, os testes, adaptação, acompanhamento e revisão. 1. Confecção doMolde Ao pegar o prontuário do paciente é importante estudar o caso clínico, o histórico ORL, relatório do assistente social, psicológico, anamnese fonoaudiológica, verificar o tipo de perda e a configuração audiológica a fim de posteriormente decidir qual será o molde mais adequado para o indivíduo, descartando ou não a necessidade de modificações acústicas. Os relatórios dos outros serviços – psicologia, serviço social, ORL - nos darão uma noção dos aspectos biopsicossocial do paciente podendo interferir negativo ou positivamente no processo de reabilitação. Por isso a importância de se conhecer esses outros aspectos. 2. Realização dos Testes A política de atendimento ao paciente na Clínica escola segue os preceitos do SUS, a qual exige a realização de três testes com diferentes aparelhos auditivos, Na seleção do aparelho deve-se verificar se é a primeira vez que o paciente realiza esse procedimento. Caso positivo, uma prótese será selecionada para o teste conforme as necessidades audiológicas e psicossocial do paciente. Nesses casos, não podemos esquecer de cadastrá-los no sowftare, onde seu audiograma será devidamente desenhado no programa computacional NOAH, e, posteriormente selecionado o sistema da empresa correspondente à prótese indicada para os ajustes finos – Phonak, Windex, Oticon e Beltone. Ainda nesse primeiro momento, é fundamental registrar a experiência do paciente com o aparelho e sua idade cronológica. Se o paciente já for usuário, o procedimento será o mesmo supracitado, no entanto, não haverá a necessidade de cadastrá-lo no sistema NOAH, uma vez que o mesmo já possui cadastro. Por fim, quando o paciente passa pelos três testes de praxe da clínica a fim de selecionar a melhor prótese. O mesmo fica incumbido em decidir qual o aparelho que melhor lhe atribuiu sinais acústicos amplificados. Indicado o aparelho e após os seis meses necessários para a aquisição dele, o sujeito entrará na etapa de adaptação, acompanhamento e ou revisão. Obs: Os testes realizados são: TPF, GASP, Ganho Funcional e Teste Externo. Esses dois último sempre serão realizados, enquanto os dois primeiros ficarão a critério do tipo de perda do paciente e ou nível de dificuldade do mesmo ( Consultar tabelas abaixo) Procedimentoparapacientesemetapadeseleção • Estuda-se o prontuário do paciente e verifica-se a sua necessidade audiológica e psicossocial (novo pcte cadastra); • Seleciona-se o aparelho (marca, empresa e modelo) levando em conta os aspectos supracitados; • Em seguida, realiza-se os ajustes necessários no sowftare específico da empresa selecionada – Oticon, Phonak, Windex ou Beltone. Obs: Os ajustes são: selecionar a experiência do paciente, a idade, as necessidades audiológicas, mexer no ganho, na saída máxima, ajustar programas, inserir o tamanho da ventilação (CASO EXISTA), realizar ajuste fino, Feedback, etc. Vale ressaltar que cada ajuste citados irá variar conforme a queixa do paciente. Ex: • O paciente se queixa de desconforto auditivo para sons intensos – uma das possibilidades é mexer na saída máxima e ou o ganho para sons altos; • O paciente refere ouvir sons insignificantes como o barulho da luz ao ascender, causando-lhe desconforto – mexe-se no ganho para sons fracos; • Desconforto para sons da fala e ou médios – mexe-se nos ganhos médios; • Desconforto para sons de características graves (latir de um cachorro, folha de um papel, etc) - mexe-se nas faixas de freqüências graves, etc. Saber se o usuário é experiente ou não, implica em oferecer ganhos em diferentes proporções de acordo com a familiarização do mesmo com a prótese, podendo o sistema, no primeiro contato, oferecer ou não o ganho audiologicamente necessário. Pois só através desse método será respeitado o período de aclimatização do paciente, caso exista. Outro fator interessante é conhecer a idade do indivíduo para o processo de seleção. Entender em que estágio do desenvolvimento o indivíduo se encontra fornece subsídios fiéis sobre a ressonância, NPS e o tamanho do MAE; já que nas crianças essas atribuições são maiores, exceto o M.A.E., quando comparadas a um indivíduo adulto. A criança tem um conduto menor o que a leva a ter um NPS e ressonância nas altas freqüências muito maior que num sujeito adulto. Procedimentos para atendimento ao paciente (Após selecionar o aparelho para o teste) • Chama-se o paciente na sala; • Realiza-sea mensuração do tamanho dos tubinhos sonoros, adequando-os em seguida com o pavilhão auricular (esse procedimento é realizado com o molde inserido no MEA e a prótese para delimitar a porção mais favorável para ser cortada). Se for usuário de óculos, mensura-se com o óculos; • Conecta-se o tubinho plástico ao gancho acústico – Para tanto, retira-se o molde do pavilhão auricular e conecta; • Coloca-se o aparelho no ouvido do paciente, levando em consideração os ouvidos. Após a conexão aparelho-orelha, o fono realiza algumas perguntas de teste ao paciente, tais como: como ele percebe a voz do profissional – fraca, média, forte, forte confortável ou forte desconfortável; se os barulhos ambientes o irrita, se escuta algum outro barulho que antes não escutava, sente alguma forma de incômodo auditivo, escuta a própria voz dentro da cabeça, fica incomodado com barulhos simples como bater palma ou farfalhar das páginas de papel, etc.; • Se houver queixas, os devidos reajustes deverão ser realizados. Os ajustes dependerão do tipo de queixa. Caso não haja queixas, parte-se para uma nova avaliação. TPF ou GASP ? O próximo passo é a realização dos testes de fala (TPF e GASP). A escolha vai depender do tipo de perda auditiva (consultar tabela no final desta obra...rsrs). Ganho Funcional Posteriormente realiza-se o ganho funcional que é um teste que visa verificar o benefício da prótese e não o ganho real que o paciente está tendo. O procedimento é simples: • Posiciona-se o paciente a mais ou menos 1m de distância a 0 azimute das caixas acústicas no interior da cabina audiométrica - utilizando o estímulo warlbo (evita ondas estacionárias – FF[campo] no audiograma), nas freqüências de 250Hz a 4000Hz; • faz-se a pesquisa do limiar auditivo do paciente; • Em seguida pesquisa-se o LDV; • O teste é feito em campo aberto com e sem AASI no primeiro momento, e só com AASI a partir do segundo instante. Teste Externo Por fim, o teste externo é realizado. • Nesse momento o avaliador deverá levar o paciente para vivenciar os sons ambientes usando o aparelho. Perguntas referentes à inteligibilidade da fala, desconforto, barulhos estranhos, dentre outras deverão ser realizadas a todo instante. Ao término de todo processo avaliativo, os responsáveis (estagiários) deverão descrever todo o procedimento, assim como o tipo, modelo e empresa do aparelho utilizado; no relatório de testes e, posteriormente descrever, na evolução fonoaudiológica, o desempenho do paciente no teste externo, relatando sempre a inteligibilidade da fala e a presença ou não de desconforto auditivo. Classificação dos AASI conforme tabela SUS **NAIDA / P (POWER) e NAIDA / SP (SUPER POWER) Digitais para perdas profundas: • Adulto pós-lingual • Surdos adolescentes que não têm bom prognóstico não são indicados • Crianças no processo de oralidade • Tecnologia contra umidade • Família comprometida no desenvolvimento auditivo da criança ***C 65 MIA para adaptação aberta (sem gancho) Micro-retro perdas leves e moderadas com graves em 30 e agudos em 65 3.Adaptação Essa etapa só ocorre quando o paciente já realizou todos os testes, selecionou seu AASI, e agora comparece à Clínica para adquiri-lo após um prazo de espera de seis meses. Com os novos aparelhos em mãos, o estagiário, antes de chamar o paciente deverá realizar o ajuste fino do aparelho, uma vez que o mesmo é novo de fábrica. Para tanto, o mesmo raciocínio utilizado para selecionar os aparelhos para testes deverão ser seguidos. Não esquecendo, lógico, de indicar nos programas a experiência do paciente com o AASI, sua idade cronológica e as necessidades audiológicas do mesmo. • Com o paciente na sala, já com o aparelho em uso, é importante verificar a presença de desconforto quanto ao som amplificado, se há percepção de algum barulho estranho, microfonismo e a percepção do mesmo para a fala. Caso existe relatos negativos por parte do paciente quanto às sensações sonoras, o estagiário deverá ajustar o que for necessário para atribuir uma audibilidade prazerosa ao paciente; • Completado todo o procedimento supracitado, inicia-se a fase de orientação e capacitação do paciente quanto ao uso, limpeza, manutenção e conservação do aparelho. • O paciente deverá assinar o protocolo informando que adquiriu os aparelhos auditivos; • Não podemos de deixar de explicar para o mesmo sobre o período de aclimatização, termo de garantia do aparelho e manutenção ano para adulto e semestral para criança na clínica escola. Abaixo um pequeno esboço de orientações: Cuidados e Manutenção A durabilidade de uma prótese auditiva depende, como qualquer outro aparelho eletrônico, dos cuidados diários e de manutenção, demandando alguns cuidados para garantir bom funcionamento sempre, tais como limpeza, troca de bateria e cuidados gerais. A vida útil desses aparelhos é em média 5 a 7 anos. Cabe ressaltar que a necessidade de mudança de prótese auditiva não depende somente de sua vida útil. O indivíduo deficiente auditivo deve ser orientado de que trocas poderão ser necessárias caso surjam mudanças no grau, configuração da perda auditiva, ou por novos achados audiológicos. Nesse caso poderá ser colocado em questão a eficiência do aparelho em uso e ser determinado a sua troca, mesmo que esteja em condições técnicas satisfatórias. A seguir organizei algumas dicas para cuidado no dia a dia: Cuidados Gerais • Procure evitar quedas. Coloque e retire o aparelho auditivo sobre uma superfície macia (cama ou sofá); • Proteja-o do calor. Jamais deixe o aparelho auditivo onde possa ser danificado pela ação do calor extremo. Proteja-o da luz direta do sol (em casa e no carro estacionado) e não o deixe perto de radiadores; • Proteja o aparelho auditivo da umidade. Remova-o da orelha antes de banhos, duchas e mergulhos. Não o deixe no banheiro, onde pode sofrer danos causados pela umidade. Seque a transpiração dentro e em volta da orelha regularmente. A umidade e a condensação podem danificar o circuito eletrônico do aparelho auditivo. Recomenda-se que o compartimento da pilha seja deixado aberto à noite, bem como o uso dos desumidificadores que pode ser solicitado ao fonoaudiólogo; • Mantenha o auditivo fora do alcance das dos bichos de estimação. Os cachorros ficam irritados com a microfonia (chiado) mas são atraídos pelo cheiro do dono. É comum o cachorro mastigá-lo. A pilha pode ser perigosa se engolida. Consulte um médico imediatamente em caso de ingestão acidental da pilha; • Guarde o aparelho auditivo em local seguro. Quando não estiver usando, mantenha-o sempre no estojo ou no recipiente desumidificador. Tire as pilhas se não for usá-lo por algum tempo; • Jamais tente consertar o aparelho auditivo, leve-o a um especialista. Chaves de fenda e óleo podem ser fatais para o aparelho auditivo. O simples toque nos componentes eletrônicos ou mecânicos pode causar danos irreparáveis. Leve-o ao seu profissional de saúde auditiva para serviços ou reparos; • Não usar sprays ou produtos químicos quando estiver fazendo uso do aparelho; • Usar somente pilhas adequadas ao tipo e modelo de aparelho (não comprar pilha de relógio em camelô, etc). Limpeza: • Evite deixar o aparelho auditivo sujo. Verifique sempre se seus dedos estão limpos e secos antes de manuseá-lo. A entrada do microfone tem apenas poucos décimos de milímetro (1/16 pol. a 1/8 pol.) de largura, podendo ser facilmente bloqueada. • Limpe o aparelho auditivo com cuidado, com um pano macio e seco. Álcool, solventes e multiusos não são indicados e podem danificar o circuito eletrônico. • Para limpeza do molde, desconecte-o do aparelho e lave-o com água e sabão neutro. Se houver acúmulo de cera no tubo, deixe o molde de repouso em um recipiente com água morna, e depois lave. • 2x na semana lavar o molde com sabão e escova de dente O tubo vai ficar a água, para retirá-la injetar uma seringa. Importante! Sempre separe o molde auricular do aparelho auditivoantes de lavá-lo. O aparelho auditivo jamais deve entrar em contato com a água. Antes de encaixá-lo novamente, veja se está completamente seco. Para reencaixar o molde auricular ao aparelho auditivo: Confira se a curva do molde auricular combina com a do aparelho auditivo (veja diagrama). Consulte seu profissional de saúde auditiva se... • O molde auricular estiver machucando ou incomodando; • Não conseguir limpar a cera do molde auricular; • O tubo ficar amarelado ou quebradiço; • O aparelho auditivo apitar, impossibilitando o ajuste do volume correto. Se o aparelho soar fraco, pode ser que a saída de som esteja bloqueada com cera ou sujeira. O acúmulo de cera prejudica a passagem do som, podendo causar microfonia (apito). Por este motivo, recomenda-se acompanhamento com médico otorrinolaringologista. Em casos de acúmulo de cera no conduto, é ele o profissional indicado para avaliação e conduta. Observação: • Aparelhos do tipo retroauricular é preciso orientar quanto à importância da integridade, transparência e flexibilidade do tubinho plástico, e que, portanto, na ocorrência de qualquer modificação de suas características deverá ser trocado. Quanto a limpeza diária segue os procedimentos supracitados; • Os aparelhos intra-auriculares ou intracanais são montados dentro do próprio molde, por isso não podem ser lavados. No caso de acúmulo de cerúmen no orifício de saída do som, a limpeza deverá proceder segundo a indicação do fabricante ou realizada pelo técnico especializado. Em nenhum caso produtos químicos deverão ser usados. Observar se os pacientes têm comprometimento retrococlear e ou DPAC, pois os aparelhos de amplificação sonora não auxiliarão no melhoramento dos mesmos; tfxplicar também: • Explicar que o microfone tem um nível de distância geralmente um metro; • Bobina telefônica só precisa mudá-la se for utilizado em fone fixo, o celular não precisa; • É importante usar um desumidificador e colocar no aparelho (são bolas de sílica que servem para tirar a unidade do AASI) • O AASI tem um ano de garantia contra defeito de fábrica. Para trocá-lo o paciente tem que vir para a clínica - o microtudo, as olivas e o microfone o conserto é custeado pelo paciente. • O molde só poderá ser trocado uma vez ao ano • Quando o aparelho quebrar o profissional manda para a empresa uma carta solicitando o conserto. Explicar sobre aclimatização: que vai passar a ouvir sons que não ouvia, o tempo de aclimatização é de 12 a 16 semanas, têm que usar o AASI todos os dias. • 1º semana: usar pelo menos um termo do dia • 2º semana: usar o dia todo (evitar sair para ambientes ruidosos) • 3º semana: usar diariamente e em qualquer local tfstratégias Comunicativas As dificuldades de comunicação para o deficiente auditivo devem ter como origem ambiental, com o interlocutor, na própria mensagem ou no paciente. O deficiente auditivo deve procurar identificar essas dificuldades para solucioná-las. A partir daí pode – se atuar da seguinte forma: Quanto ao espaço físico: • Alterar posição de móveis de fontes de luminosidade para obter melhor visualização do interlocutor; • Diminuir a distância da fonte sonora; • Evitar distorções ou interferências visuais; • Buscar locais mais silenciosos; • Buscar maior distanciamento das fontes de ruído. Quanto ao interlocutor e a mensagem: • Solicitar mudança sobre intensidade e velocidade de fala; • Informar ao interlocutor sobre a deficiência auditiva; • Solicitar repetição da mensagem, complementação da informação ou determinação de palavras-chave; • Fazer perguntas – chave para obter auxílio do contexto; • Utilizar outros auxílios como ajuda de uma terceira pessoa ou lápis e papel. Quanto ao próprio paciente: • Manusear adequadamente a prótese auditiva; • Manter condições ORL satisfatórias; • Uso de acessórios, equipamentos e sistemas auxiliares. Obs: o indivíduo deve ser encorajado a utilizar todas as estratégias e pistas possíveis com o objetivo de melhorar sua comunicação e, como conseqüência, sua qualidade de vida, além de cuidados e manuseio da prótese auditiva. Inspeção Auditiva Observar • Sem amplificação • Som abafado • Feedback (microfonia) • Distorção • Som intermitente (ora funciona, ora não funciona) Pa-pa-pa – é como vc escuta no próprio aparelho, para padronizar uma qualidade de som adequada. (Auto-escuta) Sem amplificação → observar a pilha; ✓ troque a pilha; ✓ use um testador de pilha; ✓ verifique a posição da pilha (+/-); ✓ verificar o tipo de pilha correta (675, 13, 10, 312); ✓ verificar a presença de oxidação no compartimento de pilha; → verificar as chaves externas (M-T-O); → verificar se o molde está entupido; → verificar se o gancho do tubo; → verificar se o aparelho (AASI) está úmido; Som Abafado → pilha fraca; → verificar se o microfone ou sua abertura estão sujos (cera, pó,...); → verificar se o molde está sujo; → verificar se não há necessidade de uma ventilação no molde; Feedback – Microfonia → verificar se o volume do AASI está muito forte; → verificar se o molde está mal colocado; → verificar se o gancho ou o tubo estão partidos; → verificar ocluindo o molde se a microfonia persiste... se não, volume ou colocação do molde; → verificar, ocluindo o gancho, se a microfonia persiste; → excesso de cera no MAE; Distorção → verificar a presença de oxidação no compartimento de pilha; → verificar o controle de volume; → verificar a pilha; → verificar se o microfone ou sua abertura estão sujos; → excesso de cera no MAE; → ventilação (ex: queixa que a voz das pessoas está grossa); Som intermitente → verificar a presença de oxidação no compartimento de pilha; → verificar se o gancho ou o tubo estão partidos; → verificar se a pilha está encaixada corretamente; → mal contato no controle de volume; → defeito interno (encaminhar para assistência técnica); 4. Acompanhamento O acompanhamento é o procedimento mais tardio a acontecer, pois só será realizado seis meses após a adaptação. Nessa etapa o paciente comparece para realizar algumas mudanças necessárias a sua reabilitação auditiva, como, por exemplo, o período de aclimatização, a adaptação, existência de dificuldades, handicap auditivo, a manutenção de o aparelho, houve prejuízos, progressão da perda auditiva, etc. Durante a realização dessa etapa: • O paciente é reorientado quanto à manutenção e limpeza do aparelho, caso exista necessidade; • Solicita-se que o mesmo assine o protocolo (folha) do SUS; • Realiza-se a pesquisa do Handicap Auditivo através do questionário IHO; • O ajuste fino deverá ser realizado para atribuir novos ganhos; • Um novo ganho funcional também deverá acontecer. • Confecciona um novo molde , caso necessite; • Verifica-se a necessidade de uma nova áudio. Obs: O paciente adulto tem direito a um acompanhamento por ano, criança dois acompanhamentos. 5. Revisão A revisão ocorre quando o paciente comparece a clínica para trocar o molde ou trazer o aparelho para assistência técnica, ou seja, para verificar algum problema relacionada as partes estruturais e ou mecânicas do AASI– manutenção, troca de molde,tubinho etc. Ocorre num tempo inferior aos seis meses. Os procedimentos realizados vão depender exclusivamente da queixa do paciente. Procedimentos: • A revisão inclui a mudança de ganho e o período de aclimatização • Mudar a regulagem se tiver na aclimatização, mesmo sem queixa, e regular, caso contrário, não precisa, só se o paciente quiser. • Faz-se o ajuste fino; • Verifica a necessidade de um novo molde (tem direito a um); • Realiza o ganho funcional com e sem AASI; • Solicitar uma nova áudio (por um bilhete no questionário e olhar se não tem rolha de cera); • Verificar se o AASI está sujo, caso positivo, retornar as orientações sobre os cuidados com o aparelho; • Falar também sobre o uso das estratégias de comunicação; • Verificar se fez a áudio e a data de adaptação do AASI. Se o paciente estiver muito tempo adaptadoinvestigar melhor o caso; • Verificar se tem quebrado alguma peça no AASI, ver se o tubo molde está endurecido; • Ouvir o aparelho com um estetoscópio, ver se estar amplificando, se o som estar limpo ou com distorção (se o AASI for de perda profunda é muito alto); • Observar sempre com a pilha da clínica, nunca com a do paciente. Verificar se existe algum componente externo quebrado, ouvir a queixa do paciente; • Se falar que o aparelho estar baixo, verificar o móvel de aclimatização, ver se tem rolha, pilha, progressão da perda e ou limpeza do aparelho; • Muitas vezes o paciente não estar sabendo manusear, daí volta para a orientação para aprender a usá-lo; Se o paciente comparecer para revisão e foi adaptado mais de 6 meses, tem que assinar o acompanhamento dos SUS; Obs: A Phonak o sistema é automático - na Beltone os programas são: fala em silêncio, ruído e bobina telefônica - Windex não tem sistema de programa; Sowftare móvel da WINDEX IGA- Nessa tela, como já referido, informamos a áudio do paciente. Próximo passo é pressionar os botões ao lado correspondente as seguintes funções. ERRATA: Os botões abaixo descritos ficam tela acima, abaixo da palavra MODE, porém, um erro de operação gráfica resultou na não diagramação dos mesmos. AGE – Informamos a idade do paciente. Essa ferramenta pois implica em saber as características de ressonância da O.E. e o tamanho da mesma, relacionando os aspectos acústicos que divergem entre crianças e adultos. ABG – Informa ao sistema se existe GAP aéreo – ósseo. Caso exista algum GAP (perdas mistas e condutivas) é interessante clicar nesse botão para inserir uma quantidade de energia acústica necessária, caso não exista GAP, convenciona-se deixar os valores nulos. IGA - Vai para a janela na qual desenhamos a audiometria do paciente; MPO – Alterar a saída máxima do paciente; FB – último procedimento o qual nos fornece o feed-back acústico do aparelho. ( pressionando o botão IGA o aparelho exibirá a tela abaixo esquematizada) Essa é a tela do AGE – descrever nessa tela a idade do paciente. Ao lado temos um novo botão denominado Back que significa retornar para a tela anterior. AGB – caso existe presença de gap na configuração audiométrica do paciente, faz-se necessário colocar aqui o valor desse gap, e suas freqüências correspondentes. MPO – utilizado apenas quando existe a necessidade de mexer no sistema de Saída Máxima FB – tela cuja finalidade é verificar o Feed-Back acústico do aparelho. Prever a possibilidade de microfonismo do aparelho. Os valores representados no gráfico são as quantidades mínimas de Feed-back que deverão ser conseguida para cada faixa de freqüência – 15, 30, 35. Valores inferiores a esses refletem a necessidade de uma verificação no ambiente ou no próprio aparelho, pois a probabilidade de ocorrência de microfonia é muito alta.
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