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INSTALACOES RURAIS

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Capítulo 1
Instalações Rurais
Guiiti Shimizu página 09
______________________________________________________________________________
Capítulo 2
Saneamento Básico para Propriedades Rurais
Luciana S. e Souza página 43
______________________________________________________________________________
Capítulo 3
Lincenciamento Ambiental de Atividades Florestais
Milton Ivo Carnevali página 69
______________________________________________________________________________
Capítulo 4
Orientações para o Manejo de Áreas de Cultivos de Algodão no
Estado de Mato Grosso visando a Proteção Ambiental.
Antonio Brandt Vecchiato 
Eliana Freire Gaspar de Carvalho Dores 
Oscarlina Lúcia dos Santos Weber página 83
______________________________________________________________________________
 
Gilson Ferrúcio Pinesso¹
Na década de 70, no início das atividades de agricultura no cerrado brasileiro, haviam poucas informações 
sobre assuntos ambientais. A grande preocupação era ocupar, plantar e crescer. E assim também aconteceu a 
ocupação do cerrado de Mato Grosso. Antes uma terra sem valor e hoje com uma grande e pujante produção 
agrícola, mas também com seus problemas, muitos deles originados pela falta de conhecimento quando da 
ocupação. Outros pela falta de recursos e também pelo descaso de alguns proprietários e governos. Porém, o 
Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) entende que muito ainda pode ser feito ou corrigido, e com a im-
plementação do projeto de Diagnóstico Ambiental e Técnico o que se pretende é apresentar aos cotonicultores 
do Mato Grosso, dentre as atividades executadas por esses, algumas que podem ser melhoradas, de acordo 
com as legislações e pesquisas vigentes. Assim, o objetivo deste manual é para que o produtor tenha uma fonte 
de consulta adicional, a fim de que, se assim o quiser, possa se adequar às normas atuais.
 Entendemos que não se muda uma estrutura de uma sede de fazenda do dia para a noite, porque 
as dificuldades econômicas e técnicas devem ser levadas em conta, e isso cabe apenas ao proprietário decidir 
quando e como fazê-lo. Mas algumas têm certa emergência, pois são de maior gravidade com relação a riscos 
ao meio ambiente, e ações urgentes certamente evitarão que se tenham maiores custos com multas e outros 
aborrecimentos como paralisação de atividades em momento inoportuno. Mas outras ações, simples como 
o destino adequado do lixo, podem se iniciadas de imediato, sem elevado aumento de custo e com grandes 
vantagens para o meio ambiente. 
 Não se pretende, com as plantas e recomendações constantes neste manual, substituir o engenheiro 
ou qualquer profissional da área, que entendemos como fundamental, mas apresentar sugestões sobre as várias 
estruturas que estão exemplificadas, assim como, um resumo sobre legislação ambiental, e também algumas 
recomendações originadas de pesquisas executadas em Mato Grosso, e que certamente são importantes ob-
servar em uma propriedade agrícola.
 Ao se consultar as diversas fontes observou-se que muitas vezes as normas não são claras sobre como 
e onde deve-se construir uma ou outra estrutura. E quando existem, muitas vezes, são pouco didáticas. Assim, 
buscou-se profissionais atuantes nos diversos setores para desenvolver as sugestões constantes no manual, 
procurando sempre atender a realidade encontrada nas propriedades agrícolas.
 Esperamos que este manual tenha bom uso entre os produtores do Mato Grosso, e que, a despeito das di-
versas agruras do setor, possam continuar contribuindo cada vez melhor com o desenvolvimento do nosso Estado.
_______________________
¹Economista, Presidente do Instituto Mato-grossense do Algodão.
 
MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 9
Capítulo 1 
Instalações Rurais
Guiiti Shimizu1
1. Introdução
 
O capítulo 1 apresenta a infra-estrutura necessária em uma propriedade rural que deverá ser construída 
dentro das normas, e passar pela aprovação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SEMA/MT, que emitirá 
as licenças.
O decreto nº. 807 de 11 de outubro de 2007 dispõe sobre o prazo de validade das licenças ambientais.
A validade das licenças ambientais expedidas pela SEMA fica definida em observância aos seguintes 
prazos mínimos:
I - Licença prévia: mínimo de 3 (três) anos;
II - Licença de instalação: mínimo de 3 (três) anos;
III – Licença de operação: mínimo de 3 (três) anos;
IV – Licença ambiental única: mínimo de 8 (oito) anos;
V - Licença de operação provisória: mínimo de 3 (três) anos.
2. Áreas de vivência 
O empregador rural deve disponibilizar à seus funcionários as áreas de vivência, que são:
a) instalações sanitárias;
b) locais para refeição;
c) alojamentos, quando houver permanência de trabalhadores no estabelecimento nos períodos entre as jorna-
das de trabalho;
d) local adequado para preparo de alimentos (caso haja trabalhadores alojados);
e) lavanderias (caso haja trabalhadores alojados).
As áreas de vivência devem atender aos seguintes requisitos:
a) condições adequadas de conservação, asseio e higiene;
b) paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;
c) piso cimentado, de madeira ou de material equivalente;
d) cobertura que proteja contra as intempéries;
e) iluminação e ventilação adequadas.
_______________________
¹Engenheiro Civil e Economista; Especialista em Projetos de Viabilidade. Consultor, Rondonópolis/MT.
10 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL
3. Instalações sanitárias
As instalações sanitárias devem ser constituídas de:
a) lavatório na proporção de uma unidade para cada grupo de vinte trabalhadores ou fração;
b) vaso sanitário na proporção de uma unidade para cada grupo de vinte trabalhadores ou fração;
c) mictório na proporção de uma unidade para cada grupo de dez trabalhadores ou fração;
d) chuveiro na proporção de uma unidade para cada grupo de dez trabalhadores ou fração.
As instalações sanitárias devem:
a) ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser construídas de modo a manter o resguardo conveniente;
b) ser separadas por sexo;
c) estar situadas em locais de fácil e seguro acesso;
d) dispor de água limpa e papel higiênico;
e) estar ligadas a sistema de esgoto, fossa séptica ou sistema equivalente;
f ) possuir recipiente para coleta de lixo.
Você sabia? 
Nas frentes de trabalho devem ser disponibilizadas instalações sanitárias fixas ou móveis compostas de va-
sos sanitários e lavatórios, na proporção de um conjunto para cada grupo de quarenta trabalhadores ou fração.
4. Refeitórios
Os locais para refeição devem atender aos seguintes requisitos:
a) boas condições de higiene e conforto;
b) água limpa para higienização;
c) mesas com tampos lisos e laváveis e assentos em número suficiente;
d) água potável, em condições higiênicas;
e) depósitos de lixo, com tampas.
Os locais para preparo de refeições devem ser dotados de lavatórios, sistema de coleta de lixo e insta-
lações sanitárias exclusivas para o pessoal que manipula alimentos, e não podem ter ligação direta com os 
alojamentos. 
 Você sabia? 
Em todo estabelecimento rural deve haver local ou recipiente para a guarda e conservação de refeições, 
em condições higiênicas, independentemente do número de trabalhadores.
Nota do autor: a seguir desenhos ilustrativos para refeitório com capacidade para 40 pessoas.
Capítulo 1__________________________
MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 11
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Capítulo 1__________________________
12 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL
RIPA
VIGA DE MADEIRA 6X12 cm
CAIBRO DE 5X6 cm
FORRO DE PVC
FORRO DE PVC
COZINHA
INCLINAÇÃO 35%
COBERTURA DE TELHA DE BARRO
Balcão com tampos lisos e laváveis Porta de entrada
Piso e paredes de materiais laváveis Varanda com cobertura
VARANDA
CORTE AA
sem escala
Desenho 2. Modelo de refeitório com capacidade para 40 pessoas (Corte AA).
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
CAIBRO DE 5x6 cm
VIGA DE MADEIRA
RIPA
TESOURA DE MADEIRA FORRO DE PVC
REFEITÓRIO
6x12 cm
Local bem arejado
Local para o preparo dos alimentos
separado do refeitório, com piso e paredes
Balcão com tampos lisos e laváveis
Piso lavável
Instalações exclusivas, com
piso e paredes de materiais
CORTE BB
sem escala
Desenho 3. Modelo de refeitório com capacidade para 40 pessoas (Corte BB).
INCLINAÇÃO 35%
COBERTURA DE TELHA DE BARRO
BANH.
COZINHA
FORRO DE PVC
laváveis, e água limpa
de materiais laváveis
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
Capítulo 1__________________________
MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 13
Local com bastante ventilação
Varanda com cobertura para a proteção dos
trabalhadores contra mau tempo
ELEVAÇÃO
sem escala
Desenho 4. Modelo de refeitório com capacidade para 40 pessoas (Elevação).
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
COBERTURA
sem escala
Desenho 5. Modelo de refeitório com capacidade para 40 pessoas (Cobertura).
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
 
 5. Alojamentos
Os alojamentos devem:
a) ter camas com colchões, separadas por no mínimo um metro, sendo permitido o uso de beliches, limitados a 
duas camas na mesma vertical, com espaço livre mínimo de cento e dez centímetros acima do colchão;
b) ter armários individuais para guarda de objetos pessoais;
c) ter portas e janelas capazes de oferecer boas condições de vedação e segurança;
d) ter recipientes para coleta de lixo;
e) ser separados por sexo.
Nota do autor: a seguir desenhos ilustrativos para dois tipos de alojamentos para 32 lugares.
Capítulo 1__________________________
14 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL
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MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 15
FORRO DE PVC
QUARTO 5 QUARTO 7
FORRO DE PVC
CORTE AA
sem escala
Desenho 7. Modelo de alojamento com capacidade para 32 pessoas (Corte AA).
RIPA
VIGA DE MADEIRA 6X12 cm
CAIBRO DE 5X6 cm
INCLINAÇÃO 35%
COBERTURA DE TELHA DE BARRO
Porta de entrada para o banheiro
Porta com acesso à varanda com cobertura
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
QUARTO 2 QUARTO 5
ÁREA
FORRO DE PVC
CORTE BB
sem escala
Desenho 8. Modelo de alojamento com capacidade para 32 pessoas (Corte BB).
Local bem arejado
Janelas com boa Local em boas condições
higiênicas e água para higienizaçãovedação e segurança
VARAL
QUARTO 1
Boa ventilação e segurança
QUARTO 6
BANH. BANH. BANH. BANH.
VIGA DE MADEIRA
6x12 cm
INCLINAÇÃO 35%
COBERTURA DE TELHA DE BARRO
CAIBRO
RIPA
5x6 cm
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
Capítulo 1__________________________
16 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL
Janelas com boa vedação e segurança
Varanda com cobertura
ELEVAÇÃO C
sem escala
Desenho 9. Modelo de alojamento com capacidade para 32 pessoas (Elevação C).
Acesso ao banheiro
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
ELEVAÇÃO E
sem escala
Desenho 10. Modelo de alojamento com capacidade para 32 pessoas (Elevação E).
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
ELEVAÇÃO F
sem escala
Desenho 11. Modelos de alojamento com capacidade para 32 pessoas
(Elevações D e F).
ELEVAÇÃO D
sem escala
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
Capítulo 1__________________________
MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 17
COBERTURA
sem escala
Desenho 12. Modelo de alojamento com capacidade para 32 pessoas (Cobertura).
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
Você sabia?
O empregador deve fornecer roupas de cama adequadas às condições climáticas locais.
As camas poderão ser substituídas por redes, de acordo com o costume local, obedecendo o espaçamento 
mínimo de um metro entre as mesmas.
É de direito do empregador proibir a utilização de fogões, fogareiros ou similares no interior dos alojamentos.
Capítulo 1__________________________
18 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL
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MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 19
Capítulo 1__________________________
6. Lavanderias de EPI
As lavanderias devem ser instaladas em local coberto, ventilado e adequado para que os trabalhadores 
alojados possam cuidar das roupas de uso pessoal. Devem ser dotadas de tanques individuais ou coletivos e 
água limpa.
Para a limpeza e manutenção dos EPIs, recomenda-se:
• ser lavados separadamente das demais vestimentas e guardados corretamente, para assegurar maior vida útil;
• não utilizar alvejantes, pois poderá retirar a hidro-repelência das vestimentas;
• ser secos à sombra;
• fazer revisão periódica e substituir os EPIs danificados;
• antes de descartar e jogar no lixo as vestimentas do EPIs, lavá-las e rasgá-las para que outras pessoas não as utilizem.
Importante:
O empregador deve disponibilizar a água potável e fresca em quantidade suficiente nos locais de trabalho.
A água potável deve ser disponibilizada em condições higiênicas, sendo proibida a utilização de copos coletivos.
Nota do autor: a seguir fluxograma de entrada e saída dos trabalhadores na propriedade rural.
FLUXO DE ENTRADA
CHEGADA DOS
TRABALHADORES
Trocar por EPI limpo
SAÍDA PARA
TRABALHO
VESTIÁRIO
Trocar por uniforme
SAÍDA PARA
TRABALHO
VESTIÁRIO DE EPI
FLUXO DE SAÍDA:
CHEGADA DO
TRABALHO
Vindo das atividades
diárias
VESTIÁRIO
Deixar o uniforme e trocar
por vestuário deixado no
início da atividade
SAÍDA DO
TRABALHO
CHEGADA DO
TRABALHO
Vindo das atividades
diárias
RETIRADA DE EPI
Deixar o EPI para ser
lavado
BANHO
VESTIÁRIO
Colocar o vestuário
deixado no início da
atividade
LAVANDERIA DE
EPI
Lavar com sabão neutro,
secar à sombra e deixar
preparado para a jornada
seguinte
Nota do autor: a seguir desenhos ilustrativos para construção de uma lavanderia de EPI.
20 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL
Capítulo 1__________________________
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MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 21
roupa suja
Cesto de 
FORRO DE PVC
INCLINAÇÃO 35%
COBERTURA DE TELHA DE BARRO
LAVANDERIA ÁREA SUJA
Este cesto de roupa suja, por ser móvel, proporciona o isolamento de
pessoas que tiveram contato com produtos químicos à lavanderia,
local onde é feita a descontaminação das vestimentas
CORTE AA
sem escala
Desenho 15. Modelo de lavanderia de EPI com capacidade para 10 pessoas 
(Corte AA).
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
FORRO DE PVC
VARANDAÁREA LIMPA
CHUVEIRO
ÁREA SUJA
BANH.
CORTE BB
sem escala
Desenho 16. Modelo de lavanderia de EPI com capacidade para 10 pessoas 
(Corte BB).
RIPA
VIGA DE MADEIRA 6X12 cm
CAIBRO DE 5X6 cm
INCLINAÇÃO 35%
COBERTURA DE TELHA DE BARROLocal bem arejado
Varanda coberta
Chuveiro, na proporção de 1 p/ 10 trabalhadores
Mictórios,Vaso sanitário,
1 p/ 20 trabalhadores 1 p/ 10 trabalhadores
Pisos e paredes de
materiais laváveis
na proporção de na proporção de
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
Capítulo 1__________________________
22 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL
Desenho 17. Modelo de lavanderia de EPI com capacidade para 10 pessoas 
(Elevações C, D, E e F).
ELEVAÇÃO D
sem escala
ELEVAÇÃO C
sem escala
ELEVAÇÃO F
sem escala
ELEVAÇÃO E
sem escala
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
Desenho 18. Modelo de lavanderia de EPI com capacidade para 10 pessoas 
(Cobertura).
COBERTURA
sem escala
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
Capítulo 1__________________________
MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 23
Obs.: Para vaso sanitário, lavatório e chuveiro,
 máquina de lavar roupa
LAVANDERIA
PARA
Tanque de lavar roupa e 
SUMIDOURO
TAMPA DE VISITA
TAMPA DE CONCRETO
PEDRA BRITADA 1
CALCÁRIO OU CAL VIRGEM
CARVÃO VEGETAL
PEDRA IRREGULAR
Desenho 19. Modelo de sumidouro para lavanderia de EPI com capacidade 
para 10 pessoas (Planta Baixa, de Situação e Corte).
PLANTA DE SITUAÇÃO
sem escala
PLANTA BAIXA
sem escala
CORTE
sem escala
fazer um sumidouro com revestimento de tijolos
e tampa.
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
7. Moradias
Sempre que o empregador rural fornecer aos trabalhadores moradias familiares, estas deverão possuir:
a) capacidade dimensionada para uma família;
b) paredes construídas em alvenaria ou madeira;
c) pisos de material resistente e lavável;
d) condições sanitárias adequadas;
e) ventilação e iluminação suficientes;
f ) cobertura capaz de proporcionar proteção contra intempéries;
g) poço ou caixa de água protegido contra contaminação;
h) fossas sépticas, quando não houver rede de esgoto, afastadas da casa e do poço de água, em lugar livre de 
enchentes e a jusante do poço.
Capítulo 1__________________________
24 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL
Você sabia?
As moradias familiares devem ser construídas em local arejado e afastadas, no mínimo, cinqüenta metros 
de construções destinadas a outros fins.
É proibida, em qualquer hipótese, a moradia coletiva de famílias.
O empregador rural que tiver a seu serviço, nos limites de sua propriedade, mais de cinqüenta trabalhadores 
de qualquer natureza, com família, é obrigado a possuir e conservar em funcionamento escola primária, inteira-
mente gratuita para os menores dependentes, com tantas classes quantos sejam os grupos de quarenta crianças 
em idade escolar.
8. Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
Para fins da NR 31, considera-se:
a) trabalhadores em exposição direta, os que manipulam os agrotóxicos e produtos afins, em qualquer uma das 
etapas de armazenamento, transporte, preparo, aplicação, descarte, e descontaminação de equipamentos e 
vestimentas;
b) trabalhadores em exposição indireta, os que não manipulam diretamente os agrotóxicos, adjuvantes e produ-
tos afins, mas circulam e desempenham suas atividade de trabalho em áreas vizinhas aos locais onde se faz a 
manipulação dos agrotóxicos em qualquer uma das etapas de armazenamento, transporte, preparo, aplicação 
e descarte, e descontaminação de equipamentos e vestimentas, e ou ainda os que desempenham atividades 
de trabalho em áreas recém-tratadas.
É vedada a manipulação de quaisquer agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins:
a) que não estejam registrados e autorizados pelos órgãos governamentais competentes;
b) por menores de dezoito anos, maiores de sessenta anos e por gestantes;
c) nos ambientes de trabalho, em desacordo com a receita e as indicações do rótulo e bula, previstos em legis-
lação vigente.
O empregador rural deve afastar as gestantes das atividades com exposição direta ou indireta a agrotóxi-
cos imediatamente após ser informado da gestação.
É vedado o trabalho em áreas recém-tratadas, antes do término do intervalo de re-entrada estabelecido 
nos rótulos dos produtos, salvo com o uso de equipamento de proteção recomendado.
É vedada a entrada e permanência de qualquer pessoa na área a ser tratada durante a pulverização aérea.
O empregador rural deve fornecer instruções suficientes aos que manipulam agrotóxicos, adjuvantes e 
afins, e aos que desenvolvam qualquer atividade em áreas onde possa haver exposição direta ou indireta a esses 
produtos, garantindo os requisitos de segurança previstos na legislação vigente.
O empregador rural deve proporcionar um programa de capacitação sobre prevenção de acidentes com 
agrotóxicos a todos os trabalhadores expostos diretamente. Deve ser feita a partir de materiais escritos ou audio-
visuais e apresentado em linguagem adequada aos trabalhadores e assegurada a atualização de conhecimentos 
para os trabalhadores já capacitados.
Capítulo 1__________________________
MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 25
A capacitação prevista na NR 31 deve ser proporcionada aos trabalhadores em exposição direta mediante 
programa, com carga horária mínima de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas diárias, durante o 
expediente normal de trabalho, com o seguinte conteúdo mínimo:
a) conhecimento das formas de exposição direta e indireta aos agrotóxicos;
b) conhecimento de sinais e sintomas de intoxicação e medidas de primeiros socorros;
c) rotulagem e sinalização de segurança;
d) medidas higiênicas durante e após o trabalho;
e) uso de vestimentas e equipamentos de proteção pessoal;
f ) limpeza e manutenção das roupas, vestimentas e equipamentos de proteção pessoal.
O empregador rural deve adotar, no mínimo, as seguintes medidas: 
a) fornecer equipamentos de proteção individual e vestimentas adequadas aos riscos, que não propiciem 
desconforto térmico prejudicial ao trabalhador;
b) fornecer os equipamentos de proteção individual e vestimentas de trabalho em perfeitas condições de uso e 
devidamente higienizados, responsabilizando-se pela descontaminação dos mesmos ao final de cada jornada 
de trabalho, e substituindo-os sempre que necessário;
c) orientar quanto ao uso correto dos dispositivos de proteção;
d) disponibilizar um local adequado para a guarda da roupa de uso pessoal;
e) fornecer água, sabão e toalhas para higiene pessoal;
f ) garantir que nenhum dispositivo de proteção ou vestimenta contaminada seja levado para fora do ambiente 
de trabalho;
g) garantir que nenhum dispositivo ou vestimenta de proteção seja reutilizado antes da devida descontaminação;
h) vedar o uso de roupas pessoais quando da aplicação de agrotóxicos.
O empregador rural deve disponibilizar a todos os trabalhadores informações sobre o uso de agrotóxicos 
no estabelecimento, abordando os seguintes aspectos:
a) área tratada: descrição das características gerais da área da localização, e do tipo de aplicação a ser feita, in-
cluindo o equipamento a ser utilizado;
b) nome comercial do produto utilizado;
c) classificação toxicológica;
d) data e hora da aplicação;
e) intervalo de reentrada;
f ) intervalo de segurança/período de carência;
g) medidas de proteção necessárias aos trabalhadores em exposição direta e indireta;
h) medidas a serem adotadas em caso de intoxicação.
Os equipamentos de aplicação dos agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, devem ser:
a) mantidos em perfeito estado de conservação e funcionamento;
b) inspecionados antes de cada aplicação;
c) utilizados para a finalidade indicada;
d) operados dentro dos limites, especificações e orientações técnicas.
Capítulo 1__________________________
26 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL
Você sabia?
A conservação, manutenção, limpeza e utilização dos Equipamentos de Proteção Individual só poderão 
ser realizadas por pessoas previamente treinadas e protegidas.
9. Armazenamento de produtos fitossanitários
As edificações destinadas ao armazenamento de agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins devem:
a) ter paredes e cobertura resistentes;
b) ter acesso restrito aos trabalhadores devidamente capacitados a manusear os referidos produtos;
c) possuir ventilação, comunicando-se exclusivamente com o exterior e dotada de proteção que não permita o 
acesso de animais;
d) ter afixadas placas ou cartazes com símbolos de perigo;
e) estar situadas a mais de trinta metros das habitações e locais onde são conservados ou consumidos alimen-
tos, medicamentos ou outros materiais, e de fontes de água;
f ) possibilitar limpeza e descontaminação.
Recomendações básicas para o local de armazenamento:
a) as embalagens devem ser colocadas sobre estrados, evitando contato com o piso, com as pilhas estáveis e 
afastadas das paredes e do teto;
b) os produtos inflamáveis devem ser mantidos em local ventilado, protegido contra centelhas e outras fontes 
de combustão;
c) a distância mínima entre as edificações deve ser de 10 metros para facilitar a movimentação de veículos e 
ventilação;
d) o pé direito deve ter no mínimo 4 metros de altura, para otimizar a ventilação natural;
e) a largura mínima das aberturas de saída deve ser de 1,20 m e deve ser evitado o sentido de abertura das 
portas para o interior do armazém;
f ) as instalações elétricas devem ter aterramento dentro das normas de segurança com fiação embutida. Quadros 
de distribuição, tomadas e interruptores, devem ficar no lado externo do armazém. Quando isto não for possível, 
as instalações devem ser à prova de explosão. Quanto à iluminação, pode ser convencional desde que esteja 
acima de 2 metros do piso e seja mantida a uma distância mínima de 1 metro dos produtos;
g) deve ter sistema de alarme contra incêndio;
h) os escritórios, banheiros, cozinha e sala de café devem ser construídos fora do depósito ou isolados deste;
i) deve possuir vestiários com chuveiros e armários para os operadores.
j) o piso deve ser impermeável (concreto ou similar), polido e nivelado, que facilite a limpeza e não permita 
infiltração para o subsolo;
k) para uma maior circulação do ar no armazém, deixar um espaço livre de, no mínimo de 1 metro entre a parte 
mais alta dos produtos e o telhado, assim como 50 cm entre as mercadorias e as paredes.
Nota do autor: nas folhas 27 e 28, o exemplo do projeto do depósito de produtos fitossanitários.
 
Capítulo 1__________________________
MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 27
RAMPA
ÁREA DE DEPÓSITO
PISO CIMENTADO
 32,49 m²
ÁREA DE
PISO CIMENTADO
 2,27 m²
VESTIÁRIO
PISO CIMENTADO
5,18 m²
PROJEÇÃO DOS
EXAUSTORES EOLICOS
PROJEÇÃO DOS
EXAUSTORES EOLICOS
CALÇADA
3,20 m²
PISO CIMENTADO
VARANDA
PLANTA BAIXA
sem escala
Desenho 20. Modelo de depósito de produtos fitossanitários (Planta Baixa).
EMERGÊNCIA
RAMPA
Vestiário para a troca
emergência e lava-olhos,
com água em abundância
Parede com elemento vazado
de vestimentas
Porta com abertura para fora do armazém, para facilitar caso
para boa ventilação
haja uma emergência
Largura mínima de 1,20 metros
As embalagens devem ficar afastadas
das paredes 50 cm e do teto 1 m
Manter caixa de madeira contendo
areia, calcário e serragem, para uma
emergência com incêndios
Manter extintores de incêndios
Área com chuveiro de Colocar placas de sinalização de perigo com produtos químicosDeve estar sempre trancada
Devem ser colocadas sobre estrados
Instalações construídas
fora do depósito
Manter a distância de 10 metros de
outras edificações, para facilitar a
movimentação de veículos
e
ventilação
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
INCLINAÇÃO 6%
COBERTURA DE TELHA METÁLICA
EXAUSTOR EOLICO OU OUTROS
ESTRUTURA METÁLICA
DEPÓSITO
RAMPA DE CONCRETORAMPA DE CONCRETO
CORTE AA
sem escala
Desenho 21. Modelo de depósito de produtos fitossanitários (Corte AA).
Pé direito de 4 metros para melhorar a
ventilação natural
Instalações elétricas devem ter aterramento
Piso impermeável, polido e nivelado, para
facilitar a limpeza e impedir infiltração para o subsolo
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
Capítulo 1__________________________
28 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL
INCLINAÇÃO 6%
COBERTURA DE TELHA METÁLICA
EXAUSTOR EOLICO OU OUTROS
ELEMENTO VAZADO
INCLINAÇÃO 6%
COBERTURA DE TELHA METÁLICA
ESTRUTURA METÁLICA
LÂMPADA
DEPÓSITO
RAMPA DE CONCRETO
CORTE BB
sem escala
Desenho 22. Modelo de depósito de produtos fitossanitários (Corte BB).
Iluminação acima de 2 m do piso
e no mínimo 1 m dos produtos
VESTIÁRIO
Demais instalações fora do depósito de produtos
Quadros de distribuição, tomadas e
interruptores, devem ficar no lado
externo do armazém
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
Desenho 23. Modelo de depósito de produtos fitossanitários (Elevação e 
Cobertura).
ELEVAÇÃO
sem escala
COBERTURA
sem escala
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
Você sabia?
É vedada a armazenagem de agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins a céu aberto.
Capítulo 1__________________________
MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 29
10. Lavador de veículos, máquinas e equipamentos
Sistema de tratamento dos efluentes gerados na lavagem de veículos e máquinas agrícola
O lavador de veículos é composto de uma área pavimentada com inclinação para o centro onde possui 
uma canaleta com grelha para a coleta da água de lavagem dos veículos ou para canaletas nas bordas do piso. 
A água é então carreada para o sistema de tratamento. 
100 1200 100
1400
10
0
25
0
12
00
15
50
85
80
85
10
0
30
30
30
30
30
85
55
14
0
LAVADOR
ÁREA 217,00 m²
( 5 x 5 cm )
CANALETA EM "U"
( 5 x 5 cm )
CANALETA EM "U"
PLANTA BAIXA
sem escala
Desenho 24. Modelo de lavador de veículos (Planta Baixa).
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
Exemplo 1
sem escala Piso impermeável com dimensões
suficiente para abrigar veículos e equipamentosCaixa com grade (30 x 30 x 30 cm)
Capítulo 1__________________________
30 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL
Quando é executada a lavagem de equipamentos e veículos, onde o contaminante é apenas óleo mineral, 
a água é encaminhada para a caixa de areia onde é retido o material pesado como areia, terra e outros materiais e 
posteriormente passa por duas caixas de separação de água e óleo em série e por uma caixa de passagem antes 
de seguir para a infiltração no solo. A disposição dos efluentes será feita por meio de um sumidouro.
10.1 Dimensionamento do sistema de tratamento de efluentes
Sistema Separador Água/Óleo (SAO)
O sistema, na disposição de efluentes no solo, deve atender aos padrões estabelecidos. E quanto ao óleo 
retido no SAO deve ser observado o que estabelece a Resolução CONAMA 009/1993.
Dados necessários para o dimensionamento do sistema separador:
a) a velocidade de escoamento da caixa de areia (pré-estabelecida para a sedimentação de areia é em torno de 
0,30m/s +/- 20%);
b) o consumo médio de água adotado é de 0,05 m3/min;
c) a profundidade da caixa separadora de óleo deve ser de 0,40 m a 0,60 m;
d) o comprimento da caixa separadora de óleo deve ser de 2 a 3 vezes maior que a largura;
e) dispositivos de entrada/saída;
f ) a parte submersa da cortina de entrada deve ser de 1/4 a 1/5 da profundidade, e a parte submersa da cortina 
de saída deve ser de 1/1,2 a 1/1,5 da profundidade.
Aspectos construtivos:
a) a caixa separadora de óleo deve ser coberta por medida de segurança, com tampão ou grade, desde que seja 
facilmente removível, visando facilitar a limpeza periódica;
b) a altura do tubo de saída de inspeção deve ser adequada para atender a necessidade de desnível entre o 
ponto de lançamento e o corpo receptor, devendo a altura máxima do tubo, ser de no máximo 5 cm abaixo do 
tubo de entrada;
c) na parte lateral da caixa separadora de óleo (B), deve-se localizar um tubo de drenagem para remoção periódica 
da camada de óleo flutuante. Pode-se prever a construção de uma caixa para a coleta deste óleo, ou sua remoção 
por meio de balde;
d) o uso de uma cesta de palha, colocada na caixa de inspeção, auxilia a retenção de óleo que por ventura não 
tenha sido retido nas caixas separadoras de óleo A e B;
e) o óleo retido na caixa separadora de água e óleo será estocado em tambores e posteriormente encaminhado 
para empresas retificadoras.
Sugestão de dimensões do sistema de separação de água e óleo – SAO, conforme desenho 25.
Caixa de Areia:
Largura = L = 1,20 metros
Comprimento = C = 1,20 metros
Altura útil = HU = 0,60 metros
Altura total = HT = 1,00 metro
Capítulo 1__________________________
MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 31
Caixa Separadora A:
Largura = L = 1,00 metros
Comprimento = C = 1,20 metros
Altura útil = HU = 0,60 metros
Altura total = HT = 1,20 metros
Altura entrada = HE = 0,45 metros
Altura saída = HS = 0,30 metros
Caixa Separadora B:
Largura = L = 0,42 metros
Comprimento = C = 1,20 metros
Altura útil = HU = 0,40 metros
Altura total = HT = 1,00 metro
Altura entrada = HE = 0,30 metros
Altura saída = HS = 0,20 metros
Caixa de Passagem:
Largura = L = 1,00 metros
Comprimento = C = 0,60 metros
Altura total = HT = 1,00 metro
TUBO PVC 100 mm
40
60
30 4
0
60
20
DRENO DO ÓLEO
CAIXA DE AREIA
CAIXA CAIXA 
SEPARADORA A SEPARADORA B CAIXA DE
PASSAGEM
SUMIDOURO
CORTE
sem escala
Desenho 25. Modelo de separador de água/óleo (Planta e Corte).
45
60
30
DRENO DO ÓLEO
60
10
120
10
30
10
120 10 30
10
120
10
30
10
60
10
12
0
10
0 42 10
0
TUBO PVC 100 mm Ø100 mm Ø100 mm Ø100 mm Ø100 mm
DRENO DO ÓLEO
DRENO DO ÓLEO
PLANTA
sem escala
Armazenar o óleo retido e
encaminhar para recicladora
Caixa de retenção de areia e demais
sólidos. Efetuar a limpeza periódica
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
Capítulo 1__________________________
32 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL
Dimensionamento do sistema de disposição final dos efluentes
A disposição final do efluente será por meio de infiltração no solo em um dispositivo tipo sumidouro, em 
formato retangular, com paredes revestidas de tijolo maciço e intercaladas com espaços vazios. O fundo do sumi-
douro será revestido com quatro camadas de material, assim especificadas: a primeira camada (fundo) será de 
pedra irregular com espessura de 20,0 cm; a segunda camada, de igual espessura, composta de carvão vegetal; a 
terceira camada de 20 cm de calcário ou cal virgem; e a quarta camada será composta de brita nº. 01.
Área do fundo (Af ) = Vef./Ci = 2000 litros/90 litros/m2 = 22,22 m2 
Em que, Vef é o volume e Ci é a capacidade de infiltração do solo.
Considerando a altura do lençol onde será construído o sumidouro, adotou-se uma profundidade de 3,5 metros.
Dimensões do Sumidouro:
Altura = h = 3,5 metros
Largura = Comprimento = 2,52 metros
Camada de material de fundo = 0,80 metros
Pedra irregular = 0,20 metros
Carvão vegetal = 0,20 metros
Calcário ou cal virgem = 0,20 metros
Pedra britada nº. 01 = 0,20 metros
O piso do lavador deverá ser dimensionado em função dos tamanhos dos veículos e equipamentos a lavar.
20
20
20
20
27
0
10
36
0
TAMPA DE 
VISITA
TAMPA DE 
CONCRETO
BRITA 1
CALCÁRIO
CARVÃO
PEDRA
IRREGULAR
252
25
2
96 60 96
96
60
96
TAMPA DE 
VISITA
1025210
CORTE
sem escala
Desenho 26. Modelo de sumidouro para lavador de veículos (Planta e Corte).
PLANTA
sem escala
Dimensionar a profundidade
conforme o nível de lençol freático
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
Capítulo 1__________________________
MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 33
11. Bacia de contenção do tanque de combustível e abastecimento
Dimensões do tanque de óleo diesel:
Capacidade = 15.000 litros
Formato = cilíndrico
Disposição = aéreo/horizontal
Diâmetro = 1,90 metros
Comprimento = 5,40 metros
O sistema de contenção será composto por uma bacia de contenção com sistema de coleta de águas; 
caixa de areia; separador de água e óleo (SAO).
Dimensionamento da bacia de contenção:
Considerando um volume adicional de 10% da capacidade nominal de armazenamento, tem-se:
Volume nominal do Tq. = 15.000 litros
Volume adicional = 10% do volume nominal
Volume = 15.000 * 1,10 = 16.500 litros = 16,5 m3
Cálculo da bacia de contenção:
Tq. diesel = (5,40 + 3,0) * (1,90 + 2,0) = 32,76 m2
Área Total = 32,76 m2.
Cálculo da altura da mureta da bacia de contenção:
Volume total de combustível = 15,0 m3
Volume da bacia = 15,0 * 1,10 = 16,5 m³
Altura da bacia = 16,5 m3/ 32,76 m2 = 0,50 metros
Capítulo 1__________________________
34 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL
in
cl
. 1
%
in
cl
. 1
%
ALTURA DA BACIA = 0,50 m
incl. 1%in
cl
. 1
%
in
cl
. 1
%
incl. 1%
64817348632128
6
32
61
32
6
13
8
282
16
0
S
E
G
U
E
 P
/
C
A
IX
A
 D
E
 A
R
EI
A
ILHA DE ABASTECIMENTO
E DESCARGA
ÁREA 20,00 m²
TANQUE DE DIESEL
(5 x 5 cm)
CANALETA EM "U"
PLANTA BAIXA
sem escala
Desenho 27. Modelo de abastecimento (Planta Baixa).
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
CAP. 15.000 LITROS
Piso impermeável
Caixa com grade
(30 x 30 x 30 cm)
Bacia de contenção dimensionada
em função do volume do tanque de
armazenamento mais 10%
Cálculo da caixa de areia e separador de água e óleo:
Caixa de Areia
Comprimento = 1,00 metro
Largura = 0,70 metros
Altura útil = 0,60 metros
60
10
70
10
90
10
100
10
120 TAMPA DECONCRETO
TUBO PVC 100 mm TUBO PVC 100 mm
TUBO PVC 100 mm CAIXA SEPARADORA
ÁGUA E ÓLEO10
20
PLANTA
sem escala
Desenho 28. Modelo de caixa de areia (Planta e Corte).
CORTE
sem escala
Retenção de areia e demais sólidos
Efetuar a limpeza periódica
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
Caixa Separadora de Água e Óleo:
Será considerada a partir da área pavimentada e da intensidade de chuva incidente no piso da bacia de 
contenção e da ilha de carga e descarga de combustível.
Capítulo 1__________________________
MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 35
Onde:
Q = c*i*a*f
Sendo:
Q = vazão de contribuição
 c = coeficiente do piso = 1
 i = intensidade de chuva no período de 1 hora = 100 mm/hora
 a = área de drenagem = 52,76 m2
 f = 1
Q = 1*0,10 m/h*1*52,76 m2 = 5,28 m3/h = 1,46 l/seg
Q = 1,46 l/seg
Separador de Água e Óleo:
Adotando o tempo de detenção igual a 15 minutos, tem-se:
Td = 15 minutos
V = 5,28 m3/h/60 min * 15 min = 1,32 m3
V = A*h A = V/h = 1,32/1 = 1,32 m2
A = L*B onde L = 2B e H = 1,00 metro
A= 2B*B = 2B2
B = √ A/2 = √ 1,32/2 = 0,81 
L = 2*0,81 = 1,62 metros
Dimensões da Caixa Separadora de Água e Óleo:
Volume da caixa = 1,32 m3
Altura útil = 1,00 metro
Comprimento da câmara = 1,62 metros
Largura da caixa = 0,81 metros
CHICANA
CALHA DE INTERCEPTAÇÃO
DE ÓLEO
10 30 10 162 10 30 10
262
81
10
10
1
TUBO PVC 100 mm TUBO PVC 100 mm
GRADE DE 
FERRO
CALHA DE INTERCEPTAÇÃO
DE ÓLEO
CHICANA
CHICANA
NA DISPOSIÇÃO NO
TUBO PVC 100 mm
SOLO NATURAL
15 15
POÇO COLETA
DE ÓLEO
CHICANA
PLANTA
sem escala
Desenho 29. Modelo de caixa separadora de água/óleo (Planta e Corte).
CORTE
sem escala
10
0 8
0
40
Armazenar o óleo retido e
encaminhar para a recicladora
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
Capítulo 1__________________________
36 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL
A água que passa pelo separador de água e óleo é encaminhada para infiltração natural no solo.
Visando reter qualquer gotícula de óleo que por ventura possa passar pela caixa separadora é recomen-
dada a construção de uma caixa de passagem na saída do sistema onde é colocada uma camada de palha ou 
bagaço de cana seco visando a remoção desse material.
12. Bacia de contenção para óleos vegetais e óleo ultilizado
Segue o mesmo critério do item anterior.
13. Pátio de descontaminação das aeronaves agrícolas
Aspectos a serem considerados para a localização do pátio:
 • o nível do lençol freático não deve estar a menos de 1,5 metros da superfície;
 • deve haver distância mínima de duzentos e cinqüenta metros de mananciais hídricos.
O piso do pátio de descontaminação das aeronaves deve obedecer às seguintes especificações:
a) o tamanho do pátio de descontaminação será de acordo com as dimensões da aeronave, devendo ser acresci-
dos dois metros em relação à envergadura e dois metros em relação ao comprimento da aeronave, sendo que, 
no caso de uso de aeronaves de diferentes envergaduras, o pátio deverá estar dimensionado para a de maior 
tamanho; 
b) a pavimentação em concreto, do piso, banquetas, valetas e tampas, deverão seguir as seguintes especificações:
- deverão ser construídos de tal forma que suportem o peso de uma aeronave, recomenda-se o uso de con-
creto usinado preparado na proporção de duas partes de brita média, duas partes de areia fina e uma parte de 
cimento; o concreto utilizado deverá ter resistência à força de compressão (Fck) igual ou superior a vinte e cinco 
Mega Pascal (MPa), ou duzentos e cinqüenta quilograma força por centímetro quadrado (kgf/cm²), na proporção 
de quatrocentos e cinqüenta quilos de cimento por metro cúbico de concreto, com o objetivo de diminuir a 
porosidade do piso;
- para o piso, utilizar armação de ferro com bitola de seis milímetros formando uma trama de dez por dez 
centímetros, evitando fissuras causadas pela dilatação;
- a espessura do piso recomendada é de pelo menos dez centímetros, cuja finalidade principal é impedir a infil-
tração, sendo também suficiente para suportar carga e evitar rachaduras no pátio;
- a superfície deverá ser polida para reduzir a porosidade superficial, evitando a infiltração de calda remanescente;
- a declividade do piso do pátio deve ser de três por cento; 
- as juntas de dilatação devem ser preenchidas com cimento asfáltico de petróleo (CAP), viscosidade e penetração 
50-60.
 O sistema coletor do pátio de descontaminação da água de lavagem das aeronaves agrícolas deverá:
a) ser situado no meio do pátio, preferencialmente na projeção do hopper, reservatório da aeronave agrícola, 
onde são colocados os produtos a serem utilizados na operação aérea;
b) ser conduzido através de canaleta ou de caixa coletora por tubulação para o reservatório de decantação, pas-
sando pela caixa de inspeção; 
c) ter uma tubulação para o reservatório de decantação, dispondo de sistema de derivação da água das chuvas.
Capítulo 1__________________________
MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 37
O reservatório de decantação para recepção da água de lavagem proveniente da canaleta ou da caixa 
coletora deverá ser construído com dois tubos de concreto armado, com diâmetro de um metro e profundidade 
de dois metros, sendo que a base do poço será fechada com camada de concreto armado com espessura de dez 
centímetros e o cimento utilizado deverá ser padrão Fck 25 Mpa ou superior, perfeitamente alisado e recoberto 
com manta impermeabilizante e deve ser fechado com tampa de concreto.
PISO DE CONCRETO
CAIXA DE
BOMBA
1,5 HP
RESERVATÓRIO
AA
incl. 3% 
incl. 3%
PORTÃO
ARAME FARPADO MOURÃO DE CONCRETO
OBS: PÁTIO DE DESCONTAMINAÇÃO COM AS DIMENSÕES DA MAIOR AERONAVE
DEVE SER ACRESCIDO DOIS METROS EM RELAÇÃO À ENVERGADURA
E DOIS METROS EM RELAÇÃO AO COMPRIMENTO.
8,40
6,
30
1,
31
0,08
0,530,53 Ø0,63
1,05 2,10 1,05 1
,0
5
2,
63
1,
05
CAIXA DE 
PASSAGEM
PLANTA
sem escala
Desenho 30. Modelo de descontaminador de aeronaves agrícolas (Planta).
DESCONTAMINADOR
incl. 3%
incl. 3%
TELA MALHA 5x5 cm
1.000 LITROS
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
CX. DE 1.000 LITROS
BOMBA
1,5 HP
TUBO DE CONCRETO
ÁGUAS PLUVIAIS
CAIXA DE PASSAGEM
1 2
3
4
5GRELHA METÁLICA
CAIXA COLETORA
INCLINAÇÃO 3 %INCLINAÇÃO 3 % 6
ÁGUAS CONTAMINADAS
1. PÁTIO DE LAVAGEM
LEGENDA
2. CAIXA DE SEPARAR ÁGUA DA CHUVA COM LAVAGEM
3. RESERVATÓRIO DE DECANTAÇÃO
4. CONJUNTO MOTOBOMBA
5. RESERVATÓRIO DE OXIDAÇÃO
6. OZONIZADOR C/ CAPACIDADE MÍNIMA DE 1GR OZÔNIO/h
7. RESERVATÓRIO DE CONTENÇÃO E EVAPORAÇÃO
OBS: * O FUNDO DO RESERVATÓRIO DE DECANTAÇÃO (3) E
DEVEM SER IMPERMEABILIZADOS COM GEOMEMBRANA,
POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE (PEAD) DE UM MILÍMETRO
* O CONCRETO DEVERÁ SER FCK 25 MPa OU SUPERIOR NO
PÁTIO DE LAVAGEM (1) E NO FUNDO DO RESERVATÓRIO DE
* PLACAS DE PERIGO DEVEM SER COLOCADAS EM VOLTA
1,10 2,21 1,10
0,
66
0,06
0,55
1,
100,55 8,82
0,09
CORTE AA
sem escala
Desenho 31. Modelo de descontaminador de aeronaves agrícolas (Corte AA).
0,11
7
RESERVATÓRIO DE CONTENÇÃO E EVAPORAÇÃO (7)
DE ESPESSURA.
DECANTAÇÃO (3).
DA CERCA.
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
Capítulo 1__________________________
38 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL
O sistema de oxidação de agrotóxicos da água de lavagem das aeronaves agrícolas deverá conter:
a) sistema de bombeamento, para a retirada da água de lavagem das aeronaves do reservatório de decantação 
e enviada ao reservatório de oxidação;
b) ozonizador com capacidade mínima de produzir uma grama de ozônio por hora;
c) reservatório para oxidação com capacidade mínima de quinhentos litros, ser em Poli Cloreto de Vinila (PVC), 
para que não ocorra reação com o ozônio, ser redonda para facilitar a circulação da água de lavagem, com 
tampa para evitar contato com a água de lavagem;
d) canalizações em tubo PVC, para que não ocorra reação com o ozônio, e com diâmetro de cinqüenta 
milímetros.
O ozonizador previsto na alínea b, do inciso anterior, deverá funcionar por um período mínimo de seis 
horas, para cada carga de quatrocentos e cinqüenta litros de restos e sobras de agrotóxicos remanescentes da 
lavagem e limpeza das aeronaves e equipamentos.
Dentro do reservatório de oxidação, deverá ser instalada a saída do ozonizador, na sua parte inferior, 
para favorecer a circulação total e permanente da água de lavagem e com dreno de saída na parte superior do 
reservatório de oxidação.
O reservatório de retenção, solarização e de evaporação da água de lavagem das aeronaves agrícolas 
deverá ser:
a) devidamente impermeabilizado com gelmembrana, Polietileno de Alta Densidade (PEAD) de um milímetro de 
espessura, cercado, sinalizado e situado preferencialmente em local com distância mínima de duzentos e cin-
qüenta metros de mananciais hídricos, e distantes de árvores para facilitar a solarização, gerando um aumento da 
degradação via fotólise do material que tenha ficado retido no fundo do tanque;
b) aberto ou com cobertura, e deverá possuir as dimensões, em função do número de aeronaves.
Na escolha do tipo coberto, cuja função é evitar o acúmulo de água das chuvas, a estrutura do telhado 
será com pé-direito de um metro e a cobertura terá sua parte externa pintada da cor preta, com objetivo de au-
mentar as temperaturas internas do tanque e do efluente ali retido, potencializando sua evaporação, ficando 
vedada a utilização de telhas de amianto.
Ao redor do reservatório de retenção, deverá ser construída uma proteção para evitar a entrada de água 
por escorrimento superficial.
O sistema de segurança do reservatório de retenção e evaporação deverá conter obrigatoriamente placas 
indicativas, em locais visíveis, com o símbolo internacional que represente produtos tóxicos e perigo. Conforme 
o Art. 7º. da Instrução Normativa nº. 2, de 03 de janeiro de 2008 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
tecimento.
Qualquer alteração na construção do pátio de descontaminação e no seu sistema de descontaminação 
das aeronaves deverá ser previamente aprovada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
(MAPA).
Obs: O projeto normatizado pelo MAPA prevê reservatório de contenção e evaporação com a cobertura e sem.
Capítulo 1__________________________
MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 39
1,
50
 m
2,00 m
2,00 m 2,00 m2,00 m
4,
00
 m
2,
00
 m
2,
00
 m
2,00 m2,00 m
PORTÃO
ARAME FARPADO
TELA MALHA 5 x 5 cm
MOURÃO DE CONCRETO
1,
00
0,50
0,
50
0,
20
CORTE AA
sem escala
Desenho 32. Modelo de reservatório de contenção e evaporação com 
cobertura (Planta e Corte AA).
Telha metálica (inclinação 6%)
(obs.: pintada externamente de preto)
PLANTA
sem escala
Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações.
Capítulo 1__________________________
40 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL
Referências
Decreto nº. 807 de 11/10/2007.
Resolução CONAMA 009/1993.
Resolução CONAMA 273/2000.
BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT, NBR 17505. Armazenamento de Líquidos Inflamáveis 
e Combustíveis.
BRASIL. Associação Nacional de Defesa Vegetal. Manual de usos correto e seguro de produtos fitossanitários 
agrotóxicos.
BRASIL. Associação Nacional de Defesa Vegetal. Manual de armazenamento de produtos fitossanitários.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº. 2, de 03/01/2008.
NR 31 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicul-
tura, Exploração Florestal e Aqüicultura.
NR 20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis.
NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão.
Capítulo 1__________________________
MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 43
Capítulo 2
Saneamento Básico para Propriedades Rurais
Luciana S. e Souza1
1. Apresentação
Saneamento básico é o conjunto de ações sócio-econômicas que têm por objetivo alcançar níveis de 
salubridade ambiental, por meio de abastecimento de água, coleta e disposição de resíduos sólidos e esgotos 
com a finalidade de proteger e melhorar as condições de vida e preservar o meio ambiente.
Este manual divulga, com base na legislação, alguns procedimentos adotados para a implementação do 
saneamento básico em propriedade rural.
2. Captação e abastecimento de água
O abastecimento de água potável para consumo humano é essencial para a saúde humana. A solução 
mais adequada é oferecida pelos sistemas públicos devido a aspectos funcionais, técnicos e econômicos.
Em zonas rurais existe um grande número de habitações não alcançadas pelo sistema público urbano e por 
isso são abastecidas por sistemas individuais em que o ônus do suprimento recai sobre o dono da propriedade.
Os sistemas individuais compreendem soluções isoladas, de pequena capacidade e geralmente consis-
tem no aproveitamento de água de poços, águas superficiais e águas de chuva. Na maioria dos casos a água é 
fornecida por poços comuns.
 Você sabia?
 Que mais de 97% da água que cobre o globo é demasiado salgada para beber ou para sustentar os 
frágeis ecossistemas dependentes da água doce, que representa apenas uns escassos 2,5%?
2.1 Escolha do manancial
A escolha do manancial se constitui
na decisão mais importante na implantação de um sistema de abas-
tecimento de água, seja ele de caráter individual ou coletivo.
Havendo mais de uma opção, sua definição deverá levar em conta, além da predisposição da comuni-
dade em aceitar as águas do manancial a ser adotado, os seguintes critérios:
• Previamente é indispensável a realização de análises de componentes orgânicos, inorgânicos e bacteriológi-
cos das águas do manancial, para verificação dos teores de substâncias prejudiciais, limitados pela resolução nº 
20 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA);
______________________________________
1Engenheira Sanitarista, Drª Engenharia Ambiental. Professora da Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá/MT.
44 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL
• Vazão mínima do manancial necessária para atender a demanda por um determinado período de anos;
• Mananciais que dispensam tratamento inclui em águas subterrâneas não sujeitas a qualquer possibilidade de 
contaminação;
• Mananciais que exigem apenas desinfecção: inclui em águas subterrâneas e certas águas de superfície bem 
protegidas, sujeitas a baixo grau de contaminação;
• Mananciais que exigem tratamento simplificado: compreendem as águas de mananciais protegidos, com 
baixos teores de cor e turbidez, sujeitas apenas a filtração lenta e desinfeção;
• Mananciais que exigem tratamento convencional: compreendem basicamente as águas de superfície, com tur-
bidez elevada, que requerem tratamento com coagulação, floculação, decantação, filtração e desinfecção.
2.2 Formas de captação da água
As formas de captação da água podem ser em função do manancial, podendo ser utilizadas superfície 
de coleta (água de chuva); caixa de tomada (nascente de encosta); galeria filtrante (fundo de vales); poço raso 
(lençol freático); poço tubular profundo (lençol subterrâneo) e tomada direta de rios, lagos e açudes (mananciais 
de superfície). A Figura 1 ilustra as formas de captação da água.
Figura 1. Formas de captação da água.
Capítulo 2__________________________
MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 45
 2.3 Captação de água subterrânea por poço
As águas subterrâneas são consideradas as águas que ocorrem naturalmente ou artificialmente no sub-
solo, compreendendo os lençóis freático e profundo, susceptíveis de extração e utilização pelo homem, tendo sua 
captação feita através de poços rasos ou profundos, galerias de infiltração ou pelo aproveitamento das nascentes. 
É obrigatória a obtenção da licença da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA) para obras de 
captação de água subterrânea, com profundidade superior a 50 metros e diâmetro a partir de 4 polegadas, 
podendo ser renovável a cada 5 anos.
O uso das águas subterrâneas estaduais dependerá da autorização administrativa da SEMA. Para a licença, 
serão necessárias análises de qualidade de água com no mínimo os seguintes parâmetros: pH, condutividade 
elétrica, temperatura da água, coliformes fecais e totais, turbidez, dureza total, alcalinidade total, Sólidos Totais 
dissolvidos (STD), Nitrato (NO3), Cloreto (Cl) e Ferro Total (Fe).
Os poços e outras obras de captação de águas subterrâneas deverão ser dotados de dispositivos que 
permitam a coleta de água na boca do poço e medida do nível da água. A Figura 2 ilustra a construção de um 
poço para captação de água.
 
Figura 2. Poço para captação de água.
Capítulo 2__________________________
46 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL
2.3.1 Principais cuidados com a instalação de poços
• Esses poços não devem ser executados em áreas sujeitas a inundação;
• Devem estar distantes de fontes de contaminação, 15 m para privadas higiênicas ou fossas sépticas e 45 m 
para fossas negras;
• Os terrenos calcários, fendilhados ou muito porosos devem ser evitados ou considerados perigosos;
• Construir o poço em nível mais alto que os focos de contaminação;
• Evitar os locais sujeitos a inundações e dar preferência àqueles de fácil acesso aos usuários;
• Em certos tipos de terrenos que possuem fendas no solo, o risco de contaminação do lençol é maior;
• Os poços devem ser protegidos por cobertura ou por plataforma impermeável, de concreto, com dimensões 
superiores as do diâmetro do poço. A proteção contra infiltração de águas superficiais e subsuperficiais, por meio 
das paredes deve ser assegurada por um revestimento impermeável com 3 metros ou mais de profundidade;
• Os dispositivos para retirada de água dos poços devem ser capazes de impedir a contaminação da água;
• Depois de construídos ou reparados de poços deve ser submetidos a desinfecção.
2.3.2. Principais cuidados com a locação dos poços
 A construção do poço só será viável se houver indícios de água subterrânea na área pretendida e pos-
sibilidade de ser atingido o lençol.
As referidas condições poderão ser determinadas por meio de métodos científicos e emprego de tecnologia 
apropriada. Na área rural, entretanto, e para o tipo de poço em questão, bons resultados serão obtidos através 
de algumas indicações de ordem prática aliadas à experiência dos moradores da área. Algumas observações 
podem ser feitas antes de se determinar a locação do poço, por exemplo:
(a) Verificar se há poços escavados na área, sua profundidade, quantidade e características da água fornecida;
(b) Obter informação com os moradores da comunidade e do poceiro local sobre o tipo de solo;
(c) Verificar a profundidade do lençol, qual a variação da quantidade de água nas épocas de seca e de chuva;
(d) Verificar se o terreno é fácil de perfurar, saber se o solo é argiloso ou arenoso, ou pode-se recorrer à sondagem;
(e) Observar que as águas subterrâneas normalmente correm em direção aos rios e lagos e perpendicularmente 
a eles. Geralmente seguem a mesma disposição da topografia do terreno. Contudo, há exceções, razão pela 
qual é conveniente conhecer os níveis da água nos diversos poços da área; certos vegetais, como a carnaúba, 
seguem o rastro da água e são, assim, indicadores de mananciais subterrâneos
2.3.3. Principais cuidados com a construção de poços
 A época adequada para escavação do poço é no período de estiagem, pois no tempo chuvoso os tra-
balhos tornam-se muito difíceis e até mesmo inviáveis.
 Durante a construção, todo cuidado de segurança deve ser tomado por aquele que estiver trabalhando 
no poço; não se deve penetrar no seu interior, sem ter meios de escape e sem a estabilidade das paredes.
 A escavação poderá ser manual usando-se ferramentas comuns: picareta, cavadeira, enxadão, etc. ou, 
também, através de trados, se o tipo de terreno for favorável.
 O poço deverá ter o formato cilíndrico, com diâmetro mínimo de 90 centímetros. A profundidade 
será a necessária para atingir o lençol freático, porém, não inferior a três metros, que é a altura mínima do 
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MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 47
revestimento de proteção.
 Nos terrenos frágeis, é necessário revestir toda a parede do poço, a fim de evitar o seu desmoronamento. 
 Pode-se utilizar o revestimento do poço com manilhões de concreto assentados na boca do poço, um 
de cada vez. A medida que se for escavando por dentro deles, irão descendo por conta do próprio peso.
 Uma vez atingido o lençol, recomenda-se aprofundar a escavação dentro dele, a fim de obter seu melhor 
aproveitamento. Para facilitar esta tarefa, pode-se fazer o esgotamento da água com bombas a motor ou manuais.
 Há terrenos firmes, não sujeitos a desmoronamentos, que dispensam o revestimento do poço. Mesmo 
assim, deverá ser feito, pelo menos, até três metros de altura, para possibilitar a proteção sanitária.
 Para o poço deve-se prever a proteção que tem a finalidade de dar segurança à sua estrutura e, princi-
palmente, evitar a contaminação da água. Alguns cuidados para a proteção do poço são:
• Impermeabilizar a parede até a altura mínima
de três metros e construir uma calçada de concreto em volta da 
boca do poço de largura 1 metro;
• Construir uma caixa sobre a boca do poço de concreto ou alvenaria de tijolos. A referida caixa poderá ser construída, 
fazendo-se o prolongamento externo da parede de revestimento do poço. Deverá ter altura entre 50 e 80 centímetros, 
a partir da superfície do solo;
• Fechar a caixa da boca do poço com cobertura de concreto ou de madeira, deixando abertura de inspeção 
com tampa de encaixe.
2.4 Captação de água superficial
Água superficial para captação é toda parte de um manancial que escoa na superfície terrestre, compreenden-
do os córregos, ribeirões, rios, lagos e reservatórios artificiais, os seguintes critérios devem ser considerados:
• A captação deve ser localizada em trecho reto ou próximo à margem externa do curso de água;
• Devem ser reduzidas ao mínimo as alterações no curso de água como conseqüência da implantação da obra, 
em face de possibilidade de erosão ou assoreamento;
• O projeto deve prever acesso permanente à captação;
• O nível de água nos períodos de estiagem e enchente devem ser considerados;
• Estudo do monitoramento da bacia, para localização de fontes poluidoras em potencial.
 
 3. Coleta e disposição dos resíduos sólidos domiciliares
Os resíduos sólidos - comumente denominados lixo - são materiais dos mais diversos tipos (inertes, minerais, 
orgânicos) resultantes das atividades humanas e da natureza, como folhas, galhos, terra, areia, os quais podem ser 
parcialmente utilizados, gerando proteção à saúde pública e economia de recursos naturais.
3.1 Problemas gerados pela disposição inadequada dos resíduos sólidos
Quando não tratados devidamente, os resíduos sólidos podem gerar problemas:
• Sanitários: os resíduos sólidos favorecem a proliferação de vetores (animais de pequeno ou grande porte que 
podem transmitir doenças à população) e roedores; poluição dos rios, lagos e águas subterrâneas, causando as-
soreamento, alta turbidez, variação da temperatura, quebra do ciclo vital das espécies, o que pode ocasionar o 
desaparecimento das formas de vida aquática; poluição biológica dos corpos d’água (contaminação); produção 
de chorume; maus odores e poluição do ar;
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48 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL
• Econômicos;
• Estéticos: modificação da paisagem – poluição visual.
3.2 Medidas para minimização dos problemas: Gestão de resíduos sólidos
As medidas tomadas para a solução adequada do problema dos resíduos sólidos têm, sob o ponto de 
vista sanitário, o objetivo de prevenir e controlar doenças a eles relacionadas. Visa também o bem-estar da popu-
lação, ocasionado por uma comunidade limpa.
Você Sabia? 
Além dos fatores acima citados, a correta gestão dos resíduos tem também importância sócio-econômica, 
pela possibilidade de reutilização (reciclagem), produção de composto orgânico e/ou produção de ração ani-
mal, de modo que a solução do problema constitui ganho para a comunidade. 
Nota do IMA: 
O produtor deve avaliar o custo-benefício em se construir um depósito de resíduos sólidos na proprie-
dade ou levá-lo diretamente ao aterro sanitário mais próximo, pois o acompanhamento profissional em aterros 
sanitários será mais freqüente, além de que é melhor para a preservação do meio ambiente, utilizar aterros 
sanitários ao invés de vários depósitos de resíduos sólidos nas propriedades.
Deve-se separar os materiais recicláveis e aproveitar os materiais orgânicos.
3.2.1 Acondicionamento, coleta e transporte dos resíduos sólidos
A correta gestão dos resíduos sólidos deve conter as etapas de acondicionamento, coleta, e transporte 
dos resíduos.
Acondicionamento
O acondicionamento é de responsabilidade da população. Inadequado ou impróprio oferece os meios 
para proliferação principalmente de moscas, ratos e baratas.
O acondicionamento de resíduos domiciliares pode ser feito em recipiente plástico, metálico de borracha 
ou em saco plástico.
Coleta
A coleta representa cerca de 50 à 80% do custo de operação de limpeza pública.
De um modo geral a coleta e transporte devem garantir que toda a população em questão seja atendida e que ten-
ha regularidade da coleta (periodicidade, freqüência e horário) de modo a se adequar às necessidades da comunidade.
Os tipos de coletores são: carroça de tração animal, caçamba tipo basculante, caminhão compactador, 
carreta/trator, entre outros.
Em pequenas comunidades ou comunidades rurais, para minimizar o custo com coleta, pode-se utilizar 
as estações de transferência ou de transbordo.
As estações de transferência servem para reduzir o percurso dos transportes coletores, resultando em 
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MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 49
economia significativa com o transporte. São espaços físicos para armazenamento temporários dos resíduos, 
antes que estes sejam conduzidos ao seu destino final (aterro controlado ou aterro sanitário).
Nas estações de transferência a armazenagem pode ser feita com fosso de acumulação ou sem fosso, 
porém é importante que seja feita em local com boa impermeabilização do solo (por exemplo, solo recoberto 
por argila e bem compactado) e de preferência, coberta.
Transporte
O transporte dos resíduos pode ser feito em duas etapas:
• Da propriedade rural para a estação de transferência, de responsabilidade de cada produtor. Podendo ser 
utilizados tratores com carretas acopladas ou veículos de tração animal;
• Da estação de transferência para o destino final, de responsabilidade de toda a comunidade ou município.
3.2.2 Redução, reutilização e reciclagem – Os 3 Rs
• Redução por compactação: Redução mecânica por compactação do volume do lixo produzido, geralmente 
efetuado no local do destino final.
Redução da produção que é uma das formas de se tentar reduzir a quantidade dos resíduos sólidos gerada 
combatendo o desperdício de produtos, energia e de alimento. 
• Reutilização: Existem inúmeras formas de reutilizar os objetos, até por motivos econômicos; como exemplo, 
escrever nos dois lados da folha de papel, usar embalagens retornáveis e reaproveitáveis e reaproveitar embala-
gens descartáveis para outros fins.
• Reciclagem: É uma série de atividades e processos, industriais ou não, que permitem separar, recuperar e 
transformar os materiais recicláveis componentes dos resíduos sólidos urbanos. Essas atividades têm duas impor-
tantes funções: reduzir os resíduos para disposição final e reintroduzir os resíduos no ciclo produtivo.
A primeira etapa da reciclagem é a separação e classificação dos diversos tipos de materiais, que devem ser 
separados, no mínimo, em lixo úmido e secar para posteriormente serem reciclados segundo sua classificação:
 - Lixo úmido ou matéria orgânica: destinado à compostagem;
 - Lixo seco (inerte): destinados às usinas de reciclagem.
Tabela 1. Nível mínimo de separação dos resíduos sólidos.
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50 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL
3.2.3 Compostagem
A compostagem é o processo de transformação dos resíduos orgânicos (restos de alimentos, cascas de 
frutas e legumes, folhas, gramas, gravetos, estrume, etc) em materiais orgânicos utilizáveis na agricultura. Este 
processo envolve transformações extremamente complexas de natureza bioquímica, promovidas por milhões 
de microorganismos do solo que têm na matéria orgânica “in natura” sua fonte de energia, nutrientes minerais 
e carbono.
Por essa razão, uma pilha de composto não é apenas um monte de lixo orgânico empilhado ou acondi-
cionado em um compartimento. É um modo de fornecer as condições adequadas aos microorganismos para 
que esses degradem a matéria orgânica e disponibilizem nutrientes para as plantas.
O processo é de grande importância na redução do volume do lixo do país, levando-se em conta que

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