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Capítulo 1 Instalações Rurais Guiiti Shimizu página 09 ______________________________________________________________________________ Capítulo 2 Saneamento Básico para Propriedades Rurais Luciana S. e Souza página 43 ______________________________________________________________________________ Capítulo 3 Lincenciamento Ambiental de Atividades Florestais Milton Ivo Carnevali página 69 ______________________________________________________________________________ Capítulo 4 Orientações para o Manejo de Áreas de Cultivos de Algodão no Estado de Mato Grosso visando a Proteção Ambiental. Antonio Brandt Vecchiato Eliana Freire Gaspar de Carvalho Dores Oscarlina Lúcia dos Santos Weber página 83 ______________________________________________________________________________ Gilson Ferrúcio Pinesso¹ Na década de 70, no início das atividades de agricultura no cerrado brasileiro, haviam poucas informações sobre assuntos ambientais. A grande preocupação era ocupar, plantar e crescer. E assim também aconteceu a ocupação do cerrado de Mato Grosso. Antes uma terra sem valor e hoje com uma grande e pujante produção agrícola, mas também com seus problemas, muitos deles originados pela falta de conhecimento quando da ocupação. Outros pela falta de recursos e também pelo descaso de alguns proprietários e governos. Porém, o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) entende que muito ainda pode ser feito ou corrigido, e com a im- plementação do projeto de Diagnóstico Ambiental e Técnico o que se pretende é apresentar aos cotonicultores do Mato Grosso, dentre as atividades executadas por esses, algumas que podem ser melhoradas, de acordo com as legislações e pesquisas vigentes. Assim, o objetivo deste manual é para que o produtor tenha uma fonte de consulta adicional, a fim de que, se assim o quiser, possa se adequar às normas atuais. Entendemos que não se muda uma estrutura de uma sede de fazenda do dia para a noite, porque as dificuldades econômicas e técnicas devem ser levadas em conta, e isso cabe apenas ao proprietário decidir quando e como fazê-lo. Mas algumas têm certa emergência, pois são de maior gravidade com relação a riscos ao meio ambiente, e ações urgentes certamente evitarão que se tenham maiores custos com multas e outros aborrecimentos como paralisação de atividades em momento inoportuno. Mas outras ações, simples como o destino adequado do lixo, podem se iniciadas de imediato, sem elevado aumento de custo e com grandes vantagens para o meio ambiente. Não se pretende, com as plantas e recomendações constantes neste manual, substituir o engenheiro ou qualquer profissional da área, que entendemos como fundamental, mas apresentar sugestões sobre as várias estruturas que estão exemplificadas, assim como, um resumo sobre legislação ambiental, e também algumas recomendações originadas de pesquisas executadas em Mato Grosso, e que certamente são importantes ob- servar em uma propriedade agrícola. Ao se consultar as diversas fontes observou-se que muitas vezes as normas não são claras sobre como e onde deve-se construir uma ou outra estrutura. E quando existem, muitas vezes, são pouco didáticas. Assim, buscou-se profissionais atuantes nos diversos setores para desenvolver as sugestões constantes no manual, procurando sempre atender a realidade encontrada nas propriedades agrícolas. Esperamos que este manual tenha bom uso entre os produtores do Mato Grosso, e que, a despeito das di- versas agruras do setor, possam continuar contribuindo cada vez melhor com o desenvolvimento do nosso Estado. _______________________ ¹Economista, Presidente do Instituto Mato-grossense do Algodão. MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 9 Capítulo 1 Instalações Rurais Guiiti Shimizu1 1. Introdução O capítulo 1 apresenta a infra-estrutura necessária em uma propriedade rural que deverá ser construída dentro das normas, e passar pela aprovação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SEMA/MT, que emitirá as licenças. O decreto nº. 807 de 11 de outubro de 2007 dispõe sobre o prazo de validade das licenças ambientais. A validade das licenças ambientais expedidas pela SEMA fica definida em observância aos seguintes prazos mínimos: I - Licença prévia: mínimo de 3 (três) anos; II - Licença de instalação: mínimo de 3 (três) anos; III – Licença de operação: mínimo de 3 (três) anos; IV – Licença ambiental única: mínimo de 8 (oito) anos; V - Licença de operação provisória: mínimo de 3 (três) anos. 2. Áreas de vivência O empregador rural deve disponibilizar à seus funcionários as áreas de vivência, que são: a) instalações sanitárias; b) locais para refeição; c) alojamentos, quando houver permanência de trabalhadores no estabelecimento nos períodos entre as jorna- das de trabalho; d) local adequado para preparo de alimentos (caso haja trabalhadores alojados); e) lavanderias (caso haja trabalhadores alojados). As áreas de vivência devem atender aos seguintes requisitos: a) condições adequadas de conservação, asseio e higiene; b) paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente; c) piso cimentado, de madeira ou de material equivalente; d) cobertura que proteja contra as intempéries; e) iluminação e ventilação adequadas. _______________________ ¹Engenheiro Civil e Economista; Especialista em Projetos de Viabilidade. Consultor, Rondonópolis/MT. 10 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 3. Instalações sanitárias As instalações sanitárias devem ser constituídas de: a) lavatório na proporção de uma unidade para cada grupo de vinte trabalhadores ou fração; b) vaso sanitário na proporção de uma unidade para cada grupo de vinte trabalhadores ou fração; c) mictório na proporção de uma unidade para cada grupo de dez trabalhadores ou fração; d) chuveiro na proporção de uma unidade para cada grupo de dez trabalhadores ou fração. As instalações sanitárias devem: a) ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser construídas de modo a manter o resguardo conveniente; b) ser separadas por sexo; c) estar situadas em locais de fácil e seguro acesso; d) dispor de água limpa e papel higiênico; e) estar ligadas a sistema de esgoto, fossa séptica ou sistema equivalente; f ) possuir recipiente para coleta de lixo. Você sabia? Nas frentes de trabalho devem ser disponibilizadas instalações sanitárias fixas ou móveis compostas de va- sos sanitários e lavatórios, na proporção de um conjunto para cada grupo de quarenta trabalhadores ou fração. 4. Refeitórios Os locais para refeição devem atender aos seguintes requisitos: a) boas condições de higiene e conforto; b) água limpa para higienização; c) mesas com tampos lisos e laváveis e assentos em número suficiente; d) água potável, em condições higiênicas; e) depósitos de lixo, com tampas. Os locais para preparo de refeições devem ser dotados de lavatórios, sistema de coleta de lixo e insta- lações sanitárias exclusivas para o pessoal que manipula alimentos, e não podem ter ligação direta com os alojamentos. Você sabia? Em todo estabelecimento rural deve haver local ou recipiente para a guarda e conservação de refeições, em condições higiênicas, independentemente do número de trabalhadores. Nota do autor: a seguir desenhos ilustrativos para refeitório com capacidade para 40 pessoas. Capítulo 1__________________________ MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 11 2 1, 19 0 m ² P IS O C E R ÂM IC O C O ZI N H A 7 ,2 55 m ² P IS O C E R ÂM IC O V AR A N D A 6 3, 21 0 m ² P IS O C E R ÂM IC O R EF EI TÓ R IO 8 ,7 20 m ² P IS O C E R ÂM IC O V AR A N D A LA V AB O P IS O C E R ÂM IC O 3, 45 5 m ² B AN H . P IS O C E R ÂM IC O 2 ,4 00 m ² D ES PE N SA P IS O C E R ÂM IC O 4 ,4 25 m ² B AN H . P IS O C E R ÂM IC O 3 ,5 40 m ² M es as c om ta m po s lis os e la vá ve is O lo ca l d ev e te r c ap ac id ad e La va tó rio s e in st al aç õe s La va tó rio s, s is te m a de c ol et a de li xo e in st al aç õe s sa ni tá ria s ex cl us iv as p ar a o pe ss oa l q ue m an ip ul a al im en to s sa ni tá ria s pa ra o s tra ba lh ad or es Á re a de e nt ra da Á re a co m c ob er tu ra p ar a a pr ot eç ão d os A ss en to s em q ua nt id ad e su fic ie nt e pa ra a te nd er a to do s os tr ab al ha do re s, da s re fe iç õe s, c om b oa s co nd iç õe s de h ig ie ne co m b oa s co nd iç õe s hi gi ên ic as Lo ca l a de qu ad o pa ra o p re pa ro d os a lim en to s, g ua rd a e co ns er va çã o fre sc a, s en do q ue d ev e se r pa ra o s tra ba lh ad or es tra ba lh ad or es c on tra m au te m po Lo ca l a re ja do , c om b as ta nt e ilu m in aç ão PL AN TA B AI XA se m e sc al a D es en ho m er am en te il us tr at iv o, p as sí ve l d e al te ra çõ es . D es en ho 1. M od el o de re fe itó rio c om c ap ac id ad e pa ra 4 0 pe ss oa s (P la nt a Ba ix a) . Lo ca l c om á gu a po tá ve l e fo rn ec id a em c op os in di vi du ai s Capítulo 1__________________________ 12 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL RIPA VIGA DE MADEIRA 6X12 cm CAIBRO DE 5X6 cm FORRO DE PVC FORRO DE PVC COZINHA INCLINAÇÃO 35% COBERTURA DE TELHA DE BARRO Balcão com tampos lisos e laváveis Porta de entrada Piso e paredes de materiais laváveis Varanda com cobertura VARANDA CORTE AA sem escala Desenho 2. Modelo de refeitório com capacidade para 40 pessoas (Corte AA). Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. CAIBRO DE 5x6 cm VIGA DE MADEIRA RIPA TESOURA DE MADEIRA FORRO DE PVC REFEITÓRIO 6x12 cm Local bem arejado Local para o preparo dos alimentos separado do refeitório, com piso e paredes Balcão com tampos lisos e laváveis Piso lavável Instalações exclusivas, com piso e paredes de materiais CORTE BB sem escala Desenho 3. Modelo de refeitório com capacidade para 40 pessoas (Corte BB). INCLINAÇÃO 35% COBERTURA DE TELHA DE BARRO BANH. COZINHA FORRO DE PVC laváveis, e água limpa de materiais laváveis Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. Capítulo 1__________________________ MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 13 Local com bastante ventilação Varanda com cobertura para a proteção dos trabalhadores contra mau tempo ELEVAÇÃO sem escala Desenho 4. Modelo de refeitório com capacidade para 40 pessoas (Elevação). Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. COBERTURA sem escala Desenho 5. Modelo de refeitório com capacidade para 40 pessoas (Cobertura). Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. 5. Alojamentos Os alojamentos devem: a) ter camas com colchões, separadas por no mínimo um metro, sendo permitido o uso de beliches, limitados a duas camas na mesma vertical, com espaço livre mínimo de cento e dez centímetros acima do colchão; b) ter armários individuais para guarda de objetos pessoais; c) ter portas e janelas capazes de oferecer boas condições de vedação e segurança; d) ter recipientes para coleta de lixo; e) ser separados por sexo. Nota do autor: a seguir desenhos ilustrativos para dois tipos de alojamentos para 32 lugares. Capítulo 1__________________________ 14 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 2,915 m² PISO CERÂMICO BANH. BANH. PISO CERÂMICO 2,915 m² V A R A N D A P IS O C IM EN TA D O 2 ,9 4 m ² Q U A R TO 1 P IS O C IM EN TA D O 1 1, 50 5 m ² LA V A N D E R IA P IS O C IM EN TA D O 7 ,8 0 m ² 6 ,2 6 m ² P IS O C IM EN TA D O Á R E A V A R A L di st ân ci a m ín im a 1, 0 m Q U A R TO 2 P IS O C IM EN TA D O 1 1, 50 5 m ² Q U A R TO 4 P IS O C IM EN TA D O 1 1, 50 5 m ² Q U A R TO 3 P IS O C IM EN TA D O 1 1, 50 5 m ² 2,915 m² PISO CERÂMICO BANH. BANH. PISO CERÂMICO 2,915 m² V A R A N D A P IS O C IM EN TA D O 2 ,9 4 m ² Q U A R TO 5 P IS O C IM EN TA D O 1 1, 50 5 m ² Q U A R TO 7 P IS O C IM EN TA D O 1 1, 50 5 m ² Q U A R TO 6 P IS O C IM EN TA D O 1 1, 50 5 m ² Q U A R TO 8 P IS O C IM EN TA D O 1 1, 50 5 m ² 2,915 m² PISO CERÂMICO BANH. BANH. PISO CERÂMICO 2,915 m² 2,915 m² PISO CERÂMICO BANH. BANH. PISO CERÂMICO 2,915 m² V A R A N D A P IS O C IM EN TA D O 2 ,9 4 m ² V A R A N D A P IS O C IM EN TA D O 2 ,9 4 m ² 6 ,2 6 m ² P IS O C IM EN TA D O Á R E A V A R A L Lo ca l e m b oa s co nd iç õe s hi gi ên ic as C am as c om c ol ch õe s, s ep ar ad as a u m a di st ân ci a m ín im a O s al oj am en to s de ve m : - s er s ep ar ad os p or s ex o. - t er re ci pi en te s pa ra c ol et a de li xo . e ág ua p ar a hi gi en iz aç ão A rm ár io s in di vi du ai s P or ta s de m at er ia is q ue m an te nh am a p riv ac id ad e de 1 m et ro , c om jo go s de c am a lim po s; e p ar a be lic he s, li m ite d e N ot a do a ut or : Lo ca l e m c on di çõ es a de qu ad as p ar a m an ut en çã o, li m pe za e h ig ie ne PL AN TA B AI XA se m e sc al a D es en ho 6 . M od el o d e al oj am en to c om c ap ac id ad e pa ra 3 2 pe ss oa s (P la nt a Ba ix a) . Lo ca l c ob er to , v en til ad o e ad eq ua do pa ra o c ui da do d e ro up as d e us o pe ss oa l co le tiv os , c om á gu a lim pa e em q ua nt id ad e su fic ie nt e Ta nq ue s in di vi du ai s ou 2 ca m as n a m es m a ve rti ca l, co m e sp aç o m ín im o de 1 10 c m D es en ho m er am en te il us tr at iv o, p as sí ve l d e al te ra çõ es . Capítulo 1__________________________ MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 15 FORRO DE PVC QUARTO 5 QUARTO 7 FORRO DE PVC CORTE AA sem escala Desenho 7. Modelo de alojamento com capacidade para 32 pessoas (Corte AA). RIPA VIGA DE MADEIRA 6X12 cm CAIBRO DE 5X6 cm INCLINAÇÃO 35% COBERTURA DE TELHA DE BARRO Porta de entrada para o banheiro Porta com acesso à varanda com cobertura Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. QUARTO 2 QUARTO 5 ÁREA FORRO DE PVC CORTE BB sem escala Desenho 8. Modelo de alojamento com capacidade para 32 pessoas (Corte BB). Local bem arejado Janelas com boa Local em boas condições higiênicas e água para higienizaçãovedação e segurança VARAL QUARTO 1 Boa ventilação e segurança QUARTO 6 BANH. BANH. BANH. BANH. VIGA DE MADEIRA 6x12 cm INCLINAÇÃO 35% COBERTURA DE TELHA DE BARRO CAIBRO RIPA 5x6 cm Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. Capítulo 1__________________________ 16 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL Janelas com boa vedação e segurança Varanda com cobertura ELEVAÇÃO C sem escala Desenho 9. Modelo de alojamento com capacidade para 32 pessoas (Elevação C). Acesso ao banheiro Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. ELEVAÇÃO E sem escala Desenho 10. Modelo de alojamento com capacidade para 32 pessoas (Elevação E). Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. ELEVAÇÃO F sem escala Desenho 11. Modelos de alojamento com capacidade para 32 pessoas (Elevações D e F). ELEVAÇÃO D sem escala Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. Capítulo 1__________________________ MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 17 COBERTURA sem escala Desenho 12. Modelo de alojamento com capacidade para 32 pessoas (Cobertura). Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. Você sabia? O empregador deve fornecer roupas de cama adequadas às condições climáticas locais. As camas poderão ser substituídas por redes, de acordo com o costume local, obedecendo o espaçamento mínimo de um metro entre as mesmas. É de direito do empregador proibir a utilização de fogões, fogareiros ou similares no interior dos alojamentos. Capítulo 1__________________________ 18 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL Capítulo 1__________________________ 5 ,0 8 m ² P IS O C IM EN TA D O V A R A N D A 1 9, 00 m ² P IS O C IM EN TA D O S A LA D E T V V A R A N D A P IS O C IM EN TA D O 5 ,0 8 m ² PL AN TA B AI XA se m e sc al a D es en ho 13 . M od el o de a lo ja m en to c om s al a de T V, c om c ap ac id ad e pa ra 3 2 pe ss oa s (P la nt a Ba ix a) . V A R A N D A P IS O C IM EN TA D O 2 ,9 4 m ² Q U A R TO 1 P IS O C IM EN TA D O 1 1, 50 5 m ² Q U A R TO 2 P IS O C IM EN TA D O 1 1, 50 5 m ² Q U A R TO 4 P IS O C IM EN TA D O 1 1, 50 5 m ² Q U A R TO 3 P IS O C IM EN TA D O 1 1, 50 5 m ² PISO CERÂMICO BANH. 2,915 m² V A R A N D A P IS O C IM EN TA D O 2 ,9 4 m ² V A R A N D A P IS O C IM EN TA D O 2 ,9 4 m ² Q U A R TO 5 P IS O C IM EN TA D O 1 1, 50 5 m ² Q U A R TO 6 P IS O C IM EN TA D O 1 1, 50 5 m ² Q U A R TO 8 P IS O C IM EN TA D O 1 1, 50 5 m ² Q U A R TO 7 P IS O C IM EN TA D O 1 1, 50 5 m ² V A R A N D A P IS O C IM EN TA D O 2 ,9 4 m ² LA V A N D E R IA P IS O C IM EN TA D O 7 ,8 0 m ² 6 ,2 6 m ² P IS O C IM EN TA D O Á R E A V A R A L 6 ,2 6 m ² P IS O C IM EN TA D O Á R E A V A R A L PISO CERÂMICO BANH. 2,915 m² PISO CERÂMICO BANH. 2,915 m² PISO CERÂMICO BANH. 2,915 m² V ar an da c om c ob er tu ra p ar a pr ot eç ão c on tra m au te m po Lo ca l b em v en til ad o S al a de T V c ol et iv a pa ra o s tra ba lh ad or es D es en ho m er am en te il us tr at iv o, p as sí ve l d e al te ra çõ es . MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 19 Capítulo 1__________________________ 6. Lavanderias de EPI As lavanderias devem ser instaladas em local coberto, ventilado e adequado para que os trabalhadores alojados possam cuidar das roupas de uso pessoal. Devem ser dotadas de tanques individuais ou coletivos e água limpa. Para a limpeza e manutenção dos EPIs, recomenda-se: • ser lavados separadamente das demais vestimentas e guardados corretamente, para assegurar maior vida útil; • não utilizar alvejantes, pois poderá retirar a hidro-repelência das vestimentas; • ser secos à sombra; • fazer revisão periódica e substituir os EPIs danificados; • antes de descartar e jogar no lixo as vestimentas do EPIs, lavá-las e rasgá-las para que outras pessoas não as utilizem. Importante: O empregador deve disponibilizar a água potável e fresca em quantidade suficiente nos locais de trabalho. A água potável deve ser disponibilizada em condições higiênicas, sendo proibida a utilização de copos coletivos. Nota do autor: a seguir fluxograma de entrada e saída dos trabalhadores na propriedade rural. FLUXO DE ENTRADA CHEGADA DOS TRABALHADORES Trocar por EPI limpo SAÍDA PARA TRABALHO VESTIÁRIO Trocar por uniforme SAÍDA PARA TRABALHO VESTIÁRIO DE EPI FLUXO DE SAÍDA: CHEGADA DO TRABALHO Vindo das atividades diárias VESTIÁRIO Deixar o uniforme e trocar por vestuário deixado no início da atividade SAÍDA DO TRABALHO CHEGADA DO TRABALHO Vindo das atividades diárias RETIRADA DE EPI Deixar o EPI para ser lavado BANHO VESTIÁRIO Colocar o vestuário deixado no início da atividade LAVANDERIA DE EPI Lavar com sabão neutro, secar à sombra e deixar preparado para a jornada seguinte Nota do autor: a seguir desenhos ilustrativos para construção de uma lavanderia de EPI. 20 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL Capítulo 1__________________________ EC D F 2 ,2 2 m ² P IS O C IM ET AD O B AN H . 2 ,3 1 m ² P IS O C IM EN TA D O B AN H . ro up a su ja C es to d e 2 ,3 7 m ² P IS O C E R Â M IC O Á R E A D E B AN H O 6 ,0 1 m ² P IS O C IM EN TA D O V AR AN D A 5 ,9 9 m ² P IS O C IM EN TA D O V AR AN D A 4 ,0 3 m ² P IS O C IM EN TA D O Á R E A L IM PA 6 ,6 2 m ² P IS O C IM EN TA D O Á R E A SU JA 9 ,3 9 m ² P IS O C IM EN TA D O Á R E A D E S E C AR R O U PA 3 ,7 0 m ² P IS O C IM EN TA D O LA V A N D ER IA PL AN TA B AI XA se m e sc al a D es en ho 14 . M od el o de la va nd er ia d e Eq ui pa m en to s de P ro te çã o In di vi du al (E PI ) c om c ap ac id ad e de at é 10 p es so as (P la nt a Ba ix a) . Á re a co m c ob er tu ra Ta nq ue s in di vi du ai s ou c ol et iv os , c om á gu a lim pa e e m B an he iro p ar a os tr ab al ha do re s, P ar ed e co m e le m en to v az ad o Á re a co m c ob er tu ra E nt ra da d os tr ab al ha do re s S aí da d os tr ab al ha do re s ap ós o us o do E P I e b an ho Lo ca l o nd e os tr ab al ha do re s fa ze m Lo ca l p ar a a tro ca d e ro up a ap ós o b an ho , c on te nd o Lo ca l c om c hu ve iro e c om á gu a ar m ár io s in di vi du ai s hi gi en iz ad a pa ra o b an ho Lo ca l d e ch eg ad a do s tra ba lh ad or es pa ra a re tir ad a do s E PI s su jo s B an he iro a s er u til iz ad o pe lo s tra ba lh ad or es q ue ti ve ra m ac es so a p ro du to s qu ím ic os co m E PI s su jo s qu e ai nd a nã o ut iliz ar am o s EP Is ou q ue já to m ar am o b an ho a pó s o se u us o Lo ca l c ob er to p ar a os E PI s pa ra v en til aç ão se re m s ec os à s om br a qu an tid ad e su fic ie nt e, s en do q ue o s EP Is d ev em s er la va do s a aq ui si çã o do s EP Is li m po s ou n ov os C es to o nd e é de po si ta do o EP I s uj o, o q ua l é re tir ad o na la va nd er ia se pa ra da m en te , c om s ab ão n eu tro e e nx ag ua do s vá ria s ve ze s La va r e ra sg ar o s EP Is Li xo an te s de d es ca rtá -lo s. Im po rta nt e: D es en ho m er am en te il us tr at iv o, p as sí ve l d e al te ra çõ es . MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 21 roupa suja Cesto de FORRO DE PVC INCLINAÇÃO 35% COBERTURA DE TELHA DE BARRO LAVANDERIA ÁREA SUJA Este cesto de roupa suja, por ser móvel, proporciona o isolamento de pessoas que tiveram contato com produtos químicos à lavanderia, local onde é feita a descontaminação das vestimentas CORTE AA sem escala Desenho 15. Modelo de lavanderia de EPI com capacidade para 10 pessoas (Corte AA). Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. FORRO DE PVC VARANDAÁREA LIMPA CHUVEIRO ÁREA SUJA BANH. CORTE BB sem escala Desenho 16. Modelo de lavanderia de EPI com capacidade para 10 pessoas (Corte BB). RIPA VIGA DE MADEIRA 6X12 cm CAIBRO DE 5X6 cm INCLINAÇÃO 35% COBERTURA DE TELHA DE BARROLocal bem arejado Varanda coberta Chuveiro, na proporção de 1 p/ 10 trabalhadores Mictórios,Vaso sanitário, 1 p/ 20 trabalhadores 1 p/ 10 trabalhadores Pisos e paredes de materiais laváveis na proporção de na proporção de Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. Capítulo 1__________________________ 22 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL Desenho 17. Modelo de lavanderia de EPI com capacidade para 10 pessoas (Elevações C, D, E e F). ELEVAÇÃO D sem escala ELEVAÇÃO C sem escala ELEVAÇÃO F sem escala ELEVAÇÃO E sem escala Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. Desenho 18. Modelo de lavanderia de EPI com capacidade para 10 pessoas (Cobertura). COBERTURA sem escala Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. Capítulo 1__________________________ MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 23 Obs.: Para vaso sanitário, lavatório e chuveiro, máquina de lavar roupa LAVANDERIA PARA Tanque de lavar roupa e SUMIDOURO TAMPA DE VISITA TAMPA DE CONCRETO PEDRA BRITADA 1 CALCÁRIO OU CAL VIRGEM CARVÃO VEGETAL PEDRA IRREGULAR Desenho 19. Modelo de sumidouro para lavanderia de EPI com capacidade para 10 pessoas (Planta Baixa, de Situação e Corte). PLANTA DE SITUAÇÃO sem escala PLANTA BAIXA sem escala CORTE sem escala fazer um sumidouro com revestimento de tijolos e tampa. Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. 7. Moradias Sempre que o empregador rural fornecer aos trabalhadores moradias familiares, estas deverão possuir: a) capacidade dimensionada para uma família; b) paredes construídas em alvenaria ou madeira; c) pisos de material resistente e lavável; d) condições sanitárias adequadas; e) ventilação e iluminação suficientes; f ) cobertura capaz de proporcionar proteção contra intempéries; g) poço ou caixa de água protegido contra contaminação; h) fossas sépticas, quando não houver rede de esgoto, afastadas da casa e do poço de água, em lugar livre de enchentes e a jusante do poço. Capítulo 1__________________________ 24 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL Você sabia? As moradias familiares devem ser construídas em local arejado e afastadas, no mínimo, cinqüenta metros de construções destinadas a outros fins. É proibida, em qualquer hipótese, a moradia coletiva de famílias. O empregador rural que tiver a seu serviço, nos limites de sua propriedade, mais de cinqüenta trabalhadores de qualquer natureza, com família, é obrigado a possuir e conservar em funcionamento escola primária, inteira- mente gratuita para os menores dependentes, com tantas classes quantos sejam os grupos de quarenta crianças em idade escolar. 8. Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) Para fins da NR 31, considera-se: a) trabalhadores em exposição direta, os que manipulam os agrotóxicos e produtos afins, em qualquer uma das etapas de armazenamento, transporte, preparo, aplicação, descarte, e descontaminação de equipamentos e vestimentas; b) trabalhadores em exposição indireta, os que não manipulam diretamente os agrotóxicos, adjuvantes e produ- tos afins, mas circulam e desempenham suas atividade de trabalho em áreas vizinhas aos locais onde se faz a manipulação dos agrotóxicos em qualquer uma das etapas de armazenamento, transporte, preparo, aplicação e descarte, e descontaminação de equipamentos e vestimentas, e ou ainda os que desempenham atividades de trabalho em áreas recém-tratadas. É vedada a manipulação de quaisquer agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins: a) que não estejam registrados e autorizados pelos órgãos governamentais competentes; b) por menores de dezoito anos, maiores de sessenta anos e por gestantes; c) nos ambientes de trabalho, em desacordo com a receita e as indicações do rótulo e bula, previstos em legis- lação vigente. O empregador rural deve afastar as gestantes das atividades com exposição direta ou indireta a agrotóxi- cos imediatamente após ser informado da gestação. É vedado o trabalho em áreas recém-tratadas, antes do término do intervalo de re-entrada estabelecido nos rótulos dos produtos, salvo com o uso de equipamento de proteção recomendado. É vedada a entrada e permanência de qualquer pessoa na área a ser tratada durante a pulverização aérea. O empregador rural deve fornecer instruções suficientes aos que manipulam agrotóxicos, adjuvantes e afins, e aos que desenvolvam qualquer atividade em áreas onde possa haver exposição direta ou indireta a esses produtos, garantindo os requisitos de segurança previstos na legislação vigente. O empregador rural deve proporcionar um programa de capacitação sobre prevenção de acidentes com agrotóxicos a todos os trabalhadores expostos diretamente. Deve ser feita a partir de materiais escritos ou audio- visuais e apresentado em linguagem adequada aos trabalhadores e assegurada a atualização de conhecimentos para os trabalhadores já capacitados. Capítulo 1__________________________ MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 25 A capacitação prevista na NR 31 deve ser proporcionada aos trabalhadores em exposição direta mediante programa, com carga horária mínima de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas diárias, durante o expediente normal de trabalho, com o seguinte conteúdo mínimo: a) conhecimento das formas de exposição direta e indireta aos agrotóxicos; b) conhecimento de sinais e sintomas de intoxicação e medidas de primeiros socorros; c) rotulagem e sinalização de segurança; d) medidas higiênicas durante e após o trabalho; e) uso de vestimentas e equipamentos de proteção pessoal; f ) limpeza e manutenção das roupas, vestimentas e equipamentos de proteção pessoal. O empregador rural deve adotar, no mínimo, as seguintes medidas: a) fornecer equipamentos de proteção individual e vestimentas adequadas aos riscos, que não propiciem desconforto térmico prejudicial ao trabalhador; b) fornecer os equipamentos de proteção individual e vestimentas de trabalho em perfeitas condições de uso e devidamente higienizados, responsabilizando-se pela descontaminação dos mesmos ao final de cada jornada de trabalho, e substituindo-os sempre que necessário; c) orientar quanto ao uso correto dos dispositivos de proteção; d) disponibilizar um local adequado para a guarda da roupa de uso pessoal; e) fornecer água, sabão e toalhas para higiene pessoal; f ) garantir que nenhum dispositivo de proteção ou vestimenta contaminada seja levado para fora do ambiente de trabalho; g) garantir que nenhum dispositivo ou vestimenta de proteção seja reutilizado antes da devida descontaminação; h) vedar o uso de roupas pessoais quando da aplicação de agrotóxicos. O empregador rural deve disponibilizar a todos os trabalhadores informações sobre o uso de agrotóxicos no estabelecimento, abordando os seguintes aspectos: a) área tratada: descrição das características gerais da área da localização, e do tipo de aplicação a ser feita, in- cluindo o equipamento a ser utilizado; b) nome comercial do produto utilizado; c) classificação toxicológica; d) data e hora da aplicação; e) intervalo de reentrada; f ) intervalo de segurança/período de carência; g) medidas de proteção necessárias aos trabalhadores em exposição direta e indireta; h) medidas a serem adotadas em caso de intoxicação. Os equipamentos de aplicação dos agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, devem ser: a) mantidos em perfeito estado de conservação e funcionamento; b) inspecionados antes de cada aplicação; c) utilizados para a finalidade indicada; d) operados dentro dos limites, especificações e orientações técnicas. Capítulo 1__________________________ 26 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL Você sabia? A conservação, manutenção, limpeza e utilização dos Equipamentos de Proteção Individual só poderão ser realizadas por pessoas previamente treinadas e protegidas. 9. Armazenamento de produtos fitossanitários As edificações destinadas ao armazenamento de agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins devem: a) ter paredes e cobertura resistentes; b) ter acesso restrito aos trabalhadores devidamente capacitados a manusear os referidos produtos; c) possuir ventilação, comunicando-se exclusivamente com o exterior e dotada de proteção que não permita o acesso de animais; d) ter afixadas placas ou cartazes com símbolos de perigo; e) estar situadas a mais de trinta metros das habitações e locais onde são conservados ou consumidos alimen- tos, medicamentos ou outros materiais, e de fontes de água; f ) possibilitar limpeza e descontaminação. Recomendações básicas para o local de armazenamento: a) as embalagens devem ser colocadas sobre estrados, evitando contato com o piso, com as pilhas estáveis e afastadas das paredes e do teto; b) os produtos inflamáveis devem ser mantidos em local ventilado, protegido contra centelhas e outras fontes de combustão; c) a distância mínima entre as edificações deve ser de 10 metros para facilitar a movimentação de veículos e ventilação; d) o pé direito deve ter no mínimo 4 metros de altura, para otimizar a ventilação natural; e) a largura mínima das aberturas de saída deve ser de 1,20 m e deve ser evitado o sentido de abertura das portas para o interior do armazém; f ) as instalações elétricas devem ter aterramento dentro das normas de segurança com fiação embutida. Quadros de distribuição, tomadas e interruptores, devem ficar no lado externo do armazém. Quando isto não for possível, as instalações devem ser à prova de explosão. Quanto à iluminação, pode ser convencional desde que esteja acima de 2 metros do piso e seja mantida a uma distância mínima de 1 metro dos produtos; g) deve ter sistema de alarme contra incêndio; h) os escritórios, banheiros, cozinha e sala de café devem ser construídos fora do depósito ou isolados deste; i) deve possuir vestiários com chuveiros e armários para os operadores. j) o piso deve ser impermeável (concreto ou similar), polido e nivelado, que facilite a limpeza e não permita infiltração para o subsolo; k) para uma maior circulação do ar no armazém, deixar um espaço livre de, no mínimo de 1 metro entre a parte mais alta dos produtos e o telhado, assim como 50 cm entre as mercadorias e as paredes. Nota do autor: nas folhas 27 e 28, o exemplo do projeto do depósito de produtos fitossanitários. Capítulo 1__________________________ MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 27 RAMPA ÁREA DE DEPÓSITO PISO CIMENTADO 32,49 m² ÁREA DE PISO CIMENTADO 2,27 m² VESTIÁRIO PISO CIMENTADO 5,18 m² PROJEÇÃO DOS EXAUSTORES EOLICOS PROJEÇÃO DOS EXAUSTORES EOLICOS CALÇADA 3,20 m² PISO CIMENTADO VARANDA PLANTA BAIXA sem escala Desenho 20. Modelo de depósito de produtos fitossanitários (Planta Baixa). EMERGÊNCIA RAMPA Vestiário para a troca emergência e lava-olhos, com água em abundância Parede com elemento vazado de vestimentas Porta com abertura para fora do armazém, para facilitar caso para boa ventilação haja uma emergência Largura mínima de 1,20 metros As embalagens devem ficar afastadas das paredes 50 cm e do teto 1 m Manter caixa de madeira contendo areia, calcário e serragem, para uma emergência com incêndios Manter extintores de incêndios Área com chuveiro de Colocar placas de sinalização de perigo com produtos químicosDeve estar sempre trancada Devem ser colocadas sobre estrados Instalações construídas fora do depósito Manter a distância de 10 metros de outras edificações, para facilitar a movimentação de veículos e ventilação Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. INCLINAÇÃO 6% COBERTURA DE TELHA METÁLICA EXAUSTOR EOLICO OU OUTROS ESTRUTURA METÁLICA DEPÓSITO RAMPA DE CONCRETORAMPA DE CONCRETO CORTE AA sem escala Desenho 21. Modelo de depósito de produtos fitossanitários (Corte AA). Pé direito de 4 metros para melhorar a ventilação natural Instalações elétricas devem ter aterramento Piso impermeável, polido e nivelado, para facilitar a limpeza e impedir infiltração para o subsolo Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. Capítulo 1__________________________ 28 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL INCLINAÇÃO 6% COBERTURA DE TELHA METÁLICA EXAUSTOR EOLICO OU OUTROS ELEMENTO VAZADO INCLINAÇÃO 6% COBERTURA DE TELHA METÁLICA ESTRUTURA METÁLICA LÂMPADA DEPÓSITO RAMPA DE CONCRETO CORTE BB sem escala Desenho 22. Modelo de depósito de produtos fitossanitários (Corte BB). Iluminação acima de 2 m do piso e no mínimo 1 m dos produtos VESTIÁRIO Demais instalações fora do depósito de produtos Quadros de distribuição, tomadas e interruptores, devem ficar no lado externo do armazém Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. Desenho 23. Modelo de depósito de produtos fitossanitários (Elevação e Cobertura). ELEVAÇÃO sem escala COBERTURA sem escala Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. Você sabia? É vedada a armazenagem de agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins a céu aberto. Capítulo 1__________________________ MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 29 10. Lavador de veículos, máquinas e equipamentos Sistema de tratamento dos efluentes gerados na lavagem de veículos e máquinas agrícola O lavador de veículos é composto de uma área pavimentada com inclinação para o centro onde possui uma canaleta com grelha para a coleta da água de lavagem dos veículos ou para canaletas nas bordas do piso. A água é então carreada para o sistema de tratamento. 100 1200 100 1400 10 0 25 0 12 00 15 50 85 80 85 10 0 30 30 30 30 30 85 55 14 0 LAVADOR ÁREA 217,00 m² ( 5 x 5 cm ) CANALETA EM "U" ( 5 x 5 cm ) CANALETA EM "U" PLANTA BAIXA sem escala Desenho 24. Modelo de lavador de veículos (Planta Baixa). Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. Exemplo 1 sem escala Piso impermeável com dimensões suficiente para abrigar veículos e equipamentosCaixa com grade (30 x 30 x 30 cm) Capítulo 1__________________________ 30 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL Quando é executada a lavagem de equipamentos e veículos, onde o contaminante é apenas óleo mineral, a água é encaminhada para a caixa de areia onde é retido o material pesado como areia, terra e outros materiais e posteriormente passa por duas caixas de separação de água e óleo em série e por uma caixa de passagem antes de seguir para a infiltração no solo. A disposição dos efluentes será feita por meio de um sumidouro. 10.1 Dimensionamento do sistema de tratamento de efluentes Sistema Separador Água/Óleo (SAO) O sistema, na disposição de efluentes no solo, deve atender aos padrões estabelecidos. E quanto ao óleo retido no SAO deve ser observado o que estabelece a Resolução CONAMA 009/1993. Dados necessários para o dimensionamento do sistema separador: a) a velocidade de escoamento da caixa de areia (pré-estabelecida para a sedimentação de areia é em torno de 0,30m/s +/- 20%); b) o consumo médio de água adotado é de 0,05 m3/min; c) a profundidade da caixa separadora de óleo deve ser de 0,40 m a 0,60 m; d) o comprimento da caixa separadora de óleo deve ser de 2 a 3 vezes maior que a largura; e) dispositivos de entrada/saída; f ) a parte submersa da cortina de entrada deve ser de 1/4 a 1/5 da profundidade, e a parte submersa da cortina de saída deve ser de 1/1,2 a 1/1,5 da profundidade. Aspectos construtivos: a) a caixa separadora de óleo deve ser coberta por medida de segurança, com tampão ou grade, desde que seja facilmente removível, visando facilitar a limpeza periódica; b) a altura do tubo de saída de inspeção deve ser adequada para atender a necessidade de desnível entre o ponto de lançamento e o corpo receptor, devendo a altura máxima do tubo, ser de no máximo 5 cm abaixo do tubo de entrada; c) na parte lateral da caixa separadora de óleo (B), deve-se localizar um tubo de drenagem para remoção periódica da camada de óleo flutuante. Pode-se prever a construção de uma caixa para a coleta deste óleo, ou sua remoção por meio de balde; d) o uso de uma cesta de palha, colocada na caixa de inspeção, auxilia a retenção de óleo que por ventura não tenha sido retido nas caixas separadoras de óleo A e B; e) o óleo retido na caixa separadora de água e óleo será estocado em tambores e posteriormente encaminhado para empresas retificadoras. Sugestão de dimensões do sistema de separação de água e óleo – SAO, conforme desenho 25. Caixa de Areia: Largura = L = 1,20 metros Comprimento = C = 1,20 metros Altura útil = HU = 0,60 metros Altura total = HT = 1,00 metro Capítulo 1__________________________ MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 31 Caixa Separadora A: Largura = L = 1,00 metros Comprimento = C = 1,20 metros Altura útil = HU = 0,60 metros Altura total = HT = 1,20 metros Altura entrada = HE = 0,45 metros Altura saída = HS = 0,30 metros Caixa Separadora B: Largura = L = 0,42 metros Comprimento = C = 1,20 metros Altura útil = HU = 0,40 metros Altura total = HT = 1,00 metro Altura entrada = HE = 0,30 metros Altura saída = HS = 0,20 metros Caixa de Passagem: Largura = L = 1,00 metros Comprimento = C = 0,60 metros Altura total = HT = 1,00 metro TUBO PVC 100 mm 40 60 30 4 0 60 20 DRENO DO ÓLEO CAIXA DE AREIA CAIXA CAIXA SEPARADORA A SEPARADORA B CAIXA DE PASSAGEM SUMIDOURO CORTE sem escala Desenho 25. Modelo de separador de água/óleo (Planta e Corte). 45 60 30 DRENO DO ÓLEO 60 10 120 10 30 10 120 10 30 10 120 10 30 10 60 10 12 0 10 0 42 10 0 TUBO PVC 100 mm Ø100 mm Ø100 mm Ø100 mm Ø100 mm DRENO DO ÓLEO DRENO DO ÓLEO PLANTA sem escala Armazenar o óleo retido e encaminhar para recicladora Caixa de retenção de areia e demais sólidos. Efetuar a limpeza periódica Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. Capítulo 1__________________________ 32 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL Dimensionamento do sistema de disposição final dos efluentes A disposição final do efluente será por meio de infiltração no solo em um dispositivo tipo sumidouro, em formato retangular, com paredes revestidas de tijolo maciço e intercaladas com espaços vazios. O fundo do sumi- douro será revestido com quatro camadas de material, assim especificadas: a primeira camada (fundo) será de pedra irregular com espessura de 20,0 cm; a segunda camada, de igual espessura, composta de carvão vegetal; a terceira camada de 20 cm de calcário ou cal virgem; e a quarta camada será composta de brita nº. 01. Área do fundo (Af ) = Vef./Ci = 2000 litros/90 litros/m2 = 22,22 m2 Em que, Vef é o volume e Ci é a capacidade de infiltração do solo. Considerando a altura do lençol onde será construído o sumidouro, adotou-se uma profundidade de 3,5 metros. Dimensões do Sumidouro: Altura = h = 3,5 metros Largura = Comprimento = 2,52 metros Camada de material de fundo = 0,80 metros Pedra irregular = 0,20 metros Carvão vegetal = 0,20 metros Calcário ou cal virgem = 0,20 metros Pedra britada nº. 01 = 0,20 metros O piso do lavador deverá ser dimensionado em função dos tamanhos dos veículos e equipamentos a lavar. 20 20 20 20 27 0 10 36 0 TAMPA DE VISITA TAMPA DE CONCRETO BRITA 1 CALCÁRIO CARVÃO PEDRA IRREGULAR 252 25 2 96 60 96 96 60 96 TAMPA DE VISITA 1025210 CORTE sem escala Desenho 26. Modelo de sumidouro para lavador de veículos (Planta e Corte). PLANTA sem escala Dimensionar a profundidade conforme o nível de lençol freático Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. Capítulo 1__________________________ MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 33 11. Bacia de contenção do tanque de combustível e abastecimento Dimensões do tanque de óleo diesel: Capacidade = 15.000 litros Formato = cilíndrico Disposição = aéreo/horizontal Diâmetro = 1,90 metros Comprimento = 5,40 metros O sistema de contenção será composto por uma bacia de contenção com sistema de coleta de águas; caixa de areia; separador de água e óleo (SAO). Dimensionamento da bacia de contenção: Considerando um volume adicional de 10% da capacidade nominal de armazenamento, tem-se: Volume nominal do Tq. = 15.000 litros Volume adicional = 10% do volume nominal Volume = 15.000 * 1,10 = 16.500 litros = 16,5 m3 Cálculo da bacia de contenção: Tq. diesel = (5,40 + 3,0) * (1,90 + 2,0) = 32,76 m2 Área Total = 32,76 m2. Cálculo da altura da mureta da bacia de contenção: Volume total de combustível = 15,0 m3 Volume da bacia = 15,0 * 1,10 = 16,5 m³ Altura da bacia = 16,5 m3/ 32,76 m2 = 0,50 metros Capítulo 1__________________________ 34 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL in cl . 1 % in cl . 1 % ALTURA DA BACIA = 0,50 m incl. 1%in cl . 1 % in cl . 1 % incl. 1% 64817348632128 6 32 61 32 6 13 8 282 16 0 S E G U E P / C A IX A D E A R EI A ILHA DE ABASTECIMENTO E DESCARGA ÁREA 20,00 m² TANQUE DE DIESEL (5 x 5 cm) CANALETA EM "U" PLANTA BAIXA sem escala Desenho 27. Modelo de abastecimento (Planta Baixa). Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. CAP. 15.000 LITROS Piso impermeável Caixa com grade (30 x 30 x 30 cm) Bacia de contenção dimensionada em função do volume do tanque de armazenamento mais 10% Cálculo da caixa de areia e separador de água e óleo: Caixa de Areia Comprimento = 1,00 metro Largura = 0,70 metros Altura útil = 0,60 metros 60 10 70 10 90 10 100 10 120 TAMPA DECONCRETO TUBO PVC 100 mm TUBO PVC 100 mm TUBO PVC 100 mm CAIXA SEPARADORA ÁGUA E ÓLEO10 20 PLANTA sem escala Desenho 28. Modelo de caixa de areia (Planta e Corte). CORTE sem escala Retenção de areia e demais sólidos Efetuar a limpeza periódica Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. Caixa Separadora de Água e Óleo: Será considerada a partir da área pavimentada e da intensidade de chuva incidente no piso da bacia de contenção e da ilha de carga e descarga de combustível. Capítulo 1__________________________ MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 35 Onde: Q = c*i*a*f Sendo: Q = vazão de contribuição c = coeficiente do piso = 1 i = intensidade de chuva no período de 1 hora = 100 mm/hora a = área de drenagem = 52,76 m2 f = 1 Q = 1*0,10 m/h*1*52,76 m2 = 5,28 m3/h = 1,46 l/seg Q = 1,46 l/seg Separador de Água e Óleo: Adotando o tempo de detenção igual a 15 minutos, tem-se: Td = 15 minutos V = 5,28 m3/h/60 min * 15 min = 1,32 m3 V = A*h A = V/h = 1,32/1 = 1,32 m2 A = L*B onde L = 2B e H = 1,00 metro A= 2B*B = 2B2 B = √ A/2 = √ 1,32/2 = 0,81 L = 2*0,81 = 1,62 metros Dimensões da Caixa Separadora de Água e Óleo: Volume da caixa = 1,32 m3 Altura útil = 1,00 metro Comprimento da câmara = 1,62 metros Largura da caixa = 0,81 metros CHICANA CALHA DE INTERCEPTAÇÃO DE ÓLEO 10 30 10 162 10 30 10 262 81 10 10 1 TUBO PVC 100 mm TUBO PVC 100 mm GRADE DE FERRO CALHA DE INTERCEPTAÇÃO DE ÓLEO CHICANA CHICANA NA DISPOSIÇÃO NO TUBO PVC 100 mm SOLO NATURAL 15 15 POÇO COLETA DE ÓLEO CHICANA PLANTA sem escala Desenho 29. Modelo de caixa separadora de água/óleo (Planta e Corte). CORTE sem escala 10 0 8 0 40 Armazenar o óleo retido e encaminhar para a recicladora Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. Capítulo 1__________________________ 36 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL A água que passa pelo separador de água e óleo é encaminhada para infiltração natural no solo. Visando reter qualquer gotícula de óleo que por ventura possa passar pela caixa separadora é recomen- dada a construção de uma caixa de passagem na saída do sistema onde é colocada uma camada de palha ou bagaço de cana seco visando a remoção desse material. 12. Bacia de contenção para óleos vegetais e óleo ultilizado Segue o mesmo critério do item anterior. 13. Pátio de descontaminação das aeronaves agrícolas Aspectos a serem considerados para a localização do pátio: • o nível do lençol freático não deve estar a menos de 1,5 metros da superfície; • deve haver distância mínima de duzentos e cinqüenta metros de mananciais hídricos. O piso do pátio de descontaminação das aeronaves deve obedecer às seguintes especificações: a) o tamanho do pátio de descontaminação será de acordo com as dimensões da aeronave, devendo ser acresci- dos dois metros em relação à envergadura e dois metros em relação ao comprimento da aeronave, sendo que, no caso de uso de aeronaves de diferentes envergaduras, o pátio deverá estar dimensionado para a de maior tamanho; b) a pavimentação em concreto, do piso, banquetas, valetas e tampas, deverão seguir as seguintes especificações: - deverão ser construídos de tal forma que suportem o peso de uma aeronave, recomenda-se o uso de con- creto usinado preparado na proporção de duas partes de brita média, duas partes de areia fina e uma parte de cimento; o concreto utilizado deverá ter resistência à força de compressão (Fck) igual ou superior a vinte e cinco Mega Pascal (MPa), ou duzentos e cinqüenta quilograma força por centímetro quadrado (kgf/cm²), na proporção de quatrocentos e cinqüenta quilos de cimento por metro cúbico de concreto, com o objetivo de diminuir a porosidade do piso; - para o piso, utilizar armação de ferro com bitola de seis milímetros formando uma trama de dez por dez centímetros, evitando fissuras causadas pela dilatação; - a espessura do piso recomendada é de pelo menos dez centímetros, cuja finalidade principal é impedir a infil- tração, sendo também suficiente para suportar carga e evitar rachaduras no pátio; - a superfície deverá ser polida para reduzir a porosidade superficial, evitando a infiltração de calda remanescente; - a declividade do piso do pátio deve ser de três por cento; - as juntas de dilatação devem ser preenchidas com cimento asfáltico de petróleo (CAP), viscosidade e penetração 50-60. O sistema coletor do pátio de descontaminação da água de lavagem das aeronaves agrícolas deverá: a) ser situado no meio do pátio, preferencialmente na projeção do hopper, reservatório da aeronave agrícola, onde são colocados os produtos a serem utilizados na operação aérea; b) ser conduzido através de canaleta ou de caixa coletora por tubulação para o reservatório de decantação, pas- sando pela caixa de inspeção; c) ter uma tubulação para o reservatório de decantação, dispondo de sistema de derivação da água das chuvas. Capítulo 1__________________________ MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 37 O reservatório de decantação para recepção da água de lavagem proveniente da canaleta ou da caixa coletora deverá ser construído com dois tubos de concreto armado, com diâmetro de um metro e profundidade de dois metros, sendo que a base do poço será fechada com camada de concreto armado com espessura de dez centímetros e o cimento utilizado deverá ser padrão Fck 25 Mpa ou superior, perfeitamente alisado e recoberto com manta impermeabilizante e deve ser fechado com tampa de concreto. PISO DE CONCRETO CAIXA DE BOMBA 1,5 HP RESERVATÓRIO AA incl. 3% incl. 3% PORTÃO ARAME FARPADO MOURÃO DE CONCRETO OBS: PÁTIO DE DESCONTAMINAÇÃO COM AS DIMENSÕES DA MAIOR AERONAVE DEVE SER ACRESCIDO DOIS METROS EM RELAÇÃO À ENVERGADURA E DOIS METROS EM RELAÇÃO AO COMPRIMENTO. 8,40 6, 30 1, 31 0,08 0,530,53 Ø0,63 1,05 2,10 1,05 1 ,0 5 2, 63 1, 05 CAIXA DE PASSAGEM PLANTA sem escala Desenho 30. Modelo de descontaminador de aeronaves agrícolas (Planta). DESCONTAMINADOR incl. 3% incl. 3% TELA MALHA 5x5 cm 1.000 LITROS Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. CX. DE 1.000 LITROS BOMBA 1,5 HP TUBO DE CONCRETO ÁGUAS PLUVIAIS CAIXA DE PASSAGEM 1 2 3 4 5GRELHA METÁLICA CAIXA COLETORA INCLINAÇÃO 3 %INCLINAÇÃO 3 % 6 ÁGUAS CONTAMINADAS 1. PÁTIO DE LAVAGEM LEGENDA 2. CAIXA DE SEPARAR ÁGUA DA CHUVA COM LAVAGEM 3. RESERVATÓRIO DE DECANTAÇÃO 4. CONJUNTO MOTOBOMBA 5. RESERVATÓRIO DE OXIDAÇÃO 6. OZONIZADOR C/ CAPACIDADE MÍNIMA DE 1GR OZÔNIO/h 7. RESERVATÓRIO DE CONTENÇÃO E EVAPORAÇÃO OBS: * O FUNDO DO RESERVATÓRIO DE DECANTAÇÃO (3) E DEVEM SER IMPERMEABILIZADOS COM GEOMEMBRANA, POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE (PEAD) DE UM MILÍMETRO * O CONCRETO DEVERÁ SER FCK 25 MPa OU SUPERIOR NO PÁTIO DE LAVAGEM (1) E NO FUNDO DO RESERVATÓRIO DE * PLACAS DE PERIGO DEVEM SER COLOCADAS EM VOLTA 1,10 2,21 1,10 0, 66 0,06 0,55 1, 100,55 8,82 0,09 CORTE AA sem escala Desenho 31. Modelo de descontaminador de aeronaves agrícolas (Corte AA). 0,11 7 RESERVATÓRIO DE CONTENÇÃO E EVAPORAÇÃO (7) DE ESPESSURA. DECANTAÇÃO (3). DA CERCA. Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. Capítulo 1__________________________ 38 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL O sistema de oxidação de agrotóxicos da água de lavagem das aeronaves agrícolas deverá conter: a) sistema de bombeamento, para a retirada da água de lavagem das aeronaves do reservatório de decantação e enviada ao reservatório de oxidação; b) ozonizador com capacidade mínima de produzir uma grama de ozônio por hora; c) reservatório para oxidação com capacidade mínima de quinhentos litros, ser em Poli Cloreto de Vinila (PVC), para que não ocorra reação com o ozônio, ser redonda para facilitar a circulação da água de lavagem, com tampa para evitar contato com a água de lavagem; d) canalizações em tubo PVC, para que não ocorra reação com o ozônio, e com diâmetro de cinqüenta milímetros. O ozonizador previsto na alínea b, do inciso anterior, deverá funcionar por um período mínimo de seis horas, para cada carga de quatrocentos e cinqüenta litros de restos e sobras de agrotóxicos remanescentes da lavagem e limpeza das aeronaves e equipamentos. Dentro do reservatório de oxidação, deverá ser instalada a saída do ozonizador, na sua parte inferior, para favorecer a circulação total e permanente da água de lavagem e com dreno de saída na parte superior do reservatório de oxidação. O reservatório de retenção, solarização e de evaporação da água de lavagem das aeronaves agrícolas deverá ser: a) devidamente impermeabilizado com gelmembrana, Polietileno de Alta Densidade (PEAD) de um milímetro de espessura, cercado, sinalizado e situado preferencialmente em local com distância mínima de duzentos e cin- qüenta metros de mananciais hídricos, e distantes de árvores para facilitar a solarização, gerando um aumento da degradação via fotólise do material que tenha ficado retido no fundo do tanque; b) aberto ou com cobertura, e deverá possuir as dimensões, em função do número de aeronaves. Na escolha do tipo coberto, cuja função é evitar o acúmulo de água das chuvas, a estrutura do telhado será com pé-direito de um metro e a cobertura terá sua parte externa pintada da cor preta, com objetivo de au- mentar as temperaturas internas do tanque e do efluente ali retido, potencializando sua evaporação, ficando vedada a utilização de telhas de amianto. Ao redor do reservatório de retenção, deverá ser construída uma proteção para evitar a entrada de água por escorrimento superficial. O sistema de segurança do reservatório de retenção e evaporação deverá conter obrigatoriamente placas indicativas, em locais visíveis, com o símbolo internacional que represente produtos tóxicos e perigo. Conforme o Art. 7º. da Instrução Normativa nº. 2, de 03 de janeiro de 2008 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas- tecimento. Qualquer alteração na construção do pátio de descontaminação e no seu sistema de descontaminação das aeronaves deverá ser previamente aprovada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Obs: O projeto normatizado pelo MAPA prevê reservatório de contenção e evaporação com a cobertura e sem. Capítulo 1__________________________ MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 39 1, 50 m 2,00 m 2,00 m 2,00 m2,00 m 4, 00 m 2, 00 m 2, 00 m 2,00 m2,00 m PORTÃO ARAME FARPADO TELA MALHA 5 x 5 cm MOURÃO DE CONCRETO 1, 00 0,50 0, 50 0, 20 CORTE AA sem escala Desenho 32. Modelo de reservatório de contenção e evaporação com cobertura (Planta e Corte AA). Telha metálica (inclinação 6%) (obs.: pintada externamente de preto) PLANTA sem escala Desenho meramente ilustrativo, passível de alterações. Capítulo 1__________________________ 40 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL Referências Decreto nº. 807 de 11/10/2007. Resolução CONAMA 009/1993. Resolução CONAMA 273/2000. BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT, NBR 17505. Armazenamento de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis. BRASIL. Associação Nacional de Defesa Vegetal. Manual de usos correto e seguro de produtos fitossanitários agrotóxicos. BRASIL. Associação Nacional de Defesa Vegetal. Manual de armazenamento de produtos fitossanitários. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº. 2, de 03/01/2008. NR 31 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicul- tura, Exploração Florestal e Aqüicultura. NR 20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis. NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão. Capítulo 1__________________________ MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 43 Capítulo 2 Saneamento Básico para Propriedades Rurais Luciana S. e Souza1 1. Apresentação Saneamento básico é o conjunto de ações sócio-econômicas que têm por objetivo alcançar níveis de salubridade ambiental, por meio de abastecimento de água, coleta e disposição de resíduos sólidos e esgotos com a finalidade de proteger e melhorar as condições de vida e preservar o meio ambiente. Este manual divulga, com base na legislação, alguns procedimentos adotados para a implementação do saneamento básico em propriedade rural. 2. Captação e abastecimento de água O abastecimento de água potável para consumo humano é essencial para a saúde humana. A solução mais adequada é oferecida pelos sistemas públicos devido a aspectos funcionais, técnicos e econômicos. Em zonas rurais existe um grande número de habitações não alcançadas pelo sistema público urbano e por isso são abastecidas por sistemas individuais em que o ônus do suprimento recai sobre o dono da propriedade. Os sistemas individuais compreendem soluções isoladas, de pequena capacidade e geralmente consis- tem no aproveitamento de água de poços, águas superficiais e águas de chuva. Na maioria dos casos a água é fornecida por poços comuns. Você sabia? Que mais de 97% da água que cobre o globo é demasiado salgada para beber ou para sustentar os frágeis ecossistemas dependentes da água doce, que representa apenas uns escassos 2,5%? 2.1 Escolha do manancial A escolha do manancial se constitui na decisão mais importante na implantação de um sistema de abas- tecimento de água, seja ele de caráter individual ou coletivo. Havendo mais de uma opção, sua definição deverá levar em conta, além da predisposição da comuni- dade em aceitar as águas do manancial a ser adotado, os seguintes critérios: • Previamente é indispensável a realização de análises de componentes orgânicos, inorgânicos e bacteriológi- cos das águas do manancial, para verificação dos teores de substâncias prejudiciais, limitados pela resolução nº 20 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA); ______________________________________ 1Engenheira Sanitarista, Drª Engenharia Ambiental. Professora da Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá/MT. 44 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL • Vazão mínima do manancial necessária para atender a demanda por um determinado período de anos; • Mananciais que dispensam tratamento inclui em águas subterrâneas não sujeitas a qualquer possibilidade de contaminação; • Mananciais que exigem apenas desinfecção: inclui em águas subterrâneas e certas águas de superfície bem protegidas, sujeitas a baixo grau de contaminação; • Mananciais que exigem tratamento simplificado: compreendem as águas de mananciais protegidos, com baixos teores de cor e turbidez, sujeitas apenas a filtração lenta e desinfeção; • Mananciais que exigem tratamento convencional: compreendem basicamente as águas de superfície, com tur- bidez elevada, que requerem tratamento com coagulação, floculação, decantação, filtração e desinfecção. 2.2 Formas de captação da água As formas de captação da água podem ser em função do manancial, podendo ser utilizadas superfície de coleta (água de chuva); caixa de tomada (nascente de encosta); galeria filtrante (fundo de vales); poço raso (lençol freático); poço tubular profundo (lençol subterrâneo) e tomada direta de rios, lagos e açudes (mananciais de superfície). A Figura 1 ilustra as formas de captação da água. Figura 1. Formas de captação da água. Capítulo 2__________________________ MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 45 2.3 Captação de água subterrânea por poço As águas subterrâneas são consideradas as águas que ocorrem naturalmente ou artificialmente no sub- solo, compreendendo os lençóis freático e profundo, susceptíveis de extração e utilização pelo homem, tendo sua captação feita através de poços rasos ou profundos, galerias de infiltração ou pelo aproveitamento das nascentes. É obrigatória a obtenção da licença da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA) para obras de captação de água subterrânea, com profundidade superior a 50 metros e diâmetro a partir de 4 polegadas, podendo ser renovável a cada 5 anos. O uso das águas subterrâneas estaduais dependerá da autorização administrativa da SEMA. Para a licença, serão necessárias análises de qualidade de água com no mínimo os seguintes parâmetros: pH, condutividade elétrica, temperatura da água, coliformes fecais e totais, turbidez, dureza total, alcalinidade total, Sólidos Totais dissolvidos (STD), Nitrato (NO3), Cloreto (Cl) e Ferro Total (Fe). Os poços e outras obras de captação de águas subterrâneas deverão ser dotados de dispositivos que permitam a coleta de água na boca do poço e medida do nível da água. A Figura 2 ilustra a construção de um poço para captação de água. Figura 2. Poço para captação de água. Capítulo 2__________________________ 46 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 2.3.1 Principais cuidados com a instalação de poços • Esses poços não devem ser executados em áreas sujeitas a inundação; • Devem estar distantes de fontes de contaminação, 15 m para privadas higiênicas ou fossas sépticas e 45 m para fossas negras; • Os terrenos calcários, fendilhados ou muito porosos devem ser evitados ou considerados perigosos; • Construir o poço em nível mais alto que os focos de contaminação; • Evitar os locais sujeitos a inundações e dar preferência àqueles de fácil acesso aos usuários; • Em certos tipos de terrenos que possuem fendas no solo, o risco de contaminação do lençol é maior; • Os poços devem ser protegidos por cobertura ou por plataforma impermeável, de concreto, com dimensões superiores as do diâmetro do poço. A proteção contra infiltração de águas superficiais e subsuperficiais, por meio das paredes deve ser assegurada por um revestimento impermeável com 3 metros ou mais de profundidade; • Os dispositivos para retirada de água dos poços devem ser capazes de impedir a contaminação da água; • Depois de construídos ou reparados de poços deve ser submetidos a desinfecção. 2.3.2. Principais cuidados com a locação dos poços A construção do poço só será viável se houver indícios de água subterrânea na área pretendida e pos- sibilidade de ser atingido o lençol. As referidas condições poderão ser determinadas por meio de métodos científicos e emprego de tecnologia apropriada. Na área rural, entretanto, e para o tipo de poço em questão, bons resultados serão obtidos através de algumas indicações de ordem prática aliadas à experiência dos moradores da área. Algumas observações podem ser feitas antes de se determinar a locação do poço, por exemplo: (a) Verificar se há poços escavados na área, sua profundidade, quantidade e características da água fornecida; (b) Obter informação com os moradores da comunidade e do poceiro local sobre o tipo de solo; (c) Verificar a profundidade do lençol, qual a variação da quantidade de água nas épocas de seca e de chuva; (d) Verificar se o terreno é fácil de perfurar, saber se o solo é argiloso ou arenoso, ou pode-se recorrer à sondagem; (e) Observar que as águas subterrâneas normalmente correm em direção aos rios e lagos e perpendicularmente a eles. Geralmente seguem a mesma disposição da topografia do terreno. Contudo, há exceções, razão pela qual é conveniente conhecer os níveis da água nos diversos poços da área; certos vegetais, como a carnaúba, seguem o rastro da água e são, assim, indicadores de mananciais subterrâneos 2.3.3. Principais cuidados com a construção de poços A época adequada para escavação do poço é no período de estiagem, pois no tempo chuvoso os tra- balhos tornam-se muito difíceis e até mesmo inviáveis. Durante a construção, todo cuidado de segurança deve ser tomado por aquele que estiver trabalhando no poço; não se deve penetrar no seu interior, sem ter meios de escape e sem a estabilidade das paredes. A escavação poderá ser manual usando-se ferramentas comuns: picareta, cavadeira, enxadão, etc. ou, também, através de trados, se o tipo de terreno for favorável. O poço deverá ter o formato cilíndrico, com diâmetro mínimo de 90 centímetros. A profundidade será a necessária para atingir o lençol freático, porém, não inferior a três metros, que é a altura mínima do Capítulo 2__________________________ MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 47 revestimento de proteção. Nos terrenos frágeis, é necessário revestir toda a parede do poço, a fim de evitar o seu desmoronamento. Pode-se utilizar o revestimento do poço com manilhões de concreto assentados na boca do poço, um de cada vez. A medida que se for escavando por dentro deles, irão descendo por conta do próprio peso. Uma vez atingido o lençol, recomenda-se aprofundar a escavação dentro dele, a fim de obter seu melhor aproveitamento. Para facilitar esta tarefa, pode-se fazer o esgotamento da água com bombas a motor ou manuais. Há terrenos firmes, não sujeitos a desmoronamentos, que dispensam o revestimento do poço. Mesmo assim, deverá ser feito, pelo menos, até três metros de altura, para possibilitar a proteção sanitária. Para o poço deve-se prever a proteção que tem a finalidade de dar segurança à sua estrutura e, princi- palmente, evitar a contaminação da água. Alguns cuidados para a proteção do poço são: • Impermeabilizar a parede até a altura mínima de três metros e construir uma calçada de concreto em volta da boca do poço de largura 1 metro; • Construir uma caixa sobre a boca do poço de concreto ou alvenaria de tijolos. A referida caixa poderá ser construída, fazendo-se o prolongamento externo da parede de revestimento do poço. Deverá ter altura entre 50 e 80 centímetros, a partir da superfície do solo; • Fechar a caixa da boca do poço com cobertura de concreto ou de madeira, deixando abertura de inspeção com tampa de encaixe. 2.4 Captação de água superficial Água superficial para captação é toda parte de um manancial que escoa na superfície terrestre, compreenden- do os córregos, ribeirões, rios, lagos e reservatórios artificiais, os seguintes critérios devem ser considerados: • A captação deve ser localizada em trecho reto ou próximo à margem externa do curso de água; • Devem ser reduzidas ao mínimo as alterações no curso de água como conseqüência da implantação da obra, em face de possibilidade de erosão ou assoreamento; • O projeto deve prever acesso permanente à captação; • O nível de água nos períodos de estiagem e enchente devem ser considerados; • Estudo do monitoramento da bacia, para localização de fontes poluidoras em potencial. 3. Coleta e disposição dos resíduos sólidos domiciliares Os resíduos sólidos - comumente denominados lixo - são materiais dos mais diversos tipos (inertes, minerais, orgânicos) resultantes das atividades humanas e da natureza, como folhas, galhos, terra, areia, os quais podem ser parcialmente utilizados, gerando proteção à saúde pública e economia de recursos naturais. 3.1 Problemas gerados pela disposição inadequada dos resíduos sólidos Quando não tratados devidamente, os resíduos sólidos podem gerar problemas: • Sanitários: os resíduos sólidos favorecem a proliferação de vetores (animais de pequeno ou grande porte que podem transmitir doenças à população) e roedores; poluição dos rios, lagos e águas subterrâneas, causando as- soreamento, alta turbidez, variação da temperatura, quebra do ciclo vital das espécies, o que pode ocasionar o desaparecimento das formas de vida aquática; poluição biológica dos corpos d’água (contaminação); produção de chorume; maus odores e poluição do ar; Capítulo 2__________________________ 48 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL • Econômicos; • Estéticos: modificação da paisagem – poluição visual. 3.2 Medidas para minimização dos problemas: Gestão de resíduos sólidos As medidas tomadas para a solução adequada do problema dos resíduos sólidos têm, sob o ponto de vista sanitário, o objetivo de prevenir e controlar doenças a eles relacionadas. Visa também o bem-estar da popu- lação, ocasionado por uma comunidade limpa. Você Sabia? Além dos fatores acima citados, a correta gestão dos resíduos tem também importância sócio-econômica, pela possibilidade de reutilização (reciclagem), produção de composto orgânico e/ou produção de ração ani- mal, de modo que a solução do problema constitui ganho para a comunidade. Nota do IMA: O produtor deve avaliar o custo-benefício em se construir um depósito de resíduos sólidos na proprie- dade ou levá-lo diretamente ao aterro sanitário mais próximo, pois o acompanhamento profissional em aterros sanitários será mais freqüente, além de que é melhor para a preservação do meio ambiente, utilizar aterros sanitários ao invés de vários depósitos de resíduos sólidos nas propriedades. Deve-se separar os materiais recicláveis e aproveitar os materiais orgânicos. 3.2.1 Acondicionamento, coleta e transporte dos resíduos sólidos A correta gestão dos resíduos sólidos deve conter as etapas de acondicionamento, coleta, e transporte dos resíduos. Acondicionamento O acondicionamento é de responsabilidade da população. Inadequado ou impróprio oferece os meios para proliferação principalmente de moscas, ratos e baratas. O acondicionamento de resíduos domiciliares pode ser feito em recipiente plástico, metálico de borracha ou em saco plástico. Coleta A coleta representa cerca de 50 à 80% do custo de operação de limpeza pública. De um modo geral a coleta e transporte devem garantir que toda a população em questão seja atendida e que ten- ha regularidade da coleta (periodicidade, freqüência e horário) de modo a se adequar às necessidades da comunidade. Os tipos de coletores são: carroça de tração animal, caçamba tipo basculante, caminhão compactador, carreta/trator, entre outros. Em pequenas comunidades ou comunidades rurais, para minimizar o custo com coleta, pode-se utilizar as estações de transferência ou de transbordo. As estações de transferência servem para reduzir o percurso dos transportes coletores, resultando em Capítulo 2__________________________ MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 49 economia significativa com o transporte. São espaços físicos para armazenamento temporários dos resíduos, antes que estes sejam conduzidos ao seu destino final (aterro controlado ou aterro sanitário). Nas estações de transferência a armazenagem pode ser feita com fosso de acumulação ou sem fosso, porém é importante que seja feita em local com boa impermeabilização do solo (por exemplo, solo recoberto por argila e bem compactado) e de preferência, coberta. Transporte O transporte dos resíduos pode ser feito em duas etapas: • Da propriedade rural para a estação de transferência, de responsabilidade de cada produtor. Podendo ser utilizados tratores com carretas acopladas ou veículos de tração animal; • Da estação de transferência para o destino final, de responsabilidade de toda a comunidade ou município. 3.2.2 Redução, reutilização e reciclagem – Os 3 Rs • Redução por compactação: Redução mecânica por compactação do volume do lixo produzido, geralmente efetuado no local do destino final. Redução da produção que é uma das formas de se tentar reduzir a quantidade dos resíduos sólidos gerada combatendo o desperdício de produtos, energia e de alimento. • Reutilização: Existem inúmeras formas de reutilizar os objetos, até por motivos econômicos; como exemplo, escrever nos dois lados da folha de papel, usar embalagens retornáveis e reaproveitáveis e reaproveitar embala- gens descartáveis para outros fins. • Reciclagem: É uma série de atividades e processos, industriais ou não, que permitem separar, recuperar e transformar os materiais recicláveis componentes dos resíduos sólidos urbanos. Essas atividades têm duas impor- tantes funções: reduzir os resíduos para disposição final e reintroduzir os resíduos no ciclo produtivo. A primeira etapa da reciclagem é a separação e classificação dos diversos tipos de materiais, que devem ser separados, no mínimo, em lixo úmido e secar para posteriormente serem reciclados segundo sua classificação: - Lixo úmido ou matéria orgânica: destinado à compostagem; - Lixo seco (inerte): destinados às usinas de reciclagem. Tabela 1. Nível mínimo de separação dos resíduos sólidos. Capítulo 2__________________________ 50 MANUAL DE SANEAMENTO E SEGURANÇA AMBIENTAL 3.2.3 Compostagem A compostagem é o processo de transformação dos resíduos orgânicos (restos de alimentos, cascas de frutas e legumes, folhas, gramas, gravetos, estrume, etc) em materiais orgânicos utilizáveis na agricultura. Este processo envolve transformações extremamente complexas de natureza bioquímica, promovidas por milhões de microorganismos do solo que têm na matéria orgânica “in natura” sua fonte de energia, nutrientes minerais e carbono. Por essa razão, uma pilha de composto não é apenas um monte de lixo orgânico empilhado ou acondi- cionado em um compartimento. É um modo de fornecer as condições adequadas aos microorganismos para que esses degradem a matéria orgânica e disponibilizem nutrientes para as plantas. O processo é de grande importância na redução do volume do lixo do país, levando-se em conta que
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