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Aluna: Luisa Trindade Vieira - 72D Professor: Sávio Lana Disciplina: Anatomia II Faculdade Ciências Médicas MG Rins, Ureteres e glândulas suprarrenais: Rins: • Os rins são órgãos retroperitoniais e sua cápsula adiposa que os circunda é denominada de gordura pararrenal, que além de circundar os rins e seus vasos, ela se estende até as cavidades centrais dos rins (seios renais); • Os rins apresentam uma forma feijiforme, com duas extremidades: superior e inferior, uma margem lateral convexa e uma margem medial onde está situado o hilo renal, que possui o pedículo renal. • O pedículo renal é constituído pela veia renal, pela artéria renal e pela pelve renal. Os vasos estão sempre situados nessa ordem: Veia renal, na frente da, Artéria renal, que está na frente da, Pelve renal; • Sua face anterior é convexa, supero-inferiormente e látero medialmente; • Sua face posterior é mais achatada, devido ao seu contato com o plano anterior da parede posterior do abdômen; • Muitas vezes podem ser identificadas forma do rim, algumas pequenas fissuras/incisuras que marcam a não coalescência dos rins primordiais biológicos, comprovando que o rim é um órgão segmentar; • O tecido renal é compactado por uma cápsula fibrosa que dá a forma ao rim. **Como variação anatômico podemos ter um rim com formato lobado, que se assemelham a massas que não coalesceram na embriologia; • O parênquima renal (tecido renal), é composto por uma parte superficial denominada córtex, por uma parte + profunda denominada medula, que é disposta em pirâmides, e entre elas o córtex adentra o rim, e esse adentramento é denominado colunas renais; • Cada pirâmide renal apresenta um ápice denominado papila, que possui pequenos orifícios nos túbulos distais. • Após a passagem pelas papilas, a urina verte para os pequenos cálices, que são denominados cálices renais menores, sendo estruturas membranáceas musculares lisas, que se confluem formando cálices renais maiores, que também se unem, formando a pelve renal; • A pelve renal se exterioriza pelo hilo renal, sendo um dos constituintes do pedículo renal; • Os rins + as glândulas suprarrenais e a gordura que os circundam, estão envolvidos por uma densa camada membranácea de gordura, denominada fácia renal, que continua medialmente envolvendo também os vasos renais; • Externamente à fáscia renal, está o corpo adiposo pararrenal e a gordura pararrenal (gordura extra-peritonial da região lombar, que é mais visível posteriormente ao rim); • Mesmo estando fixados à parede posterior do abdômen pela gordura da fáscia pararrenal e perirrenal, os rins podem se movimentar durante a respiração, ou mesmo quando o indivíduo muda de posição (decúbitos); • São situados no retroperitonio anteriormente à parede posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral nos níveis das vértebras: T12 e L3; • Eles apresentam RA’s diferentes a direita e a esquerda: - Anterior e superior ao rim direito: Glândula supra renal e o fígado; - Anteriormente ao terço inferior da fáscia anterior renal direita: Flexura cólica direita e a raiz do mesocolo transverso; - Frente da parte medial da fáscia anterior direita: Duodeno; - Posteriormente o rim direito se relaciona com a 12ª costela; - De cima para baixo na esquerda: estômago, baço, ligamento esplenorrenal, a cauda do pâncreas; - + abaixo na face anterior do rim esquerdo: Raiz do mesocolo transverso e a flexura cólica esquerda (flexura esplênica do colo); - Posteriormente o rim esquerdo se relaciona com a 11ª costela e com a 12ª costela • O rim direito é posicionado um pouco + abaixo que o rim esquerdo, pois no lado direito há o encontro do rim com o fígado e na esquerda há o encontro do baço com o fígado, e o baço se encontra posicionado + acima que o fígado, resultando na diferença de posicionamento dos rins. **Existem variações anatômicas diante desse posicionamento; • A irrigação arterial dos rins é dada pelas artérias renais, que são ramos colaterais da aorta abdominal; • A artéria renal esquerda é + curta do que a artéria renal direita, que é mais longa diante da aorta estar localizada um pouco mais a esquerda na frente da coluna vertebral; • A veia renal direita é + curta que a veia renal esquerda, pois a veia cava inferior está + a direita na frete da coluna vertebral; • A veia renal esquerda possui um fluxo sanguíneo > que a veia renal direita; • Tributando da veia renal esquerda, temos a veia suprarrenal esquerda, a veia gonadal esquerda (testicular ou ovárica) e uma comunicação da veia renal esquerda com a veia lombar ascendente (2ª veia lombar esquerda), que se anastomosa com a veia ázigo. Isso faz com que esse trajeto seja uma via hepatofugal do sistema porta para as veias do sistema ázigo, do sistema ázigo para a veia renal e da veia renal para a veia cava inferior; • Drenagem linfática dos rins: Vasos linfáticos renais acompanham a drenagem venosa renal, e com isso, eles drenam para os linfonodos lombares direito e esquerdo, também chamados de cavais ou aórticos; • A inervação dos rins é dada pelo plexo nervoso renal, que é formado por fibras simpáticas e parassimpáticas. Glândulas suprarrenais: • Também podem ser chamadas de glândulas adrenais por não estarem em íntimo contato com o parênquima renal; • As glândulas suprarrenais são diferentes na sua forma, sendo a direita com uma forma triangular, já a esquerda com uma forma de vírgula invertida; • A suprarrenal esquerda pode possuir 2 lobos que são marcados por uma tênue fissura; • Elas são localizadas supra-medialmente nas extremidades superiores dos rins em um plano gorduroso, afastadas muitas vezes cerca de 2 a 3cm de cada rim; • As glândulas direita e esquerdas são irrigadas arterialmente por artérias suprarrenais superiores, que são ramos das artérias frênicas inferiores, pelas artérias suprarrenais médias, que são ramos viscerais da aorta abdominal, que saem da aorta no nível do tronco celíaco, porem mais lateralmente. Além disso, elas são irrigadas pelas artérias suprarrenais inferiores, que são ramos das artérias renais; • Na drenagem venosa, há diferença da glândula direita para a esquerda: A esquerda possui uma drenagem venosa por pequenas tributárias para a veia frênica inferior esquerda e essa por sua vez para a veia cava inferior, também pode-se observar a constante veia suprarrenal esquerda, que desemboca na veia renal esquerda. Já a glândula adrenal direita, apresenta apenas uma pequena veia, que muitas vezes é mais calibrosa do que cumprida, e que tributa na face póstero lateral, a direita da veia cava inferior; • Diante da existência desse detalhe anatômico à direita, a retirada da glândula suprarrenal (adrenaléctomia) direita é mais trabalhosa/mais difícil do que a retirada da suprarrenal esquerda, já que a anteriormente à suprarrenal direita, está localizado o fígado e sua drenagem ser diretamente na cava; • Os vasos linfáticos suprarrenais originam-se de um plexo profundamente situado na cápsula, ou mesmo de um plexo que vem da medula da suprarrenal; • Os inervação das suprarrenais, provem do plexo celíaco e dos nervos esplancnicos abdominopélvicos (esplancnicos maior, menor e nervo esplancnico imo). Ureteres: • Túbulos/ductos musculares que unem a pelve renal à bexiga, levando a urina até a bexiga diante da gravidade, ou até mesmo por movimentos peristálticos; • São órgãos retroperitoniais, com um comprimento variado de 30cm, sendo seu trajeto abdominal e pélvico. Com isso separamos o ureter em parte abdominal e parte pélvica; • Parte abdominal, tem como RA posterior o músculo psoas a direita ou a esquerda; • Parte pélvica, tem como RA órgãos pélvicos, ou mesmo os vasos ilíacos internos e externos, bem como a divisão dos vasos ilíacos comuns; • Externamente, cada uretér mensura cerca de 1 a 1,5cm, sendo que seu lúmen é irregular; • O lúmen apresenta 3 estreitamentos: Superior (constrição da pelve renal,originando o ureter), Médio (estreitamento provocado pelo cruzamento do ureter anteriormente aos vasos ilíacos comuns, fazendo com que o intestino delgado e o intestino grosso, pressionem os ureteres nos vasos ilíacos comuns) e o estreitamento Vesical/Mural (estreitamento por onde o ureter passa pela parede da bexiga de forma oblíqua garantindo um mecanismo anti-refluxo, contra a ação da bexiga, pressionando então o estreitamento, promovendo assim a não presença de refluxo da urina da bexiga para o ureter, prevenindo assim, a ocorrência de infecções urinárias altas); • As áreas de constrição são possíveis locais de obstrução por cálculos ureterais, se esses cálculos tiverem + de 6mm, resultando em um peristaltismo além do comum nesse ureter, gerando uma cólica reno-ureteral; • A vascularização do ureter, se da também conforme a divisão do mesmo, em parte abdominal e parte pélvica: • Parte pélvica: - Irrigação arterial: Se origina de ramos de ramos da artéria ilíaca interna (vesical inferior com seu ramo uretérico, ou até mesmo a artéria vesical superior); - Drenagem venosa: Se faz seguindo o território de irrigação arterial, correndo o sangue drenado para o sistema da veia ilíaca interna, depois para a veia ilíaca comum e depois para a veia cava inferior; - Os vasos linfáticos dessa parte drenam para os linfonodos ilíacos internos, ou mesmo externos, depois para os ilíacos comuns e daí para os lombares; • Parte abdominal: - Irrigação arterial: Provem de ramos das artérias renal, ou mesmo de ramos das artérias gonadais - Drenagem venosa: Se faz seguindo o território de irrigação arterial, sendo que nessa parte, a drenagem venosa é feita ou para a veia gonadal ou para a veia renal; - Os vasos linfáticos da parte superior dos ureteres drenam diretamente para os linfonodos lombares; - Os nervos dessa parte provem do plexo renal, do plexo aórtico abdominal e do plexo hipogástrico superior.
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