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AULA 5 PONTES REV 0_UNIDADE 1

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Universidade Estácio de Sá 
Campus Sulacap
Engenharia Civil
Pontes
Prof. Marcelo Wermelinger Aguiar Lemes
Rio de Janeiro
2018.1
ELABORAÇÃO DE UM 
PROJETO DE PONTE
Pontes – Marcelo W. A. Lemes
Aspectos de um projeto 
de ponte
• O projeto de uma ponte tem início na definição de
sua finalidade. Antes de determinar sua correta
geometria e dimensionar sua estrutura, deve-se fazer
alguns levantamentos e considerar alguns aspectos,
listados a seguir.
• Aspectos a considerar
1. Topográficos;
2. Hidrológicos;
3. Geotécnicos;
4. Geométricos;
5. Trem-tipo.
Pontes – Marcelo W. A. Lemes
Aspectos 
Topográficos 
• Traçado do perfil longitudinal do terreno, ao longo do eixo do
traçado da rodovia, locado com levantamento de 20 em 20
metros, com greide cotado, desenhado em escala de 1/100 ou
1/200 e numa extensão tal que exceda de 50 m em cada
extremidade, o comprimento provável da obra (abrangendo
obra e aterros de acesso).
Pontes – Marcelo W. A. Lemes
• Execução de planta topográfica do trecho em que será
implantada a obra, com curvas de nível de metro em metro,
em escala de 1:1000 ou 1:2000, contendo o eixo do traçado,
interferências existentes, abrangendo área suficiente para a
definição da obra e de seus acessos. A planta deve cobrir o
comprimento da obra e ultrapassar seus extremos em, pelo
menos, 1000 m para cada lado, e possuir largura de 100m.
Aspectos 
Topográficos 
Pontes – Marcelo W. A. Lemes
Aspectos 
Topográficos 
• Estudos detalhados da transição OAE-rodovia, seja
ela feita através de encontros ou de dispositivos de
transição das pontes com extremos em balanço.
• Conhecimento de todas as condições topográficas de
implantação das fundações, evitando-se escavações
exageradas que venham a comprometer a estabilidade
de encostas.
Pontes – Marcelo W. A. Lemes
Aspectos 
Hidrológicos
• O elemento hidrológico de maior importância
na elaboração de um projeto é a determinação
da DESCARGA DE PROJETO (vazão, Q) no local
da travessia do rio, que conduzirá à definição
do comprimento e do gabarito mínimos da obra,
e as solicitações máximas de empuxo de água
aos quais os pilares estarão sujeitos.
• O estudo hidrológico tem baixo custo e
muitos benefícios, e portanto seu emprego em
estruturas de grande porte é indispensável.
Pontes – Marcelo W. A. Lemes
Aspectos 
Hidrológicos – Vazão
• Escolher um trecho retilíneo do rio que tenha a
seção constante;
• Marcar uma distância de no mínimo 10m;
• Aferir a área da seção do rio;
• Lançar o flutuador e contar o tempo para percorrer a
distância definida aplicar a fórmula.
Pontes – Marcelo W. A. Lemes
1. Descarga de projeto;
2. Velocidade da correnteza;
3. Permeabilidade do terreno;
4. Cota de máxima cheia e de estiagem;
5. Gabarito de navegação;
6. Verificação sobre erosão das margens do rio e do leito;
7. Descarga sólida do curso d’água e a natureza deste;
8. Área da bacia de contribuição (km²) a montante da seção;
9. Declividade do leito do rio entre dois pontos distantes de,
no mínimo, 200m (um 100m a montante do eixo da
rodovia e outro 100m a jusante desta);
10. Existência de vegetação na bacia hidrográfica;
11. Informações sobre outras pontes existentes na bacia
(comprimento, número de vãos, vazão, tipo de fundação).
Aspectos 
Hidrológicos
Pontes – Marcelo W. A. Lemes
Aspectos 
Hidrológicos
Pontes – Marcelo W. A. Lemes
• Na primeira fase são realizados estudos
preliminares que, através da análise técnico-
econômica, permitirão a determinação do
comprimento total da obra e extensão dos
aterros de acesso, bem como a definição
estrutural da mesma, no que concerne à
interação solo-estrutura; é a fase de anteprojeto.
Aspectos 
Geotécnicos
Pontes – Marcelo W. A. Lemes
• Na segunda fase serão complementadas as sondagens
e realizados eventuais estudos específicos que
permitam à Projetista o dimensionamento da
infraestrutura em função das cargas aplicadas, bem
como a análise detalhada de fenômenos paralelos que
possam interferir na estrutura da OAE.
• Em todos os casos, é indispensável e obrigatório que
exista uma sondagem no exato local de cada fundação.
• Todas as sondagens deverão ser completas,
permitindo a perfeita caracterização do solo; referências
vagas, tais como “rocha ou matacão”, indicam
sondagens incompletas e não podem ser aceitas.
Aspectos 
Geotécnicos
Pontes – Marcelo W. A. Lemes
• Todas as sondagens à
percussão deverão ser
realizadas de acordo com
os critérios definidos pela
NBR-6484/80, Execução
de Sondagens de Simples
Reconhecimento dos
Solos e pelas Diretrizes
para Execução de
Sondagens, da
Associação Brasileira de
Geologia de Engenharia,
Boletim 03, agosto/1977.
Aspectos 
Geotécnicos
Pontes – Marcelo W. A. Lemes
• Planta de locação das sondagens, em escala apropriada, em
função do número de sondagens executadas;
• Perfil geológico-geotécnico, indicando o número de sondagens,
resultados do ensaio de penetração em cada uma, perfil provável de
cada uma das camadas,
• Posição do lençol freático, classificação de camadas do subsolo,
indicando tipo, cor, consistência ou capacidade e demais elementos
transcritos nos boletins de sondagens;
• Descrição da metodologia empregada para a realização das
sondagens, das diferentes camadas encontradas, análise preliminar
de problemas que possam ocorrer quando da implantação da obra,
bem como a anexação a estas descrições dos perfis individuais de
cada uma das sondagens
Aspectos 
Geotécnicos
Aspectos 
Geotécnicos - Perfil
Pontes – Marcelo W. A. Lemes
Aspectos 
Geotécnicos - Perfil
Pontes – Marcelo W. A. Lemes
Pontes – Marcelo W. A. Lemes
Aspectos 
Geotécnicos - Perfil
Pontes – Marcelo W. A. Lemes
• No caso da impossibilidade da execução de
sondagens à percussão na densidade especificada,
deverão ser programadas sondagens sísmicas,
método sísmico de refração, ou sondagens elétricas,
método da resistividade elétrica, que terão a
finalidade específica de complementar os dados
fornecidos por outros tipos de prospecção.
Aspectos 
Geotécnicos - Perfil
Aspectos 
Geométricos
A - Elementos de curva - raio, ângulo central, comprimento da
transição, coordenadas e estacas dos pontos característicos,
elementos de locação, etc., e alinhamentos das tangentes
horizontais - azimutes ou rumos, distâncias, eixos, etc.
B - Elementos de greide, a saber:
- curvas verticais;
- rampas anteriores e posteriores à obra de arte especial;
- estacas de PIV, PCV, PTV;
-coeficiente K de variação da parábola vertical, comprimento L,
flecha máxima, etc.
C - Perfil da superelevação - esquemas de sobrelarguras e todos
os detalhes adicionais que porventura constem do Projeto
Geométrico da via, na região de interesse da obra de arte, embora
não citados anteriormente.
Pontes – Marcelo W. A. Lemes
• Os elementos de carregamento móvel de pontes e
viadutos são definidos pela norma NBR 7188 para
pontes rodoviárias e NBR 7189 para pontes ferroviárias.
Estas normas definem os trens-tipo que devem ser
aplicados nas estruturas para dimensionamento destas.
• Os veículos-tipo rodoviários são de três tipos: TB -
120 kN, TB – 300 kN e TB - 450 kN. A área ocupada pelo
veículo-tipo é considerada retangular, com 6m de
comprimento e 3m de largura.
• Já para passarelas, o dimensionamento é feitos
considerando como carga móvel uma carga
uniformemente distribuída de 5 kN/m², sem majoração
de coeficiente de impacto.
Elementos de 
Carregamento (Trem-tipo)
Pontes – Marcelo W. A. Lemes
Elementos de 
Carregamento (Trem-tipo)
Hierarquia das vias
Pontes – Marcelo W. A. Lemes
Elementos de 
Carregamento (Trem-tipo)
Pontes – Marcelo W. A. Lemes
Ponte sobre o Canal Hood (EUA)
Prescrições 
Normativas
NBR 6120 (1980) Cargas para o cálculo de estruturas de
edificações
DNIT (1996) Manual de Projeto de Obras de Arte Especiais
NBR 8681 (2003) Ações e segurança nas estruturas
NBR 7187 (2003) Projeto de pontes em concreto armado e
protendido - ProcedimentoNBR 7188 (2013) Carga móvel rodoviária e de pedestres
em pontes
NBR 6118 (2004) Projeto de estruturas de concreto –
Procedimento
NBR 6118 (2014) Projeto de estruturas de concreto –
Procedimento
marcelowlemes@hotmail.com

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