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INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 29 UNIDADE 3 - MEDIÇÃO DE TEMPERATURA 3.1 GENERALIDADES – Temperatura é uma das mais importantes variáveis a serem estudadas no âmbito da instrumentação industrial, pois serve para monitoramento das condições de máquinas e equipamentos, e é variável fundamental para a maioria das indústrias de processos de produção de bens e alimentos. Os instrumentos serão estudados de acordo com o seu princípio de funcionamento sendo subdivididos em dois grandes grupos, conforme apresentado na tabela abaixo: SISTEMA FÍSICO – Baseiam-se na dilatação de materiais (sol, liq.) bem como na variação de pressão de gases. - Termômetros a dilatação de líquidos (coluna de líquido). - Termômetros a dilatação de sólidos (bi-metálicos).. - Termômetros a pressão de vapor. SISTEMA ELÉTRICO – A temperatura esta relacionada com a geração de sinal elétrico ou através da modificação das propriedades elétricas de determinados materiais. - Termopares - Termômetros de resistência - Termistores - Termômetros de radiação - Termômetros óticos Para a seleção de um determinado tipo de instrumento os principais aspectos a serem avaliados devem satisfazer condições mínimas necessárias, dentre as quais estão: aspectos técnicos (faixa de medição, exatidão , tempo de resposta, robustez ...). aspectos econômicos. ESCALAS DE TEMPERATURA – São utilizadas para converter a energia térmica de um corpo em valores numéricos. Como pontos de referência são adotados o ponto de gelo e o ponto de vaporização da água. Industrialmente, os instrumentos são elaborados para representar a temperatura nas escalas Celsius (sueco Anders Celsius - 1742) e Fahrenheit (holandês – Gabriel Fahrenheit – 1714). A relação entre elas e a sua construção estão abaixo apresentadas Conversão entre escalas: 1,8 ( o C) + 32 = ( o F) K = ( o C) + 273 INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 30 ESCALA CELSIUS ESCALA FAHRENHEIT ESCALA KELVIN temp gelo = 0 o C temp. vapor = 100 o C n o de div. - 100 temp gelo = 32 o F temp. vapor = 212 o F n o de div. - 180 temp. gelo = 273 K n o de div. = escala Celcius o zero é chamado de zero absoluto (temp. teórica) 3.2 TIPOS DE MEDIDORES 3.2.1 TERMÔMETRO A EXPANSÃO DE GÁS O seu funcionamento está baseado na variação da pressão que um gás inerte (ideal) sofre com a variação de temperatura. De maneira simplificada, é um manômetro de Bourdon graduado em temperatura. É constituído de três partes interligadas, que contém no seu interior o gás pressurizado. São elas: Bulbo sensor – elemento responsável por captar a temperatura. Capilar – responsável pela transmissão da pressão até o mecanismo indicador. Tubo de Bourdon – recebe o sinal de pressão e movimenta o mecanismo indicador. A sua faixa de utilização está compreendida entre –200 a 700 o C. Os gases utilizados são Hélio, Hidrogênio, Nitrogênio e Dióxido de carbono, sendo que o material do bulbo pode ser aço inox, cobre, latão ou monel. 100 oC 0 oC 100 div. 212 oF 32 oF 180 div. 373 K oC 273 K 100 div. zero absoluto INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 31 3.2.2 TERMÔMETRO BIMETÁLICO O seu funcionamento está baseado na dilatação linear dos materiais metálicos devido à variação de temperatura que os mesmos são submetidos. A dilatação linear dos metais depende dos seguintes fatores (ver expressão abaixo): coeficiente de dilatação linear. lo comprimento do material. t variação de temperatura que o material está sendo submetido PAR BIMETÁLICO – Na prática, a deformação apresentada por uma barra de material metálico é muito pequena para ser convertida em informação de temperatura. O artifício utilizado se constitui de uma lâmina com dois materiais metálicos com coeficientes de dilatação linear bem distintos. Um acréscimo de temperatura fará com que o material de coeficiente maior curve o par bimetálico amplificando o sinal de deformação. Comercialmente a lâmina bimetálica é enrolada em forma helicoidal, o que aumenta a sensibilidade do instrumento bem como a sua faixa de medida. MATERIAIS DO PAR BIMETÁLICO Com baixo coeficiente de dilatação INVAR – liga de aço com 36% de níquel. O seu coeficiente é 1/20 da maioria dos metais. Com alto coeficiente de dilatação LATÃO ou LIGAS DE NÍQUEL (para temp. mais elevadas). l = . lo . t INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 32 3.2.3 TERMOPAR – É o sensor de temperatura mais utilizado industrialmente. Ele cobre uma faixa bastante extensa de temperatura que vai de -200 a 2300 o C aproximadamente, com uma boa exatidão, e repetitividade aceitável, tudo isto a um custo relativamente econômico, se comparado a outros tipos de sensores de temperatura. Um termopar, ou par termoelétrico, consiste de dois condutores metálicos de natureza diferente, puros ou de ligas homogêneas. Os fios são unidos em um extremo, e as outras extremidades são levadas ao instrumento medidor por onde flui a corrente gerada. O fenômeno da termoeletricidade foi descoberto em 1821 por T.J. Seebeck. Ele notou que em um circuito fechado formado por dois condutores metálicos distintos (A e B), quando submetidos a um diferencial de temperatura entre as suas junções, ocorre uma circulação de corrente elétrica. Quando este circuito é interrompido surge uma força eletro-motriz (F.E.M.), que depende das temperaturas das junções e da composição dos dois metais. metal A metal B I T1 T2 metal A metal B T1 T2 FEM INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 33 A junção submetida à temperatura a ser medida é chamada de Junção de medição ou junta quente. A outra extremidade, que é ligada ao instrumento medidor, se chama Junção de referência ou junta fria. Quando a temperatura da junção de referência é mantida constante, verifica-se que a F.E.M. térmica depende da variação de temperatura na junção de medição. Isto permite utilizar este circuito como um medidor de temperatura, pois conhecendo a Tref e a F.E.M. gerada, determina-se a Tjq. 3.2.3.1 LEIS DO CIRCUITO TERMOELÉTRICO a) Lei do Circuito Homogêneo A F.E.M. gerada por um termopar depende única e exclusivamente da composição química dos dois metais e das temperaturas entre as duas junções, ou seja, a tensão gerada independe do gradiente de temperatura ao longo dos fios. Todas as temperaturas intermediárias não interferem na FEM resultante. b) Lei dos Metais Intermediários A F.E.M. gerada num par termoelétrico não será alterada ao inserirmos em qualquer ponto do circuito, um metal genérico diferente dos que compõe o sensor, desde que as novas junções formadas sejam mantidas na mesma temperatura. Uma aplicação prática desta lei é que o instrumento de medição pode ser inserido em qualquer ponto do circuito termoelétrico sem alterar a FEM original, assim como o usodos contatos de latão ou cobre no bloco de ligação. mV junta de referência junta quente metal B metal A A F.E.M. gerada depende: - Da diferença de temperatura entre a junção quente e a junta de referência. - Dos tipos de materiais que o termopar é constituído. metal A metal B T1 T2 T3 T4 INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 34 c) Lei das Temperaturas Intermediárias A F.E.M. gerada em um circuito termoelétrico com suas junções às temperaturas T1 e T3 respectivamente, é a soma algébrica da F.E.M. gerada com as junções às temperaturas T1 e T2 e a F.E.M. do mesmo circuito com as junções às temperaturas de T2 e T3. Uma conseqüência desta lei é o uso dos cabos compensados, que tendo as mesmas características termoelétricas do termopar, podem ser introduzidos no circuito sem causar erros no sinal gerado. 3.2.3.2 RELAÇÃO entre TEMPERATURA e SINAL ELÉTRICO Para chegar ao valor de temperatura captado pela junta quente no ambiente desejado (forno, tubulação, equipamento...) há necessidade do conhecimento da relação entre sinal gerado (mV) e diferença de temperatura que o causou para cada termopar. Existem tabelas que correlacionam estas grandezas, e que são elaboradas colocando- se a junta de referência a temperatura de 0 ºC. Estas tabelas são elaboradas a partir das curvas características de cada termopar, e estão colocadas em anexo a este material. metal A metal B T1 T2 T3 metal C metal A metal B T1 T2 metal A metal B T2 T3 metal A metal B T1 T3 FEM (T2-1) + FEM (T3-2) = FEM (T3-1) INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 35 Na prática, a determinação da temperatura da junta de medição (junta quente) se dá através de diferentes métodos. Eles diferem entre si no modo como se mantém a junta de referência a um valor constante, são eles: Com temperatura a 0 ºC. Com aquecimento controlado por termostato e compensação do sinal correspondente. Com compensação eletrônica da junta de referência. a) Com temperatura de referência a 0 o C A temperatura é mantida em 0 o C através de um banho de gelo, sendo que a leitura é feita utilizando a tabela relativa a cada termopar. O sinal lido no milivoltímetro corresponde à diferença de temperatura entre junta quente e junta de referência. Este método ainda é muito usado em laboratórios, pois consiste num método relativamente simples e de grande precisão. POTÊNCIA TERMOELÉTRICA É a relação do sinal de tensão gerado com a da variação de temperatura. Ex.: No gráfico ao lado o termopar tipo K possui maior potência termoelétrica que o tipo S. junta quente mV metal B metal A junta de referência H2 O + gelo INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 36 T = Tjunta quente – T ref SINAL T = SINAL Tjunta quente - SINAL T ref SINAL Tjunta quente = SINAL T + SINAL T ref A temperatura é determinada selecionando nas tabelas do termopar o valor correspondente ao sinal da temperatura da junta quente calculado na expressão acima. Ex 1: O sinal gerado por um termopar tipo R ,com junta de referência a 0 o C foi de 4,082 mV. A temperatura (consultando a tabela) é de: b) Aquecimento controlado por termostato Difere do tipo anterior com relação à temperatura de referência (valor acima de zero) que é mantida através de resistências elétricas controladas por termostato, que proporcionam condições mais favoráveis de utilização industrial. O sinal correspondente a esta temperatura é fornecido por um circuito de compensação para o instrumento receptor. Ex 2.: O mesmo termopar TIPO R, do exemplo anterior, está com a junta de referência regulada em 25 o C. Se o sinal captado for 0,794 mV, qual a temperatura na junta quente ? sinal 4,083 mv + sinal 0,000 mV sinal 4,083 mV Tjq = 464 o C Fonte: SALCAS INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 37 c) Com compensação eletrônica da junta de referência O sinal captado pelo instrumento já fornece o valor corrigido. Nestes instrumentos encontra-se um sensor de temperatura que pode ser uma termoresistência, termistor, associado a um circuito conversor, que mede continuamente a temperatura ambiente e suas variações, adicionando ao sinal que chega do termosensor uma tensão correspondente à diferença da temperatura ambiente para a temperatura de 0 0 C. 3.2.3.3 CONVERSÃO TENSÃO X TEMPERATURA Como a relação F.E.M. x temperatura de um termopar não é linear, o instrumento indicador deve de algum modo linearizar o sinal gerado pelo sensor. Em instrumentos digitais usa-se a equação matemática que descreve a curva do sensor armazenada em memória. Esta equação é um polinômio, que a depender da precisão requerida pode alcançar uma ordem de até 9 o grau. Teoricamente, a conversão do sinal de tensão lido em um milivoltímetro é realizada com a utilização e leitura das tabelas fornecidas pelos fabricantes para cada tipo de termopar. Alguns exemplos de como se realizam a leitura nestas tabelas já foram colocados no exemplo anterior, e ao final do capítulo foram propostos exercícios adicionais de leitura de tabelas de termopares. Obs.: Algumas tabelas estão em anexo a este material, e estão disponíveis nos sites dos fabricantes. 1º passo 2º passo sinal 0,794 mv + sinal 0,141 mV -- Tref = 25 o C (lido na tabela) sinal 0,935 mV Tjq = 137 o C INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 38 3.2.3.4 TIPOS E CARACTERÍSTICAS DE TERMOPARES Foram desenvolvidas diversas combinações de pares termoelétricos, constituídos de ligas metálicas puras ou de composição homogenia de outros metais, que atendem a diversas faixas de medição de temperatura. Cada liga padronizada recebe uma denominação que é adotada independentemente do fabricante, conforme será apresentado posteriormente. Cada tipo de termopar possui características adicionais que proporcionam a sua aplicação a diversas condições de ambiente de medição. A sua sensibilidade, também conhecida como potência termoelétrica (mV/ o C), as características de homogeneidade dos fios, resistência à corrosão, linearidade entre temperatura e tensão, entre outros, são as principais características que eles apresentam. Os termopares estão classificados de acordo com o seu tipo e as suas características construtivas. O tipo é função dos materiais de que são constituídos. a) Quanto às características construtivas, temos: Termopar convencional Termopar de isolação mineral. Termopar convencional – são constituídos de fios de materiais diferentes montados dentro de tubo de proteção, necessitando isoladores (miçangas), blocos de ligação... Acessórios para termopares convencionais INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 39 Termopar de isolação mineral – foram desenvolvidos para aplicações maiscríticas (industriais nucleares), onde os condutores ficam totalmente protegidos das atmosferas exteriores, aumentando a sua estabilidade, resistência mecânica e durabilidade. b) Quanto ao tipo dos metais: Os termopares recebem um “apelido” relacionado com a composição dos materiais metálicos que o constitui. Cada um dos termoelementos tem uma polaridade definida, sendo importante o seu conhecimento no momento de sua ligação ao dispositivo de indicação ou controle. A seguir serão apresentados alguns tipos de termopares mais utilizados industrialmente, abordando suas principais características. BÁSICOS – são os termopares de maior uso industrial, com custo relativamente baixo, e com limite de erro maior. NOBRES – são constituídos com ligas de platina, com custo maior, com maior exatidão e com baixa potência termoelétrica (sensibilidade). NOVOS – desenvolvidos para aplicações especiais onde os outros termopares não podem ser utilizados satisfatoriamente. São utilizados metais com tungstênio, Rhênio, Irídio... termoelementos bainha metálica isolação mineral Poços de proteção INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 40 TIPO DE TERMOPAR MATERIAIS FAIXA DE UTILIZAÇÃO APLICAÇÕES B Á S I C O S TIPO T Cobre (+) Constantan ( - ) - 200 o C a 350 o C Para baixas temperaturas em geral, indústrias de refrigeração e ar condicionado. TIPO J Ferro (+) Cosntantan ( - ) - 40 o C a 750 o C Bastante utilizado industrialmente, baixo custo (indústria metalúrgica, química, petroquímica ...) TIPO K Chromel (+) Alumel ( - ) - 200 o C a 1200 o C Mais utilizado industrialmente (larga faixa), e principalmente acima de 700 o C TIPO E Chromel (+) Cosntantan ( - ) - 200 o C a 980 o C Possui a maior potência termoelétrica, possibilitando a detecção de variações mínimas de temperatura. N O B R E S TIPO R Platina Rhodio 10%(+) Platina ( - ) 0 o C a 1768 o C Onde se requer maior sensibilidade e precisão e principalmente para temperaturas mais elevadas. Indústrias de vidro, cerâmica, siderúrgicas. Possuem pequena potência termoelétrica. TIPO S Platina Rhodio 13%(+) Platina ( - ) TIPO B Platina Rhodio 30% (+) Platina Rhodio 6% ( - ) 600 o C a 1700 o C Para temperaturas acima de 1600 o C, com instrumentação da altíssima sensibilidade Obs.: Constantan – liga de cobre e níquel; Chromel – liga de cromo e níquel; Alumel – liga de alumínio e níquel 3.2.3.5 FIOS E CABOS DE EXTENSÃO E COMPENSAÇÃO Na grande maioria das aplicações dos termopares na medição de temperatura, o processo industrial fica a grandes distâncias do instrumento receptor (indicação, registro ou controle). Apesar de tecnicamente podermos utilizar um termopar de comprimento tal que vá do processo ao instrumento, os grandes custos para este tipo de montagem inviabilizam-na totalmente (principalmente no caso de termopares nobres). Poderíamos também usar para interligar o elemento sensor com o receptor, fios de cobre comuns, conduzindo o sinal gerado pelo termopar até o instrumento. Mas como o termopar gera um sinal proporcional à diferença de temperatura entre suas junções (E gerada = E temp.j.medição - E temp. j.referência), e como normalmente a temperatura do instrumento não é a mesma da junção de referência do termopar; torna-se necessário que o instrumento seja ligado ao sensor através de fios que possuam uma curva similar àquela do termopar, a fim de compensar a diferença de temperatura existente entre a junção de referência e o instrumento e para que no instrumento possa ser efetuada corretamente a compensação da temperatura ambiente. INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 41 Portanto, fios e cabos de extensão e compensação (ou fios e cabos compensados), nada mais são que outros termopares, cuja função além de conduzir o sinal gerado pelo sensor, é a de compensar os gradientes de temperatura existentes entre a junção de referência (cabeçote) do sensor e os bornes do instrumento, gerando um sinal proporcional de tensão (milivolts) a este gradiente. Fios ou cabos de extensão – São constituídos de mesma liga dos termopares a que se destinam, porém com menor pureza. Utilizados em termopares básicos tipos T, J, E e K. Apesar de possuírem a mesma liga dos termopares, apresentam um custo menor pois sua composição química não é tão homogênea quanto a do termopar. A Tmáx recomendada para utilização é 200 o C. Fios ou cabos de compensação – São constituídos com ligas de materiais diferentes dos termopares a que se destinam, porém com curva de característica equivalente para a faixa de temperatura de sua aplicação. Utilizados em termopares nobres (constituídos de platina). Os materiais têm que ser diferentes, pois a platina tem custo elevado. Cuidados na ligação dos fios de extensão: A instalação destes fios deve ficar longe de linhas de força, chaves contactoras, relés... , devido à indução de ruídos elétricos, e conseqüente instabilidade na leitura. Cada tipo de termopar requer um fio de extensão/compensação diferente, sendo que eles são padronizados por cores. Como o termopar gera um sinal contínuo de tensão (pilha térmica) com polaridade definida, logo o fio de extensão/compensação deve ser ligado respeitando a polaridade, pois as tensões devem ser somadas. Ex.: Termopar tipo K fio de extensão tipo KX. A tabela a seguir fornece os tipos de fios de extensão/compensação mais utilizados e a sua codificação segundo duas normas adotadas no Brasil. Fio positivo do termopar ligado com fio positivo do fio de extensão/compensação mV junta de referência junta quente metal B metal A termopar Fios de extensão ou de compensação Terminais do termopar INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 42 3.2.3.6 Critérios para seleção de termopares – A correta seleção e instalação de termopares e fios de extensão são fundamentais para que os termopares apresentem boas características de precisão , estabilidade e durabilidade. A seguir estão listados os fatores importantes a serem considerados. Faixa de temperatura – determinará o tipo a ser utilizado, ou as possíveis possibilidades de escolha. Exatidão – tem que ser adequada ao trabalho a que se destina. Custo – depende da exatidão requerida e do tipo de termopar. Ex.: linha standart, especial, tipo nobre. Estabilidade e repetitividade – exigências que garantirão a vida longa do sensor e a sua confiabilidade. Velocidade de resposta – está relacionada principalmente com o tipo de junta e a utilização de poços de proteção. Potência termoelétrica – termopares com pequena potência necessitam de instrumentos de alta sensibilidade. Condições do processo/equipamento – a atmosfera onde o sensor será inserido aliado à faixa de temperatura de trabalho, são muito importantes na seleção do tipo, bem como dos acessórios a serem utilizados. 3.2.3.7 Informações complementares Tipos de junção – Junção exposta: o contato é direto com o processo. Junção aterrada: os fios do termopar vêm ligados ao tubo de proteção metálico. Junção isolada: os fios não têm contato com a proteção metálica, e o processo. Fonte: ECIL INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 43Relação bitola dos fios x temperatura A bitola dos termoelementos não influencia o sinal gerado, e sim o limite de temperatura que o mesmo atinge. Tem influência, também, na velocidade de resposta, devido à massa envolvida. “Quanto maior a bitola dos termopares, maior o limite de temperatura que ele atinge“ “Quanto maior a bitola dos termopares, menor a velocidade de resposta” Relação bitola x temperatura máxima ( o C) Tipo de termopar Bitola 8 AWG ( 3,26 mm) Bitola 14 AWG ( 1,63 mm) Bitola 20 AWG ( 0,81 mm) Bitola 24 AWG ( 0,51 mm) J 760 590 480 370 K 1260 1090 980 870 S e R - - - 1480 T - 370 260 200 Forma construtiva, e acessórios de montagem – Isoladores (miçangas) – Utilizados em termopares convencionais, são feitos de materiais resistentes a altas temperaturas e isolantes elétricos (cerâmica ou alumina). Para os termopares de isolação mineral, é um pó de óxido de magnésio altamente compactado. junção aterrada - grande velocidade de resposta. - sujeito a interferências eletromagnéticas junção isolada - menor velocidade de resposta. junção exposta - grande velocidade de resposta. - contaminação e deteriorização da junta. - sujeito a interferências eletromagnéticas INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 44 Blocos de ligação – Tem a função de interligar o termopar com os fios de extensão ou compensação, dentro do cabeçote. Cabeçotes – Tem como função proteger os contatos, facilitar a conexão ao tubo de proteção e manter a temperatura estável nos contatos do bloco de ligação. São feitos normalmente de alumínio ou ferro fundido. Tubos de proteção – É um recipiente metálico, geralmente de aço inox (podendo ser de ferro, cerâmica), que protege o termopar contra efeitos nocivos do ambiente. Tem como inconveniente o aumento do tempo de resposta. Comprimento do termopar – O que define o seu comprimento são as características do processo, fatores operacionais e construtivos dos equipamentos. O comprimento não interfere no valor do sinal gerado Ruídos em termopares - Ruído é qualquer distúrbio ou sinal falso, que pode atingir a linha de transmissão do termopar e se superpor ao sinal original, alterando o conteúdo das informações (sinal de tensão de baixo nível – mV), e reduzindo a precisão das medidas, tornando o controle mais instável e menos confiável. Tipos de ruídos: Eletrostáticos – Devido a campos elétricos próximos ao sistema de medição, oriundos de linhas de força próximas ao sensor ou ao cabo. São atenuados através de blindagem magnética e aterramento do cabo, e do distanciamento das linhas de força. INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 45 De modo comum – Causados por aterramento ineficiente, ou diferentes potenciais de terra. Ruídos magnéticos – São gerados por campos magnéticos gerados pela circulação de corrente em condutores elétricos. A minimização se dá através da torção dos fios de extensão, cancelando o efeito da indução causada Para uma melhor proteção, os fios de extensão ou compensação devem ser torcidos e blindados. Transmissores de sinais – Substituem os fios e cabos de extensão, solucionando o problema de ruídos nas suas linhas de transmissão, através da conversão do sinal de baixa intensidade, em sinal de alto nível (4 a 20mA), ou sinal digital. Podem ser digitais ou analógicos. Os transmissores digitais são microprocessados, e tem armazenado em memória as características de resposta dos principais tipos de termopares e termometros de resistência. Se comunicam com sinal digital, através de um software sopervisório. È configurado por intermédio de um computador, através de uma interface serial tipo RS232. Os transmissores analógicos utilizam o sinal de comunicação de 4 a 20 mA e podem ser utilizados para os diversos tipos de termopares, através de um procedimento de calibração. O uso de transmissores possibilita a utilização de fios de cobre para as linhas de transmissão, sem necessitar blindagem ou aterramento. INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 46 Tabela para recomendação de utilização de termopares e poços de proteção EXERCÍCIOS – Leitura de tabelas de termopares 1 – Determine o sinal gerado por um termopar tipo K (cromel-alumel), dados: a) temperatura na junta quente (TJQ) 435ºC e temperatura ambiente de 23ºC. b) TJQ = 443ºC e Tref = 31ºC 2 – Sabendo-se que o sinal medido através de um milivoltímetro (termopar tipo R) foi de 15,467mV, e que a temperatura ambiente está em 38ºC, qual a temperatura medida pelo termopar ? 3 – De posse dos dados do exercício 2, e sabendo que o sinal será transmitido à distância com utilização de fios de cobre (cabos não compensados), que valor o controlador indicará se a temperatura de compensação na sala de controle a 22ºC. Qual o erro nesta condição? Fonte: NAKA instrumentação industrial INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 47 3.2.4 TERMÔMETRO DE RESISTÊNCIA - Os sensores que modificam a sua resistência são conhecidos como RTDs - resistências termicamente dependentes. Elas podem ser agrupadas em PTCs ou NTCs. PTC significa coeficiente positivo de variação de temperatura, ou seja, aumenta temperatura, aumenta a sua resistência. NTC significa coeficiente negativo de variação de temperatura, ou seja, aumenta temperatura, diminui a sua resistência. Princípio de funcionamento As termo-resistências, são sensores de altíssima exatidão, estabilidade e repetibilidade, permitindo seu uso tanto em indústria, como em laboratórios e centros de pesquisa. O seu funcionamento está baseado na variação da resistência elétrica que ocorre devido à variação da temperatura que o material metálico é submetido, causando um acréscimo de resistência com a elevação de temperatura. A relação entre resistência elétrica e temperatura é dada pela equação abaixo: R(t) = R0 (1 + a t + b t 2 + c t 3 ) Ro - Resistência a 0 o C a, b, c ou α... – coeficientes de variação de resistência do metal t - temperatura De forma simplificada pode ser utilizada a equação dada por: R(t) = R0 (1 + α t) BULBO DE RESISTÊNCIA Este sensor pode ser constituído de um fio metálico bastante fino enrolado e encapsulado em suporte isolante (cerâmica, vidro ou mica) ou com tecnologia de INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 48 filmes espessos ou filmes finos. Estes filmes são depositados em um substrato fino e plano de cerâmica e encapsulados com vidro ou cerâmica. O bulbo é colocado no ambiente aonde vai se medir a temperatura através de um poço de proteção. Ele é parte integrante de um circuito eletrônico, que através da circulação de corrente detecta as variações de temperatura decorrentes da mudança de sua resistência. Materiais utilizados: Platina (Pt) de - 220 a 800 o C Níquel (Ni) de - 200 a 300 o C Cobre (Cu) de - 200 a 120 o C Convencionou-se chamar de Pt-100, a termoresistência de platina que apresenta uma resistência ôhmica de 100 à 0ºC. Existem também outros tipos Pt-500, Pt-1000,C25 entre outros. A exatidão alcançada por este tipo de sensor pode alcançar 0,01 o C, industrialmente apresentam exatidão de 0,5 o C. Os métodos de fabricação de filmes finos permitem obter a resistência típica de 100 Ohms do sensor, com uma pequena massa e volume. Como resultado, o tempo de resposta de um RDT de filme é reduzido de forma apreciável, como mostra a figura. INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 49 ESQUEMA DE MONTAGEM A variação de resistência sofrida pelo bulbo de resistência não é medida através de um ohmímetro, e sim com um circuito auxiliar que converte esta variação em variação de corrente elétrica (mA) ou tensão. O circuito responsável por esta conversão é o circuito em “Ponte de Wheatstone”, porém ele não proporciona um valor padronizado de sinal, sendo necessária a amplificação e modulação posterior do mesmo. LIGAÇÃO A DOIS FIOS: Esta montagem não é recomendada quando a distância entre o detector do sinal e o sensor estiver acima de 10m, pois as resistências adicionais dos fios de interligação causam erro se somando ao valor lido pelo sensor. LIGAÇÃO A TRÊS FIOS: É recomendada para instalações industriais, uma vez que o acréscimo da resistência do fio de interligação é somado aos dois ramos apostos do circuito, realizando a compensação automática. Pt 100 R1 R3 R2 mA Pt 100 R1 R3 R2 mA INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 50 3.2.5 TERMISTORES São resistores sensíveis à temperatura, constituídos de materiais semicondutores. Normalmente óxidos metálicos aglutinados a altas temperaturas (óxido de níquel, de cobalto, de magnésio, e sulfeto de ferro, alumínio ou cobre). Possuem como características básicas, elevada resistividade (ρ), robustez e durabilidade ilimitada. Apresentam uma resistência que decresce com a temperatura, são os chamados NTC (negative temperature coeficiente). Enquanto o termopar é transdutor de temperatura o mais versátil e o termo resistor é o mais estável, a palavra que melhor descreve o termistor é sensibilidade, já que apresentam grande variação da resistência com a temperatura. Entretanto são extremamente não lineares, se comparados com os outros transdutores. R = R0 exp [ 1 - _1 )] T To R é a resistência do termistor na temperatura T R0 é a resistência do termistor na temperatura T0 é a constante do material (3000 - 5000 K). INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 51 Analisando a curva característica de um termistor duas constatações podem ser verificadas: - a resistência diminui com o aumento da temperatura - a relação entre resistência e temperatura não é linear (logarítmica). Possui alta sensibilidade e pequena inércia térmica, podendo comandar o aquecimento e manter a temperatura dentro de uma faixa de ±0,02 °C. O intervalo de medida de temperatura com termistores, na prática, esta limitado a 100 ºC, devido a estabilidade pobre do sensor quando submetido a altas temperaturas. 3.2.6 SENSORES INTEGRADOS Este tipo de sensor de temperatura é um regulador de corrente constante sobre uma temperatura de -55 a 150 °C. As características, corrente de saída versus voltagem de entrada para várias temperaturas são mostradas no gráfico abaixo. A temperatura fornece energia para que elétrons da banda de valência passem para a banda de condução. Isto aumenta o número de portadores na região de depleção diminuindo a resistência da junção. Eles fornecem normalmente uma saída em corrente proporcional a temperatura absoluta, quando uma voltagem entre 4 e 30 V é aplicada nos seus terminais. O sensor de temperatura integrado é ideal para aplicações remotas uma vez que ele age como fonte de corrente constante e como resultado, a resistência dos fios de ligação não afeta a medida. T = 473K T = 300K T = 218K INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE - CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE - Prof.ª ANDREA FISCHER - 03/05/2011 52 3.2.7 PIRÔMETRO DE RADIAÇÃO - Este tipo de medidor converte energia radiante total emitida por um corpo em energia elétrica. O detector possui lentes que focalizam a energia radiante emitida pelo corpo quente no sensor composto de termopares associados em série e arranjados em círculo, denominado termopilha. Esta termopilha absorve a energia radiante e gera uma força eletromotriz que é diretamente proporcional a temperatura do corpo quente. O sinal de saída é independente da distância do alvo, desde que o campo de visão do sistema ótico esteja totalmente preenchido pelo corpo. Nos equipamentos industriais existe uma mira laser que seleciona a fonte emissora de temperatura que o mesmo está medindo. Este tipo de termômetro pode ler temperaturas na faixa de – 50 a 3850 o C, e tem sua aplicação cada vez mais intensificada na diagnose e inspeção preventiva de equipamentos em geral. 3.2.8 PIRÔMETRO ÓTICO Medem temperatura através da comparação entre o brilho que o corpo apresenta devido ao seu estado térmico e o filamento de uma lâmpada padrão. Para esta comparação são utilizados filtros adequados que proporcionam ao observador condições de comparação visual entre as duas fontes de brilho. Esta comparação é possível devido ao fato que as informações relativas ao comportamento fotométrico dos materiais são bem conhecidas, e portanto tem-se como determinar a correlação existente entre temperatura e brilho emitido. A comparação é feita através de 2 métodos, sendo que ambos buscam o desaparecimento do filamento da lâmpada: a - Variando a corrente no filamento da lâmpada até ser atingido o mesmo brilho da fonte térmica. b - Por variação ótica do brilho (jogo de filtros e lentes) da fonte térmica , conservando constante a corrente através da lâmpada. As faixas de utilização deste termômetro estão entre duas faixas distintas, 750 o C à 1200 o C e 1050 o C à 1750 o C, podendo chegar até 5500 o C com filtros especiais. A exatidão a nível industrial chega a 5 o C . 00.00 lente termopilha corpo quente
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