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Consulta Pediátrica

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Aluna: Luisa Trindade Vieira - 72D 
Disciplina: Saúde da criança e do adolescente I 
Professores: Roberto e Eisler 
Faculdade Ciências Médicas MG 
 
Consulta Pediatrica: 
 
O que é pediatria? 
A pediatria é o ramo da medicina que é responsável pelos cuidados da saúde da criança e do 
adolescente, sendo que hoje em dia, temos um ramo mais específico, que cuidam dos 
adolescentes, que é a herbiatria e normalmente o herbiatra, primeiramente é pediatra. 
 
Desafios da pediatria: 
• Compreensão da criança na sua totalidade: Hoje em dia, cada vez mais, nós temos o 
conhecimento de que cada doença, se expressa em uma criança de uma forma muito 
particular, dependendo da bagagem que cada criança tem. Por exemplo: Uma mãe que 
abortou (espontaneamente), antes de ter tido seu primeiro filho, ela tem um cuidado 
extremo com a criança, diante da demora para ter atingido seu objetivo, logo, ela tem 
muito medo de acontecer qualquer coisa. POR ISSO TEMOS QUE TRATAR PESSOAS 
COMO O INDIVÍDUO QUE ELA É, QUAL A BAGAGEM QUE ELA TEM, E NÃO TODOS 
COMO IGUAIS; 
• Buscar um novo modelo de atendimento: O modelo muito racional e frio que era exercido 
antigamente não cabe mais, sendo que hoje em dia o atendimento deve ser mais humano, 
estabelecendo empatia (isso ajuda MUITO na condução do caso do paciente). SEJA UM 
MÉDICO MAIS HUMANO POSSÍVEL, SEMPRE TENTANDO RESOLVER A DEMANDA QUE 
O PACIENTE TEM PARA VOCÊ; 
• Cuidar de crianças que terão longevidade: É importante termos consciência, que essas 
crianças irão viver por muito tempo, e que o cuidado que temos com ela, irá refletir no 
futuro dela, como por exemplo: A ingestão de cálcio que a criança realiza, nos primeiros 
anos da vida, influenciam muito na incidência de osteoporose, se ela ingere pouco, a chance 
de ela adquirir é maior, além do fato das crianças estarem mamando nos seios, diminuirem 
os riscos de doenças crônicas; 
• Lidar com o desenvolvimento das tecnologias: Não só nós como médicos, mas também o 
uso de tecnologia pelas crianças. Nós como médicos devemos saber utilizar as tecnologias 
ao nosso favor, mas nada sobrepõe uma consulta, a uma boa anamnese, e um bom 
exame físico. Além disso, possui a questão do uso das tecnologias pelas crianças, pois até 
os 2 anos de idade, elas não deveriam ter contato com nenhum tipo de eletrônico (celular, 
tablet...), mas ao longo da vida ela terá, logo, devemos fazer disso uma coisa positiva → 
Crianças utilizando computadores para pesquisa, ou jogar um jogo (por pouco tempo) para 
se distrair. Esse tempo de uso não pode passar de 2 horas, para não prejudicar o tempo 
para a realização de outras coisas, como ATIVIDADES FÍSICAS, o contato com amigos e 
família. 
 
A consulta médica pediátrica: 
A consulta médica é um momento singular da prática médica, pois constitui do encontro do 
paciente com o médico, estabelecendo então uma relação, que tem como objetivo final 
responder a uma demanda trazida pelo paciente → PARA QUE SEJA FEITA UMA BOA 
CONSULTA MÉDICA, é necessário duas coisas: Conhecimento técnico e Empatia (estabelecer 
um laço com o paciente é essencial, para que os pais e a criança nos deem todas as informações 
necessárias para a solução correta do caso, ou seja, eles devem se sentir a vontade na consulta). 
A consulta pediátrica possui algumas particularidades: 
• Se trata de uma relação à 3: Médico, criança e o cuidador da criança. Com isso, toda a 
configuração fica modificada, sendo que muitas das consultas pediátricas são para resolver 
os anseios do cuidador, e a criança está ótima. 
• A criança é um ser em crescimento e desenvolvimento. Com isso, a criança é incapaz de 
manifestar suas queixas de forma clara, logo, os cuidadores que percebem que as crianças 
estão com um comportamento diferente, e levam para o médico, supondo o que seja 
para que ele analise; 
• A consulta pediátrica se modifica de acordo com a idade. Uma criança no começo tem 
uma baixa participação na consulta, mas com o passar do tempo, ela começa a ter a 
capacidade de dizer o que está sentindo, a ter “voz” na consulta, porque assim, nós vamos 
vendo a percepção da criança do que ela está sentindo, pois se essa voz é dada a ela, 
com o tempo ela começa a ter mais facilidade de perceber e dizer o que está sendo 
sentido; 
• Crianças menores possuem uma visão negativa do médico, o que dificulta, muitas vezes a 
consulta/exames que devem ser feitos. Com isso, devemos procurar distrair a criança no 
momento da consulta e tentar “cativa-la” o máximo possível, para que a consulta seja 
agradável e que não seja tão desconfortável → SEM O CHORO DA CRIANÇA, A 
PALPAÇÃO DO ABDÔMEN E A AUSCULTA DO TÓRAX SE TORNA MAIS FÁCIL. 
As consultas podem ser divididas de duas formas: 
• Consultas de rotina: São as que normalmente são pré agendadas, em que incluímos a 
puericultura (cuidados contra doenças/prevenção, se a criança está ganhando peso de 
forma adequada...). Essas consultas podem ser de acompanhamento de crianças sadias para 
ver se o seu desenvolvimento está adequado, mas também pode ser realizada diante de 
doenças que devem ser acompanhadas, para que seja observado o andamento da 
doença, como ela está evoluindo; 
Ø PUERICULTURA, O QUE É? 
§ Conjunto de métodos e práticas, que 
tem como objetivo assegurar o pleno 
desenvolvimento e crescimento da 
criança. Por isso, o conceito de 
puericultura, acaba, naturalmente, se 
misturando com o conceito de rotina; →	Recomendações da SBP 
§ A puericultura é mais frequente nos lactentes, pois a velocidade que um recém 
nascido se desenvolve e vai sofrendo modificações, é muito maior que de uma 
criança maior, com isso devemos encontrar de uma forma muito mais frequente, 
para que seja confirmado se tudo está andando conforme deveria! 
§ NÃO É SOMENTE O PEDIATRA QUE PODE REALIZAR CONSULTAS DE 
ROTINAS! MÉDICOS GENERALISTAS PODEM REALIZÁ-LAS E AS ENFERMEIRAS 
(realizam muito bem) TAMBÉM; 
**As recomendações de puericultura são diferentes da SBP, por não ter profissionais 
suficientes no SUS, para a realização de consultas em todas essas datas. PORÉM, O 
MS, SELECIONOU PERÍODOS ESPECÍFICOS (os mais importantes) PARA QUE SEJA 
OBRIGATÓRIO A PUERICULTURA. 
• Consultas eventuais/agudas: Aquelas que ocorrem em função de um problema de saúde 
pontual. 
O tempo da consulta, varia de acordo com a queixa da criança, do estado geral da criança, da 
ansiedade da família, dos procedimentos necessários e das facilidades ou dificuldades do exame 
físico (se a criança fica mais quietinha na consulta, ou se ela é uma criança mais agitada); 
Ambiente da consulta: Deve ser um ambiente onde a família se sinta bem confortável, que tenha 
privacidade, para que a linha de raciocínio do paciente não se perca, seja claro e ventilado (o ideal 
é que se tenha uma janela de luz natural em salas de pediatria, pois a luz artificial utilizadas em 
consultórios são muito amarelas, logo a percepção de cor da criança pode ficar modificada), e 
além disso, é necessário que tenha algum elemento que cative a criança ou o adolescente na 
sala, para que a criança relaxe/se sinta mais confortável. 
Primeira consulta: É o primeiro contato que devemos ter com a criança e, consequentemente, é 
essencial que ela seja feira da forma mais completa possível, e deverá ocorrer na primeira 
semana de vida do recém nascido! Deve ser completa, para que sejam abordados os assuntos 
sobre: Amamentação, imunização (vacinas), teste do pezinho e que tenha uma criação de elo 
legal, entre você e a família da criança. 
⤷ Independentemente se for a primeira consulta do recém nascido, ou se é a primeira vez que 
a criança for no seu consultório, você terá uma chance para criar um elo com a família da 
criança e com a criança, pois se eles não gostarem de você, dificilmente eles voltarão lá! Logo, 
realize uma consulta completa, para que eles tenham a sensação de que eles estão sendo 
completamente assistidos, e que você está perguntando tudo que eles consideram o que você 
precise saber! Além disso, você precisa de ser o maissimpático possível, pois é tudo muito novo 
para os pais, eles estão receosos e com medo. 
Desenvolvimento da consulta: 
• A consulta pediátrica começa, antes mesmo de o médico entrar na sala, pois, muitas 
vezes quando ele passa pela sala de espera, ele ja observa se a criança está brincando (o 
que faz com que ele deduza que o caso dela seja menos grave), ou se a criança está 
mais prostrada (o que indica que sua doença esteja em nível mais avançado, ou que seja 
pior). Essa observação é de extrema importância, pois pode ser que a criança não 
apresente alguns sintomas (como tosse), no meio da consulta, e você pode não observar 
como está esse sintoma, podendo errar o diagnóstico. Além disso, é importante que se 
observe como está a marcha da criança, e qual seu nível de prostração ao andar, se ela 
possui alguma alteração... (se a criança já souber andar, e o pai estiver com ela no colo, 
peça para que ele coloque ela no chão, para que ocorra essa observação); 
• Apresentação: Devemos sempre nos apresentar para os pais da criança, antes que se 
inicie o atendimento → “Olá eu sou -, vou cuidar do atendimento do seu filho(a) hoje, qual 
o nome de vocês, será um prazer cuidar do seu filho, daqui pra frente” 
• Depois da apresentação, você irá orientar como ocorrerá a consulta, dizendo que 
ocorrerá uma entrevista para explicar o que está ocorrendo, quais as queixas... e que 
depois disso, você irá realizar o exame físico, para que chegue a uma conduta que seja a 
melhor possível para a demanda da família; 
• Após tudo isso, será realizada a anamnese (recolher possíveis motivos do paciente estar 
la) e será realizado o exame físico. 
Ø O QUE É A ANAMNESE? 
§ A anamnese na pediatria é um relato feito pelos pais, responsáveis, ou pelo próprio 
paciente, daquilo que está acontecendo com ele/na vida dele, ou seja, ele faz uma 
narrativa da vida dele/história dele para você!! PARTE MUITO IMPORTANTE; 
§ A primeira coisa da anamnese é nunca deixar de preencher o nome da mãe, da 
criança, a idade.... para que nas próximas consultas você saiba falar tudo isso! 
§ Quando a anamnese começa, a mãe pode ser poliqueixosa, ou seja, trazer muitas 
queixas do que o filho vem apresentando/sentindo! Mas é super importante 
perguntar qual a queixa principal, ou seja, o maior sintoma que o trouxe no 
consultório; 
§ Após dita a queixa principal, devemos destrinchar a HISTÓRIA DA MOLÉSTIA 
ATUAL (HDA/HMA), ou seja, você vai fazer uma entrevista para que seja 
entendido o que causou a doença. Para isso, você criará uma narrativa, de um 
relato da família, por meio de perguntas que ajudarão a “investigar” o que 
aconteceu → A CRONOLOGIA que os sintomas apareceram é muito importante 
para diagnosticar de forma correta o tratamento!! 
§ Além disso, é muito importante saber da HISTÓRIA GINECO-OBSTÉTRICA (HGO) 
da mãe e suas complicações, pois elas são importantes na condução dessa criança; 
§ Também é muito importante saber da HISTÓRIA PERINATAL (HPerinatal) da criança 
e sua pontuação de APGAR, que se faz no primeiro ao quinto minuto pós o 
nascimento; 
§ É necessário que seja avaliado o desenvolvimento neuropsico motor (HDNPM), ou 
seja, devemos perguntar aos pais as coisas que a criança ja sabe fazer, nos 
referindo sempre aos marcos de desenvolvimento, como anda o aprendizado na 
escola, se está na série adequada...; 
§ Também devemos perguntar da história alimentar da criança (HAlimentar), 
perguntando sobre aleitamento, até quando foi a ingestão exclusiva de leite, quando 
começou a introdução alimentar, quais foram os alimentos servidos, quais os 
alimentos que ela come no dia (pedir pra ele detalhar bem as refeições da criança 
no dia)...; 
§ É muito importante observar a HISTÓRIA VACINAL (HVacinal), por meio da 
visualização do cartão de vacina; 
§ Também devemos analisar a História Patológica Pregressa (HPP), perguntando sobre 
internações prévias, alergias, uso de medicações, hemotransfusões, fraturas, 
cirurgias, presença de asma.... 
§ Devemos sempre perguntar sobre o HISTÓRICO FAMILIAR (HFam → Perguntar 
sobre casos de asma, se a família é hígida ou possui comorbidades....) e sobre o 
HISTÓRICO SOCIAL (HSocial → Tipo de habitação, número de cômodos e 
números de pessoas que habitam nessa residência, se há separação do casal, as 
condições sanitárias, se possuem animais em casa...) 
***As perguntas e o tipo de atendimento da anamnese variam de acordo com a idade 
da criança e do adolescente. 
**As anamneses de emergência são perguntas mais diretas sobre os sintomas, e saber 
o básico sobre a história pregressa do paciente! 
• Após passar o exame, você chegará nas possíveis hipóteses diagnósticas. POSSÍVEIS? 
NÃO É SOMENTE UMA? Não, pois as hipóteses podem ultrapassar os sintomas sentidos 
pelo paciente! Logo será listado em tópicos tudo que a criança estará sentindo, 
alimentando, sobre a vacinação, sintomas a esclarecer (a/e)... 
• Depois disso, será realizada a propedêutica, ou seja, quais exames você irá pedir, os 
encaminhamentos necessários para a conclusão do diagnóstico... 
• Com isso tudo feito, o médico deverá partir para a terapêutica, que é a prescrição de 
medicamentos (se necessários) e a orientação para a família, de como proceder daqui pra 
frente; 
• Na finalização da consulta, devemos perguntar se há alguma dúvida, se os pais serão 
nossos parceiros/aceitam essa conduta, se despedir e se for o caso, marcar uma nova 
consulta. 
**Ao longo da consulta, será preenchido/registrado tudo em um prontuário, para que seja 
lembrado o que foi pedido ao paciente em uma próxima consulta. 
Consulta de retorno: É uma consulta que vai variar da primeira consulta, sendo que algumas 
vezes a família estará retornando para levar diagnósticos de exames que você pediu, mas outras 
vezes, o paciente sós estará indo para que seja realizado o acompanhamento da saúde! Nos 
retornos nós devemos sempre perguntar se existe algo de novo, alguma queixa nova...

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