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Futurismo, Dadaísmo e Modernismo como influência do movimento punk1 
David Santoro Junior2 
Universidade Municipal de São Caetano do Sul 
 
Resumo 
 
O dadaísmo influenciou ideologicamente o movimento e o design gráfico punk, 
as semelhanças são perceptíveis na diagramação e na apropriação de imagens de ícones 
da sociedade para compor suas mensagens contestadoras. O dadaísmo recriou a arte e 
propôs uma nova visão para a estética artística e também para divulgação de seus 
trabalhos, o punk apresentou novas possibilidades na produção do design gráfico, 
quebrou o paradigma que estabelecia um padrão estético de boa forma para o setor e 
utilizou os fanzines, pósteres e capas de discos para divulgar sua mensagem. 
 
Palavras -chave 
Dadaísmo, modernismo, futurismo, design gráfico, movimento punk, contra-cultura. 
 
Introdução 
Este artigo possui o objetivo de identificar as influências ideológicas e visuais do 
dadaísmo no design gráfico punk, e como estes movimentos apropriaram-se de imagens 
para aplicá-las em um novo contexto e assim produzir mensagens criticas sobre a 
sociedade e seus ideais políticos. Esta pesquisa aponta as origens do futurismo, 
dadaísmo e do modernismo brasileiro, quais foram os meios utilizados para divulgação 
deste novo ponto de vista cultural e quais são as semelhanças com o movimento punk na 
produção e divulgação de mensagens. A memória e momento histórico do futurismo e 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
1	
   Trabalho	
   apresentado	
   no	
   GT	
   6,	
   Simpósio	
   Internacional	
   Comunicação	
   e	
   Cultura:	
   Aproximações	
   com	
  
Memória	
  e	
  História	
  Oral,	
  realizado	
  na	
  Universidade	
  Municipal	
  de	
  São	
  Caetano	
  do	
  Sul,	
  São	
  Caetano	
  do	
  Sul	
  –	
  São	
  
Paulo,	
  de	
  27	
  a	
  30	
  de	
  abril	
  de	
  2015.	
  	
  
2 Mestrando em comunicação no Programa de Pós Graduação da universidade Municipal de São Caetano 
do sul. Área de concentração: Comunicação e Inovação. Linha de pesquisa: Linguagens na Comunicação: 
mídias e inovação. Orientador: Professora Doutora Regina Rossetti. 
	
  
 
 
 
do movimento punk foram contextualizados para explicar como os fatores externos 
influenciaram as suas manifestações artísticas e como estas expressões registram a 
memória de um grupo que não aceitava o comportamento social imposto pela 
sociedade. Também é constatado o fato de como uma cultura periférica, como o punk, 
desenvolve-se ao ponto de influenciar a cultura dominante. 
 
Futurismo, Dadaísmo e Modernismo como influência do movimento punk 
Oficialmente o movimento punk começou em meados dos anos 70, e o álbum dos 
Sex Pistols Never Mind the Bollocks. Here the Sex Pistols, lançado em 1977 foi o marco 
desta cultura, porém se analisarmos melhor, podemos encontrar semelhanças do punk 
com outros movimentos artísticos do início do século XX. 
O Futurismo surgiu em 1909, quando o artista Filipo Marinetti publicou no Jornal 
Francês Le Figaro, o manifesto futurista, que rejeitava o moralismo e propunha uma 
nova beleza baseada na velocidade e violência. A diferença entre arte e design é 
abandonada e a propaganda foi adotada como veículo para exposição das novas ideias, 
devido a sua objetividade. Influenciados por filósofos como Hegel, este movimento 
artístico, era extremista em relação aos valores e os costumes da época, a ideia de 
destruir museus para apagar o passado e construir o novo era defendida, a violência 
ficava por conta do ponto de vista que justificava as guerras como uma higienização da 
sociedade e evolução dos valores sociais. 
A revista Berliense Der Dada definiu o dadaísmo como um seguro contra 
incêndio, uma arte e não ser nada e ser tudo, as respostas contraditórias apresentavam a 
sua principal característica, no qual tudo poderia ser arte, era uma questão de 
formatação do significado desejado. O movimento não era uma manifestação artística, 
literária, filosófica ou política, era tudo e contra tudo, era a anti-arte, um movimento que 
destruía os conceitos estabelecidos e buscava uma nova razão para representar os 
sentimentos humanos. ELGER (2011). 
A cidade de Zurique na Suíça tornou-se um refugio para artistas europeus após a 
1º Guerra Mundial, o ponto de encontro era o café Cabaret Voltaire um ambiente 
acolhedor aos exilados. Estes artistas questionaram a arte antes da guerra, e nasceu um 
conceito que destruía o sistema de códigos e reconstruiu a arte com novas técnicas. 
	
  
 
 
 
A ideologia era a arte como expressão, romper com a história e valores estabelecidos, a 
ordem e a perfeição foram substituídos pela imperfeição e o caos. A novidade foi 
difundida com a revista Dada, e com ela as ideias tornaram-se conhecidas em Nova 
Iorque, Berlim e Paris, a linguagem poética do dadaísmo anula os significados e 
enfatiza a sonoridade, a ideia é que as palavras simulassem um grito de revolta. ELGER 
(2011). Mario de Andrade escreveu o poema “Ode ao burguês” no qual ele alertava que 
para lê-lo, era preciso sabe urrar. ALAMBERT (1994), O movimento punk possui 
semelhanças conceituais com o futurismo, dadaísmo e o modernismo, que são: o 
rompimento com os valores do passado para criação do novo e a adoção do caos e o 
imperfeito como linguagem. O punk contrariou todas as formas de manifestações 
artísticas nos anos 70 e propôs uma nova linguagem, o modernismo brasileiro rompeu 
com os valores tradicionais para implantar novos, nos cenários artístico, político e 
social, segundo Alambert, o movimento representou o início de uma nova convicção 
com a sociedade industrial que contrastava e emergia no final da fase agrária. 
 
Os intelectuais e artistas dos anos 20 tentaram eliminar definitivamente da cultura brasileira 
qualquer vestígio da influência lusitana e colonizadora que porventura houvesse escapado à 
escola romântica do século XIX, que se havia proposto criar conscientemente uma literatura 
eminentemente nacional. (Alambert. 1994. P.8) 
 
A Europa estava no período entre-guerras e atravessava uma grave crise 
econômica, social e moral, os liberais sentiam-se derrotados devido a revolução Russa e 
das barbáries da 1º Guerra Mundial, era um momento de reflexão e questionamentos 
sobre os valores nacionalistas, políticos, culturais e artísticos. A esquerda manteve-se 
com seus ideais sociais que procuravam favorecer a maioria, os liberais de centro 
encaminharam para o fascismo, que combatia o imperialismo imposto pelos países 
vencedores (EUA, França, Inglaterra e Itália), aos países pobres. 
Em 1912, Oswald de Andrade, jovem intelectual representante da burguesia 
agrária paulista, volta da Europa influenciado pelo futurismo italiano que objetivava 
uma nova arte e uma sociedade tecnológica. O desejo de colocar o Brasil em posição de 
destaque influenciava a cultura de uma sociedade independente economicamente, que 
	
  
 
 
 
remodelou e deu personalidade à arte nacional, que chocava a cultura tradicional a 
divulgação desta ideias foram por meio de revistas como: O Pirralho. 
Diferentemente das cidades brasileiras, São Paulo possuía paradoxos, a cidade 
era hospitaleira com os imigrantes italianos e sírios, discriminava os caboclos, mulatos e 
ex-escravos, e assim, ignorava a sua tradição. Haviam os elementos patriarcais e 
conservadores de origem agrária, com participação ativa nas decisões da cidade, a 
intelectualidade se opunha a tradição, representava os interesses industriais e copiava os 
padrões culturais franceses e ingleses. Contrapondo a euforia burguesa, a classe operária 
influenciada pelo anarquismo, organizavam greves pelo estado, no período de 1915 a 
1929 houveram 107 paralisações. Intelectuais paulistas dividiram-se em dois grupos, osde esquerda, e os de direita e nacionalistas alinhados com o fascismo europeu, a divisão 
refletiu sobre os novos caminhos políticos para a sociedade brasileira, o resultado foi 
um paradigma que foi referência para as manifestações culturais e políticas para o 
Brasil. ALAMBERT (1994). 
 
Influência do Dadaísmo no design gráfico punk 
A criação dadaísta partia da destruição para a construção do novo, a linguagem 
refletia as incertezas que precediam um grande conflito mundial, o resultado era uma 
linguagem anarquista e caótica, sua expressividade representava uma alternativa aos 
padrões estabelecidos pela poesia, artes-visuais e política. O conceito das belas artes foi 
desprezado, os princípios de simetria, harmonia foram ignorados e o primor técnico foi 
substituído pela apropriações de imagens, títulos e textos recortados de revistas e 
jornais, que através da colagem eram combinados com imagens para a criação de um 
novo significado. A tridimensionalidade característica da arte concreta, era abstrata, 
elementos industrializados diversos eram combinados e compunham um significado 
artístico, Marcel Duchamp defendia o princípio pronto para a arte, que significava que 
qualquer objeto poderia ser transformado em arte com uma apresentação adequada. 
ELGER (2010). 
A arte dadaísta possui pontos em comum com a produzida pelos punks, como o 
rompimento com a cultura estabelecida, os dadaísta ergueram-se contra todos os 
padrões estéticos da arte no início do século XX e sugeriram a caótica anti-arte. Exceto 
	
  
 
 
 
Janie Reid e Winston Smith, que planejaram a linguagem visual dos Sex Pistols e Dead 
Kennedys, o design gráfico punk foi desenvolvido por artistas como Arturo Vega, que 
criou o logotipo dos Ramones, e como a maioria não tinha conhecimento artístico, era 
diletante, e com base no princípio faça você mesmo construíram uma linguagem de 
comunicação visual, escrita e musical. O conhecimento sobre as artes é um ponto que 
distingue os movimentos punks e dadaísta, mas a iniciativa de criar novos meios para 
exporem suas ideias é comum entre os gêneros, os dadaístas criavam suas revistas e os 
punks seus fanzines, porque os meios tradicionais não abriam espaço para estas culturas, 
outros pontos em comum são as apropriações, agressividade e as provocações. 
Entre os dadaístas destaco os trabalhos de Hans Arp, Raoul Hausmann, John 
Heartfield e Marcel Duchamp, cujas obras resumem a essência do estilo e também 
evidenciam a influência no design gráfico punk. Hans Arp atuava na literatura e artes 
visuais, ele refugiou-se na Suíça devido a guerra, em 1916 apresentou o seu trabalho 
chamado de Relevo Dada, realizado com formas orgânicas que simbolizavam a 
natureza, a combinação harmônica das formas e contra formas significam que os 
elementos naturais relacionam-se pacificamente, ao contrário dos homens que provocam 
batalhas desumanas devido aos diferentes pontos de vista. 
Em Colagem Disposta Segundo as Leis do Acaso, é perceptível a ordem e a 
coerência no posicionamento dos elementos dispostos de uma forma supostamente 
aleatória, há muita semelhança nesta obra com a contra capa do álbum Never Mind the 
Bollocks. Here’s the Sex Pistols desenvolvida por Janie Reid. ELGER (2010). 
 
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3 HARP, Hans. Retângulos Dispostos Segundo as Leis do Acaso, 1916/17 
4 REID.Jamie. Never Mind The Bollocks. Here’s the Sex Pistols, 1977. 
	
  
 
 
 
Raoul Hausmann mudou-se para Berlin ainda jovem e influenciado pelo pai iniciou 
seus estudos na pintura e interessou-se pelo Expressionismo e Futurismo, antes da 
Primeira Guerra Mundial escrevia críticas de arte na Revista Der Stum, em Zurique com 
Hans Arp, Richard Huelsembeck e Tristam Tzara tornou-se figura importante do 
dadaísmo pela sua contribuição com o desenvolvimento da fotomontagem caracterizada 
pelo estilo alemão, que diferenciava-se do cubista devido a inserção de textos na 
composição. Sua arte representou os sentimentos humanos no período da Revolução 
Industrial, momento de mudanças tecnológicas, políticas e filosóficas que alteraram as 
relações humanas porque o homem acreditava que o seu desenvolvimento dependia do 
conhecimento cientifico que possibilitaria a criação de equipamentos que facilitariam a 
produção de bens diversos. Sua obra realizada com a fotomontagem combinava 
elementos orgânicos, mecânicos e tecnológicos, como pistões, fitas métricas e mapas, a 
proposta era que o mundo deveria ser pacifico, mecânico e racional. ELGER (2010). 
Marcel Duchamp é um importante artista moderno pelo desenvolvimento do 
conceito: Ready Made, suas obras Roda de Bicicleta e Chafariz foram apresentadas em 
uma exposição de arte em Nova Iorque, e foram rejeitadas, o fato confirmou o caráter 
rompedor do mito do artista criador e gênio e das expectativas do público em relação a 
arte. As influências do seu trabalho no movimento punk podem ser associadas com a 
utilização de correntes e cadeados, como colares que foram utilizados pelos punks e pela 
recriação da Monalisa com interferências feitas sobre um cartão postal ilustrado com a 
obra de Leonardo Da Vinci. Os exemplos que comprovam a sua influência na arte 
moderna, são a inclusão do Power Mac G4 Cube, produzido pela Apple Computers, no 
Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, e pelo trabalho de artistas ingleses como: 
Gavin Turk, que desenvolveu esculturas em cera em poses clássicas de Elviz Presley, 
Che Guevara e Sid Vicious, o que difere seu trabalho dos tradicionais bonecos de cera, é 
a apresentação, cada peça é apresentada em uma galeria de arte em uma caixa de vidro 
com etiqueta e data. SABIN (2002). 
 
 
 
 
	
  
 
 
 
Principais características do design gráfico punk 
No design gráfico os meios utilizados para expressão eram as capas dos discos, as 
camisetas e os fanzines que cobriam o movimento, influenciado pelo Dadaísmo, o 
improviso imperava, ao invés de fotos bem tiradas, usavam fotocópias de baixa 
qualidade, as tipologias eram manuais ou montadas com recortes de revistas, no qual 
não havia o respeito a família tipológica ou ao corpo de letra, o resultado chocava com a 
agressividade e energia. 
 
Repentinamente tudo é punk ou à la punk. Nas escolas de arte os estudantes punks estão 
criando um novo visual nas artes gráficas. Um visual rude e malcriado, uma espécies de 
retomada do Dadá(Dadaísmo, corrente de vanguarda europeia de cerca de 20 anos, um 
movimento anarquista, a anti-arte para acabar com a arte); ou, recapitulando um dos 
manifestos futuristas de cerca de 1910: “ Rebele-se contra a tirania da palavra harmonia e 
bom gosto”. Punk. (Bivar. 2001. 5ºedição. P.50.) 
 
Segundo Hollis (2010), a simetria habitual, empregada nos textos dividiu a 
atenção com uma inovadora diagramação, na qual, o texto não era apenas para ser lido, 
a sua disposição reforçava o sentido da mensagem. Rompeu-se o paradigma de que cada 
página deveria contar uma história, e duas passaram a ser interpretadas como um espaço 
único. O poeta italiano Fillipo Tommaso Marinetti publicou o livro Zang Tumb Tumb, 
em 1914, que foi chamado por ele de “Parole in Libertà”, esta obra era uma pintura 
verbal para celebrar a batalha de Tripoli. Através do uso de fontes em tamanhos 
diferentes o som das palavras foram representados. Seu trabalho contrariava a sintaxe, 
que ordena as palavras e as frases em um discurso, para que houvesse coerência, ele 
dispunha os substantivos de forma aleatória, assim, o significado variava de acordo com 
a visão de quem apreciasse seu trabalho, para ele as letras que compunham uma palavra 
não eram apenas signos alfabéticos,pesos e tamanhos, o posicionamento diferente da 
sentença em um espaço sobressaia o significado. 
O momento de tensão em que o Dadaísmo surgiu é um contexto semelhante ao 
final dos anos 70, época em que o movimento punk emergiu para os grandes centros e 
deixou de ser uma cultura periférica, a incerteza e insegurança, é refletida tanto nos 
trabalhos gráficos dos dadaístas, como no design gráfico punk, ambos optaram pela 
	
  
 
 
 
instabilidade ao invés do equilíbrio, e pela assimetria ao invés da simetria. O equilíbrio 
é um meio utilizado pelos designers, no qual a composição possui um centro de 
estabilidade com pesos iguais, a instabilidade é a ausência do equilíbrio que reproduz 
visualmente a inquietude e a provocação. O equilibro assimétrico é obtido com a 
variação de elementos que se compensam, e não necessariamente possuem pesos iguais, 
além dos dadaístas e designers punks, o equilíbrio assimétrico também pode ser 
percebido na obra de Kandinsky. Dondis (2000). 
Para Hollis (2010), Marinetti juntou-se ao escritor Giovanni Papini e o pintor 
Ardengo Soffici, que publicavam a revista Lacerba em Florença desde 1913, a revista 
era de vanguarda radical e atingia o publico operário. Os experimentos tipográficos da 
publicação incentivou o surgimento de revistas e folhetos com palavras libertadas, 
algumas publicações eram de apoio a vanguarda e outras não, este duelo ficou 
conhecido com uma batalha, no qual os valores e ideais eram expostos nestes meios, os 
barulhos mais altos eram da Zang Tub Tumb, em que as páginas possuíam textos em 
posições inusitadas, com ângulos oblíquos, que rompiam com a estética simétrica. 
Os construtivistas rejeitavam a ideia de que uma obra de arte fosse única, porque 
esta era uma visão burguesa que defendia a áurea da obra, esta posição convergia com 
os futuristas, que acolheram a publicidade como uma manifestação da vida moderna, 
nela eles expressavam sua proposta visual à um publico que não frequentava os museus, 
o que tornava a arte acessível às outras classes, além de difundir as ideias para um 
grande público. As inovações no design gráfico são consequência do trabalho dos 
dadaísta, que se opunham ao contexto político, ao militarismo e até mesmo a arte, o 
descaso pela tradição impulsionou o uso de palavras e imagens, que eram combinadas 
com montagens e misturas de tipos de letras variados. MEGGS (2013). 
Para Hollis (2010), a objetividade alemã é representada pela Escola de Arte 
Bauhaus, o trabalho de designers como Weimar e Max Burchartz, deram continuidade 
as ideias dadaístas e estabeleceram parâmetros para a elaboração de peças publicitárias, 
como a análise do emissor e receptor, o papel da propaganda e como ela deveria ser 
objetiva e envolver o leitor, além dos pontos de leitura de uma composição, para dirigir 
a leitura, estes conceitos sobreviveram a Segunda Guerra Mundial e retornaram nos 
anos 60 como o estilo Suíço. A fotografia era utilizada como um complemento da 
	
  
 
 
 
mensagem que seria transmitida na publicidade, a criação era textual e visual, ambos 
elementos, complementavam-se e traduziam o significado desejado. Como não havia o 
profissional de fotografia, especializado em fotos publicitárias, eram os próprios 
designers quem produziam as imagens. O papel da fotografia não era somente 
complementar a linguagem textual, alguns profissionais manipulavam imagens, criavam 
fusões que potencializavam o significado da mensagem desejada, John Heartfield, 
produzia colagens e fusões irônicas, seu trabalho mais conhecido, é um pôster para o 
partido comunista, nas eleições, o número do partido era o cinco, ele criou um pôster, 
no qual várias mãos abertas reforçavam a mensagem de que para mandar o inimigo para 
o olho da rua, era preciso votar na cédula cinco do partido. 
 
 
5 6 7 8 
O partido nazista chegou ao poder em 1933, a escola Bauhaus foi fechada, a 
represália, provavelmente foi por causa da oposição ao partido que a vanguarda 
representava e a linguagem desenvolvida pelos modernistas foi incorporada ao regime 
nazista. Com o exilio, os designers alemães propagaram suas técnicas pela Europa e 
Estados Unidos, na Itália, Schawinsky contribuiu para a criação da profissão de 
designer, antes de deixar o país por causa do fascismo, nos Estados Unidos, Lucian 
Bernhard, abriu um escritório de design, seu trabalho teve conflitos com a percepção 
americana, na qual, uma ideia não poderia ser somente visual, e o sentido da mensagem 
deveria ser mais explicito. Nos Estados Unidos haviam as agências de publicidade, nas 
quais, o design já era uma ferramenta de marketing, a vanguarda alemã influenciou o 
trabalho de todas estas empresas, que se baseavam nos conhecimentos normativos e de 
construção de mensagem de comunicação para emprega-los na propaganda. 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
5 HEARTFIELD, John. Esboço para shows: Fritz Thyssen brinca com o boneco de Adolf Hitler, 1933. 
6 HEARTFIELD, John. O significado da saudação de Hitler, 1932. 
7 HEARTFIELD, John. A Manteiga acabou, 1935. 
8 HEARTFIELD, John. Poster para o Partido Comunista 
	
  
 
 
 
O Punk no contexto do Design Gráfico 
Para Hollis (2010), o Design gráfico refletiu o descontentamento do movimento 
punk, a falta de perspectiva de emprego para os jovens designers, os levou a afrontar a 
sua profissão com produções toscas e agressivas que destruíam o conceito estético dos 
anos setenta que estava influenciado por composições tecnológicas e complexas. 
Nos Estados Unidos o design gráfico punk era desenvolvido pela intuição de 
artistas amadores que desenvolveram trabalhos marcantes como o logotipo dos 
Ramones, criado por Arturo Vega, que junto com a marca dos Rolling Stones, criada 
com base nos lábios de Mick Jagger, é o símbolo mais icônico do rock, Vega era um 
emigrante mexicano que morava próximo ao clube CBGB, e ganhava a vida como 
letrista em um mercado, ele tornou-se amigo dos integrantes e passou a trabalhar com a 
montagem dos equipamentos de som e com a iluminação das apresentações da banda. 
Para ganhar um dinheiro extra com os Ramones, ele criou camisetas ilustradas com a 
águia americana que eram vendidas nas apresentações da banda.TRUE (2013). 
 
 
9 10 
Para ele os Ramones refletiam o espirito e o caráter americano, eram jovens e 
tinham uma agressividade inocente, que o fez lembrar quando visitou Washinton e ficou 
impressionado com a atmosfera da Casa Branca, tal associação o levou a adaptar a águia 
oficial para a marca da banda com algumas alterações, o ramo de oliveira foi substituído 
por uma macieira, porque os Ramones eram americanos como uma torta de maçã, as 
setas foram mantidas acima da cabeça da águia para representar a agressividade e a 
defesa da banda caso eles fossem criticados, o taco de beisebol é uma homenagem a 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
9 Selo official dos Estados Unidos da América. Disponível em: https://www.facebook.com/pages/Consulado- 
Americano/321344224631120?rf=284120214970099. Acesso em 6/02/2015 
10 VEGA, Arturo. Logotipo dos Ramones. 1975. Disponível em: http://ramones.com/ 
Acesso em 6/02/2015 
	
  
 
 
 
Johnny que era fã do esporte e a flamula com a inscrição original: De Muitos, o único, 
recebeu a frase: Hey, Ho, Lets Go, que era o grito de guerra da banda. O logotipo criado 
por Arturo Vega, possui símbolos que representam a filosofia punk, como a subversão,por ousar utilizar uma marca oficial, apropriação, por usar a águia e dar à ela um novo 
significado, a violência e agressividade são representadas pelas flechas e o taco de 
beisebol, o faça você mesmo, é o fato de Arturo não ser um artista formado e mesmo 
assim desenvolver seu trabalho com talento e intuição. TRUE (2013). 
Em 1977, o editor da revista Vogue, Terry Jones, publicou o livro: “Um livro 
Punk diferente”, que reunia efeitos experimentais como a utilização de imagens de 
jornais, reaproveitamento de textos impressos, fotos ampliadas, imagens distorcidas 
com o efeito de movimento do papel nas copiadoras e fotos instantâneas sem a 
calibração das cores e interferência nas fotografias com canetas ou estilete, a inovação 
do estilo foi transformar as limitações da tecnológicas e dos originais manipulados na 
composição, em algo positivo, o que seria um defeito ou inapropriado tornou-se 
linguagem. Rapidamente o estilo agressivo e cru do design punk, foi adotado por 
editores de revistas de comportamento jovem, como a Face, do editor de arte Neville 
Brody, adequou a nova linguagem, esta apropriação consistia em desenvolver o estilo 
visual punk com suas variações de fontes e imagens com ruídos, através de recursos 
digitais, ou com a habilidades dos diretores de arte da equipe, ou seja, as interferências 
não eram naturais como no design punk, eram criadas especificamente para as matérias 
e para o projeto gráfico da revista. Hollis (2010). 
Representantes da segunda onda do punk, os Dead Kennedys estabeleceram-se em 
São Francisco, o nome da banda é uma forma de simbolizar o fim do sonho americano 
com o assassinato de Robert Kennedy, que completava 10 anos em 1978, quando a 
banda iniciou seus trabalhos. A história do grupo é marcada pelo seu ativismo político e 
cultural, além de serem reconhecidos pelo pioneirismo ao explorar meios alternativos e 
independentes para promoção. Eles tiveram poucas execuções em rádio, 
mantiveram-se a margem da indústria fonográfica e somente produziram com 
gravadoras independentes. O sarcasmo político foi apresentado no single de estreia: 
California Über Alles de 1979, que comparava a política do Governador da California, 
Jerry Brown, com as práticas fascistas, a comunicação visual foi desenvolvida por 
	
  
 
 
 
Janie Reid, utilizou as frases: A Música te mantém sob controle e Nunca confie em um 
hippie, para ressaltar a visão de Biafra em relação aos hippies que haviam trocado o 
idealismo por ganância. Ogg (2014). 
 
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Winston Smith estudou arte clássica na Itália, chegou a São Francisco e começou 
a trabalhar como roadie, deparou-se com a cena punk local que unia música, cinema, 
fotografia, moda e artes visuais, seus primeiros trabalhos foram folhetos de shows que 
parodiavam apresentações com atrações principais, com outras criadas por ele, sua fonte 
de referências eram revistas, folhetos, jornais e revistas, sua predileção era por imagens 
que representavam o sonho americano da década de 50, que contextualizados em suas 
criações sarcásticas, e assumiam um novo significado. Ogg (2014). 
 
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O trabalho de Smith é caracterizado pela sofisticação, astucia, pelo olhar afiado 
para o equilíbrio de suas montagens, ele utilizava o design gráfico para convencer e 
persuadir. Além das capas polêmicas como a do álbum: Bedtime For Democracy, de 
1986, que trazia um crucifixo tridimensional composto com notas de dólar, seu trabalho 
mais reconhecido é o logotipo dos Dead Kennedys, uma marca simples, objetiva e direta 
que reúne as letras D e K em uma única forma, com as cores preto e vermelho. Estas 
cores foram utilizadas pelos dadaístas, o preto significava o poder do capitalismo, e o 
vermelho representava a força dos trabalhadores. Hollis (2010). 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
11 SMITH, Winston. Rock Agaisnt Reagan, 1983. Disponível em: http://www.songkick.com/festivals/80966-rock-against-
reagan/id/5182531-rock-against-reagan-1983. Acesso em 6/02/2015 
12 SMITH, Winston. Coletânea, Let Them eat Jellybeans, Alternative Tentacles, 1981. Disponível em: 
http://www.lastfm.com.br/music/Various+Artists/Let+Them+Eat+Jellybeans. Acesso em 6/02/2015 
13 SMITH, Winston. Dead Kennedys, Never Been On MTV, 1996. Disponível em: 
http://recordcollectorsoftheworldunite.com/artists/deadkennedys/deadkennedysbootleg.html. Acesso em 6/02/2015 
14 VEGA, Arturo. Rocket To Russia, 1977. 
15 SMITH. Winston, Logotipo Dead Kennedys. 
	
  
 
 
É possível fazer um paralelo entre o trabalho de Winston Smith e Jamie Reid, 
tanto pela importância para a criação de um sistema visual que identifica o punk, como 
pelo reconhecimento, devido a influência que os trabalhos destes artistas tiveram para 
outros designers e por pontos em comum, Jamie Reid utilizou a imagem oficial da 
Rainha Elizabeth, para compor os matérias de divulgação para o compacto Anachy in 
the UK dos Sex Pistols, já Winston Smith, transformou o presidente Ronald Reagan no 
garoto propaganda da banda, com imagens oficiais do presidente ele criou diversas 
mensagens irônicas sobre a política americana. 
 
 
 
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Conclusão 
 
A influência do dadaísmo no movimento punk é visível e dispensa explicações 
tamanha a semelhança entre as linguagens gráficas. O dadaísmo foi composto por 
jovens intelectuais, poetas e artistas que não concordavam com os conflitos políticos 
que resultaram na 1º Guerra Mundial, a sua manifestação artística representa o 
desespero e o caos de um momento da história humana, em que o homem deixou de se 
importar com a humanidade e o ambiente, para concentrar-se nas possibilidades de 
desenvolvimento que as novas tecnologias proporcionariam. 
O dadaístas foram ridicularizados pela sociedade que não compreendia as suas 
explanações como arte, eles foram também perseguidos politicamente devido as duras 
criticas que faziam sobre os governos autoritários e nacionalistas que comandavam os 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
16 Programa das Celebrações do Jubileu de Prata da Rainha Elizabeth. Disponível em: 
http://www.shurdington.org/jubilee.htm. Acesso em 6/02/2015 
17 REID, Jamie. GSTQ - SWASTIKA EYES, 1977. 
	
  
 
 
 
países europeus. Décadas depois, o espirito renasceu com o punk, que utilizou a 
linguagem gráfica, as colagens e as fotomontagens para criticar a sociedade. 
Os conflitos que levaram a Europa para a 1º Guerra Mundial, motivaram a 
criação artística dos futuristas. A incerteza em relação ao futuro devido a uma crise 
econômica e o desemprego, motivou jovens operários a mostrarem para a sociedade o 
seu desapontamento. Culturalmente, o movimento punk desconstruiu a música, e propôs 
a simplicidade para substituir o virtuosismo. No design gráfico, o desequilíbrio e a 
espontaneidade se opuseram ao equilíbrio simétrico e apuro técnico utilizado na 
produção. O alemão Helmut Herzfeld, adotou o nome artístico de John Heartfield, para 
mostrar o seu descontentamento com a política nacionalista que dominava a Alemanha, 
sua obra foi composta por imagens oficiais de Hitler, que manipuladas resultaram em 
uma dura critica ao nazismo, no movimento punk, Jamie Reid e WinstonSmith, 
utilizaram fotos oficiais da Rainha Elizabeth e do presidente Ronald Reagan para 
compor mensagens criticas aos governos ingleses e americanos para as bandas Sex 
Pistols e Dead Kennedys. 
O design gráfico punk, representa a cultura periférica que incentivava a livre 
expressão e igualdade, suas obras não ficaram reconhecidas como arte, como é o caso 
dos dadaístas, porque as mensagens do movimento foram desenvolvidas por 
profissionais e diletantes, o que a torna mais próxima da cultura popular. A obra dos 
dadaístas ficaram para a história como a memória e cultura de um grupo que não 
compartilhava com o pensamento comum do início do século XX, no qual a tecnologia 
sobressaia sobre o ambiente e o homem, e ao discurso nacionalista que gerou grandes 
conflitos para a humanidade. Os trabalhos dos designers punks, registram a memoria de 
um grupo que vivia a margem da sociedade porque pensava diferente e não concordava 
com os valores sociais e políticos dos anos 80. 
 
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
BIBLIOGRAFIA	
  
	
  
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modernista no Brasil.São Paulo: Scipione, 1994. 
BIVAR, Antonio. O que é punk? São Paulo: Brasiliense, 2001. 
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HOLLIS, Richard. História Concisa do Design.São Paulo: Martins Fontes, 2010. 
MEEGS, Philips B. História do Design Gráfico. São Paulo: Cosac, 2013. 
OGG, Alex. Dead Kennedys: Fresh fruit for rotting vegetables (Os primeiros anos).São 
Bernado do Campo: Edições Ideal, 2014. 
SABIN, Roger. Punk Rock: so What? The Cultural Legacy of Punk. Londres: 
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PART I. Shock waves and ripple effects. Too low to be low: Art pop and the Sex 
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http://documenta_pdf.jmir.dyndns.org/R.Sabin_PunkRock_2002.pdf Acesso em: 
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2013. 
PRYSTHON, Ângela. Estudos Culturais: Uma (in) disciplina. Revista Comunicação e 
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Disponível em: 
http://www.fac.unb.br/site/images/stories/Posgraduacao/Revista/Edicoes/2003_revista.p
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