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Macroscopia da Medula Espinhal

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NEUROANATOMIA LUIZA LOPES CARVALHO 
Macroscopia da Medula Espinhal 
Generalidades: 
 É uma massa cilindroide situada dentro do canal 
vertebral, sem ocupá-lo totalmente. 
 Mede aproximadamente 42-45 cm. 
 Cranialmente, a medula limita-se com o bulbo, 
aproximadamente ao nível do forame magno do 
osso occipital. 
 O limite caudal da medula situa-se geralmente na 
segunda vértebra lombar (L2). 
 A medula termina afilando-se para formar um cone, 
o cone medular, que continua com um delgado 
filamento meníngeo (pia-máter), o filamento 
terminal. 
 A medula é um pouco menor na mulher. 
 
Forma e Estrutura da Medula: 
 Seu calibre não é uniforme, pois apresenta duas 
dilatações: Intumescência Cervical e Lombar. Estas 
correspondem às áreas em que fazem conexão com 
a medula as grossas raízes nervosas que formam os 
plexos braquial e Lombrossacral, destinadas à 
inervação dos membros superiores e inferiores, 
respectivamente. A formação dessas 
intumescências se deve à maior quantidade de 
neurônios e, portanto, fibras nervosas que entram 
ou saem dessas áreas. 
 A superfície da medula apresenta os seguintes 
sulcos longitudinais, que percorrem em toda a 
extensão: Sulco Mediano Posterior; Fissura 
Mediana Anterior; Sulco Lateral Anterior e Sulco 
Lateral Posterior. Na medula cervical, ainda, 
apresenta o Sulco Intermédio Posterior situado 
entre o Mediano Posterior e o Lateral Posterior, e 
que continua em um Septo Intermédio Posterior no 
Interior do Funículo Posterior. 
 Nos sulcos Lateral Anterior e Lateral Posterior fazem 
conexão, respectivamente, as raízes ventrais e 
dorsais dos nervos espinhais. 
 
 Na medula, a substância cinzenta localiza-se por 
dentro da branca e apresenta a forma de uma 
borboleta ou H H MEDULAR. Nela, distinguimos 
de cada lado, três colunas que aparecem nos cortes 
como cornos e que são as colunas anterior, lateral 
e posterior. O corno lateral, entretanto, só aparece 
na medula torácica e parte da medula lombar. No 
centro da substância cinzenta localiza-se o canal 
central da medula- Resquício da luz do tubo neural 
do embrião. 
 A substância branca é formada por fibras, a maior 
parte delas mielínicas, que sobem e descem na 
medula e podem ser agrupadas de cada lado em 
três funículos: (Apresentam tratos: Ventral- 
Motores e Descendentes; Dorsal- Sensitivos e 
Ascendentes) 
FUNÍCULO ANTERIOR: Situado entre a fissura 
mediana anterior e o sulco lateral anterior. 
FUNÍCULO LATERAL: Situado entre os sulcos lateral 
anterior e lateral posterior. 
FUNÍCULO POSTERIOR: Entre o sulco lateral 
posterior e o sulco mediano posterior, este último 
ligado à substância cinzenta pelo septo mediano 
posterior. Na parte cervical da medula, o funículo 
posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior 
em Fascículo Grácil e Fascículo Cuneiforme. 
 
Conexões com os Nervos Espinhais: 
 A medula é o maior condutor de informações que 
sai e entra no encéfalo através dos nervos 
espinhais. 
 Nos sulcos lateral anterior (SAI) e lateral posterior 
(ENTRA), fazem conexão pequenos filamentos 
nervosos denominados filamentos radiculares, que 
se unem para formar, respectivamente, as raízes 
ventral e dorsal dos nervos espinhais. 
 As duas raízes, por sua vez, se unem para formar os 
nervos espinhais, ocorrendo essa união em um 
ponto situado distalmente ao gânglio espinhal que 
existe na raiz dorsal (Gânglio- Indica vista 
Posterior). 
 
NEUROANATOMIA LUIZA LOPES CARVALHO 
 Os sulcos laterais (Ant. e Post.) se conectam a 
pequenos filamentos nervosos->Filamentos 
radiculares- Onde duas raízes se unem para formar 
os nervos espinhais. 
 Considera-se segmento medular de um 
determinado nervo a parte da medula onde fazem 
conexão os filamentos radiculares que entram na 
composição deste nervo. Segmento Medular Par 
de nervos; 4 raízes. 
Exemplo: Filamentos radiculares que vão formar 
L1= Segmento Medular L1 Nervo L1. 
 Existem 31 pares de nervos espinhais, aos quais 
correspondem 31 segmentos medulares assim 
distribuídos: 
-8 Cervicais -12 Torácicos -1 Coccígeo 
-5 Lombares -5 Sacrais; 
 
 Existem oito pares de nervos cervicais, mas somente 
sete vértebras, O primeiro par cervical (C1) emerge 
acima da primeira vértebra cervical, portanto, entre 
ela e o osso occipital. 
 Já o oitavo par (C8) emerge abaixo da sétima 
vértebra, o mesmo acontecendo com os nervos 
espinhais abaixo de C8, que emergem, de cada lado, 
sempre abaixo da vértebra correspondente. 
 
Topografia vertebromedular: 
 No adulto, a medula não ocupa todo o canal 
vertebral, uma vez que termina no nível da segunda 
vértebra lombar (L2). 
 Abaixo desse nível, o canal vertebral contém apenas 
as meninges e as raízes nervosas dos últimos nervos 
espinhais que, dispostas em torno do cone medular 
e filamento terminal constituem, em conjunto, a 
chamada cauda equina. 
 Como consequência da diferença de ritmos de 
crescimento entre a coluna e medula, há o 
afastamento dos segmentos medulares das 
vértebras correspondentes. Assim, no adulto, as 
vértebras T11 e T12 não estão relacionadas com os 
segmentos medulares de mesmo nome, mas sim 
com os segmentos lombares. 
 Do N C1-C7-> Emergem ACIMA da vértebra 
correspondente. 
 A partir do N C8-> Emergem ABAIXO da vértebra 
(C7). 
 Torácicas, Lombares e Sacrais: Todos os nervos 
emergem abaixo das vértebras correspondentes. 
 O segmento medular passa a ficar ACIMA da 
vértebra correspondente. (Após quarto mês). 
 
FORMAÇÃO DA CAUDA EQUINA: 
-Até o quarto mês de vida intrauterina a Medula e 
Coluna Vertebral crescem no mesmo ritmo. Por 
isso, a Medula ocupa todo o comprimento do Canal 
Vertebral. 
-Os nervos- Passam pelos respectivos Forames 
Intervertebrais- dispõem-se horizontalmente 
formando com a Medula um ângulo quase reto. 
-A partir do quarto mês a Coluna começa a crescer 
mais que a Medula, especialmente em sua porção 
caudal. 
-Apesar de diferentes ritmos de crescimento, as 
raízes nervosas mantêm suas relações com os 
respectivos forames intervertebrais, o que 
promove o alongamento das raízes e diminuição do 
ângulo que elas fazem com a Medula. 
- Os nervos da cauda equina são responsáveis por: 
*Função motora e sensorial dos MMII; 
*Sensibilidade do Períneo e Órgãos Genitais 
*Funções voluntárias e involuntárias importantes 
para a micção e função sexual. 
 
SÍNDROME DA CAUDA EQUINA: 
-A causa mais comum da SCE é a Hérnia de disco 
Lombar, porém pode também ser causada por 
injúria traumática, invasão metastásica, meningite 
pneumocócita etc. Em 70% dos casos dos pacientes 
apresentam histórico recente de Lombalgia. 
-A compressão prolongada dos nervos da cauda 
equina pode comprometer permanentemente suas 
funções uroginecológicas. 
 
 
 
NEUROANATOMIA LUIZA LOPES CARVALHO 
-Um paciente diagnosticado deve ser submetido à 
cirurgia dentro de 48h após seu diagnóstico. A 
intervenção cirúrgica precoce deve acontecer devido 
a diminuição das funções sensoriais, motores e 
esfíncteres, que devido a demora pode haver uma 
grande evolução contribuindo para a diminuição da 
função neurológica total. 
 
CORRESPONDÊNCIA (Vértebra X Segmento): 
-Vértebra C1 corresponde ao segmento medular C1. 
-Da vértebra C2-T10-> +2 ao número do processo 
espinhoso da vértebra-> Segmento medular 
correspondente. 
Exemplo: Em caso de lesão do processo espinhoso da 
vértebra C6, o segmento medular correspondente é 
o C8. 
Exemplo: Em caso de lesão do processo espinhoso da 
vértebra T10, o segmento medular correspondente 
é o T12. 
-T11 e T12:Correspondem aos 5 segmentos 
medulares lombares. 
-L1-> Corresponde aos 5 segmentos medulares 
sacrais. 
-L2 para baixo somente fibras da cauda equina. 
 
Envoltórios Medulares: 
 Como todo o Sistema Nervoso Central, a Medula é 
envolvida por membranas fibrosas denominadas 
meninges, que são: Dura-Máter/Paquimeninge, Pia-
Máter e Aracnoide. As duas últimas constituem a 
Leptomeninge. 
 Dura-Máter: É a Meninge mais externa, formada por 
abundantes fibras colágenas que a tornam espessas 
e resistentes. Essa meninge envolve toda a Medula- 
Saco Dural (termina na S2). Seus prolongamentos 
laterais irão constituir o Epineuro que envolve os 
Nervos. 
 Aracnoide: Se dispõe entre a Dura-Máter e a Pia-
Máter. Compreende um folheto justaposto à Dura-
Máter e um emaranhado de Trabéculas que unem à 
Pia-Máter. 
 
 Pia-Máter: É a Meninge mais delicada e mais 
interna. Ela adere intimamente ao tecido nervoso 
da superfície da Medula e penetra na Fissura 
Mediana Anterior. Forma o Filamento Terminal- 
Perfura o Saco-Dural até o Hiato Sacral, o qual fica 
mais robusto e insere-se no periósteo da superfície 
dorsal do cóccix formando o Ligamento Coccígeo- 
Estabiliza a Medula. A Pia-Máter forma, de cada 
lado da Medula, uma prega longitudinal 
denominada Ligamento denticulado (ligação entre 
dura-máter e pia-máter), que se dispõe em um 
plano frontal ao longo de toda a extensão da 
medula. 
OBS: A medula apresenta uma proteção adicional: 
As meninges, líquor e ligamentos vertebrais. 
 
ESPAÇOS ENTRE AS MENINGES: As meninges não 
são totalmente aderidas umas as outras. 
 
ESPAÇO EPIDURAL: 
-Se localiza entre a Dura-Máter e o Periósteo do 
Canal Vertebral. 
-Contém tecido Adiposo e grande número de veias 
que constituem o Plexo Venoso Vertebral Interno- 
A injeção de um anestésico neste espaço resulta de 
uma paralisia temporária (motora) e perda de 
sensibilidade. 
 
ESPAÇO SUBDURAL: 
-É um espaço virtual entre a Dura-Máter e a 
Aracnoide. 
-Contém pequena quantidade de líquido- 
Suficiente para evitar a aderência entre as 
Meninges. 
 
ESPAÇO SUBARACNOIDEO: 
-É o mais importante espaço 
-Se localiza entre a Aracnoide e a Pia-Máter. 
-Contém uma quantidade razoavelmente grande 
de líquido cerebroespinhal ou líquor. 
Líquor: Pode ser removido entre a terceira e quarta 
(L3-L4), ou quarta e quinta (L4-L5) vértebras 
lombares, por uma punção lombar. 
 
NEUROANATOMIA LUIZA LOPES CARVALHO

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