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EMBRIOLOGIA LUIZA LOPES CARVALHO Gametogenese e fecundacao Ciência que estuda o desenvolvimento de um novo ser a partir de uma célula ovo ou zigoto até a oitava semana de gestação. Gestação humana: Aproximadamente 40 semanas. Período embrionário- No momento da fecundação até a oitava semana de gestação. Período fetal- Da nona semana e continua até o nascimento (ser humano em desenvolvimento- Feto). Obs: Período crítico: Primeiros 3 meses da gestação (Momento em que todos os órgãos e sistemas estão se formando). (Terceira semana: Forma os tecidos embrionários, tubo neural e começa a ter sistema cardiovascular; O som do batimento cardíaco se torna audível pelo aparelho pela sétima semana.) Reprodução Humana: O desenvolvimento humano inicia-se na fecundação, quando um gameta masculino (espermatozóide), se une ao gameta feminino (ovócito), para formar uma única célula- Zigoto, o qual será uma célula diplóide, ou seja contém metade do número de cromossomos dos pais. (Célula Totipotente). Puberdade: Caracteriza-se por mudanças no sistema reprodutor do ser humana, tornando-o apto a produção de gametas e gerar descendentes. Esse processo tem início com o surgimento das características sexuais secundárias. MULHERES: -Desenvolvimento das mamas; -Aumento do útero; -Aparecimento de pelos axilares e púbicos, -Contorno corporal arredondado. HOMENS: -Aparecimento de pelos faciais, axilares e púbicos; -Aumento da laringe ( voz mais grave); -Desenvolvimento da musculatura; -Aumento do pênis, da próstata e das vesículas seminais; A puberdade termina para as meninas com a ocorrência do primeiro ciclo menstrual. Já para os meninos, quando são formados os primeiros espermatozóides maduros. OBS: Homens podem produzir espermatozóides durante toda a vida, porém há maior risco de erros durante a meiose, assim como diminuição da quantidade formada. Declínio da função reprodutiva masculina- Andropausa. (Diminuição das taxas de testosterona). OBS: Hormônios gonadotróficos (que influenciam testículos e ovários) produzidos pela hipófise: FSH= Hormônio Folículo Estimulante e LH= Hormônio Luteinizante – Cada um desencadeado por um pulso de GnRH ( Hormônio Liberador de Gonadotrofinas) produzido pelo hipotálamo. Espermatogênese: Testículo: É dado como sendo a gônada masculina, o qual é divido em compartimentos internos chamados de lóbulos dos testículos. Cada um dos 200 a 300 lóbulos apresentam túbulos seminíferos contorcidos – Local da espermatogênese. Os túbulos seminíferos: Apresentam Células espermatogênicas ou germinativas, capilares sanguíneos, Células de Sertoli, lúmen e Células de Leydig, além de outros tipos celulares como células conjuntivas. As espermatogônias permanecem quiescentes (em repouso) nos túbulos seminíferos desde o período fetal até a puberdade, onde aumentam de número e sofrem maturação continuamente até a velhice. Na direção do lúmen encontram-se camadas de células em ordem de maturidade crescente: EMBRIOLOGIA LUIZA LOPES CARVALHO Espermatogônias-> Espermatócitos primários -> Espermatócitos secundários -> Espermátides -> Espermatozóides. DETALHAMENTO DOS TIPOS CELULARES: CÉLULA DE SERTOLI/SUSTENTAÇÃO Localizadas entre os espermatozóides em desenvolvimento nos túbulos seminíferos (parte interna) Sofre estímulo pelo hormônio FSH Responsáveis pela: -Sustentação, Proteção e Nutrição das células espermatogênicas; -Fagocitação das células espermatogênicas em degeneração; -Secreção de fluido para o transporte dos espermatozóides; -Liberação do hormônio inibina, o qual ajuda a regular a produção dos espermatozóides; -Produção do hormônio anti-mülleriano (AMH) desde a vida embrionária, o qual suprime o desenvolvimento dos ductos Müllerianos ou Paramesonéfricos (precursores do útero, tubas e vagina) impedindo que a genitália interna seja feminina. CÉLULA DE LEYDIG/INTERSTICIAIS Localizadas entre os túbulos seminíferos (parte externa) Responsáveis pela: -Secreção do hormônio testosterona a partir do estímulo do hormônio LH. Esse hormônio é o mais importante andrógeno, pelo fato de controlar o desenvolvimento das características masculinas e estimular a libido (desejo sexual) do homem. FASES DA ESPERMATOGÊNESE: MEIOSE 1- O espermatócito primário realiza a primeira meiose originando os espermatócitos secundários MEIOSE 2- Posteriormente os espermatócitos secundários originarão as espermátides. ESPERMIOGÊNESE- Espermátides se diferenciam em espermatozóides. EXPLICAÇÃO: Inicia-se na célula da linhagem germinativa (2n=46), a qual se diferencia no testículo em espermatogônia. Uma das células permanece como espermatogônia (2n=46), já a outra cresce e se desenvolve formando o espermatócito primário (2n=46)- Aumento do volume citoplasmático. O espermatócito primário sofre a primeira divisão meiótica para formar dois espermatócitos secundários (n=23) Em seguida, os espermatócitos secundários sofrem a segunda divisão meiótica para formar quatro espermátides (n=23). OBS: MEIOSE 1- REDUCIONAL: Separação dos cromossomos homólogos MEIOSE 2- EQUACIONAL: Separação das cromátides irmãs. Gradualmente as espermátides vão sendo transformadas em espermatozóides por um processo chamado de Espermiogênese. -Redução do volume citoplasmático; -A formação do acrossoma derivado de Complexo de Golgi- Enzimas digestivas; -Formação do flagelo; -Organização das mitocôndrias na peça intermediária em forma helicoidal- Formação de ATP- Movimento flagelar. EMBRIOLOGIA LUIZA LOPES CARVALHO Ovogênese: Ovários: Produzem ovócitos secundários e hormônios- Estrógeno, Progesterona, Inibina e Relaxina. Esse processo de maturação inicia-se antes do nascimento e é completado depois da puberdade, continuando-se até a menopausa, a cessação permanente da menstruação. A mulher já nasce com todos os ovócitos primários EXPLICAÇÃO: Inicia-se com a célula da linhagem germinativa, a qual migra para o córtex ovariano (região periférica do ovário), e lá são chamadas de ovogônia (2n=46). Antes do nascimento, a maioria das ovogônias degenera, mas algumas se desenvolvem em ovócitos primários. Os ovócitos primários começam a meiose 1 durante o desenvolvimento fetal, mas somente a completam após a puberdade. Os ovócitos primários permanecem em repouso em estágio de prófase 1 nos folículos ovarianos até a puberade. DIFERENÇA: O homem inicia e termina a gametogênese a partir da puberdade. Após a menarca até a menopausa- Com a maturação do folículo, o ovócito primário aumenta de tamanho e completa a primeira divisão meiótica para dar origem a um ovócito secundário (n=23) e ao primeiro glóbulo polar (n=23)- não funcional, que logo se degenera. O ovócito secundário recebe quase todo o citoplasma e primeiro glóbulo polar muito pouco- Divisão desigual do citoplasma, diferentemente ao estágio correspondente na espermatogênese. (Folículo secundário-> Folículo de Graaf/Folículo Maduro) O ovócito secundário inicia a meiose 2 antes da ovulação e não a finaliza- interrompida em Metáfase 2. OVULAÇÃO- Liberação do ovócito secundário estagnado em metáfase 2. Quando há o processo de fecundação, termina- se a meiose 2 gerando um óvulo (n=23) e o segundo glóbulo polar (n=23). Gameta feminino: GAMETA FEMININO = OVÓCITO SECUNDÁRIO ESTAGNADO EM METAFASE 2 + ZONA PELÚCIDA + COROA RADIATA ZONA PELÚCIDA: Camada transparente de glicoproteínas situada entre a corona radiata e a membrana plasmática do ovócito. Uma das glicoproteínas funciona como receptor do espermatozóide. A ligação entre eles desencadeia a liberação de enzimas pelo acrossomo. CORONA RADIATA: Camadas de células foliculares remanescentes do folículo que se rompeu que circundam o ovócito secundário. Hormônios produzidos pelo ovário: ESTRÓGENOS: - Promovem o desenvolvimento e a manutenção das estruturas genitais femininas, das características sexuais secundárias e das glândulas mamárias; EMBRIOLOGIA LUIZA LOPES CARVALHO -Estimulam a síntese de proteínas (agindo juntamente com a insulina e hormônios tireoidianos); -Reduzem nível de colesterol no sangue (mulheres com menos de 50 anos têm um risco menor de doença arterial coronariana). PROGESTERONA: -Funciona com os estrógenos na preparação e manutenção do endométrio para a implantação de um óvulo fertilizado e das glândulas mamárias para a produção de leite. INIBINA: -Inibe a secreção de FSH e em menor extensão de LH pela hipófise controlando a ovogênese. RELAXINA: -Relaxa o útero mediante inibição das contrações do endométrio (camada interna do útero, facilitando a implantação do embrião)- Relaxa o miométrio e não prejudica a implantação do embrião. -A placenta produz muito relaxina, mantendo o músculo liso uterino relaxado. -Ao fim da gestação, aumentando a flexibilidade da sínfise púbica e ajuda a dilatar o colo do útero- Facilitando o parto do bebê. OBS: A prostaglandina presente no líquido seminal no momento do coito faz com que o útero contraia e leve mais facilmente o espermatozóide para a tuba. OBS: Para saber o dia da ovulação: Diminuir 14 dias; Exemplo: Ciclo de 30 dias—Logo, 30-14= 16 Ovulação: no dia 16 do ciclo Fecundação: O espermatozóide deve atravessar a Coroa Radiata; O acrossoma deve liberar uma enzima chamada de HIALURONIDASE- Capaz de degradar o ácido hialurônico presente entre as células foliculares; O espermatozóide deve atravessar a Zona Pelúcida: Reação acrossômica- Interação de receptores ZP3 (espermatozóide) com ZP3 (zona pelúcida); Degeneração do acrossoma e libera as enzimas digestivas (ACROSINA, NEURAMINIDASE, ESTERASE) para a degradação da zona. Impedimento da entrada de outros espermatozóides: Reação de Zona ou Reação Cortical- Vesículas na região cortical do ovócito se fusionam com a membrana do ovócito e liberam substâncias, as quais garantem a modificação dos receptores ZP3 e o enrigecimento da Zona Pelúcida; Fusão das membranas (Aumento do íon Ca2+ intracelular- Promove a Reação de Zona-> Término da Meiose 2-> Óvulo (Núcleo haplóide femino e masculino)-> Fusão dos pró-núcleos (Cariogamia) -> ZIGOTO EMBRIOLOGIA LUIZA LOPES CARVALHO
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