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Desenvolvimento Humano Etapas do Desenvolvimento Pré-Natal: · Período embrionário(formação): até a oitava semana- mais suscetível a más-formações. · Período fetal(maturação): a partir da nona semana. Pós-Natal: · Lactância/Primeira infância: primeiro ano após o nascimento – ocorre crescimento e ganho de peso rápido: aumenta 50%. Menos de um mês: neonato. · Infância: se inicia por volta dos 13 meses e vai até a puberdade. Dentes primários(decíduos); ocorre ossificação ativa, mas à medida que a criança fica mais velha, a taxa de crescimento corporal desacelera. Imediatamente antes da puberdade, contudo, o crescimento se acelera – o estirão de crescimento pré-puberal. · Puberdade: período no qual os seres humanos se tornam funcionalmente capazes de procriar (reprodução). A reprodução é o processo pelo qual o organismo produz a prole. No sexo feminino, os primeiros sinais de puberdade podem ocorrer após a idade de oito anos; no sexo masculino, a puberdade comumente se inicia na idade de nove anos. · Idade Adulta: obtenção do crescimento completo e da maturidade geralmente é atingida entre as idades de 18 e 21 anos. Significado da Embriologia Embriologia: refere-se ao estudo de embriões; a expressão geralmente significa desenvolvimento pré-natal de embriões, fetos e neonatos. Anatomia do Desenvolvimento: se refere às alterações estruturais do ser humano a partir da fecundação até a vida adulta; ela inclui a embriologia, a fetologia e o desenvolvimento pós-natal. Tetralogia: divisão da embriologia e da patologia que lida com o desenvolvimento anormal (defeitos congênitos). Terminologia Embriológica · Ovócito: célula germinativa feminina produzida nos ovários (23X). · Espermatozoide: célula germinativa masculina produzida nos testículos (23X ou 23Y). · Zigoto: união do ovócito com o espermatozoide. · Idade gestacional: calculada a partir do primeiro dia do último ciclo menstrual normal – tem cerca de 2 semanas a mais que a idade de fecundação (ovócito só é fecundado 2 semanas depois da menstruação precedente). · Segmentação/Clivagem: sucessivas divisões celulares mitóticas do zigoto. · Mórula: massa sólida de células – formada por 12 a 32 blastômeros. · Blastocisto: quando a mórula é preenchida por um líquido – cavidade blastocística. · Implantação/Nidação: acomodação do blastocisto no endométrio. · Gástrula: formação do disco trilaminar com os 3 folhetos embrionários – ectoderme, mesoderme e endoderme. · Nêurula: quando o tubo neural se desenvolve a partir da placa neural – terceira e quarta semana. · Concepto: embrião e seus anexos (placenta e os anexos embrionários). · Primórdio: início ou primeira indicação notável de um órgão ou estrutura. · Abordo: interrupção prematura do desenvolvimento e expulsão do concepto do útero ou expulsão do embrião ou de um feto antes de se tornar viável – capaz de viver fora do útero. · Defeitos congênitos: alterações funcionais ou estruturais durante o desenvolvimento do feto ou embrião cuja origem ocorre antes do nascimento – causas genéticas, ambientais ou desconhecidas. Gametogênese - A gametogênese (formação dos gametas) é o processo de formação e desenvolvimento das células germinativas especializadas, os gametas (oócitos/espermatozoides) a partir de células precursoras bipotentes. Esse processo, que envolve os cromossomos e o citoplasma dos gametas, prepara essas células para a fecundação. Durante a gametogênese, o número de cromossomos é reduzido pela metade e a forma das células é alterada. Um cromossomo é definido pela presença de um centrômero, uma constrição de uma porção do cromossomo. Meiose - A primeira divisão meiótica é uma divisão reducional, pois o número de cromossomos é reduzido de diploide para haploide devido ao pareamento dos cromossomos homólogos na prófase (primeiro estágio da meiose) e pela segregação deles na anáfase (estágio no qual os cromossomos se movem da placa equatorial). Os cromossomos homólogos (um do pai e um da mãe), formam um par durante a prófase e se separam durante a anáfase, com um representante de cada par indo, aleatoriamente, para cada polo do fuso meiótico. O fuso se conecta ao cromossomo no centrômero. - A segunda divisão meiótica vem após a primeira divisão sem uma interfase normal (isto é, sem a etapa de replicação do DNA). Cada cromossomo de cromátide dupla se divide e cada metade, ou cromátide, é direcionada para um polo diferente da célula. Assim, o número haploide de cromossomos (23) é mantido e cada célula filha formada por meiose tem um representante de cada par cromossômico (agora um cromossomo de cromátide única). A segunda divisão meiótica é semelhante a uma mitose normal, exceto que o número cromossômico da célula que entra na segunda divisão meiótica é haploide. -A meiose: • Possibilita a constância do número cromossômico de geração a geração pela redução do número cromossômico de diploide para haploide, produzindo, assim, gametas haploides. • Permite o arranjo aleatório dos cromossomos materno e paterno entre os gametas. • Reposiciona os segmentos dos cromossomos materno e paterno, por meio de cruzamento de segmentos cromossômicos, que “embaralham” os genes, produzindo a recombinação do material genético. Espermatogênese - Inicia-se na puberdade e vai até a morte. - O hipotálamo libera hormônios gonadotróficos da hipófise que agirão nos testículos (possuem receptores celulares que vão receber esses hormônios). · LH (luteinizante): age estimulando as células intersticiais, ou de Leydig, a produzirem testosterona, que determina as características secundárias masculinas. · FSH (folículo estimulante): se liga aos receptores das células de Sertolli e as células granulosas dos ovários, ele estimula elas produzirem inibina, estradiol e outras proteínas essenciais à gametogênese. - As células de Leydig produzem testosterona, o que aumenta, no hipotálamo, a liberação dos hormônios. - Com a idade sofre diminuição, mas não cessa. - O sêmen vem da próstata e vesículas seminais – rico em frutose, o que fornece substrato para a produção de ATP nos espermatozoides e permite a viabilidade dos mesmos (tempo que se encontra apto para a fecundação). - Espermiogênese (não ocorre divisão): é a construção morfológica do espermatozoide – perde quase todo o citoplasma. As vesículas do complexo de Golgi fundem-se, formando o acrossomo, localizado na extremidade anterior dos espermatozoides. O acrossomo contém enzimas que perfuram as membranas do óvulo, na fecundação. Forma o flagelo. Ovogênese - Início na vida intrauterina (ovócitos I param em prófase I até a puberdade - ciclo menstrual – quando voltam a meiose até a menopausa, quando acabam os gametas). - A descarga hormonal na corrente sanguínea feminina retoma a meiose – maturação. - O gameta feminino é maior que o masculino. - O ovócito possui uma proteção – aglomerado de células ao seu redor: folículo (formado por aglutinação). - O óvulo tem mais chances de ocorrer trissomia – a probabilidade é maior em mulheres de mais idade porque o gameta fica muito tempo com a meiose suspensa. - Os ovários são glândulas reprodutivas em formato de amêndoa, localizados próximos às paredes pélvicas laterais, de cada lado do útero. Os ovários produzem os oócitos ; estrogênio (é responsável pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias femininas e pelo controle do ciclo menstrual )e progesterona, os hormônios responsáveis pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias e pela regulação da gestação. Ciclos reprodutivos femininos - Iniciando-se na puberdade (10 a 13 anos de idade), as mulheres passam por ciclos reprodutivos (ciclos sexuais), que envolvem a atividade do hipotálamo do encéfalo, da glândula hipófise, dos ovários, do útero, das tubas uterinas, da vagina e das glândulas mamárias. Esses ciclos mensais preparam o sistema genital para a gestação. - O hormônio liberador de gonadotrofina é sintetizado pelas células neurossecretoras do hipotálamo. O hormônio estimula a liberação de dois hormônios hipofisários produzidospor essa glândula e que atuam nos ovários: • O hormônio folículo-estimulante (FSH) estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produção de estrogênio pelas células foliculares. • O hormônio luteinizante (LH) age como um “disparador” da ovulação (liberação do oócito secundário) e estimula as células foliculares e o corpo lúteo a produzirem progesterona. • Esses hormônios também induzem o crescimento dos folículos ovarianos e do endométrio. Ciclo ovariano - O FSH e o LH produzem mudanças cíclicas nos ovários – o ciclo ovariano – o desenvolvimento dos folículos, a ovulação (liberação de um oócito de um folículo maduro) e a formação do corpo lúteo. - Durante cada ciclo, o FSH estimula o desenvolvimento de vários folículos primários em 5 a 12 folículos primários; entretanto, somente um folículo primário normalmente chega ao estágio de folículo maduro e se rompe na superfície ovariana, expelindo seu oócito. Desenvolvimento Folicular • Crescimento e diferenciação de um oócito primário. • Proliferação das células foliculares. • Formação da zona pelúcida. • Desenvolvimento das tecas foliculares. - O desenvolvimento inicial dos folículos ovarianos é estimulado pelo FSH, mas os estágios finais da maturação necessitam também do LH. - Os folículos em desenvolvimento produzem estrogênio, o hormônio que regula o desenvolvimento e o funcionamento dos órgãos genitais. - A teca interna vascular produz um fluido folicular e algum estrogênio. Suas células também secretam androgênios que passam para as células foliculares, as quais os convertem em estrogênio. Certa quantidade de estrogênio também é produzida por grupos dispersos de células estromais secretoras, conhecidas coletivamente como glândula intersticial do ovário. Ovulação - Por volta da metade do ciclo ovariano, o folículo ovariano, sob influência do FSH e do LH, sofre um repentino surto de crescimento, produzindo uma dilatação cística ou uma saliência na superfície ovariana. Um pequeno ponto avascular, o estigma, logo aparece nessa saliência. - Antes da ovulação, o oócito secundário e algumas células se desprendem do interior do folículo distendido. - A ovulação é disparada por uma onda de produção de LH. Normalmente, a ovulação acontece de 12 a 24 horas após o pico de LH. - A elevação nos níveis de LH, induzida pela alta concentração de estrogênio no sangue, parece causar a tumefação do estigma, formando uma vesícula. O estigma logo se rompe expelindo o oócito secundário junto com o líquido folicular. - A expulsão do oócito é o resultado da pressão intrafolicular e possivelmente da contração da musculatura lisa da teca externa (capsular) -O oócito secundário expelido está circundado pela zona pelúcida e uma ou mais camadas de células foliculares, organizadas radialmente como uma corona radiata . - Os altos níveis de LH também parecem ser responsáveis por induzir o término da primeira divisão meiótica do oócito primário. Portanto, os folículos ovarianos maduros contêm oócitos secundários. - A zona pelúcida composta por glicoproteínas. A ligação do espermatozoide com a zona pelúcida (interação espermatozoide-oócito) é um evento complexo e crítico durante a fecundação. Corpo Lúteo - Sob a influência do LH, forma-se uma estrutura glandular, o corpo lúteo, que secreta progesterona e alguma quantidade de estrogênio, o que leva as glândulas endometriais a secretarem e, assim, o endométrio se prepara para a implantação do blastocisto. - Se o oócito é fecundado, o corpo lúteo cresce e forma o corpo lúteo gestacional e aumenta a produção de hormônios. A degeneração do corpo lúteo é impedida pela ação da gonadotrofina coriônica humana, um hormônio secretado pelo blastocisto. O corpo lúteo gestacional permanece funcionalmente ativo durante as primeiras 20 semanas de gestação. Nesse momento, a placenta assume a produção de estrogênio e de progesterona necessária para a manutenção da gestação. - Se o oócito não é fecundado, o corpo lúteo involui e se degenera 10 a 12 dias após a ovulação. Ele é, então, chamado corpo lúteo menstrual. O corpo lúteo, em seguida, se torna uma cicatriz branca no tecido ovariano, denominada corpo albicans. Os ciclos ovarianos cessam na menopausa, a suspensão permanente da menstruação devido à falência dos ovários. A menopausa normalmente ocorre entre os 48 e os 55 anos de idade. As alterações endócrinas, somáticas (corporais) e psicológicas que ocorrem ao término do período reprodutivo são denominadas de climatéricas.
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