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Admiro HIME ( Expansão marítima europeia e as Cruzadas1)

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Admiro Sekwassi
AS CRUZADAS E A EXPANSAO MARITIMA EUROPEIA 
Curso de licenciatura em ensino história com habilitações em documentação
Universidade Rovuma
 Extensao de Cabo Delgado
2021
Admiro Sekwassi
EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA E AS CRUZADAS
Trabalho de caracter avaliativos a ser apresentado no departamento das ciências socias e filosofia, na cadeira de Historia da Idade Media Europeia (HIME) I° Ano, II° semestre, lecionado pela:
drͣ: Elsa M. Morais
Universidade Rovuma 
 Extensão de Cabo Delgado
2021
Índice
Introdução
O presente trabalho exatamente tem como tema Expansão Marítima Europeia e as Cruzadas da Idade Média, por isso que meramente que se faça uma dissertação ao termo  expansão marítima europeia esse por sua vez foi o período compreendido entre os séculos XV e XVIII quando alguns povos europeus partiram para explorar o oceano que os rodeava. Estas viagens deram início ao processo da Revolução Comercial, ao encontro de culturas diferentes e da exploração do novo mundo, possibilitando a interligação dos continentes.
Objetivo geral:
· Estudar a Expansão Marítima europeia na idade média
· Estudar o papel das cruzadas da idade média
Estudar o das cruzadas da idade média
Objetivos específicos, destacam-se os seguintes:
· Compreender Expansão Marítima durante a Idade Média
· Analisar as formas como as cruzadas decorriam durante a idade média;
· Comparar as formas como cada religião abordada tratava as cruzadas neste período.
Expansão Marítima Europeia ocorrido nos séculos XV e XVIII.
Entre os séculos XV e XVIII os europeus iniciaram um grande empreendimento marítimo que ficou conhecido como expansão marítima europeia. Isso só foi possível quando no final da Idade Média o feudalismo sofreu profundas transformações e abriu espaço para uma nova estrutura econômica baseada no lucro. 
Essa nova realidade fez com que os governos buscassem alternativas para o desenvolvimento da economia. Nesse contexto, a expansão marítima europeia teve como finalidade principal a superação da crise econômica dos séculos XIV e XV e o desenvolvimento da economia mercantil com a conquista de novos mercados. 
Esse evento marítimo expansionista dos europeus em busca das relações comerciais culminou ainda na descoberta de vários territórios, inclusive do território brasileiro.
Fatores que motivaram a expansão marítima
Diversos fatores contribuíram para a expansão marítima europeia. Entre eles:
• monopólio árabe-italiano no Mediterrâneo que impulsionou a busca de novas rotas marítimas;
• exploração de metais preciosos para a cunhagem de moedas;
• investimento financeiro das monarquias nacionais aos projetos náuticos;
• centralização política dos reinos absolutistas;
• aliança política entre os reis e a burguesia mercantil interessada na lucratividade da expansão ultramarina;
• divulgação da fé cristã para povos de outros territórios;
• aperfeiçoamento das técnicas navais. 
Outro importante fator que corroborou ainda mais para a expansão marítima europeia foi o Renascimento urbano e comercial. 
Esse novo contexto cultural trouxe um outro olhar para as questões humanas, espirituais e naturais. Anteriormente, as teorias teocêntricas da Igreja Católica disseminavam concepções infundadas sobre os oceanos, como a existência de monstros tenebrosos nas profundezas dos mares e zonas tórridas. O espírito aventureiro e de conquista adotado pelos navegadores europeus os fizeram superar toda e qualquer ideia arcaica acerca das navegações. 
Outra atividade importante foi o desenvolvimento da arte da ciência náutica, com o uso da bússola, do astrolábio, o quadrante, as caravelas, as cartas de marear e a vela triangular. 
As Grandes navegação portuguesas
As navegações portuguesas começaram no século XV com a conquista de Ceuta e se estenderam por todo século XVI.
Esse empreendimento foi responsável pelo redesenho do mapa do mundo conhecido até o momento.
Causas
Vários motivos levaram os portugueses a se lançarem nesta aventura.
· necessidade de abertura de novas rotas comerciais;
· expandir a fé cristã;
· conquistar terras e títulos para a nobreza.
O fato de estarem sem disputas bélicas internas e organizado como estado nacional também foi uma vantagem para Portugal ser pioneiro na navegação.
Pioneirismo marítimo de Portugal
A formação da monarquia portuguesa com a Revolução de Avis, em 1385, e a aliança política com o grupo mercantil interessado no comércio marítimo, possibilitou com que o país fosse pioneiro na expansão marítima europeia.
Os portugueses já tinham uma tradição pesqueira que os davam habilidades com os mares. Mas foi na Escola de Sagres que iniciaram muitos projetos náuticos e alavancaram o empreendimento comercial das navegações.
A Escola de Sagres foi instaurada pelo infante português D. Henrique, na vila portuguesa de Sagres, em meados do séc. XIV. Muitos navegadores e interessados na arte náutica aprenderam o manuseio de ferramentas importantes para as navegações.
 Muitas inovações náuticas foram realizadas na Escola de Sagres. (Foto: Wikipédia)
Além disso, A Igreja Católica realizou muitas missas e benção especiais para as expansões marítimas portuguesas por motivos religiosos, e também econômicos. A razão disso é que com o comércio marítimo os dízimos aumentariam a receita do clero.
Os navegadores portugueses tomaram a região do Celta, no norte da África, em 1415, local inicial do domínio expansionista marítimo português. Em 1492, Portugal dominou o comércio marítimo do oceano Atlântico. Posteriormente, iniciou-se o périplo africano que conquistou muitos comércios de especiarias, como o de marfim e de ouro.
Expansão marítima espanhol e o tratado de Tordesilhas
O Estado Nacional Espanhol realizou sua primeira expansão marítima em 1492. A rota de destino dos espanhóis foi em direção ao oeste, sob a liderança do navegador italiano Cristóvão Colombo.
A rota escolhida por Cristóvão Colombo foi fruto das influências das teorias renascentistas acerca da forma do mundo. 
 As viagens marítimas espanholas percorreram parte do Oceano Atlântico. (Foto: thebestphotos.eu)
Nessa primeira viagem as embarcações espanholas atracaram na América. Entretanto, o líder navegante acreditava estar em terras indianas. Além da Espanha tentar provar as teorias do formato da terra, entrou ainda em conflitos com Portugal pelo domínio das produções de especiarias. 
Para sanar a rivalidade entre os dois reinos ibéricos, Portugal e Espanha, o papa Alexandre VI dividiu o novo território descoberto em duas partes. 
Inicialmente, o papa decidiu que a divisão dos territórios entre Portugal e Espanha seria o meridiano traçado a 100 léguas das ilhas de Cabo Verde. E após a repartição as terras a oeste do meridiano pertenceria ao reino português e as terras a leste ao reino espanhol. 
Em 1494 Portugal iniciou negociações diplomáticas com os espanhóis por recusa ao primeiro acordo papal. E foi com o Tratado de Tordesilhas que se estabeleceram as divisões territoriais das terras descobertas.
No tratado ficou acordado entre os dois países que os territórios seriam divididos pelo meridiano, traçado a 370 léguas a oeste das Ilhas de cabo Verde. Portugal se beneficiou economicamente porque ficou com a rota de leste, rumo a Índia, e boa porção do território do Brasil.
Consequências da expansão marítima Europeia
O comércio em escala mundial foi ampliado graças as grandes navegações da expansão marítima europeia. Por isso, muitos historiadores denominam as relações comerciais do século XV ao XVII de Revolução Comercial. 
O mar Mediterrâneo era monopolizado pelos árabes-italianos, através das rotas terrestres das cidades italianas de Gênova e Veneza. Depois da expansão marítima europeia o eixo econômico passou a ser o oceano Atlântico.
A mudança do eixo econômico valorizou a cidade portuguesa de Lisboa. Posteriormente, a cidade espanhola de Sevilha.
O comércio marítimo europeu ainda ocasionouo surgimento do colonialismo e da exploração das riquezas das terras descobertas.
Segundo Burns:
 
“Calcula-se que quando Colombo descobriu a América a quantidade de ouro e prata em circulação na Europa não ultrapassava duzentos milhões de dólares. Por volta de 1600, o volume de metais preciosos naquele continente atingira o pasmoso total de um bilhão de dólares. Parte dele era fruto das pilhagens feitas pelos espanhóis nos tesouros dos incas e astecas, mas o grosso provinha das minas do México, da Bolívia e do Peru (...). Nenhuma outra causa influiu de maneira tão decisiva no desenvolvimento da economia capitalista”.
A exploração enriqueceu os reis e a burguesia e colocou o povo em uma estrema pobreza. As consequências dessa relação comercial exploratória se estenderam e formaram países com economias desenvolvidas e subdesenvolvidas.
Origem da palavra Cruzadas
 nome “cruzadas” deve-se ao fato dos cristãos ostentarem como símbolo de sua causa a cruz, vermelhas ou pretas, em suas vestes. Pessoas de todos os estamentos sociais participaram das cruzadas, a população mais pobre viu nas cruzadas uma oportunidade de ascensão social, visto que na terra santa reconquistada a mobilidade social era possível, enquanto na Europa não.
tratava as cruzadas neste 
As Cruzadas na Idade Média
As cruzadas foram expedições militares incentivadas pela Igreja Católica durante os séculos XI e XIII com o objectivo de reconquistar Jerusalém e arredores. O território era denominado na época de Terrra Santa. Para os dias de hoje, equivale ao território denominado de Palestina. NaqueleNaquele tempo não existia ali o estado de Israel, onde hoje está Jerusalém. Estes territórios eram considerados s agrados para os católicos e perdidos durante a expansão da civilização islâmica. Mas, também para os adeptos da religião hebraica (judeus) e da religião islâmica (muçulmanos) as mesmas terras eram reivindicadas como sagradas.
Os católicos reagiram em 1189, com a Terceir a Cruzada, com expedições independentes que partiram da França, da Inglaterra, e da Alemanha. A expedição do Rei Ricardo I, da Inglaterra, entrou para a história literária como uma das batalhas de ‘Ricardo Coração de Leão’ A última Cruzada foi realizada em 1271 e 1272, com uma expedição liderada pelo Príncipe Eduardo I, da Inglaterra, e que permitiu aos Cristãos a permanência em Jerusalém. Porem, em 1291 os muçulmanos retomaram o controle da região, pondo fim ao ciclo das Cruzadas.
As oito Cruzadas:
1ª Cruzada: A primeira Cruzada, convocada pelo Papa Urbano segundo atingiu seu objectivo ao conquistar Jerusalém em 1099. Uma força de 300 mil pessoas foi mobilizada e reunida em Constantinopla, no entanto apenas 40 mil chegaram a cidade santa, onde fundaram o Reino Cristão de Jerusalém.
2ª Cruzada: Foi convocada pelo Papa Eugénio III para assegurar os domínios cristãos no oriente, no entanto, entre os muçulmanos houve a unificação do Califado do Egipto e Califado da Síria sob domínio de Saladino, líder muçulmano com grande prestígio e talento militar que liderou a reconquista de Jerusalém pelos muçulmanos.
3ª Cruzada: Apoiada pelo Papa Clemente III e contou com a participação de três monarcas Europeus, daí o nome pelo qual ficou conhecida: “Cruzada dos Reis”. Filipe Augusto (França), Ricardo Coração de Leão (Inglaterra) e Frederico Barba- Ruiva (Sacro Império Romano Germânico) não lograram s ucesso na tentativa de restabelecer o Reino Cristão de Jerusalém.
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Frederico Barba-Ruiva morreria em deslocamento ao cair do cavalo paramentado com armadura completa, o que levou-o ao afogamento, Filipe Augusto retornaria a França e Ricardo Coração de Leão conquistaria importantes domínios, no entanto não foi páreo para Saladino, não atingindo o objectivo maior, a reconquista de Jerusalém.
4ª Cruzada: Esta cruzada partiu de Veneza em 1202 em direcção ao oriente, mas o destino final foi a ocupação de Constantinopla, uma vez que o cisma cristão permanecia em voga. A cidade foi desocupada no ano seguinte após ser saqueada.
5ª Cruzada: Objectivava a conquista do porto Egipto de Demitta a fim de enfraquecer o poderio muçulmano, todavia não logrou sucesso.
6ª Cruzada: Liderada por Frederico II, imperador do Sacro Império Romano Germânico, partiu da Europa em 1228. Frederico II tornou-se Rei de Jerusalém por casamento, mas perdeu a cidade para os turcos em 1243.
7ª Cruzada: Foi liderada por Luís IX (São Luís), Rei da França. A vitória cristã foi evitada pelas forças do Sultão Baibars, que conseguiu reunificar os califados do Egipto e Síria.
8ª Cruzada: Também organizada por Luís IX da França, tinha por objetivo a conversão dos sultões ao cristianismo, diante a forte instabilidade os domínios cristãos no oriente e norte da África. No entanto, São Luís seria capturado e posteriormente sucumbiria a peste.
Conclusão
As Cruzadas não conseguiram seus principais objetivos, mas tiveram outras consequências como o enfraquecimento da aristocracia feudal, o fortalecimento do poder real, a expansão do mercado e o enriquecimento do Oriente. Conclui ainda que ao longo de dois séculos um total de oito Cruzadas partiram da Europa em direção ao Oriente. No entanto, algumas nem chegaram ao território islâmico. É preciso lembrar que algumas das batalhas entre cristãos e muçulmanos, no período das cruzadas, ocorreram em solo europeu na tentativa de expulsar os muçulmanos que ocupavam a península ibérica.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/expansao-maritima-europeia. Acessado aos 31/01/2021 as 16h31
https://blogdoenem.com.br/idade-media-cruzadas/ acessado aos 31/01/2021 as 18:01hrs
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/cruzadas.htm acessado aos 31/01/2021 as 18:09hrs
http://www.sohistoria.com.br/ef2/cruzadas/p3.php acessado aos 31/01/2021 as 18:29hrs

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