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Anatomia I (sistema muscular, pelve e períneo e sistema articular)

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ANATOMIA DO
SISTEMA MUSCULAR
 
ANATOMIA DA PELVE E
PERÍNEO
 
ANATOMIA DO
SISTEMA ARTICULAR
MOD.
2
CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO
JÚLIA CAPPI AGUIAR
 
 
 
 
│SISTEMA MUSCULAR 
 
I. Conceito ........................................................................................................................................ 21 
II. Funções ...................................................................................................................................... 21 
III. Estruturas de Revestimento ....................................................................................................... 21 
IV. Classificação .............................................................................................................................. 22 
V. Contrações ................................................................................................................................. 22 
 
 
 
 
J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 21 
 
 
A n a t o m i a I 
 
Músculos: são estruturas individualizadas que 
cruzam uma ou mais articulações e pela sua 
contração são capazes de transmitir-lhes 
movimento. Este é efetuado por células 
especializadas denominadas fibras musculares, 
cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo 
sistema nervoso. Os músculos são capazes de 
transformar energia química em energia mecânica. 
 
→ Produção dos Movimentos Corporais: 
Movimentos globais do corpo, como andar e 
correr. 
→ Estabilização das Posições Corporais: As 
contrações dos músculos esqueléticos 
estabilizam as articulações e participam da 
manutenção das posições corporais, como a de 
ficar em pé ou sentar. 
→ Regulação do Volume dos Órgãos: A contração 
sustentada das faixas anelares dos músculos 
lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do 
conteúdo de um órgão oco. 
→ Movimento de Substâncias dentro do Corpo: 
As contrações dos músculos lisos das paredes 
vasos sanguíneos regulam a intensidade do 
fluxo. Os músculos lisos também podem mover 
alimentos, urina e gametas do sistema 
reprodutivo. Os músculos esqueléticos 
promovem o fluxo de linfa e o retorno do 
sangue para o coração. 
→ Produção de Calor: Quando o tecido muscular 
se contrai ele produz calor e grande parte desse 
calor liberado pelo músculo é usado na 
manutenção da temperatura corporal. 
 
O tecido conjuntivo circunda e protege o tecido 
muscular. 
• Tela subcutânea / Hipoderme: separa o 
músculo da pele; composta por tecido 
conjuntivo areolar e tecido adiposo; consiste 
em uma via para a entrada e saída de nervos, 
vasos sanguíneos e vasos linfáticos dos 
músculos. O tecido adiposo da tela subcutânea 
armazena a maioria dos triglicerídeos do corpo, 
serve de camada de isolamento que reduz a 
perda de calor e protege os músculos do trauma 
físico. 
• Fáscia: é uma lâmina densa ou faixa larga de 
tecido conjuntivo denso não modelado que 
reveste a parede corporal e os membros, além 
de sustentar e envolver músculos e outros 
órgãos do corpo; une músculos com funções 
similares; possibilita o movimento livre dos 
músculos, aloja nervos, vasos sanguíneos e 
vasos linfáticos e preenche os espaços entre os 
músculos. 
o Fáscia Superficial separa os músculos da 
pele. 
o Fáscia Muscular é uma lâmina ou faixa 
larga de tecido conjuntivo fibroso, que, 
abaixo da pele, circunda os músculos e 
outros órgãos do corpo. 
Três camadas de tecido conjuntivo se estendem a 
partir da fáscia para proteger e reforçar o músculo 
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A n a t o m i a I 
esquelético: 
• Epimísio é a camada mais externa de tecido 
conjuntivo, circunda todo o músculo. 
• Perimísio circunda grupos de 10 a 100 ou mais 
fibras musculares individuais, separando-as em 
feixes chamados fascículos. Os fascículos 
podem ser vistos a olho nu. 
• Endomísio é um fino revestimento de tecido 
conjuntivo que penetra no interior de cada 
fascículo e separa as fibras musculares 
individuais de seus vizinhos. 
 
De acordo com o tipo de tecido muscular que 
contêm, os músculos são classificados em três 
tipos. Os tipos de músculos são ainda classificados 
com base na sua aparência histológica, assim, os 
músculos esquelético e cardíaco são classificados 
de estriados e o músculo liso é classificado como 
não estriado. 
• Músculos Estriados Esqueléticos: forma, 
juntamente com os ossos, o sistema 
musculoesquelético, responsável pelo 
movimento voluntário. Contraem-se por 
influência da nossa vontade, ou seja, são 
voluntários. O tecido muscular esquelético é 
chamado de estriado porque faixas alternadas 
claras e escuras (estriações) podem ser vistas no 
microscópio óptico; 
o Reto: Paralelo à linha média; 
o Transverso: Perpendicular à linha média; 
o Oblíquo: Diagonal à linha média 
• Músculos Lisos: Localizado nos vasos 
sanguíneos, vias aéreas e maioria dos órgãos da 
cavidade abdômino-pélvica. Ação involuntária 
controlada pelo sistema nervoso autônomo; 
• Músculo Estriado Cardíaco: Representa a 
arquitetura cardíaca. É um músculo estriado, 
porém involuntário – auto ritmicidade. 
 
• Concêntrica: o músculo se encurta e traciona 
outra estrutura, como um tendão, reduzindo o 
ângulo de uma articulação. Ex: Trazer um livro 
que estava sobre a mesa ao encontro da cabeça. 
• Excêntrica: quando aumenta o comprimento 
total do músculo durante a contração. Ex: idem 
anterior, porém quando recolocamos o livro 
sobre mesa. 
• Isométrica (metria = comprimento; iso = igual 
ou constante) A contração isométrica é aquela 
onde o músculo desenvolve tensão, porém não 
há alteração em seu comprimento externo. Em 
outras palavras, a contração isométrica é aquela 
em que o músculo se contrai e produz força sem 
nenhuma alteração macroscópica no ângulo da 
articulação. Parece que o mecanismo desta 
contração reside no fato de que a energia que 
normalmente seria exibida como trabalho 
mecânico externo é utilizada no rearranjo 
estrutural das fibras, ou seja, as fibras se 
encurtam e o tendão se alonga, e parte da 
energia se dissipa em calor. Outros estudos 
sobre a biomecânica da contração isométrica 
relatam que a mesma acontece pois permite um 
deslizamento das miofibrilas mais externas 
enquanto que aquelas que se encontram mais 
internamente permaneceriam estáticas. 
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A n a t o m i a I 
• Isotônica (que pode ser dividida em excêntrica 
e concêntrica): aquela que acontece quando há 
uma desigualdade de forças entre a potência 
muscular e a resistência provocando, assim, o 
deslocamento do segmento. Ela pode ser 
dividida em concêntrica, que é aquela onde a 
potência é maior que a resistência e a fibra 
muscular sofre uma diminuição de seu tamanho 
(encurta-se), isto é, a origem se aproxima da 
inserção e excêntrica que é aquela onde a 
resistência é maior que a potência onde as 
fibras, por possuírem características elásticas, 
se ampliam fazendo com que o ponto de origem 
do músculo se afaste da inserção. Outra 
maneira de se pensar em contração muscular 
excêntrica é pensar que esta é uma modalidade 
onde o músculo se alonga durante o tempo em 
que está exercendo tensão. 
• Isocinética (cinética = velocidade; iso = igual 
ou constante): aquela em a tensão desenvolvida 
pelo músculo é máxima em todos os ângulos 
articulares durante toda a amplitude de 
movimento porque ela é realizada em uma 
velocidade constante. A velocidade é 
controlada e a resistência é variada ao longo do 
arco de movimento. As vantagens da contração 
isocinética são que: 
a) é capaz de obter contração máxima ao 
longo da amplitude total de movimento, 
oferecendo maior eficiência do rendimento 
muscular; 
b) a sobrecarga nas articulações é, pois, é a 
força produzida pelo pacienteque controla 
a sobrecarga imposta pelo aparelho; 
c) é capaz de realizar uma gama de testes 
musculares através das diferentes 
velocidades aplicadas e de diferentes 
posturas. 
 
 
 
 
│PELVE E PERÍNEO 
 
I. Pelve .............................................................................................................................................. 25 
A. Definição ................................................................................................................................ 25 
B. Divisão da pelve .................................................................................................................... 25 
C. Diferenças entre a pelve óssea masculina da feminina. ......................................................... 25 
D. Vísceras Pélvicas ................................................................................................................... 26 
E. Eixo Pélvico .............................................................................................................................. 26 
F. Paredes da Pelve ........................................................................................................................ 27 
G. Assoalho Pélvico / Diafragma da Pelve ................................................................................. 27 
H. Músculos da Região Pélvica .................................................................................................. 27 
II. Cíngulo do Membro Inferior ..................................................................................................... 28 
III. Períneo ....................................................................................................................................... 28 
A. Definição ................................................................................................................................ 28 
B. Estruturas Osteofibrosas ........................................................................................................ 29 
IV. Quadril ....................................................................................................................................... 29 
V. Sacro .......................................................................................................................................... 30 
VI. Cóccix ........................................................................................................................................ 30 
VII. Trígono Anal e o Trígono Urogenital. ................................................................................... 30 
 
 
 
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A n a t o m i a I 
 
A. Definição 
A pelve é a parte mais inferior do tronco, sendo 
constituída por um anel ósseo, formado pelos ossos 
do quadril (íleo, púbis e ísquio), sacro e cóccix. 
Este anel proporciona abrigo aos órgãos do sistema 
reprodutor, urinário e também a porção final do 
canal alimentar (reto e canal anal). Na pelve existe 
uma estrutura, denominada linha arqueada ou linha 
terminal ou ainda abertura superior da pelve, que 
divide a pelve em maior, que é superior a linha e 
menor, que é inferior a linha. 
 
B. Divisão da pelve 
A pelve é dividida em pelve maior (falsa) e menor 
(verdadeira) pelo plano oblíquo da abertura 
superior da pelve, cuja delimitação se faz por um 
traçado na borda da pelve que é definida pelas 
porções superiores à sínfise púbica e o sacro, 
anterior e posteriormente respectivamente. Isto se 
dá porque a pelve maior é considerada parte da 
cavidade abdominal. 
• Pelve Maior (Falsa): é considerada parte da 
cavidade abdominal e existirem nela órgãos 
abdominais, como as partes iniciais e terminais 
do cólon. Ela abre-se em sua extremidade 
superior e sustenta o conteúdo abdominal, 
sendo que, após o terceiro mês de gravidez 
ajuda a sustentar o útero e, durante os estágios 
iniciais no parto, orienta a descida do feto para 
a pelve menor. A margem (orla) óssea que 
circunda e define a abertura superior da pelve é 
a margem da pelve, formada por: 
o Promontório e asa do sacro; 
o As linhas terminais direita e esquerda 
formam juntas uma estria oblíqua, 
composta por : 
→ Linha arqueada na face interna do ílio; 
→ Linha pectínea do púbis e crista púbica, 
formando a margem superior do ramo 
superior e corpo dor púbis. 
• Pelve Menor (Verdadeira): observa-se a parte 
inferior do canal alimentar, bexiga, parte do 
útero e do sistema genital. É a porção inferior 
ao plano da borda pélvica, sendo este um plano 
oblíquo que recebe o nome de abertura superior 
ou entrada da pelve. Também possui uma 
abertura inferior ou saída, compreendendo a 
área das duas tuberosidades isquiáticas até a 
extremidade do cóccix, e promovendo a ligação 
dessas estruturas entre si por uma linha 
imaginária, adquire a forma de um triângulo. A 
região entre a entrada e a saída da pelve é a 
cavidade da pelve verdadeira e todo esse 
conjunto, no sexo feminino, forma o canal pelo 
qual, durante o parto, o bebê deverá passar. 
C. Diferenças entre a pelve 
óssea masculina da feminina. 
Algumas alterações morfológicas podem ser 
percebidas entre a pelve feminina e masculina, 
cujas diferenças podem ser percebidas desde o 
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A n a t o m i a I 
quarto mês de vida fetal. De forma geral, a pelve no 
homem é mais espessa e pesada, se comparada a da 
mulher, que é mais fina e delicada, sendo que esta 
variação de tamanho e forma não se deve somente 
ao sexo, mas também em pessoas do mesmo sexo. 
A pelve masculina, geralmente, apresenta-se 
estreita, com cavidade profunda e um formato mais 
afunilado, com abertura superior em forma de 
coração e estreita e abertura inferior pequena, com 
as impressões musculares bem marcadas. 
Já a pelve na mulher, de forma geral, é mais 
superficial e larga, com a pelve menor assumindo 
formato cilíndrico. A abertura superior da pelve é 
mais extensa e arredondada, possuindo uma 
obliquidade maior, e sua abertura inferior maior se 
comparada à masculina. O sacro no sexo feminino 
é mais curto, largo e com curvatura menor, com o 
cóccix possuindo maior mobilidade. O acetábulo é 
pequeno e as incisuras isquiáticas maiores formam 
um ângulo de quase 90o, enquanto as incisuras 
isquiáticas menores apresentam-se na forma da 
letra V invertido. 
Há quatro tipos básicos de variações anatômicas de 
pelve, sendo eles: androide, antropoide, ginecoide 
e platipeloide. 
 
No formato androide, tipo mais comum em 
homens, a pelve é pequena e estreita, em formato 
de coração. O tipo mais comum em mulheres é o 
ginecoide, possuindo um formato mais 
arredondado, favorecendo o deslizamento do feto 
no momento do parto. O formato antropoide possui 
cavidade rasa, com pelve mais ampla e achatada. O 
formato platipeloide é oval, estreito, com cavidade 
profunda e mais alongada. 
 
D. Vísceras Pélvicas 
A cavidade pélvica contém as partes terminais dos 
ureteres, bexiga urinária, reto, órgãos genitais 
pélvicos, vasos sanguíneos linfáticos e nervos. 
Além dessas vísceras pélvicas distintas, contém o 
que poderia ser considerado um transbordamento 
de vísceras abdominais: alça do intestino delgado 
e, muitas vezes, intestino grosso. A cavidade 
pélvica é limitada inferiormente pelo diafragma da 
pelve musculofascial, que está suspenso mais 
acima da abertura inferior da pelve, formando um 
assoalho pélvico semelhante a uma tigela. A 
cavidade pélvica é limitada posteriormente pelo 
cóccix e a parte inferior do sacro, e a parte superior 
do sacro forma um teto sobre a metade posterior da 
cavidade. 
E. Eixo Pélvico 
Eixo pélvico é uma linha curva do plano mediano 
definida pelo ponto central da cavidade pélvica a 
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A n a t o m i a I 
cada nível, desde a sínfise púbica até a face pélvica 
do sacro. A forma curva do eixo e a desigualdade 
na profundidade entre as paredes anterior e 
posterior da cavidade são fatores importantes no 
mecanismo de passagem fecal através do canal 
pélvico. 
F. Paredes da Pelve 
• Parede Anteroinferior: formada pelos corpos 
e ramos do púbis e pela sínfise púbica. Participa 
na sustentação do peso da bexiga urinária. 
• Paredes Laterais: formadas pelos ossos do 
quadril direito e esquerdo, cada um destes tem 
um forame obturado fechado por uma 
membrana obturadora. As fixações carnosas 
dos músculos obturados internos cobrem e, 
assim, protegem a maior parte das paredes 
laterais da pelve. 
• Parede Posterior: consiste em uma parede e 
um teto ósseo na linha mediana (formado pelo 
sacro e cóccix), já as paredes posterolaterais 
lisas são formadas pelos ligamentos associados 
às articulações sacroilíacas e músculos 
piriformes. 
G. Assoalho Pélvico / Diafragma 
da Pelve 
O assoalho pélvico é formado pelo diafragma da 
pelve, em forma de tigela ou funil, que consiste nos 
músculos coccígeo e levantador do ânus e nas 
fáscias que recobrem as faces superior e inferior 
desses músculos. O diafragma da pelve situa-se na 
pelve menor, separando a cavidade pélvica do 
períneo, ao qual serve como teto. A fixação do 
diafragma à fáscia obturadora divide o músculo 
obturador interno em uma porção pélvica superior 
e uma porção perineal inferior. Situados 
medialmente às partes pélvicas dos músculos 
obturadores internos estão os nervos e vasos 
obturatórios e outros ramos dos vasos ilíacos 
internos. 
 
H. Músculos da Região Pélvica 
Podem ser separados em músculos da região glútea 
(m. dos membros inferiores com origem na pelve) 
e músculos pélvicos verdadeiros (assoalho 
pélvico). 
→ Músculo ilíaco: flexão do quadril. 
→ Músculo glúteo máximo: extensão, rotação 
lateral, abdução no quadril e auxiliar na 
extensão do joelho. 
→ Músculo glúteo médio: flexão, abdução e 
rotação medial. 
→ Músculo glúteo mínimo: abdução, flexão e 
rotação medial. 
→ Músculo piriforme: extensão, abdução e 
rotação lateral da coxa. - Músculo gêmeo 
superior: rotação Lateral da Coxa. 
→ Músculo obturador interno: rotação lateral da 
coxa. 
→ Músculo gêmeo inferior: rotação Lateral da 
Coxa. 
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A n a t o m i a I 
→ Músculo obturador externo: rotação lateral da 
coxa 
→ Músculo quadrado femoral: rotação lateral e 
adução da coxa. 
→ Músculo isquiococcígeo: traciona o cóccix 
ventralmente, suportando a pressão intra-
abdominal provocada contra o assoalho 
pélvico. 
→ Músculos levantadores do ânus: forma pequena 
parte do diafragma da pelve e sustenta as 
vísceras pélvicas. Traciona o cóccix 
ventralmente, suportando a pressão intra-
abdominal provocada contra o assoalho 
pélvico. 
→ Músculo puboccígeo: estabilidade dos órgãos 
abdominais e pélvicos, abertura e fecho do 
hiato do elevador. 
→ Músculo ileococcígeo: estabilidade dos órgãos 
abdominais e pélvicos, abertura e fecho do 
hiato do elevador. 
→ Músculo coccígeo: sustentação de vísceras 
pélvicas. 
→ Músculo longitudinal do ânus: contribui tanto 
para os mecanismos de continência, quanto 
para os de micção/evacuação. 
→ Músculo isquiocavernoso: auxiliar a 
manutenção da ereção do clitóris e pênis. 
→ Músculo bulboesponjoso: constrição da vagina. 
→ Músculo transverso superficial: estabiliza o 
centro tendíneo. 
→ Músculo transverso profundo do períneo: 
Sustenta e fixa o corpo do períneo. 
→ Músculo esfincter anal externo: constringe o 
canalanaldurante a peristalse, resistindo à 
defecação, além de sustentar e fixar o corpo do 
períneo e o assoalho pélvico. 
→ Músculo pulborretal: estabilidade dos órgãos 
abdominais e pélvicos, abertura e fecho do 
hiato do elevador. 
 
O cíngulo do membro inferior é um anel ósseo, em 
forma de bacia, que une a coluna vertebral aos dois 
fêmures. É composto pelos ossos do quadril (ílio, 
ísquio e púbis) e sacro. Suas principais funções são: 
→ Sustentar o peso da parte superior do corpo na 
posição sentada e em pé; 
→ Transferir o peso do esqueleto axial para o 
esqueleto apendicular inferior, visando ficar em 
pé e/ou caminhar; 
→ Proporcionar fixação aos fortes músculos de 
locomoção e postura, bem como àqueles da 
parede abdominal, resistindo às forças geradas 
por suas ações. 
 
A. Definição 
Períneo refere-se tanto à área da superfície do 
tronco entre as coxas e as nádegas, que se estende 
do cóccix até o púbis, quanto o compartimento de 
pequena profundidade situado profundamente 
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A n a t o m i a I 
(superior) a essa área, mas inferior ao diafragma da 
pelve. O períneo inclui o ânus e os órgãos genitais 
externos: pênis e escroto do homem e vagina da 
mulher. 
O períneo é um compartimento pouco profundo do 
corpo (compartimento do períneo) limitado pela 
abertura inferior da pelve e separado da cavidade 
pélvica pela fáscia que reveste a face inferior do 
diafragma da pelve, formado pelos músculos 
levantador do ânus e isquiococcígeo. Na posição 
anatômica, a superfície do períneo - a região 
perineal - é a região estreita entre as partes 
proximais das coxas; entretanto, quando os 
membros inferiores são abduzidos, é uma área 
rombóide que se estende do monte do púbis 
anteriormente em mulheres, das faces mediais 
(internas) das coxas lateralmente, e as pregas 
glúteas e a extremidade superior da fenda 
interglútea posteriormente. 
B. Estruturas Osteofibrosas 
As estruturas osteofibrosas que marcam os limites 
do períneo (compartimento do períneo) são: 
→ Anteriormente: Sínfise púbia; 
→ Anterolateralmente: Ramos isquiopúbicos 
(ramos inferiores do púbis e ramos do ísquio 
associados); 
→ Lateralmente: Túberes isquiáticos; 
→ Posterolateralmente: Ligamentos 
sacrotuberais; 
→ Posteriormente: Parte inferior do sacro e 
cóccix. 
 
 
• Ílio: é a parte superior, em forma de leque, do 
osso do quadril. A asa do ílio corresponde à 
abertura do leque e o corpo do ílio, ao cabo. Em 
sua face externa, o corpo do ílio participa da 
formação do acetábulo. A crista ilíaca, borda do 
leque, tem uma curva que segue o contorno da 
asa entre as espinhas ilíacas posterosuperior e 
posteroinferior. A parte côncava anteromedial 
da asa forma a fossa ilíaca. Posteriormente, a 
face sacropélvica do ílio tem uma face auricular 
e uma tuberosidade ilíaca, para a articulação 
sinovial e sindesmótica com o sacro, 
respectivamente. 
• Ísquio: tem um corpo e um ramo. O corpo do 
ísquio ajuda a formar o acetábulo e o ramo do 
ísquio forma parte do forame obturado. A 
grande protuberância posteroinferior do ísquio 
é o túber isquiático. A pequena projeção 
posteromedial pontiaguda perto da junção do 
ramo e do corpo é a espinha isquiática. A 
concavidade entre a espinha isquiática e o túber 
isquiático é a incisura isquiática menor. A 
concavidade maior, a incisura isquiática maior, 
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A n a t o m i a I 
é superior à espinha isquiática e parcialmente 
formada pelo ílio. 
• Púbis: é o osso angulado que tem um ramo 
superior, o que ajuda a formar o acetábulo, e um 
ramo inferior, que ajuda a formar o forame 
obturado. Um espessamento na parte anterior 
do corpo do púbis é a crista púbica, que termina 
lateralmente como uma elevação proeminente, 
o tubérculo púbico. A parte lateral do púbis tem 
uma estria oblíqua, a linha pectínea do púbis. 
 
 
 
 
 
Uma linha imaginária conectando as tuberosidades 
isquiáticas divide o períneo em um trígono 
urogenital (TUG) anteriormente, e um trígono anal 
posteriormente. Uma massa de tecidos conjuntivo,esquelético e muscular liso, chamada de corpo 
perineal, é encontrada entre os trígonos, 
responsável por ancorar a maior parte dos músculos 
perineais. 
O trígono anal inclui o reto e as duas fossas 
isquioanais. Essas fossas são preenchidas por 
tecido adiposo, que sustenta os movimentos do 
diafragma pélvico, comunicando-se com o TUG 
através de seus recessos anteriores. 
O trígono urogenital, por sua vez, contém a 
membrana perineal e a fáscia superficial de Colles. 
Elas ligam dois espaços anatômicos dentro do 
TUG: a bolsa perineal superficial e a bolsa perineal 
profunda. Esse trígono contém a genitália externa 
do indivíduo, logo, entre os sexos, ele é a única 
região com diferenças anatômicas mais claras e 
evidentes. 
 
 
 
 
 
│SISTEMA ARTICULAR 
 
I. Definição ....................................................................................................................................... 32 
II. Classificação .............................................................................................................................. 32 
A. Classificação das art. sinoviais (diartroses) quanto sua forma (superfícies de contato): ....... 32 
B. Classificação das art. sinoviais (diartroses) do ponto de vista funcional: ............................. 33 
C. Particularidades da articulação sinovial ................................................................................. 34 
D. Componentes da art. Sinovial ................................................................................................ 34 
III. Congruência Articular ............................................................................................................... 36 
 
 
 
 
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Articulação ou junturas são as uniões funcionais 
entre os diferentes ossos do esqueleto. São 
constituídas por superfícies que estabelecem a 
junção de 2 ou mais ossos e por uma série de 
estruturas periarticulares que garantem a união. 
 
As articulações são classificadas estruturalmente, 
com base nas características anatômicas, e 
funcionalmente de acordo com o tipo de 
movimento que possibilitam. A classificação 
estrutural das articulações é baseada em dois 
critérios: (1) existência ou não de espaço entre os 
ossos integrantes da articulação, chamado de 
cavidade articular, e (2) tipo de tecido conjuntivo 
que une os ossos. 
• Articulações Fibrosas: não há cavidade 
articular e os ossos são mantidos unidos por 
tecido conjuntivo denso não modelado e rico 
em fibras de colágeno; 
• Articulações Cartilagíneas: não há cavidade 
articular e os ossos são mantidos juntos por 
cartilagem; 
• Articulações Sinoviais: os ossos que formam a 
articulação apresentam cavidade articular e são 
unidos pelo tecido conjuntivo denso não 
modelado de uma cápsula articular e, muitas 
vezes, por ligamentos acessórios. 
A classificação funcional das articulações tem 
relação com o grau de movimento que permitem. 
• Sinartrose: uma articulação imóvel; 
• Anfiartrose: uma articulação discretamente 
móvel; 
• Diartrose: uma articulação livremente móvel. 
Todas as diartroses são articulações sinoviais. 
Elas apresentam várias formas e possibilitam 
diversos tipos diferentes de movimentos. 
A. Classificação das art. 
sinoviais (diartroses) quanto 
sua forma (superfícies de 
contato): 
• Articulações planas: são aposições de 
superfícies quase chatas, por exemplo, 
articulações intermetatarsais e algumas 
articulações intercarpais. 
• Articulações de dobradiça ou Gínglimo: as 
superfícies dessas dobradiças biológicas 
diferem de cilindros mecânicos regulares 
porque os seus perfis não são arcos, mas 
variavelmente espirais, o que significa que o 
movimento não ocorre verdadeiramente em 
torno de um único eixo. Assemelham-se a 
dobradiças porque o movimento é em grande 
parte restrito a um plano, o que significa que 
elas são uniaxiais, por exemplo, articulações 
interfalângicas e umeroulnar. 
• Articulações de pivô: são articulações uniaxiais 
nas quais um pivô ósseo em um anel 
osteoligamentar permite rotação somente em 
torno do eixo do pivô. 
• Articulações bicondilares: são assim 
denominadas por serem formadas de dois 
côndilos (“nós”) convexos que se articulam 
com superfícies côncavas ou planas (às vezes 
inapropriadamente também chamadas de 
côndilos). 
• Articulações elipsoides: são biaxiais e 
consistem em uma superfície convexa oval 
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aposta a uma concavidade elíptica, por 
exemplo, articulações radiocarpais e 
metacarpofalângicas. 
• Articulações em sela: são biaxiais e possuem 
superfícies concavoconvexas. 
• Articulação de bola e soquete: são multiaxiais e 
formadas pela recepção de uma “cabeça” 
globoide dentro de uma cavidade oposta, por 
exemplo, as articulações do quadril e do ombro. 
Suas superfícies, embora se assemelhando a 
partes de esferas, não são estritamente 
esféricas, mas ligeiramente ovoides e, 
consequentemente, a congruência não é 
perfeita na maioria das posições. 
Resumindo: 
Tipos de diartroses: 
→ Articulação plana: Superfície se move em 
deslizamento, sendo estes de frente para trás, de 
um lado para o outro, sem que haja movimento 
angular ou rotatório (ex: ossos do carpo, ossos 
do tarso) 
→ Articulação gínglimo: a superfície convexa de 
um osso ajusta-se à superfície côncava de outro 
osso. Os movimentos são de flexão (reduz o 
ângulo entre os ossos) e extensão (aumenta o 
→ ângulo entre os ossos). Algumas articulações 
podem realizar a hiperextensão (ex: cabeça 
→ inclinada para trás). 
→ ➢ Articulação trocóide: também chamada de 
pivotante, a superfície arredondada ou 
pontiaguda do 
→ osso articula-se dentro de um anel formado 
parcialmente por osso e ligamento, realizando a 
→ rotação. Realizam movimentos de pronação e 
supinação. 
→ Articulação elipsóide: também chamada de 
condilar, uma superfície oval ajusta-se em uma 
depressão de outro osso. Os movimentos 
realizados são flexão, extensão, adução, 
abdução e circundução. (ex: articulação do 
punho e rádio, ossos do carpo). 
→ Articulação selar: a superfície de um osso tem 
forma de sela e a superfície articular da outra 
estrutura tem forma dos membros inferiores de 
um cavaleiro sentado. Os movimentos são 
látero-lateral, deslizamento ântero - posterior e 
circundução. (ex: trapézio e base metacarpal). 
→ Articulação esferóide: também chamada de 
cotiloide, caracteriza-se por uma estrutura 
óssea redonda ajustada a uma depressão 
semelhante a um copo no outro osso. Realiza 
movimentos de flexão-extensão, 
abduçãoadução, rotação-circundução. 
B. Classificação das art. 
sinoviais (diartroses) do 
ponto de vista funcional: 
• Monoaxial: realiza movimento apenas em 1 
eixo (1 grau de liberdade), permitindo apenas 
flexão e extensão. 
o Gínglimo ou Articulação em Dobradiça: a 
superfície articular movimenta-se em um só 
plano e são fortemente unidas por 
ligamentos colaterais. Ex: articulações 
interfalangeanas e úmero-ulnar. 
o Trocoide ou Articulação em Pivo: realiza 
movimento exclusivo de rotação. É 
formada por um processo em forma de pivô 
rodando dentro de um anel. Ex: atlanto-
axial e radio-ulnar proximal. 
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• Biaxial: realiza movimentos em torno de 2 
eixos (2 graus de liberdade), permitindo flexão, 
extensão, abdução e adução. 
o Condilar: uma superfície articular ovoide é 
recebida em uma cavidade elíptica. Ex: 
articulação do punho. 
o Selar: as faces ósseas são reciprocamente 
côncavo-convexas. Ex: carpometacárpicas 
do dedão. 
• Poliaxial/Triaxial: realiza movimentos em 
torno de 3 eixos (3 graus de liberdade), 
permitindoflexão, extensão, adução, abdução 
e rotação. 
o Esferoide ou Enartrose: o osso distal é 
capaz de movimentar-se em torno dos 3 
eixos, como ocorre nas articulações do 
ombro (glenoumeral) e quadril 
(coxofemoral). 
• Plana: permite movimentos deslizantes, já que 
as faces são planas ou levemente encurvadas. 
Estão presentes no carpo e tarso. 
C. Particularidades da 
articulação sinovial 
A característica que diferencia a articulação 
sinovial é a cavidade articular entre os ossos que 
participam da articulação. A característica única da 
articulação sinovial é a presença de um espaço 
chamado de cavidade articular ou cavidade sinovial 
entre os ossos integrantes da articulação. Uma vez 
que a cavidade articular possibilita movimento 
considerável na articulação, todas as articulações 
sinoviais são classificadas do ponto de vista 
funcional como livremente móveis (diartroses). Os 
ossos na articulação sinovial são cobertos por uma 
camada de cartilagem hialina chamada de 
cartilagem articular. A cartilagem cobre as faces 
articulares dos ossos com uma superfície lisa e 
deslizante, porém não as une. A cartilagem 
articular reduz o atrito entre os ossos na articulação 
durante o movimento e ajuda a absorver impactos. 
D. Componentes da art. Sinovial 
• LÍQUIDO SINOVIAL : Esse líquido 
também denominado sinóvia é encontrado 
entre as peças que se articulam para que 
haja movimento. A mobilidade exige livre 
deslizamento de uma superfície óssea 
contra outra, e isto é impossível quando 
entre elas interpõe-se um meio de ligação, 
seja fibroso ou cartilaginoso. Esse líquido é 
viscoso, claro ou amarelo-claro, composto 
por ácido hialurônico secretado por células 
sinoviais na membrana sinovial e líquido 
intersticial filtrado do plasma sanguíneo. 
Forma uma película fina sobre as 
superfícies dentro da cápsula articular. 
o Funções: 
▪ redução do atrito pela lubrificação da 
articulação; 
▪ absorção de impactos; 
▪ fornecimento de oxigênio e nutrientes; 
▪ remoção de dióxido de carbono e 
resíduos metabólicos dos condrócitos 
dentro da cavidade articular; 
▪ Contém células fagocíticas que 
removem micróbios e resíduos 
resultantes do uso e desgaste da 
articulação. Um dos benefícios do 
aquecimento antes da prática de 
exercícios é a estimulação da produção e 
secreção de líquido sinovial (quanto 
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maior a quantidade de líquido, menor é o 
estresse nas articulações durante a 
prática de exercícios). 
• CARTILAGEM ARTICULAR: É a 
cartilagem do tipo hialina que reveste as 
superfícies em contato numa determinada 
articulação (superfícies articulares), ou 
seja, a cartilagem articular é a porção do 
osso que não foi invadida pela ossificação. 
Em virtude deste revestimento as 
superfícies articulares se apresentam lisas, 
polidas e de cor esbranquiçada, facilitando 
o deslizamento entre as superfícies ósseas. 
A cartilagem articular é avascular, ou seja, 
não possui irrigação sanguínea. Sua 
nutrição, portanto, principalmente nas áreas 
mais centrais, é precária, o que torna a 
regeneração, em caso de lesões, mais difícil 
e lenta. Não possui também inervação, fato 
este que não permite a geração de dor 
quando há um desgaste dessa cartilagem. A 
dor, neste caso, só aparece quando a 
cartilagem articular já foi profundamente 
danificada e atingiu a parte óssea 
subcondral, que é inervada. 
• CÁPSULA ARTICULAR: É uma 
membrana conjuntiva que envolve a 
articulação sinovial como um manguito. 
Apresenta-se com duas camadas: a 
membrana fibrosa (externa) e a membrana 
sinovial (interna). A primeira é mais 
resistente e pode estar reforçada, em alguns 
pontos, por ligamentos, destinados a 
aumentar sua resistência. Em muitas 
articulações sinoviais, todavia, existem 
ligamentos independentes da cápsula 
articular e em algumas, como na do joelho, 
aparecem também ligamentos intra-
articulares. 
• CAVIDADE ARTICULAR: É o espaço 
existente entre as superfícies articulares, 
estando preenchido pelo líquido sinovial. 
Ligamentos e cápsula articular têm por 
finalidade manter a união entre os ossos 
mas, além disto, impedem movimentação 
em planos indesejáveis e limitam a 
amplitude dos movimentos considerados 
normais. A membrana sinovial é a mais 
interna das camadas da cápsula articular. É 
abundantemente vascularizada e inervada, 
sendo encarregada da produção do líquido 
sinovial, o qual tem consistência similar à 
clara do ovo e tem por funções lubrificar e 
nutrir as cartilagens articulares, além de 
reduzir o atrito durante a movimentação. O 
volume de líquido sinovial presente em 
uma articulação é mínimo, somente o 
suficiente para revestir delgadamente as 
superfícies articulares e localiza-se na 
cavidade articular. 
• LIGAMENTOS ACESSÓRIOS: 
o Ligamentos extracapsulares: se 
encontram fora da cápsula articular. 
Exemplos: ligamentos colaterais tibial e 
fibular da articulação do joelho 
o Ligamentos intracapsulares: ocorrem 
dentro da cápsula articular, porém são 
excluídos da cavidade articular por 
dobras da membrana sinovial. 
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Exemplos: ligamentos cruzados anterior 
e posterior da articulação do joelho. 
• DISCOS ARTICULARES OU 
MENISCOS: estão fortemente ligados à 
parte interna da membrana fibrosa e 
normalmente subdividem a cavidade 
articular em dois espaços, possibilitando 
que movimentos separados ocorram em 
cada espaço. 
o Funções: 
▪ absorção de impactos; 
▪ melhor encaixe entre as superfícies 
ósseas da articulação; 
▪ oferecimento de superfícies 
adaptáveis para movimentos 
combinados; 
▪ distribuição de peso sobre uma 
superfície de contato maior; 
▪ alastramento do lubrificante 
sinovial pelas faces articulares da 
articulação . 
• LÁBIO: é a margem fibrocartilagínea que 
se estende a partir da borda do soquete 
articular. Ajuda a aprofundar o soquete da 
articulação e aumenta a área de contato 
entre o soquete e a superfície esferóidea da 
cabeça do úmero ou do fêmur. 
 
A congruência articular se refere ao ajuste das 
superfícies articulares de uma articulação. Uma 
articulação é congruente quando suas superfícies se 
ajustam perfeitamente. Movimentos fora da 
congruência concentra estresse sobre uma pequena 
área de superfície. Uma grande força concentrada 
sobre uma pequena área articular da cartilagem 
pode lesioná-la, causando eventualmente 
mudanças degenerativas. Assim, a congruência 
articular é o melhor encaixe que podemos 
proporcionar às nossas articulações seja em 
situação de repouso como deitados ou 
descansando, quanto em situações de movimento

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