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O culturalismo jurídico traz um novo sentido para a ciência jurídica, com a ciência cultural que, segundo Maria Helena Diniz, é “como um conhecimento que constitui uma unidade imanente de base concreta e real, que repousa sobre valorações”. A cultura é algo criado pelo homem que busca aperfeiçoar as coisas, criando um sistema de valores, dando uma nova dimensão à natureza. É uma espécie de adequação feita pelos homens para que atendam aos seus fins. A ciência cultural faz uso de instrumentos lógicos da vivência, para a compreensão das produções humanas. No campo do direito, o culturalismo estuda o direito como uma realização do espírito humano, destacando os valores do direito. O culturalismo possui direções diferentes. A primeira é a teoria de Emil Lask, que afirma “o direito é um fenômeno único e individual, enraizado na vida e na cultura de uma época”. Isso se dá com a junção pela realidade jurídica e pela vontade coletiva de viver de acordo com as normas. Lask definiu a ciência do direito como uma ciência cultural por estudar a realidade referida a valores. A segunda direção do culturalismo é o egologismo existencial de Carlos Cossio. De acordo com essa teoria, buscou-se ter uma visão mais contemporânea. A intenção era estudar a conduta humana a partir da sua dimensão social. Para Cossio, o direito deve ter um estudo mais voltado para a realidade da vivência. O direito não seria produto de normas jurídicas, mas sim da experiência compartilhada de conduta, a norma seria apenas o instrumento para a expressão do direito. Por fim, a teoria do tridimensionalismo jurídico de Miguel Reale. Para esta teria, o direito tem uma estrutura tridimensional entre o fato, valor e normas, estes são ligados por uma dialética cultural, dando igual importância às três. Toda pesquisa sobre direito deve ser baseada na integração dos três elementos.
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