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Resumo sobre o direito grego

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Na antiguidade, Grécia não significava um país, e sim uma região composta por diversas Cidades-Estado. Estas cidades eram a associação religiosa e política das famílias e das tribos. O que tinha de comum nestas cidades era a crença de que governam, não os homens, mas as leis.
Esparta
Fundada no século IX a.C. por invasores dórios nas margens do rio Eurotas, na planície da Lacônia. 
O nome da cidade deriva de uma planta da região.
Com o governo do legislador Licurgo, no século IX a.C. Esparta teve um refreamento de qualquer tipo de evolução. 
Sociedade:
Era dividida em 3 camadas sociais:
Os Espartíatas: eram os dórios, guerreiros que recebiam educação militar especial.
Os periecos: eram os aqueus, tinham boas condições materiais de vida, mas nenhum direito político.
Os Hilotas: eram escravos de propriedade do Estado, não tinham proteção da lei.
Mesmo os Espartíatas não precisando fazer esforço para ter seu próprio alimento, seu cotidiano não era fácil, levando em conta o extremo militarismo presente nessa sociedade.
Quando nasciam, as crianças deveriam ser consideradas saudáveis. As crianças que não eram consideradas saudáveis acabavam morrendo ou sendo acolhidas por algum Hilota de bom coração. Se for considerada saudável, até os 7 anos a criança viveria com os cuidados da sua mãe. Aos 7 ingressavam em um grupo militar. Dos doze aos 17, eles iam para o campo sobreviver do seu próprio esforço. Estes eram incentivados a roubar, porém se fossem pegos, levava uma pisa. Aos 17, deveria se esconder no campo e matar quantos escravos conseguisse capturar (isso se chama Kriptia). Ao passar por isso, se tornaria adulto e moraria no quartel. Somente aos 30 anos poderiam casar, deixar o cabelo crescer e participar da Assembleia. 
Já as meninas, possuíam treinamento parecido para poderem criar um Espartíatas. Podiam receber herança e podiam enriquecer com o comércio.
Economia
O Estado era detentor das terras e o cidadão (Espartíatas) apenas tinha o usufruto.
Os escravos também era propriedade do Estado. Para cada lote de terra, o Estado dava 6 escravos.
Os periecos possuíam suas próprias terras, localizadas na periferia. Se dedicavam a agricultura, criação de pequenos animais, mineração de ferro e ao comércio.
Política
O poder estava nas mãos do conselho de anciãos, composto por 28 Gerontes (cidadão acima de 60 anos). Estes eram escolhidos por aclamação nas assembleias. Eles escolhiam os Éforos (poder executivo) cinco magistrados com mandato de um ano. Estes cuidavam da educação das crianças Espartíatas, fiscalizavam a vida pública e julgavam os processos civis.
Cultura e ideologia
Era uma sociedade marcada pelo militarismo. Obtinham um forte esforço para a manutenção do status quo. A junção disso caracterizou uma das sociedades mais imóveis da história. Era uma sociedade com características de xenofobia (aversão a tudo que vem de fora), xenelasia (impedimento de estadia de pessoas que vem de fora) e o laconismo (fala-se o mínimo necessário), todas incentivadas pelo Estado.
Atenas 
Separada das outras cidades-Estado por estar localizada em uma região separada por montanhas, mas de fácil acesso. 
Inicialmente, a economia era predominantemente rural. Porém, o comércio e o artesanato começaram a crescer. Com isso, pequenos agricultores que viviam junto as montanhas (os georgoi) passaram por situações difíceis. Com isso, passaram a se endividar com os Eupátridas (donos das melhores terras, detentores do poder). Isso gerava a perda das terras ou escravidão por dívida.
Os eupátridas monopolizavam o poder mesmo quando tinha rei e posteriormente quando passaram a fazer parte do governo em forma de oligarquia.
Ainda no século VII a.C. a economia era predominantemente rural, porém as atividades artesanais e comerciais já cresciam.
Surgiu uma grande crise com a insatisfação dos novos ricos (artesãos) e da camada mais pobre (georgoi), por ter empobrecido muito rápido. Para buscar uma solução para isso, teve fim a oligarquia e surgiram os legisladores.
Drácon
Primeiro legislador de Atenas. Conhecido por sua severidade. Drácon era um eupátrida.
Basicamente copiou os costumes antigos, dotado de grande religiosidade.
Sólon
Pode-se dizer que suas leis correspondem a uma grande revolução social. A eunomia (igualdade de todos perante a lei) está presente em todos os seus artigos. 
1. Economia 
Em todos os sentidos, Sólon indicava um desenvolvimento comercial e industrial que fariam de Atenas a principal cidade-Estado.
Sólon incentivou a vinda de artesãos para ter uma forte produção local.
2. Sociedade
Para minimizar a crise política, Sólon deu anistia geral. Também suavizou a legislação de Drácon. 
Apesar de ter limitado o direito de herança dos primogênitos, as mulheres não receberiam herança, mesmo se fosse o único herdeiro, seria dado a um parente próximo.
Proibiu a escravidão por dívida.
No comando do poder, a hierarquia se dava a partir de quem tinha mais riquezas.

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