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Resenha: “Do Espírito das Leis”, de Montesquieu; Livro Décimo Primeiro. PARTE 4 Os antigos, por não possuírem conhecimento de um governo fundado em um corpo de nobres ou em um corpo legislativo formado de representantes, tinham cada qual o seu governo. No capítulo VIII, o autor dá exemplo das repúblicas grega e italiana, onde seus cidadãos se reuniam em assembleia no interior de suas muralhas. Não haviam reis e dificilmente havia governo de um só. Por isso os antigos não tiveram clara ideia da monarquia. A formação do primeiro plano das monarquias se fez quando as nações germânicas conquistaram o antigo Império Romano, que eram muito livres, por assim dizer. Era preciso que uma nação deliberasse sobre os seus negócios para que se constituísse um governo, no qual, inicialmente foi o que Montesquieu descreveu como uma mistura de aristocracia e monarquia, cujo baixo povo eram os escravos, mas era um bom governo com potencial de se aprimorar, concedendo cartas de libertação, surgindo a liberdade civil do povo, com prerrogativas da nobreza e do clero e o poder dos reis. O capítulo IX, fala um pouco sobre o pensamento de Aristóteles; mais especificamente sobre como Aristóteles estabelecia cinco espécies de monarquias sem distinguir pela forma de constituição, mas por coisas acidentais: tais como virtudes e vícios do príncipe. O capítulo XI trata dos gregos nos tempos heróicos, no qual se estabeleceu um tipo de monarquia que não perdurou. Três poderes estavam distribuídos de uma maneira que o povo estava com o poder legislativo e o rei no poder executivo, como poder de julgar. A distribuição dos três poderes, segundo o autor, começa a mudar após a expulsão dos reis. Até o capítulo XIV, o autor busca a história e coloca os elementos que mudaram a realidade romana. Estabeleceram-se magistraturas, o consulado foi desdobrado, as leis sagradas instituíram os tributos, que podiam a todo instante sustentar as iniciativas dos patrícios, impedindo danos particulares e gerais e os plebeus aumentaram a sua influência nas decisões públicas. Roma de repente perdeu a liberdade diante das disputas entre patrícios e plebeus, segundo o capítulo XV, que pediram leis fixas com objetivo de os julgamentos não serem mais o efeito de uma vontade dos caprichos ou de um poder arbitrário. Para tal, nomearam-se os Decênviros - des homens na república que detinham sozinhos todo o poder legislativo, executivo e judiciário - e então Roma estava submetida à tirania. Diante disso, não havia direito que pudessem ser disputados, mas quando a liberdade retornou, ainda resistiam os privilégios aos patrícios, enquanto os dos plebeus foram anulados. Sobre o poder executivo desta república, no capítulo XVII, este poder estava nas mãos de quase todo o senado e dos cônsules. O senado possuía direitos públicos, decidia sobre a guerra e a paz. Tomada decisões acerca das tropas romanas e das tropas aliadas, distribuía as províncias e os exércitos aos cônsules e pretores, enquanto estes comandando os exércitos e as frotas marítimas, tinham nas províncias todo o poder republicano.
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