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Disc.: HISTÓRIA DA ÁFRICA PRÉ-COLONIZAÇÃO Acertos: 10,0 de 10,0 1a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Os berberes eram tribos nativas que viviam espalhadas por toda a África do Norte. Segundo o cronista muçulmano Ibn Khaldun (c. 1332-1395), os berberes eram quase totalmente nômades: ...gentes que vivem em tendas e que viajam no lombo do camelo, e se instalam nas alturas das montanhas (...) - No deserto, a maioria da população mantém suas genealogias, porque, de todos os laços que servem para vincular um povo, o de sangue é o mais próximo e de maior força (...) - Os povos que experimentam a influência desse sentimento preferem sempre a vida do deserto à das cidades... (IBN JALDÚN, 1997: 633). - Acesso em: 15/05/2019. - Sobre o trecho escrito pelo cronista islâmico, é CORRETO afirmar que: é um texto etnocêntrico. é uma fonte sem validade pois não foi feito por um africano. é um texto que discrimina o povo berbere por se vincularem ao parentesco por sangue e preferirem o deserto à cidade. é uma fonte secundária, pois o que deve prevalecer nas pesquisas sobre a África são as fontes orais. é uma fonte descritiva sem o uso de uma metodologia para explicar o povo citado. 2a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Napata foi uma cidade, na margem oeste do rio Nilo, cerca de 400 km ao norte de Cartum, capital do atual Sudão. Sobre a civilização Núbia, marque a resposta INCORRETA: Em 750 a.C, Napata foi uma cidade desenvolvida, enquanto o Egito ainda estava sofrendo de instabilidade política. O Rei Kashta atacou o Alto Egito. Sua política foi seguida por seus suces-sores Piye e Shabaka (721-707 aC), que finalmente trouxe todo o Vale do Nilo para o controle cushita no segundo ano do seu reinado. Shabaka também lançou uma política de construção de monumentos, no Egito e Núbia. Em geral, os reis de Kush governaram o Alto Egito durante cerca de um século e todo o Egito por cerca de 57 anos; Desde época das dinastias, os egípcios tinham sido interessados na Núbia, uma região muito rica em ouro. Os egípcios logo controlaram o comércio, de modo que o Egito se tornou uma potência imperialista na Núbia; Os núbios nunca se relacionaram com a civilização egípcia, preferindo negociar com os he-breus e assírios. Em 1075 a.C, o Sumo Sacerdote de Amon em Tebas, capital do antigo Egito, tornou-se pode-roso o suficiente para limitar o poder do faraó somente sobre o Alto Egito. Este foi o início do Terceiro Período Intermediário (1075 a.C-664 a.C). A fragmentação do poder no Egito permitiu que os núbios recuperassem a autonomia. Eles fundaramum novo reino, Kush, centrado em Napata; Napata começou atingindo seu auge após Tantamani ter voltado da guerra contra os assí-rios. Sua economia era essencialmente baseada no ouro. O Egito era um aliado econômico importante. Em 660 aC, os Nubios começaram a explorar ouro, inaugurando o a Idade do Ferro Africana; 3a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Sobre a África subsaariana, antes do século XV, podemos afirmar: I. Era composta de sociedades sem escrita e, portanto, sem história; II. Era composta de diversas sociedades com organizações diferentes, indo desde aldeias de agricultores e criadores até verdadeiros impérios bem estruturados; III. A escravidão só passou a existir a partir da expansão marítima européia do século XV; IV. Houve um processo de islamização de vários reinos do Sudão, a partir do século VII, embora a maioria de suas populações permanecesse com suas religiões tradicionais. São corretas as opções: II e IV I e II I e III III e IV I e IV 4a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Audaghost - A conquista da cidade de Audaghost representa o máximo esplendor do Reino de Gana. Observe a descrição dessa importante cidade africana, situada num oásis e importante entroncamento de rotas comerciais pelo Deserto do Saara: "O rei de Audaghost é o soberano dos berberes do Saara Ocidental e de vinte e três reis negros que lhe pagam tributo; seu império se estende sobre o equivalente a dois meses de viagem de norte a sul e de leste a oeste. Conta com um exército de cem mil guerreiros montados sobre camelos de raça. Possui muita importância como centro islâmico, pois é dotada de uma mesquita-catedral e de numerosas mesquitas menores. O bem estar desta povoação, a formigar de transações, rodeada de hortas, em que abundam os pepinos, as palmeiras e também uma grande quantidade de figueiras, estabelece uma cortina de proteção contra o calor do deserto A criação de carneiros e de bois é aí particularmente próspera. Por um simples mitkal (ouro em pó) podem-se comprar pelo menos dez carneiros. Encontra se muito mel que vem do país dos negros. As gentes vivem desafogadamente e possuem muitos bens. O seu mercado é sempre muito animado. A multidão é tão densa, o calor tão forte, que mal se ouve o que o vizinho diz. As compras são pagas em ouro em pó, pois não existe moeda de prata. Encontram-se belas construções e casas muito elegantes. A população é na maioria berbere. A comida preparada pelas mulheres é deliciosa, e as moças da terra têm uma beleza proverbial. " O reino africano de Gana era conhecido na língua soninque, povo dominante do país, como Uagadu, que significa "O País dos Rebanhos." Marque a alternativa abaixo, retirada do texto acima, que justifica o nome Uagadu: A criação de carneiros e de bois é aí particularmente próspera. Por um simples mitkal (ouro em pó) podem-se comprar pelo menos dez carneiros. Conta com um exército de cem mil guerreiros montados sobre camelos de raça. O rei de Audaghost é o soberano dos berberes do Saara Ocidental e de vinte e três reis negros que lhe pagam tributo. A comida preparada pelas mulheres é deliciosa, e as moças da terra têm uma beleza proverbial. Nenhuma das frases justifica claramente o nome do reino, uma vez que o conteúdo é político não econômico. 5a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 O Império Mali foi um estado da África Ocidental, perto do rio Níger, que dominou esta região nos séculos XIII e XIV. Sobre tal reino, qual é a alternativa INCORRETA: o Império Mali sucumbiu finalmente ante o assalto combinado das tribos tuaregues do Norte e dos Mossinos, do Sul, durante os anos de 1400. O império controlava as rotas comerciais transaarianas da costa sul ao norte. Os principais produtos comercializados eram: ouro, sal, peixe, cobre, escravos, couro de animais, noz de cola e cavalos o império alcançou o auge no início do século XIV, durante o governo de Mansa Musa, que se converteu ao Islão. Em sua peregrinação a Meca, esse soberano fez-se acompanhar de uma comitiva com 15 mil servos, cem camelos e expressiva quantidade de ouro dominou a região do Maghreb, até serem derrotados pelos cruzados em 756, por Pepino, o Breve de três impérios consecutivos, este foi o mais extenso territorialmente, comparado com o de Songhai e do Gana 6a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 O reino de Benin, através de seu líder, o Obá, pediu para Portugal no século XVI um grupo de missionários para que o reino pudesse ser catequizado no modelo religioso cristão. A explicação para o pedido do embaixador de Benin em Portugal deve-se à compreensão da elite de Benim que a sua cosmovisão religiosa não era compatível para a salvação das suas almas, assim, abandonaram os seus deuses para adotarem o monoteísmo judaico-cristão por questões de fé. à pressão dos vizinhos tuaregues para a conversão ao islamismo, religião que ao usar a escravidão africana, causava repulsa à elite de Benim que desejava um aliado forte contra os islâmicos. ao fato dos portugueses começarem a colonização pelo interior do continente pelo Reino de Benim e o Obá precisar de meios políticos vindos da Igreja Católica para evitar a escravidãodo seu povo, pois negros católicos não podiam ser escravos. à necessidade do Obá de se garantir no poder com a ajuda de uma religião monoteísta, forma pela qual ele entendia ser a única garantia do poder continuar centralizado em suas mãos. ao fato da Igreja Católica pressionar os Estados europeus a permitir a venda de armas de fogo para povos africanos após a conversão desses ao catolicismo. 7a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Assinale a alternativa correta. Na costa do Atlântico, um grande reino se tornaria uma das sociedades mais conhecidas da África, sobretudo depois da conversão de sua realeza ao cristianismo a partir dos últimos anos do século XV. A afirmação anterior se refere ao: Reino da Núbia Reino de Gana Reino do Congo Reino do Mali Reino de Angola 8a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 A cidade que se tornou referência no antigo Império Monomotapa, parte do atual Moçambique, pela sua grande produção de ouro que chegou no século XVI a superar a importância do tráfico de escravos nessa conjuntura e região e atraiu portugueses, holandeses e alemães era Ifé. Sofala. Oyo. Transvaal. Benim. 9a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Sobre a chegada dos portugueses ao continente africano, é correto afirmar: Foi motivada, principalmente, pelo interesse no comércio de cativos para as Américas. Foi pacífica, com o estabelecimento de relações comerciais e através da conversão religiosa de líderes africanos. Acabou por intensificar e ampliar o comércio de escravos já existente no continente africano. Foi marcada pela imediata submissão dos povos africanos que viviam na costa do continente. Não teve nenhum impedimento, por parte dos africanos, para o acesso às minas de ouro e outras riquezas cobiçadas. 10a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 No século XVIII, o conhecimento sobre a África aumentava à medida que aumentavam os contatos com o continente, e nisso as obras das etapas anteriores muito ajudaram. Contudo, com o advento do Iluminismo e do Renascimento os povos não europeus não se tornavam dignos de serem estudados. Uma névoa eurocentrica encobre o restante do mundo, agora o outro não mais se qualificava como objeto de estudo, teorias de superioridade racial, ou afirmações de que os negros constituíam uma raça avessa à cultura e inteligência, ou afirmações de que a África não tinha um passado a ser estudado antes da chegada dos europeus, ou discussões sobre o tráfico negreiro, fizeram com que a imagem do continente se negativasse, tais perspectivas elevavam barreiras dicotômicas irreparáveis. Para tal imagem Hegel em muito contribuiu indiretamente, como nos mostra Fage: "A África não é um continente histórico, ela não demonstra nem mudança nem desenvolvimento". - A ideia proposta expõe uma linha que discute muito a relação de África e História durante os século XVIII e XIX. Este movimento foi conhecido como a criação de um modelo chamado: África Sub-saariana África do atraso África negra África Eterna África o continente perdido.