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Noções de Direito Penal
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NOÇÕES DE DIREITO PENAL
DIREITO PENAL – CRIMES CONTRA ADMINISTRAÇÃO E CRIMES CONTRA O 
PATRIMÔNIO
Crimes contra Administração e Crimes contra o Patrimônio – Exercícios
1. (FCC/DPE-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE DEFENSORIA/ASSISTENTE TÉCNICO 
1/2019) Carro oficial é furtado após funcionário público estacioná-lo em via pública dei-
xando as portas abertas e as chaves no contato. O funcionário, nesse caso, incorre, em 
tese, no crime de:
a. dano ao patrimônio público.
b. peculato culposo.
c. malversação de fundos públicos.
d. gestão perdulária de bens e serviços públicos.
e. condescendência criminosa
COMENTÁRIO
O funcionário foi imprudente, negligente ou imperito? Essas são as modalidades de culpa. O 
único crime contra a administração pública que admite modalidade culposa é peculato. Há 
várias modalidades de peculato: apropriação, desvio, furto, culposo, eletrônico, estelionato, 
malversação.
O art. 312, do CP, inaugura os crimes contra a administração pública com peculato. 
Recentemente, em uma prova, tratava do art. 314, que é extravio de documento público. 
Segundo a questão, o funcionário público levou para casa o processo para trabalhar em 
casa e acabou perdendo o processo e seria responsabilizado pelo art. 314, mas isso está 
errado. O único crime contra a administração pública que admite modalidade culposa é 
peculato.
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Noções de Direito Penal
1.001 QUESTÕES FCC
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CÓDIGO PENAL
Peculato
Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público 
ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.
A primeira parte do art. 312 – “Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou 
qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo” 
– é o chamado peculato apropriação. É necessário lembrar que é imprescindível que o 
agente tenha a posse do dinheiro, valor ou bem, que pode ser público ou particular.
Já a segunda parte – “ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio” – já é o peculato desvio, 
que é um crime formal, porque dispensa-se o locupletamento. Isto é, o funcionário público 
não precisa conseguir se locupletar do dinheiro, valor ou bem.
Art. 312. […]
§ 1º Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, va-
lor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-
-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
Em referência ao § 1º, esse é o chamado de peculato furto. Isso quer dizer que no peculato 
apropriação é necessário ter a posse do dinheiro, valor ou bem, mas quando não se tem a 
posse é o chamado peculato furto.
No crime de peculato é possível autoria mediata, também chamada de longa manus? Não. 
Por exemplo, um funcionário público fala para o irmão, que não é funcionário público, 
buscar um notebook da DP onde ele trabalha, porque ele vai trabalhar em casa. Nesse 
caso, o funcionário público se valeu de um terceiro, que não é funcionário público, e o 
enganou. Assim, apenas o funcionário público pratica crime. Ele está se valendo de uma 
autoria mediata, um longa manus. Quem vai responder por peculato é o funcionário público.
Já se o funcionário público combina com o irmão de vender o computador e dividir o 
dinheiro, eles estarão em concurso. Nesse caso, o irmão responderá por peculato por 
causa do art. 29 combinado com o art. 30, do Código Penal.
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Noções de Direito Penal
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Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na 
medida de sua culpabilidade.
É a teoria monista, unitária, igualitária. É um crime para todos. Nélson Hungria, doutrinador 
clássico, defende essa posição.
Art. 30. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando 
elementares do crime.
Ser funcionário público é elementar do crime, então, comunica. Assim, o irmão também 
responderá por peculato. É possível que o particular, o extraneus, responda também por 
um crime contra a administração pública que somente funcionário pode praticar, se estiver 
em concurso com o funcionário. Ele tem que saber que o outro é funcionário. O funcionário 
público é o intraneus, aquele que está dentro da administração pública.
Se o funcionário público, servidor da PCDF, entra no TJDF, sem se valer da função, e 
subtrai um computador, será furto. Isto, porque para ser peculato, ele tem que se valer da 
função. Se ele não se vale da função, descortinado estará o crime de furto.
O peculato culposo é o § 2º, que é o único crime que admite a modalidade culposa. Se, 
no peculato culposo, o funcionário repara o dano e essa reparação precede a sentença 
recorrível transitar em julgado, extingue a punibilidade, se é posterior, reduz na metade.
a. Dano ao patrimônio público é um dano qualificado (art. 163, parágrafo único).
e. Condescendência criminosa é o art. 320, do CP. É um crime que a conduta é deixar e 
se a conduta é deixar é um crime omissivo próprio. É um crime puramente omissivo e, 
portanto, não admite tentativa. 
Art. 320. Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infra-
ção no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da 
autoridade competente:10m
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É quando o funcionário público flagra seu inferior hierárquico cometendo uma infração 
no exercício do carro, que pode ser penal, civil ou administrativo, e deixa de puni-lo por 
indulgência. Indulgência é pena, dó, compaixão.
Para a doutrina, esse crime é somente de superior em relação ao inferior hierárquico. Já 
para o STJ e STF, a mesma hierarquia também pode cometer esse crime.
2. (FCC/DPE-AM/ANALISTA JURÍDICO DE DEFENSORIA/CIÊNCIAS JURÍDICAS 2/2019) 
Segundo o Código Penal, a conduta praticada por funcionário de exigir contribuição so-
cial ou tributo que sabe ou deveria saber indevido, constitui crime conhecido como:
a. concussão direta.
b. concussão indireta.
c. excesso de exação.
d. concussão implícita.
e. excesso de tributação
COMENTÁRIO
No art. 316, do Código Penal, há uma alteração legislativa com o Pacote Anticrime. A pena 
mudou. A pena agora é a mesma da corrupção passiva: reclusão de dois a doze anos. A 
pena máxima anterior era de oito anos.
Rogério Greco e Guilherme Nucci afirmam que a conduta de exigir é muito mais grave do 
que solicitar. Então, eles já defendiam que a pena tinha que ser igual ou maior.
O crime de concussão é:
Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes 
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
O § 1º é uma modalidade de concussão: excesso de exação. Veja a seguir:
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Noções de Direito Penal
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Excesso de exação
Art. 316. […]
§ 1º Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, 
quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
Exigir uma multa não é excesso de exação, porque multa não é tributo, nem contribuição 
social.
§ 2º Se o funcionário desvia, emproveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para 
recolher aos cofres públicos:
Se o funcionário público pega o que ele exigiu indevidamente e pega para si o que teria 
que mandar para os cofres públicos, há duas condutas. Ele exigiu tributo ou contribuição 
social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio 
vexatório ou gravoso (§ 1º) e desvia o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres 
públicos (§ 2º). Contudo, a segunda conduta absorve a primeira.
3. (FCC/TRF 3ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA 3/2019) Miguel e 
Mauro viajaram para Foz do Iguaçu, no estado do Paraná, e lá atravessaram a Ponte In-
ternacional da Amizade para ingresso no Paraguai, em Ciudad del Este, onde compraram 
um carregamento de 100 mil pacotes de cigarros, para revender no Brasil, e precisavam 
retornar ao território nacional com a mercadoria, mas não possuíam autorização para 
importação. Para tanto, Miguel, que é piloto de aeronave, e Mauro alugaram um avião 
e realizaram o transporte aéreo da mercadoria do Paraguai para uma fazenda situada 
no estado do Paraná, próxima a Foz do Iguaçu. No momento em que aterrizaram, e de-
sembarcaram em território nacional, com a mercadoria, Miguel e Mauro foram presos em 
flagrante pela Polícia Federal. No caso hipotético apresentado, Miguel e Mauro comete-
ram crime de:
a. descaminho, e estão sujeitos à pena de 01 a 04 anos de reclusão, sem qualquer majo-
ração, pois o descaminho foi praticado em avião clandestino.
b. descaminho, e estão sujeitos à pena de 01 a 04 anos de reclusão, que deverá ser apli-
cada em dobro, pois o descaminho foi realizado em transporte aéreo.
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c. contrabando, e estão sujeitos à pena de 02 a 05 anos de reclusão, que deverá ser ma-
jorada de 1/3 a metade, pois o contrabando foi realizado em transporte aéreo.
d. descaminho, e estão sujeitos à pena de 01 a 04 anos de reclusão, que deverá ser ma-
jorada de 1/3 a metade, pois o descaminho foi realizado em transporte aéreo.
e. contrabando, e estão sujeitos à pena de 02 a 05 anos de reclusão, que deverá ser apli-
cada em dobro, pois o contrabando foi realizado em transporte aéreo.
COMENTÁRIO
Há uma distinção entre contrabando próprio e impróprio. O contrabando próprio é quando 
o indivíduo passa pela fronteira, enganando os fiscais, podendo ser eles da Receita ou da 
Política Federal. Já o impróprio não passa pela fronteira, podendo ser o transporte aéreo, 
por exemplo. Nesse último caso, a pena será em dobro.
Contrabando
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
No contrabando, a mercadoria é ilegal, proibida. Então, cigarro falsificado, tênis falsificados, 
bolsas falsificadas etc. No descaminho, a mercadoria é legal, mas não pagou os impostos 
pela entrada ou saída do produto. 
Há um questionamento na doutrina sobre a omissão do imposto devido na guia de 
recolhimento. Para a doutrina, isso seria uma mera infração administrativa. Já para o STJ 
e o STF, isso basta para o cometimento do crime.
Outro ponto importante, é que há a via administrativa e a penal. Elas são independentes. 
Não é necessário finalizar a administrativa para começar a penal. Já se é absolvido na 
penal, tem que ser absolvido no administrativo. O inverso não acontece.
É possível também a incidência do princípio da insignificância da bagatela próprio até 20 
mil reais. É uma excludente de tipicidade material, é atipicidade absoluta. Até esse valor, 
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há portaria do Ministério da Fazenda de que não haverá execução fiscal. Começou com 10 
mil e depois passou para 20 mil. Contudo, isso somente se aplica no descaminho, não no 
contrabando. Isso é muito cobrado em prova.
Recentemente, em uma decisão do STJ, uma pessoa que tinha contrabandeado dois 
pacotes de cigarro não teve o benefício do princípio da insignificância. Atrelado a isso, nesse 
mesmo sentido, temos a súmula 599, do STJ, que não cabe o princípio da insignificância nos 
crimes contra a administração pública. Isto é, se uma pessoa pratica o crime de peculato, 
subtraindo uma resma de papel da administração pública, não poderá haver o princípio da 
insignificância. A única exceção é o crime de descaminho.
4. (FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/CONSULTOR TÉCNICO JURÍDICO/2019) Sobre 
os crimes praticados por funcionário público contra a Administração em geral é correto 
afirmar que:
a. configura crime desacatar instituição pública federal ou estadual.
b. comete o crime de prevaricação o funcionário público que se apropria de dinheiro, de 
que tem a posse em razão do cargo.
c. se o agente solicita para si vantagem indevida em razão da função pública, mas não a 
recebe, o fato resta atípico.
d. configura corrupção passiva exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, em 
razão da função pública, vantagem indevida.
e. é advocacia administrativa patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado peran-
te a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.
COMENTÁRIO
Crimes contra a administração pública praticados por particular estão listados a partir do 
art. 328. Esse artigo se refere à usurpação de função pública. Usurpar significa querer para 
si. Não basta fingir que é funcionário público. Se uma pessoa compra uma carteira falsa de 
juiz, por exemplo, e sai dando carteirada, ela não pratica o crime de usurpação de função 
pública, mas sim contravenção penal (art. 45, do Decreto-Lei n. 3.688/1941). 
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Para estar em curso no crime de usurpação de função pública, é necessário praticar atos 
da função. Por exemplo, dois indivíduos fingiram ser da polícia e foram em uma empresa, 
afirmando que estavam praticando crimes e exigiram dinheiro com um falso mandado 
de prisão. Nesse caso, será usurpação de função pública qualificada, porque obteve 
vantagem econômica. Se auferir vantagem econômica, será a forma qualificada do crime 
de usurpação de função pública (art. 328, parágrafo único).
Desacato
Art. 331. Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
Se não preencheu os requisitos, porque já teve o benefício, no prazo de cinco anos, será 
possível ter a suspenção condicional do processo. Todo crime punido com a pena igual ou 
inferior a um ano, cabe suspenção condicional do processo, ou acordo de não persecução 
penal. São três institutos despenalizadores no ordenamento jurídico.
Falar da instituição é fato atípico, não é crime. Para ser crime, deve-se desacatar o 
funcionário público. O sujeito passivo principal é o Estado, não o funcionário público. É um 
crime formal, ele nem precisa se sentir ofensivo, mas a presença dele é imprescindível. Se 
ele não estiver presente, não há que se falar em crime. A tentativa somente é punível se 
for por escrito.
Quando se ofende a mais de um funcionário em um mesmo contexto fático, incorre-se em 
um único crime.
Além disso, no crime de desacato, é possível que o funcionário público não esteja em 
exercício da função, desde que seja em razão dela. Se, no exercício da função, fala-se de 
uma coisa particular, uma briga pessoal, não é desacato, mas sim injúria, mesmo que ele 
esteja em exercício da função.
b. É o peculato apropriação. A prevaricação é o art. 319, do CP, “deixar de praticar um ato 
de ofício ou retardar um ato de ofício para satisfazer o sentimento ou interesse pessoal”, 
com pena de detenção de três meses a um ano.
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c. Art. 317, do CP, corrupção passiva. A conduta é solicitar, crime formal. Se ele recebe a 
vantagem, é a corrupção exaurida (§ 1º), o que aumenta a pena em um terço. 
d. Corrupção passiva é solicitar, exigir é concussão.
e. Por exemplo, uma pessoa é presa, mas seu pai é delegado. Então, o pai vai na delegacia e 
pede para o colega “aliviar” para o filho. Ao fazer isso, ele já estará patrocinando diretamente 
um interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de ser 
funcionário público e ainda será majorado, porque o interesse é ilegítimo. Se o interesse é 
ilegítimo altera a pena.
GABARITO
 1. b
 2. c
 3. e
 4. e
30m
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Bruno Mello.
�A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conte-
údo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura 
exclusiva deste material.

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