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Direito Constitucional – Funções Essenciais à Justiça
1001 QUESTÕES CESPE
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DIREITO CONSTITUCIONAL – FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
1. (CGE-CE/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/ÁREA: FOMENTO AO CONTROLE 
SOCIAL) De acordo com a Constituição Federal de 1988, exercem função 
essencial à justiça
a. os órgãos integrantes do sistema de controle interno.
b. os tribunais de contas estaduais.
c. as procuradorias dos estados.
d. os juízes de paz.
e. os órgãos da administração fazendária.
COMENTÁRIO
• As funções essenciais à justiça estão dispostas no Capítulo IV do Título IV da CF 
(arts. 127 a 135). As funções essenciais à justiça são o gênero, cujas espécies são as 
seguintes instituições: ministério público (MP), advocacia pública, advocacia privada e 
defensoria pública (DP).
• A advocacia pública federal é exercida pela Advocacia-Feral da União (AGU); a 
advocacia pública estadual, pelas procuradorias estaduais; e a advocacia pública do 
Distrito Federal, por sua procuradoria.
2. (2019/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO) A constituição de determinado estado da Federação 
dispõe que aos defensores públicos serão garantidas as mesmas prerrogativas, os 
mesmos impedimentos e os mesmos vencimentos dos membros do Ministério Público. 
Nessa situação hipotética, à luz do disposto na Constituição Federal de 1988 (CF) e do 
entendimento jurisprudencial do STF, a referida norma estadual é
a. constitucional, pois é uma opção viável do constituinte originário do estado.
b. inconstitucional, pois ofende norma da CF, que veda a equiparação e a vinculação 
remuneratória entre os referidos órgãos.
c. constitucional, pois a CF confere as mesmas vantagens e os mesmos impedimentos 
aos integrantes das carreiras dos referidos órgãos.
d. inconstitucional, pois o constituinte estadual não pode dispor sobre a organização dos 
órgãos que componham as funções essenciais à justiça.
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e. constitucional, por consagrar a isonomia entre integrantes das carreiras dos referidos 
órgãos, que têm estatutos jurídicos semelhantes.
COMENTÁRIO
• A Constituição do Estado do Ceará previa que, aos Defensores Públicos, seriam 
garantidas as mesmas prerrogativas, os mesmos impedimentos e os mesmos 
vencimentos dos membros do Ministério Público. Essa disposição foi impugnada e o 
STF a declarou inconstitucional na ADI 145. 
• A própria Constituição veda “a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies 
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público” (art. 
37, XIII).
3. (2019/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR) A respeito 
das funções essenciais à justiça, julgue o próximo item. Compete à Advocacia-Geral da 
União exercer as atividades de consultoria jurídica e representação judicial dos Poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário federais.
COMENTÁRIO
• Compete à Advocacia-Geral da União exercer as atividades de consultoria jurídica 
apenas ao Poder Executivo.
• No que diz respeito à representação judicial e extrajudicial, por sua vez, a AGU 
representa a União como um todo: os três Poderes e os órgãos fora da abrangência 
dos Poderes.
CF
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, 
representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar 
(LC n. 73) que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e 
assessoramento jurídico do Poder Executivo. 
• O Poder Legislativo tem sua própria consultoria jurídica.
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4. (2019/PROCURADORIA GERAL DO ESTADO/ASSISTENTE DE PROCURADORIA) 
O exercício da advocacia e de atividade político-partidária é vedado aos membros do 
Ministério Público.
COMENTÁRIO
CF
Art. 128. [...]
§ 5º [...]
II – as seguintes vedações:
a. receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas 
processuais;
b. exercer a advocacia;
c. participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d. exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;
e. exercer atividade político-partidária;
f. receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades 
públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.
Obs.: Um membro do MP pode, por exemplo, ser acionista em uma sociedade anônima.
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V.
Obs.: Trata-se de disposição relativa à “quarenta”: o membro do MP, assim como o juiz, 
que se afastar da instituição, por aposentadoria ou exoneração, não poderá exercer 
advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou durante três anos do seu afastamento.
5. (2019/MPC-PA/ASSISTENTE MINISTERIAL DE CONTROLE EXTERNO) Considerando-
se as disposições da CF, é correto afirmar que o procurador-geral da República, chefe 
do Ministério Público da União, é nomeado pelo presidente da República dentre 
a. integrantes da carreira, para mandato de dois anos, podendo ser destituído por 
iniciativa do presidente da República, desde que haja prévia autorização da maioria 
absoluta do Senado Federal.
b. cidadãos de mais de trinta e cinco anos de idade de notório saber jurídico e conduta 
ilibada, após sabatina e aprovação pelo STF, para mandato de três anos, sem 
possibilidade de posterior destituição.
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c. integrantes de lista tríplice da carreira, para mandato de dois anos, após prévia 
autorização da maioria absoluta do Senado Federal, sem possibilidade de posterior 
destituição, salvo em caso de processo disciplinar ou decisão judicial.
d. cidadãos de mais de trinta e cinco anos de idade de notório saber jurídico e conduta 
ilibada, integrantes ou não das carreiras do Ministério Público, para mandato de dois 
anos, podendo ser destituído por iniciativa do presidente da República, desde que 
haja prévia autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
e. integrantes da carreira, para mandato de três anos, podendo ser destituído por 
iniciativa do presidente da República, desde que haja prévia autorização da maioria 
absoluta do STF.
COMENTÁRIO
• Segundo a corrente majoritária, o PGR deve ser escolhido dentre os integrantes da 
carreira do Ministério Público Federal (MPF). De acordo com a corrente minoritária, 
porém, o PGR pode ser escolhido dentre os integrantes de quaisquer das carreiras 
do Ministério Público da União (MPU): Ministério Público Federal (MPF), Ministério 
Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Militar (MPM) ou Ministério Público do 
Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
• Para os Procuradores-Gerais dos Estados e do DF, existe previsão de lista tríplice, 
mas não existe essa previsão para o PGR.
CF
Art. 128. [...]
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo 
Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a 
aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de 
dois anos, permitida a recondução.
Obs.: São permitidas sucessivas reconduções do PGR, desde que, a cada nova recondução, 
haja nova aprovação (sabatina) no Senado Federal. Por outro lado, aos Procuradores-
Gerais dos Estados e do DF somente é permitida uma recondução.
§ 2º A destituição do Procurador-Geralda República, por iniciativa do Presidente da República, 
deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. 
20m
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6. (2019/MPC-PA/ASSISTENTE MINISTERIAL DE CONTROLE EXTERNO) No que 
se refere às funções essenciais à justiça, conforme os dispositivos da CF, julgue os 
itens a seguir.
I – Cabe ao Ministério Público a defesa judicial dos direitos das populações indígenas.
II – São reconhecidas ao advogado público independência funcional e inamovibilidade.
III – É vedado aos defensores públicos o exercício da advocacia fora das atribuições 
institucionais.
Assinale a opção correta.
a. Apenas o item I está certo.
b. Apenas o item II está certo.
c. Apenas os itens I e III estão certos.
d. Apenas os itens II e III estão certos.
e. Todos os itens estão certos.
COMENTÁRIO
• Cabe ao Ministério Público a defesa judicial dos direitos das populações indígenas, 
conforme disposto no inciso V do art. 129.
• Não são reconhecidas ao Advogado Público a independência funcional e a 
inamovibilidade, reconhecidas aos membros do MP e aos Defensores Públicos.
CF
Art. 134. [...]
§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos 
Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de 
carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada 
a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das 
atribuições institucionais.
7. (2019/MPC-PA/ANALISTA MINISTERIAL/CONTROLE EXTERNO) Ao tratar das 
denominadas funções essenciais à justiça, a Constituição Federal de 1988 (CF) exige 
que a representação judicial dos entes da federação deva ser feita por órgão ou 
instituição composta por advogados públicos 
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a. da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
b. da União, dos estados e do Distrito Federal apenas.
c. dos estados, do Distrito Federal e dos municípios apenas.
d. dos municípios apenas.
e. da União apenas.
COMENTÁRIO
• A Constituição trata da Advocacia Pública no âmbito da União (art. 131) e no âmbito 
dos Estados (art. 132), mas não trata dos Municípios.
• Apesar disso, as Procuradorias dos Municípios integram o gênero funções essenciais 
à justiça. A propósito, uma decisão recente do STF reconheceu as Procuradorias 
Municipais como integrantes do gênero, situação em que afirmou que o teto 
remuneratório dos Procuradores dos Municípios é o subsídio mensal em espécie do 
Desembargador do Tribunal de Justiça do respectivo Estado.
• A banca, contudo, delimitou o enunciado da questão àquilo que é previsto expressamente 
pela Constituição.
8. (2019/DP-DF/DEFENSOR PÚBLICO DE SEGUNDA CATEGORIA) A garantia de 
autonomia administrativa das Defensorias Públicas está estabelecida desde a 
promulgação da Constituição Federal de 1988.
COMENTÁRIO
• A autonomia conferida às Defensorias Públicas foi estabelecida pela Emenda 
Constitucional (EC) n. 45/2004, conhecida como Reforma do Poder Judiciário.
CF
Art. 134. [...]
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa 
e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. (Incluído pela Emenda Constitucional 
n. 45, de 2004) 
• A EC n. 74/2013 estendeu a autonomia funcional e administrativa das Defensorias 
Públicas Estaduais às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal.
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GABARITO
 1. c
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 5. a
 6. c
 7. b
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���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Luciano Dutra. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura 
exclusiva deste material.

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