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DIREITO EMPRESARIAL APLICADO I Professora Bárbara Nunes EVOLUÇÃO HISTÓRICA O processo de troca denominado escambo, deu origem ao comércio, sistema pelo qual o excedente produzido e não útil era trocado, faltando, contudo a equivalência entre os objetos da permuta. A falta de equivalência leva à fase de surgimento da moeda. O primeiro sistema de moedas surgiu com a moeda-mercadoria. Entre tais moedas temos o gado ( pecus ) e o sal, que deixaram registro em nosso vocabulário através da palavra pecúnia ( dinheiro ) e salário. EVOLUÇÃO HISTÓRICA A moeda evoluiu com o uso de metais – cobre, prata, ouro e o papel-moeda. O surgimento da moeda intensificou o comércio e a necessidade de disciplinar a sua prática. A evolução do Direito Comercial se deu em 3 fases : 1ª fase – Séc. XII ao séc. XVIII - período subjetivo-corporativista. Surgimento das Corporações de Ofício, que eram organizações que agregavam profissionais – alfaiates, ferreiros, artesãos, carpinteiros, ourives etc. EVOLUÇÃO HISTÓRICA 2ª fase – Século XVIII – período objetivo dos atos de comércio. Com o advento da burguesia e do liberalismo caem as corporações. A Revolução Francesa representou a ascensão da classe burguesa e a derrocada dos mercadores e das corporações. O marco se dá através do Código Napoleônico de 1807 , que disciplina os atos de comércio. EVOLUÇÃO HISTÓRICA 3ª fase – A Teoria da Empresa Em 1942 ocorre a unificação das matérias civil, trabalhista e comercial, com a elaboração do Código Italiano, que deixou de lado a figura tradicional do comerciante e passou a definir quem era Empresário. O vigente Código Civil – Lei 10.406/02 reuniu em um só corpo legislativo as obrigações civis e comerciais. Apesar da unificação dos dois ramos do direito privado, tal uniformização foi apenas formal, expressa pela elaboração de um código. A autonomia do direito empresarial é garantida pelo art. 22, I da CF que menciona a competência pela União de legislar sobre matéria de direito civil e comercial separadamente. TEORIA DA EMPRESA E CONCEITO DE EMPRESÁRIO TEORIA DA EMPRESA E CONCEITO DE EMPRESÁRIO: Segundo a Teoria da Empresa, é considerado empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços, de acordo com o artigo 966 do Código Civil. O empresário pode ser pessoa natural ou jurídica, mas para tanto, devemos observar os seguintes requisitos para a atividade empresarial: Profissionalismo, Organização, Habitualidade, Produção e Circulação de bens e/ou serviços. TEORIA DA EMPRESA E EMPRESÁRIO Surgida nos idos da Segunda Grande Guerra a Teoria da Empresa abandona o conceito anterior de ato de comércio e de comerciante e, se foca na organização da atividade econômica. Nesse contexto, é considerado empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços, de acordo com o artigo 966 do Código Civil. Sendo assim, os requisitos para o desenvolvimento da atividade empresarial são : Profissionalismo, Organização, Habitualidade, Produção e Circulação de bens e/ou serviços. Numa visão econômica, podemos afirmar que o empresário é aquele que organiza os fatores de produção : capital, insumos, mão de obra e tecnologia. TEORIA DA EMPRESA E EMPRESÁRIO Algumas atividades permaneceram excluídas da nova conceituação de Empresário em virtude de suas expertises. De acordo com o parágrafo único do artigo 966 do Código Civil, “Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.” O empresário rural conforme artigo 971 do Código Civil, poderá optar pelo ambiente empresarial, desde que se inscreva na Junta Comercial, sendo assim equiparado ao empresário individual sujeito a registro. TEORIA DA EMPRESA E EMPRESÁRIO As atividades não empresariais foram previstas no parágrafo único do art. 966 do CC, excluindo do conceito de empresa o exercício, mesmo que profissionalmente de atividade intelectual, de natureza científica, literária ou artística, mesmo com o concurso de auxiliares e colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir ELEMENTO DE EMPRESA. O legislador portanto, criou uma regra, uma exceção, e uma exceção da exceção. A regra é a atividade empresária, a exceção é o exercício da atividade intelectual e a exceção da exceção é a presença do elemento de empresa na atividade intelectual, que se constituirá com a articulação, pelo profissional, dos fatores de produção.
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