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DIREITO EMPRESARIAL APLICADO I Aula 1 Professora Maria Lucia Azevedo Viana Dória Email: advmalus@yahoo.com.br Introdução ao estudo do Direito Empresarial 1. Evolução histórica. 2. Fontes e características do Direito Empresarial. 3. A Teoria Empresarial. 4. Formação do conceito de empresário 5. Natureza jurídica da empresa. 6. Espécies de empresa e regulamentação da empresa. Plano de Ensino MODELO DE MOLDURA PARA IMAGEM COM ORIENTAÇÃO VERTICAL Objetivos Gerais Ementas Referencias Bibliográficas Coletâneas dos Casos Concretos Avaliação Objetivos Gerais de Direito Empresarial Aplicado I Compreender a Evolução e Aplicação da Teoria da Empresa; Distinguir a Estrutura Econômica de Empresário Individual e Sociedade Empresária. Ementa Direito Empresarial I Introdução: Historicidade, Empresarial, Empresa e Empresário. Direito Societário: Conceito de sociedade, os efeitos e limites da responsabilidade da personificação da sociedade, a responsabilidade dos sócios e da sociedade, a desconsideração da personalidade jurídica Do empresário e suas obrigações profissionais: conceito de empresário individual e as consequências da atividade empresarial de forma individual em relação ao seu patrimônio, os pressupostos para o exercício da atividade empresarial, as obrigações profissionais do empresário, a importância do registro para a regularidade do exercício da atividade empresarial, as diferenças entre o Empresário Individual, a EIRELI e o Microempreendedor Individual (MEI). Sociedade Empresarial: Compreender o conceito de estabelecimento empresarial, Reconhecer os atos constitutivos da sociedade, Distinguir os agentes societários, Estabelecimento Empresarial. Sociedade: personalidade jurídica e efeitos. Desconsideração da personalidade jurídica: Sociedade Limitada: a sociedade limitada; suas características; a responsabilidade do sócio e da sociedade perante terceiros; Sociedade Limitada – Administração: a sociedade limitada e sua administração; Reconhecer os conselhos e suas atribuições; Identificar as formas de retirada do sócio; Sociedade Anônima: a sociedade anônima e sua administração; - Reconhecer a responsabilidade; - Conhecer o mercado de ações; Sociedade Anônima – Capital Social: a sociedade anônima e sua administração; - Reconhecer a responsabilidade; - Conhecer o mercado de ações; Ementa Direito Empresarial I - continuação Sociedade Anônima – Ações e Valores Mobiliários: - a sociedade anônima e sua administração; - a responsabilidade; - o mercado de ações; Sociedade Anônima - Acionista e Assembleia de Acionista: a importância da assembleia de acionista; a responsabilidade do acionista e da assembleia; Sociedade Anônima – Órgãos Administrativos: a formação e a importância dos órgãos administrativos; responsabilidade do conselho administrativo e fiscal; a responsabilidade da diretoria; Sociedade Anônima – Reorganização Societária: a importância da reorganização societária; a transformação, cisão e fusão; as mudanças societárias que resguardam as instituições econômicas; Sociedade Anônima – Outras Operações Societárias: a importância das outras operações societárias; a coligação de sociedades e grupos societários; a importância do consórcio e da sociedade de propósito específico; Extinção das sociedades e dissolução das sociedades: a extinção das sociedades; as formas de liquidação societária; a importância da partilha. Revisão Geral do Conteúdo Programático Referências Bibliográficas - Básica COELHO, Fábio Ulhôa. Curso de Direito Comercial. 17 ed. vs 1,2 São Paulo: Saraiva. 2017. Referências Bibliográficas - Básica CAMPINHO, Sérgio. Direito de empresa à luz do novo código civil. 10. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Renovar, 2009. Referências Bibliográficas – Complementar COELHO, Fábio Ulhôa. Manual de direito comercial. 28. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2017. Coletâneas dos Casos Concretos Apresentação dos casos concretos para validação Observância do regulamento das coletâneas dos casos concretos. Valoração de até 1,0 ponto acrescido na AV1 e na AV2. Avaliação – Calendário AV1 xx de outubro de 2019. AV2 xx de novembro de 2019. AV3 xx de dezembro de 2019. “O comércio é aquele ramo de produção econômica que faz aumentar o valor dos produtos pela interposição entre produtores e consumidores, a fim de facilitar a troca das mercadorias.” Alfredo Rocco, por Rubens Requião Teoria da Empresa Como tudo começou... Teoria da Empresa Expansão Marítima e as Fases do Direito Empresarial 3.FASE subjetiva Civil e Com. Modernamente surge uma nova concepção que qualifica o direito comercial como o direito das empresas, orientação maciçamente adotada na doutrina pátria, apesar de alguma ainda existir alguma resistência. Nesta fase histórica, o direito comercial reencontra sua justificação não na tutela do comerciante, mas na tutela do crédito e da circulação de bens ou serviços . Além da aceitação doutrinária, tal concepção influenciou os trabalhos de atualização do direito comercial positivo brasileiro, sobretudo na elaboração do novo Código Civil, que unifica a disciplina das matérias mercantis e civis, similarmente ao ocorrido na Itália no Código de 1942. 1. Evolução Histórica da Teoria de Empresa FASE Sec.XIII SUBJETIVA Pode-se afirmar que numa primeira fase O direito comercial era o direito dos Comerciantes devidamente matriculados nas corporações. Com o passar do tempo os comerciantes passaram a praticar atos acessórios, que surgiram ligados a atividade comercial, mas logo se tornaram autônomos (títulos cambiários), sendo utilizados inclusive por quem não era comerciante. Já não era suficiente a concepção de direito comercial como direito dos comerciantes, era necessário estender seu âmbito de aplicação para disciplinar relações que não envolviam comerciantes. Corporações Figura do mercador Dir. Civil regras rígidas Regras diferentes para o Dir. Comercial 2. FASE OBJETIVA Desenvolve-se a partir desse momento o sistema objetivista, o qual desloca o centro do direito comercial para os chamados atos de comércio com a chegada do Código Napoleonico em 1807 na França. . Tal sistema foi adotado pelo de Código Comercial napoleônico, o qual influenciou diretamente a elaboração do nosso Código Comercial de 1850, posteriormente complementado pelo Regulamento 737 de 1850. Matrícula Figura do comerciante Atos de Comércio (compra/venda) Teoria da Empresa Produção Circulação e Prestação de serviços ARTESÃOS MATRICULADOS NAS CORPORAÇÕES As Corporações de Ofício eram associações, surgidas na Idade Média, que reuniam trabalhadores (artesãos) de uma mesma profissão com o objetivo de regulamentar diversas atividades e defender os interesses dos artesãos. ATOS DE COMÉRCIO : COMERCIANTE ATOS DE INTERMEDIAÇÃO Consumidor Produtor Atos de intermediação entre produtor e consumidor Habitualidade Finalidade de Lucro Atos de Empresa : Empresário Como você realiza a atividade de empresa... Atividade Fim Produção Circulação de Bens Circulação de Serviços Empresário Atividade Economicamente Organizada 2. FONTES E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO EMPRESARIAL As fontes do Direito Empresarial podem ser classificadas em primárias e secundárias. Fontes Primárias Fontes Secundárias Leis de Direito Empresarial Costumes Princípios Gerais do Direito e a Jurisprudência . 3. A Teoria da Empresa O Código Civil de 2002 revogou a primeira parte do Código Comercial de 1850, continuando em vigor apenas os dispositivos relativos ao Direito Marítimo. Aoincorporar o Direito de Empresa no Código Civil de 2002, o objetivo era a unificação do Direito Privado, que entre nós é motivo de divergência na doutrina. O Código Civil de 2002 não conceitua empresa, limitando a conceituar o empresário, deslocando o foco para quem efetivamente assume os ricos da atividade empresarial. Revogação da primeira parte do Código Comercial de 1850 As três partes do Código Comercial 1850 Visconde de Caíru tratou de fazer o projeto do Cód. Com. em 1834 entrando em vigor em 1850. Comerciante Soc. Comercial Direito Marítimo Direito das Quebras O artigo 966 traz o conceito de empresário: “Considerase empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”. Caracteriza-se então a empresa pelos seguintes elementos: a) atividade econômica; b) atividade organizada; c) exercida de forma profissional; d) para produção e/ou circulação; e) bens e/ou prestação de serviços. Conceito de Empresário Artigo 966 Código Civil Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Obs: Teoria Poliédrica de Alberto Asquini Pergunta que não quer calar.... O que é uma atividade economicamente organizada ? Atividade Economicamente Organizada Produção ou Circ. Bens ou Circ. Serviços Atividade Fim no Mercado EMPRESA Fatores de produção: capital, mão de obra, insumos e tecnologia 4. Formação do Conceito de Empresa A empresa se apresenta como um instrumento voltado para a produção de riquezas; atua de forma organizada e profissional desenvolvendo atividades econômicas voltadas para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. A combinação do capital com a tecnologia e o trabalho, no intuito de lucro, faz nascer o risco de a empresa alcançar, ou não, o objetivo esperado, por isso, o negócio tem que ser realizado de maneira profissional, uma vez que vários agentes dependem do sucesso da empresa, para continuar operando no mercado. O conceito de Empresa baseia-se na organização dos fatores da produção, fazendo-os compreender o estabelecimento de um novo regime geral de disciplina da atividade econômica e a sua abrangência. Relevante sua função social na produção de riquezas e produção de bens e renda. 5. Natureza Jurídica da Empresa Segundo a doutrina existente a respeito da questão da natureza jurídica da empresa, temos que entender que o termo “empresa”, neste caso, refere-se à atividade empresária, ou seja, cuida-se do perfil funcional de ALBERTO ASQUINI, jurista italiano responsável pela criação da TEORIA POLIÉDRICA DA EMPRESA. Segundo ALBERTO ASQUINI, destacam-se 4 (quatro) perfis da empresa: Perfil Subjetivo; Perfil Funcional; Perfil Objetivo ou Patrimonial; Perfil Corporativo ou Institucional. Pois bem, vejamos esta tabela para melhor memorização: https://dhg1h5j42swfq.cloudfront.net/2018/04/08031446/Perfis1.jpg 6. Espécies de Empresa e Regulamentação Jurídica da Empresa CASO CONCRETO AULA 01: Dois artistas plásticos decidem abrir uma galeria de arte para expor e comercializar suas obras. Para tanto, pretendem alugar um imóvel e contratar 5 colaboradores que trabalharão no regime da CLT. Diante dessa situação hipotética, e considerando seus estudos sobre a Teoria da empresa, adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro, pergunta-se se essa atividade pode ser considerada como atividade empresarial. Justifique sua resposta. R: Não. Não se trata de uma sociedade empresária, e sim, de sociedade simples, pois os sócios exercem suas especialidades como atividade principal, embora com o auxílio de colaboradores, não constitui elemento de empresa conforme o art. 966, par. Único, in fine do Código Civil. QUESTÃO OBJETIVA 1: (OAB Unificado – 2007,2) Considerando o atual estágio do direito comercial (empresarial) brasileiro, assinale a opção correta. A) O Código Civil de 2002, assim como o Código Comercial de 1850, adotou a teoria da empresa. B) O Código Civil de 2002 não revogou a antiga legislação sobre sociedades por quotas de responsabilidade limitada. C) O Código Civil de 2002, revogou totalmente o Código Comercial de 1850. D) A Constituição da República estabelece a competência privativa da União para legislar sobre direito comercial (ou empresarial). QUESTÃO OBJETIVA 2: Assinale a alternativa correta: A) O Estabelecimento empresarial é composto exclusivamente de bens moveis e imóveis, utilizados pelo empresário ou sociedade empresária para o exercício da atividade empresarial. B) A atividade empresária não pode ser exercida por pessoas jurídicas. C) Quem exerce profissão intellectual, de natureza científica, literária ou artistica será sempre considerado empresário. D) De acordo com o Código Civil, considera-se empresário todo aquele que exerce, de forma professional, atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços. APRESENTAÇÃO DO PLANO DE ENSINO – AULA1 EMPRESARIAL I RESPOSTAS CASO CONCRETO: No caso em tela, a atividade desenvolvida pelos artistas plásticos não será considerada empresária, haja vista que se trata de profissão de natureza artística, nos termos do que dispõe o artigo 966, parágrafo único. O fato de ter auxílio de colaboradores não influencia na caracterização da atividade. QUESTÃO OBJETIVA 1 - Letra D (artigo 22, I da CRFB) QUESTÃO OBJETIVA 2 - Letra D(artigo966 do Código Civil)
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