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TRICOMONÍASE

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TRICOMONÍASE 
 INTRODUÇÃO 
 IST curável; 
 Trichomonas vaginalis  protozoário flagelado; 
 Classificação científica do agente etiológico: 
1) Reio: protista 
2) Filo: Sarcomastigophora; 
3) Classe: Zoomastigophora; 
4) Ordem: Trichomonadida; 
5) Família: Trichomonadidae  considerados 
agentes etiológicos de grande impacto 
socialmente; 
6) Gênero: Trichomonas; 
7) Espécie: Trichomonas vaginalis; 
 Homem é o seu único hospedeiro; 
 Habita o epitélio escamoso do aparelho 
geniturinário; 
 Ambientes úmidos; 
 pH acima de 5; 
 Temperatura de 20 – 40°C; 
 Mulher  vagina, útero, uretra  maior presença 
e maior aparecimento de sintomas; 
 Homem  uretra; 
 Transmissão  sexo desprotegido e secreção 
contaminadas em fômites; 
 Fatores de riscos  múltiplas parcerias, sexo com 
parceiros que teve outra IST em decorrência do 
seu aparecimento em co-infecção, grupos de 
vulnerabilidade (ex: carcerários e prostitutas); 
 MORFOLOGIA E FORMAS EVOLUTIVAS 
O FORMAS EVOLUTIVAS 
1. Trofozoíta  forma ativa/ infectante; 
 Forma piriforme ou ameboide; 
 4 flagelos livres na porção 
anterior e um flagelo relacionado a 
membrana – membrana ondulante 
 móvel; 
 Presença do axóstilo  função 
de suporte e de divisão; 
 Costa; 
 Hidrogenossomos  estruturas 
energéticas (similar a mitocôndria) 
 alvo dos medicamentos; 
 Anaeróbio facultativo; 
 Pseudópodes para alimentação; 
 Divisão binária 
2. Pseudocisto  sem parede cística; 
 Endoflagelada – flagelos internalizados  imóvel; 
 Forma arredondado ou esférico; 
 Metabolicamente ativa; 
 Pode em algum momento participar do ciclo; 
 Encontrada nas condições desfavoráveis  baixa 
reserva nutritiva (glicogênio  capaz de elevar o 
pH em condições ideais), temperatura, 
medicamentos; 
 
 CICLO BIOLÓGICO 
 Monoxêmico  apenas o ser humano; 
 Sobrevive por pouco tempo fora do ambiente 
corpóreo; 
 Partes: 
1) Forma trofozoita presente na secreção sexual 
entra em contato com o hospedeiro; 
2) Em condições ideais (pH acima de 5, 
temperatura e umidade) o parasita inicia sua 
reprodução assexuada binária longitudinal; 
3) Trofozoita encontrado no trato geniturinário 
podendo passar para outro indivíduo, 
iniciando novamente o ciclo; 
 PATOGENIA 
 Como consegue estabelecer no hospedeiro e 
resultar uma infecção?? 
1) Necessidade de reconhecimento do 
hospedeiro  precisa superar o sistema 
imune e outras barreiras; 
2) Citoaderência  aderir de forma rígida  
fatores de virulência  adesinas, cisteínas-
proteinases, CDF, integrinas, glicosidases; 
3) Reserva de glicogênio  pH favorável; 
4) Mudança na flora intestinal  aumento do 
número de bactérias anaeróbios e diminuição 
de lactobacilos; 
5) Determina um ação celular de inflamação no 
local  engloba (capacidade fagocítica) 
células de defesa (linfócito TCD-4) e hemácias 
– uso do ferro contra o sistema complemento; 
6) Capacidade de fazer o mimetismo  uso de 
proteínas próprias do corpo, o que dificulta a 
identificação do sistema imune; 
 Presença de TCD-4  principal célula envolvida na 
infecção do HIV  facilitação da infecção  
tricomonas gera lesões que favorecem a entrada 
do HIV na corrente sanguínea, além disso, ela 
degrada proteases importante na defesa das 
células contra o HIV; 
 QUADRO CLÍNICO 
 Período de incubação (manifestação de sintomas) 
 5 a 28 dias; 
 Período de transmissibilidade  incerto, depende 
de como vai reagir com a infecção (tratamento...); 
 1/3 assintomático  principalmente em homens; 
 2/3 sintomático; 
 Microulceração  facilitador de entrada de outros 
agentes etiológicos; 
 MULHERES 
 Idade fértil  mais acometida; 
 Sintomas: 
a) Vaginite; 
b) Leucorreia  composto basicamente por 
neutrófilos, cor amarela/esverdeada, bolhoso, 
odor fétido; 
c) Prurido; 
d) Disúria; 
e) Polaciúria  aumento da frequência urinária; 
f) Dispaurenia  dor nas relações sexuais; 
g) Lesões puntiforme do colo do útero  
“morango”; 
h) Inflamação do sistema urinário; 
 Na gestação  rompimento prematuro da bolsa; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 HOMENS 
 Maioria assintomática; 
 Em casos de sintomas: 
a) Uretrite  secreção amarelada, espumosa, 
purulenta; 
b) Disúria; 
c) Polaciúria; 
d) Pode acometer o epidídimo e da próstata; 
 DIAGNÓSTICO 
 Fortemente clínico-epidemiológico; 
 Exame especular  visão do colo uterino e da 
secreção; 
 Teste das aminas ou do hidróxido de potássio  
lâmina com a reação da secreção com a substância 
química – odor fétido; 
 Colo uterino com lesão puntiforme (acima); 
 Teste padrão ouro  exame afresco  detecção 
das formas trofozoíta; 
 Calcitologia  lâmina; 
 Cultura de fluídos contaminados; 
 TRATAMENTO 
 Tratar o paciente e os parceiro(s)  todos aqueles 
que contactaram mesmo no período de incubação; 
 VIGILÂNCIA E PROFILAXIA 
 Não é de notificação compulsória; 
 Diagnosticar e tratar; 
 Profilaxia: 
a) Portador  tratamento (suas parcerias)  
diminuir o ciclo de transmissão; 
b) Saúde-educação  uso de preservativo, não 
compartilhas objetos íntimos (fômites 
contaminados);

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