Buscar

Tricomoniase

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

lOMoARcPSD|755 863 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tricomoníase - Parasitologia 
 
 
https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-piaui/parasitologia/anotacoes-de-aula/tricomoniase-parasitologia/4502574/view?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=tricomoniase-parasitologia
 
lOMoARcPSD|755 863 8 
 
 
 
 
 
 
Tricomoníase 
Tricomoníase é uma doença de transmissão sexual da vagina e da uretra causada por Trichomonas vaginalis, um organismo unicelular com um flagelo 
semelhante a um chicote. Apesar de a Trichomonas vaginalis de infectar o tracto geniturinário tanto dos homens como das mulheres, os sintomas são mais 
frequentes entre as mulheres. Nos homens, o organismo infecta a uretra, a próstata e a bexiga, mas raras vezes causa sintomas. Em algumas populações, as 
Trichomonas podem ser responsáveis por todos os casos bde uretrite não gonocócica. 
 
 
 
Anotação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
lOMoARcPSD|755 863 8 
 
 
 
 
 
Morfologia 
 
O Trichomonas vaginalis é uma célula polimorfa, tanto no hospedeiro natural como em meios de cultura. Os espécimes vivos são elipsoides ou ovais e 
algumas vezes esféricos. O protozoário é muito plástico, tendo a capacidade de formar pseudópodes, os quais são usados para capturar os alimentos e se 
fixar em particulas sólidas. Como todos os tricomonadídeos, não possui a forma cística, somente a trofozoítica. 
 
 
Figura 1 - Tricomonashumanos. 1=Trichomonas vaginalis; 2=Trichomonas tenax; 3=Trichomonas hominis. FL=Flagelo anterior livre; 
MO=Membranaondulante; CP=Corpo parabasal e aparato de Golgi (são vistos juntos); C0=Costa; N=Núcleo; FP=Filamento parabasal; AX = Axóstilo; 
H=Hidrogenossomos. 
Esta espécie possui quatro flagelos anteriores livres, desiguais em tamanho e se originam no complexo granular basal anterior, também chamado de 
complexo citossomal. A membrana ondulante e a costa nascem no complexo granular basal. A margem livre da membrana consiste em um filamento 
acessório 
fixado ao flagelo recorrente. A extremidade posterior da costa é usualmente encoberta pelo segmento terminal da membrana ondulante. O axóstilo é uma 
estrutura rígida e hialina que se projeta através do centro do organismo, prolongando-se até a extremidade posterior e conecta-se anteriormente a uma 
pequena estrutura em forma de crescente, a pelta. O aparelho parabasal consiste num corpo em forma de "V", associado a dois filamentos parabasais, ao 
longo dos quais se dispõe o aparelho de Golgi composto por vesículas paralelas achatadas. O blefaroplasto está situado antes do axóstilo, sobre o qual se 
inserem os flagelos, e coordena os seus movimentos. O núcleo é elipsóide próximo a extremidade anterior, com uma dupla membrana nuclear e 
frequentemente apresenta um pequeno nucléolo. O reticulo endoplasmático está presente ao redor da membrana nuclear. Esse protozoário é desprovido 
de mitocôndrias, mas apresentam grânulos densos paraxostilares ou hidrogenossomos, dispostos em fileiras. 
 
 
lOMoARcPSD|755 863 8 
 
 
Anotação: 
 
 
 
Biologia 
O Trichomonas vaginalis habita no trato genitourinário do homem e da mulher, onde produz a infecção e não sobrevive fora do sistema urogenital. A 
multiplicação, como em todos os tricomonadídeos, se dá por divisão binária longitudinal, e a divisão é do tipo criptopleuromitótica, sendo a cariótipo 
constituído por seus cromossomos. Contrariando o que ocorre na maioria dos protozoários, não há formação de cistos. No entanto, muitos autores têm 
descrito estruturas arredondadas, imóveis, aparentemente com os flagelados internalizados, como pseudocistos ou mesmo formas degenerativas, (NEVES, 
2000). 
Fisiologia 
O Trichomonas vaginalis é um organismo anaeróbio facultativo, pois cresce perfeitamente bem na ausência de oxigênio, em meios de cultura com faixa de 
pH compreendida entre 5 e 7,5 e em temperaturas entre 20 e 40°C. Como fonte de energia, o flagelado utiliza glicose, frutose, maltose, glicogênio e amido, 
sendo que alguns carboidratos, como a sacarose e a manose, não são utilizados. 
Anotação: 
 
 
 
 
lOMoARcPSD|755 863 8 
 
 
 
Transmissão 
É incontestável que a tricomoníase é uma doença venérea. O T. vaginalis é transmitido através da relação sexual e pode sobreviver por mais de uma semana 
sob o prepúcio do homem sadio, após o coito com a mulher infectada. O homem é o vetor da doença; com a ejaculação, os tricomonas presentes na mucosa 
da uretra são levados à vagina pelo esperma. Atualmente, admite-se que a transmissão não sexual é rara. A tricomoníase neonatal em meninas é adquirida 
durante o parto. 
Ciclo evolutivo 
O ciclo de vida ocorre quando o protozoário é transmitido sexualmente, e se mantém na forma de trofozoíta na vagina ou na uretra. A reprodução do 
parasita é por divisão binária longitudinal do tipo criptopleuromitótica e a transmissão é via secreções que contenham o trofozoíta. O parasito tem como 
habitat a vagina, a uretra e a próstata do homem e alimenta-se de açúcares em anaerobiose e produz ácidos que irritam a mucosa vaginal. 
Anotação: 
 
 
 
 
lOMoARcPSD|755 863 8 
 
 
Patogenia 
O estabelecimento de Trichomonas vaginalis na vagina inicia quando há um aumento do pH vaginal, pois o microorganismo cresce em pH maior que 5,0. A 
elevação do pH vaginal é concomitante a uma redução de Lactobacillus acidophilus e um aumento na proporção de bactérias anaeróbias. Quando o T. 
vaginalis entra em contato com os leucócitos, o parasito forma pseudopodes, internaliza e degrada as células imunes do hospedeiro. Essa aderência do 
parasito as células epiteliais modula a expressão gênica de proteínas 
funcionais das células do hospedeiro, como aquelas associadas à manutenção da estrutura da matriz extracelular, moléculas pro apoptoticas e pró-
inflamatórias. Produtos secretados pelo T. vaginalis, como glicosidases são tóxicas para as células do hospedeiro, ou seja, não apenas o mecanismo 
patogênico contato-dependente é importante para a patogenia, pois promovem a degradação de IgG, IgM e IgA presentes na vagina. 
O ferro liberado na menstruação ajuda na resistência do parasito ao sistema complemento por regular e inibir a expressão de cisteino-proteinases, que 
degradam a porção C3 do complemento, necessário para a sua ativação, assim, o Trichomonas vaginalis pode se revestir de proteínas presentes no plasma 
do hospedeiro, impedindo, assim a identificação deste pelo sistema imunes. Enfim, as manifestações clínicas da infecção são observadas frequentemente ao 
final de cada mestruação e após a menopausa, pois apresentam condições propicias. 
Ao fim de cada menstruação, após a menopausa, ou por algum distúrbio hormonal, há adelgaçamento do epitélio e consequentemente pobreza de 
glicogênio. A população de bacilo de Doderlein diminui, causando elevação do pH. Nessas circunstâncias, o ambiente é bastante propício para o T. vaginalis, 
que estando presente formará grandes colônias, causando suas alterações próprias. A mucosa vaginal ficará congesta com edema de mucosa vulvo-vaginal. 
Essas alterações agudas podem permanecer por algum tempo, impedindo a paciente de manter relação sexual. No entanto, a fase aguda pode evoluir para a 
cronicidade, durando vários meses e nessa fase não há impedimento do contato sexual, o que facilita a transmissão. 
Problemas relacionados ao HIV: Há um aumento da transmissibilidade do vírus HIV quando um portador está infectado com T. vaginalis. A infecção por T. 
vaginalis faz surgir uma intensa resposta imune celular, com inflamação do epitélio vaginal e exocervice nas mulheres e de uretra nos homens. Esta 
inflamação possui um grande infiltrado de leucócitos, principalmente linfócitos T CD4+ e macrófagos, que são as principais células infectadas pelo HIV. Além 
disso, T. vaginalis pode causar pontos de hemorragia na mucosa, o que aumenta tanto a porta de entrada quanto aporta de saída do vírus HIV. Além de 
todos esses mecanismos, a infecção por T. vaginalis normalmente é assintomática, o que aumenta o tempo sem tratamento e consequentemente, o tempo 
em que este paciente ficará transmitindo o vírus inadvertidamente. 
Problemas relacionados a gravidez: Estudos recentes mostram a relação da tricomoníase com ruptura prematura da membrana, parto prematuro, baixo 
peso ao nascer, endometrite pós-parto, natimorto e morte neonatal. Podem acontecer, também, alterações diretas ou indiretas na membrana decídua, pela 
inflamação. 
 
lOMoARcPSD|755 863 8 
 
 
Problemas relacionados à infertilidade: o risco de infertilidade é quase duas vezes maior em mulheres com historia de tricomoníase do que em mulheres 
que nunca tiveram tal infecção. O T. vaginalis está relacionado com a doença inflamatória pélvica, pois infecta o trato urinário superior, causando resposta 
inflamatória que destrói a estrutura tubária e danifica as células ciliadas da mucosa tubária, inibindo a passagem de espermatozoides ou óvulos através 
daquela tuba uterina. 
Anotação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
lOMoARcPSD|755 863 8 
 
 
Sintomologia 
O T. vaginalis apresenta alta especificidade de localização, sendo capaz de produzir infecção somente no trato urogenital humano, pois não se instala na 
cavidade bucal ou no intestino. 
Mulher: O espectro clínico da tricomoníase varia da forma assintomática ao estado agudo, sendo que o período de incubação varia de três a 20 dias. O T. 
vaginalis infecta principalmente o epitélio do trato 
genital. Esse flagelado não causa corrimento endocervical purulento. A tricomoníase provoca uma vaginite que se caracteriza por um corrimento vaginal 
fluido abundante de cor amarelo-esverdeada, bolhoso, de odor fétido, mais frequentemente no período pós-menstrual. O processo infeccioso é 
acompanhado de prurido ou irritação vulvovaginal de intensidade variável e dores no baixo ventre. A tricomoníase é mais sintomática durante a gravidez ou 
entre mulheres que tomam medicamento anticoncepcional oral. 
Homem: A tricomoníase no homem é comumente assintomática ou apresenta-se como uma uretrite com fluxo leitoso ou purulento e uma leve sensação de 
prurido na uretra com desconforto ao urinar (ardência miccional), sendo que o parasito desenvolve-se melhor no trato urogenital do homem, em que o 
glicogênio é mais abundante. Nos portadores assintomáticos, o parasito permanece na uretra e talvez na próstata. As seguintes complicações são atribuídas a 
esse organismo: prostatite, balanopostite e cistite. 
Anotação: 
 
 
 
 
 
lOMoARcPSD|755 863 8 
 
 
Medidas profiláticas 
 
 
Incontestavelmente, o mecanismo de contágio da tricomoníase é a relação sexual, portanto o controle da mesma é constituído das mesmas medidas 
preventivas que são tomadas no combate as outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Preconizam-se estratégias de prevenção as DSTs, como: 
 Prática do sexo seguro, que inclui aconselhamentos que auxiliam a população a fazer as escolhas sexuais mais apropriadas para a redução do risco de 
contaminação com os agentes infecciosos; 
 Uso de preservativos; 
 Abstinência de contatos sexuais com pessoas infectadas; 
 Limitação das complicações patológicas mediante a administração de um tratamento imediato e eficaz, tanto para os casos sintomáticos como pra os 
assintomáticos, ou seja, tratamento simultâneo para parceiros sexuais, mesmo que a doença tenha sido diagnosticada em apenas um dos membros do casal, 
(NEVES, 2005). 
 
 
 
Anotação: 
 
 
 
lOMoARcPSD|755 863 8 
 
 
Diagnóstico 
O diagnóstico de certeza é o achado do trofozoíto em secreção vaginal (método do espéculo + swab longo para retirada de secreção). 
 
 
Anotação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
lOMoARcPSD|755 863 8 
 
 
 
Epidemiologia 
Cosmopolita, incidido nas mulheres adultas em proporções elevadas. As estatisticas mundiais e as do Brasil registram taxas que oscilam entre 20% e 40% das 
pacientes examinadas. Nos homens a prevalência parece ser muito menor, talvez porque o diagnóstico se faz com maior dificuldade, ou porque a 
benignidade da infecção rara vezes dê motivos a uma consulta médica para isso. Prevalência mundial (20 a 40 % entre as mulheres). 
 Pode sobreviver por mais de uma semana sob o prepúcio e até 5 dias na água. 
 Raro em crianças e virgens; 
 Maior incidência com a idade; 
 Fonte de infecção ou vetor é o homem; 
 Anotação: 
 
	Tricomoníase
	Anotação:
	Morfologia
	Anotação: (1)
	Biologia
	Fisiologia
	Anotação: (2)
	Transmissão
	Ciclo evolutivo
	Anotação: (3)
	Patogenia
	Anotação: (4)
	Sintomologia
	Anotação: (5)
	Medidas profiláticas
	Diagnóstico
	Anotação: (6)
	Epidemiologia
	Anotação: (7)

Outros materiais