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Mecanismo de ação do aminoglicosídeos e glicopeptídeos e suas indicações

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Mecanismo de ação dos aminoglicosídeos e glicopeptídeos e suas indicações. | Larissa Gomes de Oliveira. 
 
1 
Febre, Inflamação e 
Infecção 
MECANISMO DE AÇÃO DO AMINOGLICOSÍDEOS E GLICOPEPTÍDEOS E SUAS 
INDICAÇÕES. 
Os antibióticos podem ser classificados por sua estrutura química e por seu mecanismo de ação. 
Dentre eles estão os: Inibidores das funções da membrana celular, Inibidores do metabolismo, 
Inibidores das funções da membrana celular, os inibidores da síntese da parede celular, no 
qual os GLICOPEPTÍDEOS fazem parte dessa classe. E os Inibidores da síntese de proteínas, 
que é composto pelos AMINOGLICOSÍDEOS. 
INIBIDORES DA SÍNTESE DE PROTEÍNAS 
Muitos antimicrobianos exercem seu efeito agindo nos ribossomas bacterianos e inibindo a 
síntese proteica das bactérias. Os ribossomas bacterianos diferem estruturalmente dos 
ribossomas citoplasmáticos dos mamíferos e são compostos de subunidades 30S e 50S (os 
ribossomas citoplasmáticos de mamíferos têm subunidades 40S e 60S). 
Em geral, a seletividade pelos ribossomas bacterianos é algo positivo, em que acaba 
minimizando consequências adversas resultantes da interrupção da síntese proteica nas células 
do hospedeiro mamífero, já que esses medicamentos agem nos ribossomos bacterianos e não 
citoplasmáticos do hospedeiro. 
Contudo, concentrações elevadas de cloranfenicol ou tetraciclinas podem causar efeitos tóxicos 
como resultado da interação com ribossomas mitocondriais de mamífero, pois a estrutura de 
ribossomas mitocondriais se parece mais com a de ribossomas de bactérias. 
AMINOGLICOSÍDEOS 
A estreptomicina foi o primeiro aminoglicosídeo obtido a partir do fungo Streptomyces 
griseus em 1944. As principais drogas utilizadas , além da estreptomicina, são: gentamicina, 
tobramicina, amicacina, netilmicina, paramomicina e espectinomicina. Sendo que os mais 
utilizados são: gentamicina e amicacina. 
A amicacina possui algumas vantagens em relação a gentamicina. Como por exemplo a meia 
vida maior, o que faz ela ser administrada de 12 em 12 horas, enquanto que a gentamicina 3 
vezes ao dia, de 8 em 8 horas. 
Mecanismo de ação dos aminoglicosídeos e glicopeptídeos e suas indicações. | Larissa Gomes de Oliveira. 
 
2 
Os aminoglicosídeos são fármacos antimicrobianos compostos de um grupo amino e um grupo 
glicosídeo. Os medicamentos desta classe são bactericidas, inibidores de síntese proteica das 
bactérias sensíveis e são indicados, basicamente, para as seguintes infecções: 
➔ Septicemia com Gram-negativos 
➔ Infecções com bactérias Gram-negativas aérobias, como Pseudomonas, Acinetobacter e 
Enterobacter, particularmente, mas não só, em infecções do intestino; 
➔ Contra Streptococcus e Listeria concomitantemente com penicilina; 
➔ Usadas secundariamente em infecções por Mycobacterium, como na Tuberculose; 
➔ Pouco eficazes e raramente usados contra bactérias Gram-positivas, devido à menor 
toxicidade de outros antibióticos igualmente eficazes. 
MECANISMO DE AÇÃO 
Os aminoglicosideos são antibióticos bactericidas que agem inibindo a síntese de proteínas do 
micro-organismo, por se ligar irreversivelmente à subunidade 30S do ribossomo bacteriano, 
impedindo a inicialização da síntese peptídica ou produzindo proteínas defeituosas. Incapaz de 
sintetizar suas próprias proteínas estruturais e enzimáticas, a bactéria morre. Dessa forma, para 
que o mecanismo de ação aconteça, esse medicamento precisa se ligar a membrana plasmática 
da bactéria para adentrar na célula bacteriana e para isso é exigido um gasto energético as 
custas de oxigênio. 
O antibiótico, para atingir o seu sítio de ação, passa pela membrana plasmática através de um 
processo dependente de energia e oxigênio, inibido pela presença de cátions divalentes, 
anaerobiose e pH baixo. Por este motivo, os aminoglicosideos perdem a sua atividade nas 
secreções pulmonares e coleções purulentas, ambientes de pH ácido e carentes de oxigênio. 
A necessidade de O2 para a sua atividade anti-bacteriana explica a total ineficácia contra 
bactérias anaeróbias. 
OBS: É importante entender que os aminoglicosídeos são antibióticos que necessitam de um 
gasto energético pra penetrar na célula bacteriana. E por isso, eles vão ter um sinergismo com 
alguns antibióticos como por exemplo com aqueles que vão destruir a parede celular da 
bactéria, em que esses vão destruir a parede celular da bactéria, deixando essa bactéria mais 
propensa a penetração dos aminoglicosídeos. 
Ao contrário dos beta-lactâmicos e outros antibióticos, os aminoglicosideos são antibióticos que 
demonstraram uma relativa estabilidade contra o desenvolvimento de resistência bacteriana, 
apesar de muitos anos de uso. Eles são antibióticos bactericidas que induzem muito pouco a 
resistência bacteriana, no entanto, são antibióticos muito tóxicos e eles são usados 
principalmente em pacientes mais graves (que infelizmente são aqueles que estão mais 
suscetíveis a toxicidade). 
FARMACOCINÉTICA 
 Com relação a sua absorção: Os aminoglicosídeos tem um baixo custo, porém ele tem uso 
exclusivo de forma parenteral. (no entanto, existe duas situações em que ele pode ser usado 
Mecanismo de ação dos aminoglicosídeos e glicopeptídeos e suas indicações. | Larissa Gomes de Oliveira. 
 
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por via oral, visando uma ação dele somente no trato gastrointestinal já que eles não vão 
ter absorção por via oral. Uma delas, é quando o paciente vai ser submetido a uma cirurgia 
no colon e aí pode ser usando o aminoglicosídeo para promover uma “esterilização” do 
colon. Outra situação vai ser no coma hepático, em que vai ter resíduos trato 
gastrointestinal, que vão ser transformados pelas bactérias que estão ali presentes, em 
amônia e como esse fígado está desfuncionante, essa amônia não vai ser metabolizada, 
podendo causar diversos danos dentro do organismo). O aminoglicosídeo usado por via oral 
é a neomicina. 
OBS: os aminoglicosídeos não são absorvidos por via oral porque esses fármacos têm um peso 
molecular que varia entre os 445 e os 600 daltons, são altamente solúveis em água, estáveis em 
pH 6 a 8 e possuem estrutura polar catiónica o que fazem com que sejam pouco absorvidos pelo 
trato gastrointestinal. 
 Com relação a sua eliminação: Mais de 90% do aminoglicosídeo parenteral é excretado 
inalterado na urina. Ocorre acúmulo em pacientes com disfunção renal, sendo necessário 
ajustar a dosagem. 
EFEITOS ADVERSOS 
É importante monitorar os níveis terapêuticos de gentamicina, tobramicina e amicacina para 
assegurar dosagem adequada e minimizar a toxicidade relacionada com a dosagem. Os idosos 
são particularmente suscetíveis à nefro e à ototoxicidade. 
OBS: Ototoxicidade é a propriedade tóxica que algumas substâncias apresentam para o ouvido 
(oto-), especificamente para a cóclea ou nervo auditivo, e, às vezes, para o sistema vestibular, 
como, por exemplo, o efeito colateral de um medicamento. 
➔ A ototoxicidade (vestibular e coclear) está relacionada diretamente com picos plasmáticos 
elevados e com a duração do tratamento. O antimicrobiano acumula na endolinfa e na 
perilinfa do ouvido interno. A surdez pode ser irreversível e também atinge o feto em 
desenvolvimento. 
➔ Nefrotoxicidade: A retenção dos aminoglicosídeos pelas células tubulares proximais 
interrompe os processos de transporte mediados por cálcio. Isso resulta em lesão renal que 
varia de insuficiência renal leve e reversível até grave, potencialmente irreversível, e necrose 
tubular aguda. 
➔ Paralisia neuromuscular: Este efeito adverso está associado com aumento rápido da 
concentração (p. ex., doses altas infundidas em período curto) ou administração 
concomitante de bloqueadores neuromusculares. Pacientes com miastenia grave são 
particularmente suscetíveis. A imediata administração de gliconato de cálcio ou neostigmina 
pode reverter o bloqueio que causa a paralisia neuromuscular.➔ Reações alérgicas: Dermatite de contato é uma reação comum para a neomicina aplicada 
topicamente. 
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES 
Mecanismo de ação dos aminoglicosídeos e glicopeptídeos e suas indicações. | Larissa Gomes de Oliveira. 
 
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São contraindicadas na gestação devido ao risco de toxicidade fetal. 
Os aminoglicosídeos estão entre os antibióticos com maior potencial de toxicidade. São 
basicamente nefrotóxicos e ototóxicos. O tipo de lesão renal induzida por esses antibióticos é a 
necrose tubular aguda, forma não-oligúrica. 
O efeito tóxico é dose-dependente e tempo-dependente (aumenta com o uso prolongado), mas 
tem uma chance maior de ocorrer nos idosos, diabéticos, pacientes hipovolêmicos, desidratados 
e nefropatas prévios. 
OBS: Um conceito de extrema importância: estudos recentes demonstraram que a toxicidade 
dos aminoglicosídeos pode ser bastante reduzida quando administramos a dose total diária em 
apenas uma tomada, sem, entretanto, comprometer a sua eficácia anti-bacteriana. 
INIBIDORES DA PAREDE CELULAR 
A parede celular é composta de um polímero denominado peptidoglicano. Os inibidores da 
síntese de parede celular apresentam eficácia máxima quando os microrganismos estão se 
proliferando. Eles têm pouco ou nenhum efeito em bactérias que não estejam crescendo e se 
dividindo. 
GLICOPEPTÍDEOS 
Os agentes antimicrobianos glicopeptídeos possuem uma estrutura química complexa comum, 
e seu principal mecanismo de ação consiste na inibição da síntese da parede celular num sítio 
diferente dos β-lactâmicos. A atividade desse grupo é dirigida principalmente contra as bactérias 
Gram-positivas. Os bacilos Gram-negativos mostram-se resistentes à ação desses fármacos. 
Os principais representantes deste grupo são: vancomicina, teicoplanina e ramoplanina. 
Diversos glicopeptídeos estão em fase de pesquisa clínica e não são disponíveis no mercado 
nacional. 
MECANISMO DE AÇÃO 
Os glicopeptídeos, representados pela Vancomicina e pela Teicoplanina, são antibióticos 
bactericidas que agem se ligando a pontos específicos da cadeia de peptidoglicanas, bloqueando 
a síntese desta macromolécula (por impedir a adição de novas subunidades ao polímero). Ou 
seja, sem necessitar da PBP (Proteínas Ligadores de Penicilina), esses antibióticos são capazes 
de inibir a síntese da parede bacteriana, levando à morte do micro-organismo. 
Não tem absolutamente nenhum efeito nos Gram-negativos, por não ultrapassarem a 
membrana externa dessas bactérias. 
MECANISMO DE RESISTÊNCIA 
O mecanismo de resistência desta bactéria é a troca de um aminoácido da subunidade 
peptidoglicana que passa a não mais reconhecer o glicopeptídeo. Este não parece ser o 
Mecanismo de ação dos aminoglicosídeos e glicopeptídeos e suas indicações. | Larissa Gomes de Oliveira. 
 
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mecanismo de resistência descrita para os estafilococos. Os primeiros a mostrarem este 
problema foram os coagulase-negativos. 
ESPECTRO ANTIMICROBIANO 
Os glicopeptídeos, por não ultrapassarem a membrana externa dos Gram negativos não têm 
eficácia alguma contra essas bactérias. Em compensação, os germes Gram positivos são 
naturalmente sensíveis. Os glicopeptídeos são os antibióticos mais confiáveis para o tratamento 
de infecções por S. aureus MRSA e por S. epidermidis (coagulase negativo) nosocomial, muito 
incriminado na infecção de próteses e cateteres. 
Para evitar que a resistência a esta bactéria de alta virulência venha a se tornar um grave 
problema de saúde pública, devemos reservar o uso da Vancomicina apenas para casos 
selecionados da prática médica. 
A Vancomicina é o antibiótico de segunda linha para o tratamento da diarreia por Clostridium 
difficile (a primeira escolha é o Metronidazol oral). 
EFEITOS ADVERSOS 
Consistem em rubor cutâneo ou exantema — a denominada síndrome do homem vermelho — 
que podem ser evitados ao diminuir a velocidade de infusão intravenosa ou através de 
administração prévia de anti-histamínicos. 
Tem sido associada a nefrotoxicidade e ototoxidade, particularmente quando são co-
administrados outros medicamentos nefrotóxicos ou ototóxicos como a gentamicina. 
Pacientes com disfunção renal subjacente: pode ser necessário reduzir a dose, bem como 
determinar os níveis do fármaco para evitar uma maior nefrotoxicidade. Podem ocorrer também 
febre medicamentosa, exantema por hipersensibilidade e neutropenia induzida por fármaco. 
VANCOMICINA 
Foi introduzida para uso clínico em 1958, mas sua utilização em maior escala iniciou-se nos anos 
80, com o surgimento de infecções por estafilococos resistentes à oxacilina e redução da 
toxicidade por purificação das preparações disponíveis. 
A vancomicina é um glicopeptídeo tricíclico que se tornou importante no tratamento de 
infecções ameaçadoras à sobrevivência por MRSA (Staphylococcus aureus resistente à 
meticilina) e Staphylococcus epidermidis resistentes ao agente β-lactâmicos meticilina (MRSE). 
Via de regra, a vancomicina, em virtude de sua toxicidade, só é utilizada quando uma infecção 
demonstra ser resistente a outros fármacos. 
 Com relação a sua farmacocinética: Vancomicina por via intravenosa: é mais comumente 
utilizada no tratamento da sepse ou da endocardite causada por Staphylococcus aureus 
resistente à meticilina. 
Mecanismo de ação dos aminoglicosídeos e glicopeptídeos e suas indicações. | Larissa Gomes de Oliveira. 
 
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A Vancomicina oral: utilizada no tratamento das infecções gastrintestinais por C. difficile; o 
fármaco é pouco absorvido e, portanto, permanece no trato gastrintestinal. 
A vancomicina por via intravenosa é usada em pacientes com prótese de válvulas cardíacas e 
em pacientes que serão submetidos à implantação de próteses, especialmente em hospitais 
onde há elevada incidência de MRSA e MRSE. As concentrações séricas (vales) são medidas 
comumente para monitorar e ajustar a dosagem quanto à segurança e à eficácia. A vancomicina 
não é absorvida após administração oral; seu uso em formulações orais é limitado ao tratamento 
de colite grave causada por C. difficile e devido ao uso de antimicrobiano. 
TEICOPLAMINA 
É amplamente utilizada na Europa para o tratamento de infecções por germes Gram-positivos. 
Quimicamente similar à vancomicina, mas apresenta maior lipossolubilidade que resulta em 
excelente penetração tecidual e meia-vida prolongada, entretanto, tem pouca penetração na 
barreira liquórica. 
 Com relação a sua farmacocinética: 
- Absorção: A teicoplanina pode ser administrada com segurança por injeção tanto 
intramuscular quanto intravenosa. 
- Distribuição: Nos adultos, uma dose intravenosa única de 1 g produz concentrações 
plasmáticas de 15-30µg/mL 1 hora após uma infusão de 1-2 h. Aproximadamente 30% do 
fármaco liga-se às proteínas plasmáticas. A teicoplanina liga-se altamente a proteínas 
plasmáticas (90-95%). 
- Eliminação: Ao contrário da vancomicina, a teicoplanina tem uma meia-vida de eliminação 
sérica extremamente longa (até 100 h em pacientes com função renal normal). 
EM RECÉM-NASCIDOS 
A escolha do esquema empírico de tratamento das infecções relacionadas à assistência em 
neonatologia depende do tempo de aparecimento da clínica (precoce ou tardia), realização 
prévia de procedimentos invasivos, conhecimento da flora prevalente e o padrão de resistência 
de cada hospital. Baseados nestes princípios seguem algumas sugestões de esquema empírico: 
 Infecções precoces (provável origem materna): 
o Ampicilina ou penicilina cristalina + amicacina ou gentamicina 
 Infecções tardias (provável origem na unidade neonatal): 
o Primeira opção: oxacilina + amicacina 
o Segunda opção: vancomicina associado a cefotaxima ou cefepima 
O uso empírico de oxacilina e amicacina é altamente recomendado devido à baixa indução de 
resistência, alta sensibilidade dos bastonetes gramnegativos a amicacina, além da ampla 
disponibilidadee baixo custo dos fármacos. Sempre que possível dizer NÃO as cefalosporinas, 
carbapenêmicos (imipenen, meropenen) e glícopeptídeos (vancomicina). 
Mecanismo de ação dos aminoglicosídeos e glicopeptídeos e suas indicações. | Larissa Gomes de Oliveira. 
 
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 Glicopeptídeos: 
o Há uma intensa preocupação no sentido de restringir o uso de vancomicina devido ao 
surgimento de Enterococcus faecalis/faecium resistente à vancomicina (VRE) e 
Staphylococcus aureus com sensibilidade intermediária (VISA) ou resistente à 
vancomicina. 
A vancomicina deve ser suspensa quando a hemocultura revelar crescimento de um 
microrganismo com sensibilidade a outras drogas. Por exemplo, se houver crescimento de 
Staphylococcus aureus sensível a oxacilina e RN estiver em uso de vancomicina, esta substituição 
para oxacilina é mandatória mesmo que esteja no final do tratamento. 
o A teicoplanina deve ser utilizada quando o microrganismo isolado em culturas tem 
sensibilidade a droga e especialmente em RN com dificuldade de acesso venoso, devida 
a possibilidade de administração intramuscular desta droga. Dose Ataque: 16 
mg/kg/dose. Dose de manutenção: 8 mg/kg/dose 24/24 horas 
 
 Aminoglicosídeos: O uso cauteloso de aminoglicosídeos devido ao risco de nefro e 
ototoxidade deve ser considerado em RN de maior risco, especialmente quando em uso com 
outras drogas potencialmente nefro e ototóxicas como, por exemplo, a vancomicina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mecanismo de ação dos aminoglicosídeos e glicopeptídeos e suas indicações. | Larissa Gomes de Oliveira. 
 
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REFERÊNCIAS 
 
BRUNTON, Laurence L. et al. GOODMAN & GILMAN: AS BASES FARMACOLÓGICAS DA 
TERAPÊUTICA. 11a Edição. Porto Alegre (RS): Mc Graw Hill/Artmed, 2010. 
 
OLIVEIRA, João Fernando P. et al. Nefrotoxicidade dos aminoglicosídeos. Braz J Cardiovasc Surg 
2006; 21(4): 444-452. 
 
RIBEIRO, Alexandra Manuela Ferreira. Farmacologia dos Antibióticos. Universidade Fernando 
Pessoa. Faculdade de Ciências da Saúde Porto, 2017.

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